O Clube de Regatas do Flamengo lamenta imensamente a perda de uma das figuras mais importantes do vôlei nacional. Morreu, na última terça-feira (12.08), Ênio Figueiredo, vítima de complicações cardíacas, aos 68 anos. O ex-atleta e treinador do Flamengo e da Seleção Brasileira estava internado, após sofrer um infarto há cerca de um mês, e não resistiu. Na sede da Gávea, a bandeira do Flamengo está a meio-mastro, em sinal de luto.

Ênio começou a carreira no vôlei em 1962, defendendo a equipe Juvenil do Flamengo. Foram nove anos como jogador e 25 como treinador. Como técnico do Rubro-Negro conquistou 35 campeonatos entre os anos de 1972 e 1980, da categoria Mirim à Adulta. Ênio também treinou a Seleção Brasileira feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou e, em 1984, em Los Angeles, e se sagrou campeão de um dos primeiros títulos de expressão da equipe, a Universíade, em 1983.

 Na Gávea, Ênio foi responsável por lançar, dentre outras atletas, Jacqueline, Isabel e Ana Lúcia. Além delas, o ex-treinador foi quem trouxe para o Rio de Janeiro Heloísa Roese, umas das mais importantes jogadoras da história do vôlei, hoje treinadora do Rubro-Negro. "Ele foi quem me trouxe para o Rio em 1977, para jogar no Flamengo. Depois disso, fui treinada por ele na Seleção Brasileira, onde disputei a Universíade e as Olimpíadas, e, por fim, fui para a Itália e ele foi novamente meu técnico. Fiquei muito chateada com o que aconteceu. Era muito ligada a ele por todos anos que passamos juntos. Ele foi um dos grandes precursores do vôlei no Brasil. Boa parte do que temos hoje se deve ao trabalho que ele desenvolveu", lamentou Heloísa Roese.

A importância do ex-treinador é tão grande que ele havia ganho uma coluna resgatando a história do voleibol, na primeira edição da revista CBVôlei, que será lançada nos próximos dias. Em homenagem, a entidade irá publicar o conteúdo já escrito pelo ex-técnico.