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Remadores britânicos se despedem da Gávea

"Aprendemos que o Rubro-Negro é o melhor clube do mundo", diz atleta

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Os remadores da equipe da Grã-bretanha se despediram na manhã desta segunda-feira (06.10), da Gávea. A visita da equipe composta por grandes campeões olímpicos fez parte de uma parceria entre o Flamengo e a British Olympic Association (BOA). Em 2013, através do contato do clube com o Comitê Britânico, o Mais Querido firmou uma parceria para intercâmbio dos atletas com remadores brasileiros. O camp na sede do Rubro-Negro foi apenas o primeiro passo para trazer para a Gávea toda a expertise do melhor remo do mundo, com nove medalhas nas últimas Olimpíadas.

Além do intercâmbio, o Comitê ainda trouxe 21 ergômetros ao clube, que ficam até 2016. O aparelho de última geração é essencial para elevar o potencial dos atletas, sendo um simulador perfeito de exercícios.

"Me sinto muito sortudo por ter a oportunidade de estar aqui. Assim que cheguei não sabia exatamente o que encontraria. Nunca havia ficado no Rio ou no Brasil. Mas fomos realmente muito bem recebidos, tanto no clube, quanto no país. Todos são super amáveis e é impossível não ficar apaixonado por esse lugar. Acabamos nos sentindo mais fortes por estar aqui. Gostaria que não fossem apenas oito dias, mas na verdade oitenta. Estava na praia outro dia e um rapaz me abordou perguntando o que fazia. Respondi que era remador, e ele demonstrou conhecer o esporte fazendo o movimento muito corretamente. Isso é muito legal. É algo único do Rio. O remo faz parte da cultura da cidade, as pessoas conhecem o esporte, não é como na Inglaterra", contou encantado Alex Gregory, um dos medalhistas olímpicos presentes no grupo, que fez questão de reforçar a importância de intercâmbios como esses. "Acredito que essa relação entre nós e o clube é muito importante. Estava sentado em um dos ergômetros outro dia, e um dos remadores do clube chegou e sentou na máquina do lado. Acabamos trocando algumas figurinhas e isso é muito importante para a evolução, de uma maneira ampla", contou.
O encantamento com o Brasil é unânime. Heather Stanning, outra remadora britânica, fez coro a seu companheiro de equipe. "Estar aqui agora é muito significativo, pois conhecemos muitas pessoas e sentimos o lugar. Agora, sabemos como é tudo, e por isso nos sentimos em casa. Não tenho nenhuma camisa de time de futebol, mas agora tenho uma do Flamengo e, definitivamente, aprendemos que o Rubro-Negro é o melhor clube do mundo", disse a atleta. Helen Glover, outra campeã olímpica reforçou. "Eu nunca estive na América do Sul antes, mas está sendo ótimo. Fomos muito bem recebidos. É muito mais do que esperávamos. Fizemos um passeio pela cidade e assistimos ao Flamengo no Maracanã".

Após os treinamentos, os atletas britânicos e rubro-negros tiveram um bate-papo e uma troca de presentes como despedida. Um encontro de ídolos com fãs. Apesar do grande sucesso dos atletas, os britânicos fizeram questão de frisar que esse sucesso não é à toa. O planejamento e o trabalho duro são os grandes responsáveis pelo grande número de campeões na equipe. Segundo eles, não existem super-heróis, e sim humanos que assim como todos os outros também têm dias ruins, fato constatado por Paulo Neviani, atleta do remo do Flamengo. "Acho que poder dividir o espaço com campeões mundiais e olímpicos é fenomenal. Todos eles têm essa medalha internacional que o remo do Brasil tanto busca e, com certeza, com ergômetros como estes, a gente fica mais próximo de realizar este sonho. Eles são muito organizados, têm um planejamento muito bacana. Dois anos antes eles já estão aqui se habituando ao clima, à distância do hotel até aqui... São pequenos detalhes, que se olhados com carinho, a gente consegue alcançar a perfeição", concluiu o rubro-negro.