Cesar Cielo é um especialista em velocidade. Campeão olímpico, mundial e recordista mundial dos 50m livre, o brasileiro nada a prova neste sábado (21/8), quarto dia de competições do Pan Pacífico de Irvine, Califórnia (EUA). Cielo disputa as eliminatórias da distância em programa de provas que terá início às 14 horas (horário de Brasília). As finais serão decididas a partir das 22 horas (de Brasília). Cielo mostrou que está muito rápido ao vencer os 50m borboleta, largar e virar na frente a primeira parte dos 100m livre, em que ficou com a medalha de bronze.
\Apesar de ter vencido os 50 metros em todas as cinco competições que disputou na temporada, Cielo comemorou ter baixado, no Paris Open, em junho, a marca que era do russo Alexander Popov, de 21s64, desde 2000. Cielo fez 21s55, na competição parisiense, tempo que já foi melhorado duas vezes pelo francês Frédérick Bousquet no Campeonato Europeu, este mês, na Hungria: 21s49 e 21s36. Cielo, que tem a segunda melhor marca do mundo no ano, não enfrentará Bousquet no Pan-Pacífico - os nadadores europeus não estão na disputa. Dos rivais, os americanos Nathan Adrian é o quarto do ranking, com 21s70, e Cullen Jones, o sexto, com 21s97, tempos obtidos nas eliminatórias americanas para o Mundial de Xangai, em Irvine, neste mês de agosto.
\"Para mim, pessoalmente, eu queria ser o primeiro a fazer (tempo abaixo do Popov). Eu sabia que ia ser difícil, porque o Pan-Pacífico é a última competição em piscina longa entre as grandes este ano. Quando eu chegasse aqui, a seletiva norte-americana e o Europeu já teriam sido realizados e minha chance de ser o primeiro a melhorar a marca do Popov era menor. Por isso, quando bati a marca no Paris Open fiquei muito feliz por ser o primeiro. Mas o meu objetivo pessoal desde o começo da temporada já era abaixo desse 21s64", disse Cielo.
\Cielo é dono do recorde mundial da prova, com trajes tecnlógicos, agora proibidos pela Fina, com o tempo de 20s91. Mas prefere não fazer previsões sobre quando e se esse recorde pode cair na era das bermudas. "Pode até ser que dure um ano ou pode ser que fique aí por anos. É difícil falar, até porque, sem o maiô, a gente demorou oito anos para bater o tempo do Popov nos 50m, que era de 2000 (21s64). Com ou sem o maiô, o melhor tempo do mundo é sempre uma barreira psicológica muito difícil."
\A comissão técnica da seleção brasileira decidiu retirar a equipe da disputa do revezamento 4x100 m, que seria nesta sexta-feira (20/8), para preservar Cielo para os 50m livre, e também considerando que, sem ele, as chances de pódio seriam reduzidas.
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