O sábado (26) marcou o encerramento de uma semana histórica no Parque Aquático Fadel Fadel, na Gávea. Pela primeira vez em sua trajetória centenária, o Flamengo sediou o Troféu Maria Lenk, principal competição da natação brasileira, e viveu dias inesquecíveis dentro e fora d’água. Em uma edição simbólica — no clube que foi casa de Maria Lenk durante muitos anos — o Flamengo celebrou conquistas que vão muito além das medalhas.

No último dia de provas, Stephan Steverink voltou à piscina para disputar sua sexta prova individual e coroar uma campanha impecável. Nos 1500m livre, o nadador rubro-negro conquistou a medalha de prata com o tempo de 15:19.17. Assim, fechou sua participação no campeonato com um feito inédito: seis provas, seis medalhas — quatro pratas e dois bronzes —, além de um prêmio ainda mais especial. Com o índice conquistado nos 400m livre, Stephan está classificado para o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, que será disputado em Singapura. “Estou muito feliz, nadei seis provas e ganhei seis medalhas. Um feito inédito pra mim. Fui o segundo atleta mais eficiente do campeonato, me classifiquei para o Mundial de Singapura e coloquei seis medalhas no peito. Muito satisfeito mesmo”, comemorou.

Gabi Assis foi outra que brilhou nas piscinas da Gávea, conquistando três medalhas de ouro nas provas de 50m, 100m e 200m peito, encerrando sua participação de forma perfeita no estilo que é sua especialidade. 

Mais do que as medalhas, o Troféu Maria Lenk no Flamengo deixa um legado. Para o Head Coach da FlaNatação, Carlos Matheus, o significado supera qualquer resultado. “Tem coisas que vão além da borda da piscina. O Flamengo trazer uma competição como essa, desse nível, não tem só a importância do índice mundial, e sim o legado que vamos deixando para todos os jovens que passaram esses dias aqui, do infantil ao adulto. O Flamengo é grandioso, e nossos atletas representaram o clube de maneira grandiosa, exemplo para todos aqui presentes. Legado e inspiração”, afirmou. Para Carlão, o sucesso da semana é só o começo de uma caminhada ainda maior: “Mandamos atletas para todas as seleções. Estou muito satisfeito, mas pode ter certeza que segunda-feira estaremos batalhando pra ter resultados melhores ainda.”

A estrutura rubro-negra também foi reconhecida pelo presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La Porta, que fez questão de destacar o sucesso do evento. “É muito importante um clube tão tradicional como o Flamengo receber um torneio da magnitude do Maria Lenk. O clube ofereceu todas as condições possíveis, para o torneio e para os atletas. Nos sentimos muito seguros em sediar uma competição como essa aqui. O Flamengo traz a relevância histórica e a estrutura que o Maria Lenk merece”, declarou.

Ao todo, o Flamengo encerrou o Troféu Maria Lenk com dez medalhas: três ouros (todos com Gabi Assis), quatro pratas (todas com Stephan Steverink) e três bronzes (dois com Stephan e um com Guilherme Kanzler).

Durante o Troféu Maria Lenk 2025, a Natação do Clube de Regatas do Flamengo conta com recursos de seus apoiadores Estácio e Instituto YDUQS, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé.