Vice-presidente de Finanças aponta destaques do "balanço recorde" de 2016
Cláudio Pracownik destaca primeira vez em que receita do clube superou a dívida e proximidade do Flamengo em ter um patrimônio líquido positivo
Por Isabela Abirached - em
Este mês, o Flamengo divulgou no Site Oficial do Clube o Balanço Financeiro de 2016. Nas páginas do relatório, os números mostram: este foi um balanço histórico para o Rubro-Negro. Além do superávit - de R$153,4 milhões - ter superado em R$23 milhões o registrado em 2015, o Mais Querido passou a ser um clube solvente, ou seja: a receita anual do Flamengo passou a ser superior à sua dívida acumulada.
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Para os sócios-proprietários, principalmente, mais uma grande notícia: o clube caminha a passos largos para ter um patrimônio líquido positivo. Em 2013, primeiro ano da nova gestão, o Fla tinha um patrimônio negativo em torno de R$440 milhões, que passou, agora, para cerca de R$95 milhões. Uma redução superior a 360% no período.
Em entrevista exclusiva ao Site Oficial, o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Cláudio Pracownik, explicou a situação do clube e destacou os principais números do balanço recorde. Segundo Pracownik, o Rubro-Negro subiu mais um importante degrau: passou de um estágio de recuperação para um clube superavitário e investidor de maneira consistente. E as receitas não foram empregadas apenas em recursos humanos no time de futebol - a infraestrutura rubro-negra foi alvo de um dos maiores investimentos em 2016, com R$ 158,75 milhões aplicados no Centro de Treinamento George Helal, na sede social da Gávea e em outros ativos imobilizados.
"Começamos a ver que produção gera receita. Começamos a investir mais e a colher mais. Saímos de um círculo de apenas reestruturação para um círculo virtuoso. O Flamengo sempre foi o maior do Brasil e hoje, em números, efetivamente é. O Flamengo também é uma potência na América Latina e diria até que mundialmente. Nós tivemos um faturamento bruto superior a meio bilhão de reais. São poucos clubes no mundo que têm isso. O Flamengo está em um grupo seleto. Coisa boa gera coisa boa, se multiplicam os investimentos. Não se vê mais notícias do Flamengo endividado. Em 2016 os investimentos globais foram 43% superiores aos números de 2015. O CT foi responsável por boa parte desse investimento, porque infraestrutura é fundamental para produção. Investimos muito em contratação de jogadores, na reorganização dos esportes olímpicos, em melhoramentos na sede social... E ainda temos muita coisa a fazer. O Flamengo ainda é um clube que tem o que chamamos de passivo a descoberto, ou seja, ainda temos uma dívida a se pagar, mas essa dívida vem caindo muito e, pela primeira vez, apresentamos um índice saudável de solvência. Para se ter uma ideia, em 2013, para cada R$1 que a gente recebia, a gente tinha que pagar mais de R$4 de dívida. Era uma situação de desespero. Hoje, para cada R$1 de receita, temos que pagar R$0,80 de dívida. Quer dizer, existe sobra real para se investir", disse Pracownik.
A dívida global rubro-negra foi reduzida em 13%: de R$ 447 milhões, em 2015, para R$ 390 milhões, em 2016, e, como explicou o vice-presidente de Finanças, o clube tem seu passivo equacionado e caminha para chegar a um patamar de 'dívida saudável' a qualquer empresa.
"Quando as pessoas de fora do mercado financeiro olham o balanço perguntam 'Por que o Flamengo pega emprestado se sobraram R$150 milhões no final do ano?'. Um dos motivos: existe um negócio chamado fluxo de caixa. O Flamengo não recebe todas as receitas e paga todas as despesas no dia 1º de janeiro. Se fosse assim, seria ótimo, mas não acontece dessa forma. As despesas e as receitas acontecem durante o ano e em determinados momentos o fluxo de caixa é negativo. E aí você precisa de empréstimos. Então, pegar empréstimos acontece em toda e qualquer empresa saudável do país. Além disso, é importante contrair dívida quando você utiliza tais recursos para pagar dívidas com taxas de juros maiores, ou quando você utiliza os valores levantados para um investimento que vai te trazer um retorno maior do que o custo da dívida contraída. É para isso que a gente está caminhando. Não existe nenhum problema em dever, desde que você possua o planejamento financeiro adequado para pagá-la. Em relação ao estoque da dívida, o Flamengo vem pagando consistentemente. Já reduzimos aproximadamente R$250 milhões do principal de nossa dívida, fora os juros e demais encargos legais. Sempre pontualmente. Temos agora uma dívida líquida em torno de R$390 milhões. O Flamengo já é um clube solvente e hoje podemos dizer que caminhamos a passos largos para um patrimônio líquido positivo", explicou.
