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Deputado vê Flamengo como protagonista em processo de aprovação da MP671

Otávio Leite, relator do projeto, explica impacto das alterações no futebol brasileiro

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O início de uma nova era para o futebol brasileiro. É assim que está sendo encarada a aprovação da Medida Provisória 671, que refinancia as dívidas dos clubes de futebol do país. Em contrapartida, as instituições devem manter políticas de boa governança e correm risco de sérias punições em caso de descumprimento.

Reforçando sua posição de vanguarda em gestão esportiva e financeira no país, o Flamengo já havia aprovado, quatro meses antes, a sua Lei de Responsabilidade fiscal rubro-negra. Assim, quatro meses antes da aprovação da lei federal, já estava com suas práticas de acordo com o que foi instituído.

Relator do projeto, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) conversou com o site oficial do Flamengo e falou sobre a nova regulamentação.

Confira as declarações do deputado:

A aprovação da medida 671
- As regras instituídas nesta nova lei significam um "tranco" de ajuste para o futebol brasileiro. Porque, ao mesmo tempo que permite que os clubes saiam do atoleiro financeiro que se encontram mediante o parcelamento de suas dívidas, os obriga a adotarem, em contrapartida, práticas saudáveis de administração e transparência. 

As mudanças no futebol
- Um ponto fundamental é a penalidade de rebaixamento que se aplicará ao clube que não honre o pagamento das parcelas dos seus tributos regulares assim como os de funcionários e atletas. Muitos outros pontos foram aprovados, mas esses significam um divisor de água para o futebol brasileiro. 

A participação do Flamengo e do presidente Eduardo Bandeira de Mello
- Tudo começa quando o ex-presidente Marcio Braga me chama atenção para a necessidade de mudar a lei e permitir que os clubes formadores de atletas olímpicos também tivessem uma parcela das verbas de loteria. Trabalhamos duramente e conquistamos essa vitória e, hoje, o Flamengo recebe verbas, desenvolve programas financiados por essas verbas, graças ao seu trabalho. 

Por outro lado, para chegarmos à MP do futebol foram necessários dois anos de intensas articulações e debates na câmara dos deputados. E a presença do Flamengo foi mais uma vez de protagonista, pois perdi a conta de quantas foram as vezes que o presidente Eduardo Bandeira de Mello esteve presente nesse processo. Sua participação foi fundamental. 

O impacto das contrapartidas
- As contrapartidas de responsabilidade fiscal e transparência que se impõem aos clubes são um pressuposto para que  tenham o beneficio do parcelamento. A cultura administrativa dos clubes do país vai ter que mudar. E o Flamengo já é um bom exemplo disso. É preciso virar a página de dirigentes  e irresponsáveis que se apropriam das instituições como se fossem seus proprietários. A luta continua.