"A Bel era uma pessoa que estava sempre à frente do tempo. O voleibol brasileiro, e principalmente o feminino, deve muito a ela. A Isabel sempre lutou para a gente estar onde está hoje. Uma grande amiga e um ídolo. Eu tenho uma camisa dela que é minha primeira recordação de um fã. Tenho um carinho muito grande por ela e vivi momentos maravilhosos ao lado dela, principalmente no Flamengo. Quando eu estava sem time, ela foi a primeira pessoa a me acolher e me levar para jogar no clube", disse a ex-atleta rubro-negra e da Seleção Brasileira Virna, emocionada.

Formada nas categorias de base do Mais Querido, Isabel chegou à Gávea aos 13 anos, trazida pelo lendário técnico Ênio Figueiredo, estreando com o Manto em 1973. Três anos depois, foi convocada para a Seleção Brasileira Juvenil pela primeira vez, graças à titularidade que já tinha no time Adulto do Flamengo.

"Dia muito triste com essa notícia devastadora da partida precoce da minha amiga Isabel. Foram mais de 40 anos de amizade. Ela era uma desbravadora, guerreira, que sempre lutou pelos seus ideais. Supermãe, superatleta, ficam muita admiração e muito respeito. Que descanse em paz", lamentou o técnico do Sesc RJ Flamengo, Bernardinho.

Após disputar dois Jogos Olímpicos, em Moscou-1980 e Los Angeles-1984, jogando na quadra, Isabel migrou para o vôlei de praia, nos anos 90, sendo uma das pioneiras da modalidade e campeã mundial em 1994.

"O esporte brasileiro amanheceu de luto. Ficamos muito tristes e surpresas com a notícia do falecimento da Isabel. Uma grande atleta, dentro e fora das quadras. Fica aqui a nossa solidariedade a todos os familiares e amigos. Que possam ter muita força nesse momento difícil. Nós só temos a agradecer por tudo que a Isabel fez pela nossa modalidade. Um verdadeiro ícone. Obrigada, Isabel", disse a capitã do Sesc RJ Flamengo, Juciely.