O crescimento da arrecadação bruta do Flamengo deu um salto de R$355,6 milhões para R$510 milhões. Segundo Pracownik, seguindo nesta linha, o Mais Querido não fica muito longe dos clubes de maior faturamento do futebol mundial. Mas o banqueiro lembrou que os demais clubes brasileiros também precisam buscar a profissionalização para que o mercado nacional como um todo atinja outro patamar.
"Em termos de faturamento, não acho essa realidade (potências europeias) tão distante (do Flamengo). Quando as pessoas perguntam para mim 'O que falta para o Flamengo ser o Barcelona?', eu digo 'Faltam, por exemplo, os nossos principais rivais serem o Real Madrid, o Atlético de Madrid, o Chelsea, o Bayern...'. O Flamengo faz parte de um ecossistema: o futebol brasileiro. Nós não queremos ser o "menos pior de todos os piores". Nós queremos ser o "melhor dos melhores". É preciso que o futebol brasileiro cresça, que os demais clubes coirmãos cresçam, para que o Flamengo seja um potência mundial. É preciso uma união dos clubes brasileiros, uma reforma no modelo federativo, confederativo de futebol e também dos esportes olímpicos. É preciso que o todo cresça e se profissionalize", afirmou.
Fonte das receitas
A maior fonte de receita do Flamengo veio das luvas de R$100,3 milhões - a valor presente - pela assinatura de contrato de direitos de transmissão com a Rede Globo. Deste total, R$70 milhões já foram recebidos e o restante será pago em duas parcelas, em 2019 e 2021. Segundo Pracownik, o clube é merecedor deste valor, superior às fatias que cabem aos outros clubes brasileiros.
"O Flamengo vai sempre lutar pelos seus interesses. Temos que ganhar mais do que os outros times, simplesmente porque merecemos ganhar. O Flamengo tem a maior e melhor torcida do mundo, muito mais exposição na mídia e, portanto, uma marca mais valiosa que atrai mais patrocinadores. Mesmo os outros clubes arrecadam mais por causa do Flamengo, isto na medida em que o Flamengo leva mais torcedores aos jogos em que eles são os mandantes e têm direto à renda. O Flamengo é um trem pagador do futebol brasileiro, dá dinheiro para todos, porque é grande. Então nosso lugar é um lugar de merecimento", disse o vice-presidente, para depois completar com uma observação.
"Talvez esta não seja uma distribuição de receita mais saudável que o Flamengo tenha que buscar. A fatia de TV ainda é muito alta no clube em proporção as demais receitas. O Flamengo vem trabalhando, principalmente pelo departamento de Marketing, para uma divisão, uma dispersão maior de suas fontes de receita. E é aí que entra o estádio. O estádio, no mundo inteiro, é uma das principais fontes de receita dos demais clubes. Tenho certeza que com um estádio próprio ou com a exploração de um estádio, no caso por exemplo da possibilidade do Maracanã vir ao Flamengo, nós vamos ter uma fonte de receita muito grande. E essa sim pode ser uma medida muito importante para o equilíbrio econômico-financeiro do clube no longo prazo", concluiu.
O maior patrimônio do Flamengo, a Nação Rubro-Negra, também tem papel fundamental nas finanças do clube. Entre as receitas do futebol, R$39,33 milhões vieram de bilheteria e R$26,47 milhões do Programa Nação Rubro-Negra, valores que, somados (R$65,8 milhões), quase igualam a receita proveniente dos patrocinadores, que foi de R$68 milhões em 2016.
