Alexandre Dantas está de volta ao plantel da Confederação Brasileira de Vôlei. O gerente da modalidade no Flamengo será o novo supervisor das seleções das categorias de base masculinas. A primeira convocação ocorreu em 2005, quando Alexandre passou a ocupar o cargo de treinador. Em 2011, decidiu deixar a CBV por conta de conflitos de agenda com o clube que treinava na época. Depois de sete anos fora, o coordenador retorna em outro cargo, e ainda guarda com carinho os momentos vividos defendendo a seleção.
"Era a realização plena de um sonho de criança, de quem entrou no vôlei e sempre foi do vôlei, quer seja jogando, quer seja como técnico, por paixão, por amor ao esporte. Cabe colocar que eu sou aquele profissional que, na primeira vez que vesti a camisa da seleção, chorei quando tocou o hino. Fiquei emocionado, era uma grande realização", comentou o gerente.
Como treinador, Alexandre conquistou a medalha de ouro nos quatro sul-americanos que participou, além do bronze no Campeonato Mundial. Ao Flamengo, chegou em 2016 para um novo desafio: gerenciar as equipes do vôlei rubro-negro.
"A convocação para a seleção brasileira transforma o que está ocorrendo aqui no Flamengo como uma excelência dos resultados, do que eu tenho ajudado a fazer. Então, o clube tem uma influência muito positiva nessa minha volta para a seleção, agora como supervisor", afirmou.
Apesar de ser uma posição de coordenação, o gerente não ficará tão afastado das quadras por muito tempo. Em 2018, o Flamengo lançará seu time adulto feminino, criado para a disputa da Superliga B, com o intuito de voltar à elite do voleibol brasileiro, e Alexandre será o treinador do Rubro-Negro. A ida para a seleção é também uma oportunidade de avaliar potenciais atletas para o clube e dar destaque ao projeto a nível nacional.
"Eu fico em uma posição privilegiada para observar os jogadores e jogadoras importantes para o Flamengo. Lógico que o sonho é pessoal, a satisfação é pessoal, ela conta, ela motiva, mas não há a menor dúvida de que nesse momento, envolvidíssimo no propósito de fazer do clube um plano de voleibol vitorioso, o fato de estar na seleção cria uma posição de referência, destacada, que pode emprestar valor ao nosso projeto", finalizou.
A Superliga B é disputada no início de cada ano e garante vaga na Superliga, maior torneio da modalidade no país, ao time vencedor. No Flamengo, a equipe será montada aos poucos, utilizando a base de jogadoras do time Juvenil, reforçada com contratações ao longo do primeiro semestre deste ano.
As equipes de vôlei do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – Estácio, AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé.