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Patrimônio líquido positivo é a grande conquista do segundo trimestre de 2017

Vice-presidente de Finanças do Clube, Claudio Pracownik comenta valores recordes com venda de jogadores e novos contratos assinados

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Na última terça-feira (8) foi divulgado o balancete com mais um Resultado Financeiro do clube este ano. E se no "balanço recorde" de 2016 a receita do clube superou a dívida pela primeira vez, no segundo trimestre de 2017 o Flamengo alcançou mais uma grande conquista: o patrimônio líquido do clube passou, pela 1ª vez em décadas, para o campo positivo, apresentando um valor de R$ 90 milhões. O documento está disponível  para download neste link. Se você quer ficar sempre por dentro das finanças e outras áreas do clube, veja mais documentos na área de Transparência do Rubro-Negro clicando aqui.


O vice-presidente de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, falou ao Site Oficial e fez uma análise do documento, traduzindo os números e termos técnicos em uma explicação mais clara para quem não tem intimidade com finanças. Pracownik destacou o que acha ser a grande notícia de 2017: depois de muitos e muitos anos, o clube finalmente possui patrimônio líquido positivo. 
 
"Acho que a grande notícia da divulgação do resultado é a de que o patrimônio líquido do Flamengo finalmente é positivo. O clube, quando o assumimos em 2012, possuía um patrimônio líquido negativo de R$ 424 milhões. E nós conseguimos, no fechamento de julho, ter um patrimônio líquido positivo de R$ 90 milhões. Essa notícia é extraordinária! Imagina como era difícil conseguir crédito com patrimônio negativo? Como era complicado buscar credibilidade pública e buscar projetos de longo prazo junto aos demais parceiros comerciais, com esse mesmo patrimônio no vermelho? E se apresentar ao mercado internacional? O Flamengo, agora, mudou drasticamente de patamar. É um clube solvente em seu balanço", disse Pracownik, que ressaltou também que ainda há muito trabalho a ser feito, mas fez longa e justa lista de agradecimentos pelo momento atual do clube. 
 
"Ainda temos muitos passos pela frente para efetivamente consolidar uma posição de fortaleza econômica e financeira, mas temos que aprender a comemorar os grandes marcos conquistados! Esse nosso novo status foi alcançado com o apoio da torcida, dos sócios, patrocinadores e parceiros, assim como graças ao trabalho efetivo dos nossos conselheiros, de todo o Conselho Diretor  e, notadamente,  do nosso extraordinário corpo de executivos. Com muito orgulho, informo aos sócios que seus títulos possuem agora um valor positivo intrínseco e real".
 
Para alcançar mais  rapidamente este marco extraordinário, três eventos merecem destaque: as vendas de Jorge, por R$ 29 milhões ao Mônaco, e Vinícius Junior, por R$ 146 milhões ao Real Madrid, e a assinatura do novo contrato de direitos de transmissão do Campeonato Carioca, até 2019, no valor de R$ 15 milhões. Segundo Pracownik, as receitas provenientes dessas operações não estavam previstas no primeiro orçamento aprovado no Conselho de Administração e resultaram em um impacto extraordinário.
 
"Basta dizer que a nossa receita operacional bruta teve um aumento de 90% em relação ao previsto no primeiro orçamento para 2017 e a receita opercional líquida, cuja previsão era de R$ 203 milhões, foi de quase R$ 400 milhões. Um aumento de 94%. E é preciso dizer  que, embora a receita tenha aumentado esses 94%, as despesas operacionais só aumentaram 22%. A consequência é o próprio superávit do exercício, que estava orçado para ser, no período, de R$ 15 milhões e foi de R$ 168 milhões. Isso dá uma diferença de quase 1000%", explicou. 
 
Se os resultados foram fantásticos, o futuro promete. A recente parceria com a empresa alemã Double Pass deverá provocar novas receitas para a base rubro-negra, mas não apenas a partir de vendas pontuais de grandes promessas, mas de forma permanente. Jogadores que porventura  não venham a ser utilizados no time principal também podem gerar receitas importantes para o clube. 
 
"Com a Double Pass, categorias de base passarão a ter uma correlação imediata com o desempenho financeiro do clube. O Flamengo ganhará não só quando conseguir vender jogadores consagrados, mas na medida em que formar jovens, mesmo aqueles que não venham a ser aproveitados no seu time principal, que podem gerar receitas para o clube de maneira contínua e permanente sempre que forem objetos de uma transação no clube que estiverem defendendo. O Flamengo recebeu, como clube formador, neste primeiro semestre, uma receita aproximada de R$ 700 mil. À medida que a gente aperfeiçoe a formação de jogadores, isso poderá gerar ainda mais receita no futuro. Esse é o caminho que o Flamengo vem trilhando desde que assumimos o clube, na primeira gestão, mas com mais profundidade e eficácia nos ultimos 12 meses", finalizou.