"A importância (da torcida) é absurdamente grande. Primeiro pelas receitas diretas. O sócio-torcedor oferece ao torcedor do Flamengo a participação direta na receita do clube. Ele coloca o dinheiro, o dinheiro vai para o clube, o clube o utiliza em benefício do futebol. É democracia na veia, participação direta. A bilheteria também é uma participação direta. Mas também existe a participação indireta do torcedor. A questão é que a grandeza do clube e a credibilidade que nós temos junto aos demais stakeholders e participantes no mercado vêm do tamanho da nossa torcida. Cada vez que eu vou a um patrocinador, mostro para ele a imensidão de nossa torcida que está distribuída por todo o país, apresento dados que comprovam a exposição que o Flamengo e, assim comprovo os benefícios inigualáveis de se associar sua marca a do Flamengo. Da mesma forma, do tamanho e da distribuição geográfica de nossa torcida decorre a imensa procura por produtos licenciados do Clube do qual recebemos uma comissão por produto oficial vendido. Então, a maior dependência que nós temos, seja direta ou indiretamente, é dos nossos torcedores. A grandeza do Flamengo, a potência, a credibilidade que o Flamengo tem, ela é absolutamente dependente dos nossos torcedores. E isso a gente sempre pôde contar", disse.
Respondendo aos descrentes na solidez e na responsabilidade financeiras do clube, Pracownik tranquilizou os rubro-negros e garantiu que o Flamengo sabe muito bem "de onde tira seu dinheiro".
"O Flamengo tira dinheiro dos seus próprios esforços. O clube nunca deixou de honrar um compromisso desde que a gente assumiu. As pessoas deveriam estar preocupadas com os clubes que efetivamente pegam dinheiro emprestado dando passos maiores que suas pernas. O PROFUT estabelece que os clubes podem utilizar até 80% de sua receita com o futebol. Em 2016 nosso percentual foi em torno de 50%. Esse tipo de preocupação é sem fundamento, desnecessária, jocosa, e fruto de um pensamento de pessoas que ficaram presas em um passado que já acabou há muito tempo e elas teimam em não enxergar. O Flamengo hoje é um clube solvente, competente, que paga em dia e que, mantida essa política de seriedade e profissionalismo, não terá nenhuma preocupação para o futuro em relação a isso. E o Flamengo é um clube que investe. E os investimentos estão começando a trazer resultados. Já trouxeram no ano passado e tenho certeza que a partir desse ano os resultados serão ainda melhores e mais eficientes", afirmou Pracownik, que revelou seu sentimento como torcedor em fazer parte desta nova era do Flamengo.
"O sentimento, como de todos, é de orgulho, mas também um sentimento enorme de gratidão. Poder participar de um momento como este é muito importante, aí sim como torcedor, como um apaixonado pelo clube. Essa oportunidade que me foi concedida é um privilégio, uma honra muito grande".
Quem sente o orgulho de ser sócio-torcedor faz o time mais forte e tem mais Flamengo sempre: descontos em ingressos e no pay-per-view, vídeos exclusivos para ficar por dentro, vantagens nas lojas oficiais para ter o Manto e outros produtos e muito mais. Clique e faça sua adesão agora!
Para os sócios-proprietários, principalmente, mais uma grande notícia: o clube caminha a passos largos para ter um patrimônio líquido positivo. Em 2013, primeiro ano da nova gestão, o Fla tinha um patrimônio negativo em torno de R$440 milhões, que passou, agora, para cerca de R$95 milhões. Uma redução superior a 360% no período.
Em entrevista exclusiva ao Site Oficial, o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Cláudio Pracownik, explicou a situação do clube e destacou os principais números do balanço recorde. Segundo Pracownik, o Rubro-Negro subiu mais um importante degrau: passou de um estágio de recuperação para um clube superavitário e investidor de maneira consistente. E as receitas não foram empregadas apenas em recursos humanos no time de futebol - a infraestrutura rubro-negra foi alvo de um dos maiores investimentos em 2016, com R$ 158,75 milhões aplicados no Centro de Treinamento George Helal, na sede social da Gávea e em outros ativos imobilizados.
"Começamos a ver que produção gera receita. Começamos a investir mais e a colher mais. Saímos de um círculo de apenas reestruturação para um círculo virtuoso. O Flamengo sempre foi o maior do Brasil e hoje, em números, efetivamente é. O Flamengo também é uma potência na América Latina e diria até que mundialmente. Nós tivemos um faturamento bruto superior a meio bilhão de reais. São poucos clubes no mundo que têm isso. O Flamengo está em um grupo seleto. Coisa boa gera coisa boa, se multiplicam os investimentos. Não se vê mais notícias do Flamengo endividado. Em 2016 os investimentos globais foram 43% superiores aos números de 2015. O CT foi responsável por boa parte desse investimento, porque infraestrutura é fundamental para produção. Investimos muito em contratação de jogadores, na reorganização dos esportes olímpicos, em melhoramentos na sede social... E ainda temos muita coisa a fazer. O Flamengo ainda é um clube que tem o que chamamos de passivo a descoberto, ou seja, ainda temos uma dívida a se pagar, mas essa dívida vem caindo muito e, pela primeira vez, apresentamos um índice saudável de solvência. Para se ter uma ideia, em 2013, para cada R$1 que a gente recebia, a gente tinha que pagar mais de R$4 de dívida. Era uma situação de desespero. Hoje, para cada R$1 de receita, temos que pagar R$0,80 de dívida. Quer dizer, existe sobra real para se investir", disse Pracownik.
A dívida global rubro-negra foi reduzida em 13%: de R$ 447 milhões, em 2015, para R$ 390 milhões, em 2016, e, como explicou o vice-presidente de Finanças, o clube tem seu passivo equacionado e caminha para chegar a um patamar de 'dívida saudável' a qualquer empresa.
"Quando as pessoas de fora do mercado financeiro olham o balanço perguntam 'Por que o Flamengo pega emprestado se sobraram R$150 milhões no final do ano?'. Um dos motivos: existe um negócio chamado fluxo de caixa. O Flamengo não recebe todas as receitas e paga todas as despesas no dia 1º de janeiro. Se fosse assim, seria ótimo, mas não acontece dessa forma. As despesas e as receitas acontecem durante o ano e em determinados momentos o fluxo de caixa é negativo. E aí você precisa de empréstimos. Então, pegar empréstimos acontece em toda e qualquer empresa saudável do país. Além disso, é importante contrair dívida quando você utiliza tais recursos para pagar dívidas com taxas de juros maiores, ou quando você utiliza os valores levantados para um investimento que vai te trazer um retorno maior do que o custo da dívida contraída. É para isso que a gente está caminhando. Não existe nenhum problema em dever, desde que você possua o planejamento financeiro adequado para pagá-la. Em relação ao estoque da dívida, o Flamengo vem pagando consistentemente. Já reduzimos aproximadamente R$250 milhões do principal de nossa dívida, fora os juros e demais encargos legais. Sempre pontualmente. Temos agora uma dívida líquida em torno de R$390 milhões. O Flamengo já é um clube solvente e hoje podemos dizer que caminhamos a passos largos para um patrimônio líquido positivo", explicou.
O crescimento da arrecadação bruta do Flamengo deu um salto de R$355,6 milhões para R$510 milhões. Segundo Pracownik, seguindo nesta linha, o Mais Querido não fica muito longe dos clubes de maior faturamento do futebol mundial. Mas o banqueiro lembrou que os demais clubes brasileiros também precisam buscar a profissionalização para que o mercado nacional como um todo atinja outro patamar.
"Em termos de faturamento, não acho essa realidade (potências europeias) tão distante (do Flamengo). Quando as pessoas perguntam para mim 'O que falta para o Flamengo ser o Barcelona?', eu digo 'Faltam, por exemplo, os nossos principais rivais serem o Real Madrid, o Atlético de Madrid, o Chelsea, o Bayern...'. O Flamengo faz parte de um ecossistema: o futebol brasileiro. Nós não queremos ser o "menos pior de todos os piores". Nós queremos ser o "melhor dos melhores". É preciso que o futebol brasileiro cresça, que os demais clubes coirmãos cresçam, para que o Flamengo seja um potência mundial. É preciso uma união dos clubes brasileiros, uma reforma no modelo federativo, confederativo de futebol e também dos esportes olímpicos. É preciso que o todo cresça e se profissionalize", afirmou.
Fonte das receitas
A maior fonte de receita do Flamengo veio das luvas de R$100,3 milhões - a valor presente - pela assinatura de contrato de direitos de transmissão com a Rede Globo. Deste total, R$70 milhões já foram recebidos e o restante será pago em duas parcelas, em 2019 e 2021. Segundo Pracownik, o clube é merecedor deste valor, superior às fatias que cabem aos outros clubes brasileiros.
"O Flamengo vai sempre lutar pelos seus interesses. Temos que ganhar mais do que os outros times, simplesmente porque merecemos ganhar. O Flamengo tem a maior e melhor torcida do mundo, muito mais exposição na mídia e, portanto, uma marca mais valiosa que atrai mais patrocinadores. Mesmo os outros clubes arrecadam mais por causa do Flamengo, isto na medida em que o Flamengo leva mais torcedores aos jogos em que eles são os mandantes e têm direto à renda. O Flamengo é um trem pagador do futebol brasileiro, dá dinheiro para todos, porque é grande. Então nosso lugar é um lugar de merecimento", disse o vice-presidente, para depois completar com uma observação.
"Talvez esta não seja uma distribuição de receita mais saudável que o Flamengo tenha que buscar. A fatia de TV ainda é muito alta no clube em proporção as demais receitas. O Flamengo vem trabalhando, principalmente pelo departamento de Marketing, para uma divisão, uma dispersão maior de suas fontes de receita. E é aí que entra o estádio. O estádio, no mundo inteiro, é uma das principais fontes de receita dos demais clubes. Tenho certeza que com um estádio próprio ou com a exploração de um estádio, no caso por exemplo da possibilidade do Maracanã vir ao Flamengo, nós vamos ter uma fonte de receita muito grande. E essa sim pode ser uma medida muito importante para o equilíbrio econômico-financeiro do clube no longo prazo", concluiu.
O maior patrimônio do Flamengo, a Nação Rubro-Negra, também tem papel fundamental nas finanças do clube. Entre as receitas do futebol, R$39,33 milhões vieram de bilheteria e R$26,47 milhões do Programa Nação Rubro-Negra, valores que, somados (R$65,8 milhões), quase igualam a receita proveniente dos patrocinadores, que foi de R$68 milhões em 2016.
"A importância (da torcida) é absurdamente grande. Primeiro pelas receitas diretas. O sócio-torcedor oferece ao torcedor do Flamengo a participação direta na receita do clube. Ele coloca o dinheiro, o dinheiro vai para o clube, o clube o utiliza em benefício do futebol. É democracia na veia, participação direta. A bilheteria também é uma participação direta. Mas também existe a participação indireta do torcedor. A questão é que a grandeza do clube e a credibilidade que nós temos junto aos demais stakeholders e participantes no mercado vêm do tamanho da nossa torcida. Cada vez que eu vou a um patrocinador, mostro para ele a imensidão de nossa torcida que está distribuída por todo o país, apresento dados que comprovam a exposição que o Flamengo e, assim comprovo os benefícios inigualáveis de se associar sua marca a do Flamengo. Da mesma forma, do tamanho e da distribuição geográfica de nossa torcida decorre a imensa procura por produtos licenciados do Clube do qual recebemos uma comissão por produto oficial vendido. Então, a maior dependência que nós temos, seja direta ou indiretamente, é dos nossos torcedores. A grandeza do Flamengo, a potência, a credibilidade que o Flamengo tem, ela é absolutamente dependente dos nossos torcedores. E isso a gente sempre pôde contar", disse.
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"O sentimento, como de todos, é de orgulho, mas também um sentimento enorme de gratidão. Poder participar de um momento como este é muito importante, aí sim como torcedor, como um apaixonado pelo clube. Essa oportunidade que me foi concedida é um privilégio, uma honra muito grande".