Rubro-negras defendem o Brasil em competição virtual de Nado Artístico da UANA
Jullia Catharino e Vitória Casale entram em ação neste sábado (20) em plataforma online
Por Helena Petry - emHá três meses em confinamento, as nadadoras artísticas do Flamengo tiveram que se reinventar para continuar praticando a modalidade longe das piscinas. Treinando em casa, elas tentam manter a rotina e muitas seguem conciliando os compromissos com o clube e a Seleção Brasileira, entre elas, Jullia Catharino e Vitória Casale. Acostumadas a defender o país em competições internacionais, as rubro-negras terão um desafio diferente neste fim de semana. No sábado (20), elas encaram o Campeonato Virtual de Nado Artístico da UANA (União Americana de Natação).
Jullia, na categoria Júnior, e Vitória, na Sênior, foram convocadas para a disputa pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos após uma seletiva online. Apesar dos moldes diferentes e do distanciamento social, as duas garantem que a vontade de vencer é a mesma.
“Acho que, apesar de não estarmos todas juntas fisicamente, estamos juntas de coração, representando nossa equipe, nossa união e nosso potencial. Então vou dar o meu melhor por todas nós e buscar o melhor resultado possível para o nosso país”, destacou Jullia Catharino. “Defendo a Seleção Brasileira há cinco anos nas piscinas, e pela primeira vez estou tendo a oportunidade de representá-la num momento inédito no mundo todo. Com certeza é uma honra, defender meu país é sempre muito especial, ainda mais diante do nosso cenário atual. Podermos nos conectar com diversos países, atletas, com desafios novos, é incrível”, completou.
Para Vitória Casale, também não importa que, desta vez, a disputa seja fora das piscinas. O objetivo, segundo ela, é sempre o mesmo.
“Todo atleta, ainda mais de alto rendimento, é competitivo e busca sempre o seu melhor”, disse a nadadora. “A sensação de defender a Seleção Brasileira fora d’água é tão boa quanto poder representar o país em competição internacional, seja virtual ou não”.
As rubro-negras pontuaram também as particularidades de um campeonato em terra firme, para quem está acostumado a passar mais tempo dentro, do que fora d’água.
“É diferente, já que fora temos o chão como base de qualquer movimento. Na piscina não podemos tocar no fundo, fazendo-nos ter uma percepção corporal maior”, comentou Vitória.
“Apesar de praticarmos exercícios fora d’água, nosso maior contato é de fato com a água. Requer um pouco mais de concentração e precisão para que saia tudo certinho, mantendo sempre o foco nos pés no chão”, disse Jullia.
As vencedoras do Campeonato Virtual de Nado Artístico da UANA garantirão vagas no Mundial Virtual da modalidade. A disputa será realizada no dia 1º de agosto, dia anterior ao que marcaria o início da competição de nado nos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021.
As equipes de nado artístico do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – Banco Bonsucesso, Furnas, Estácio, LafargeHolcim/Cimento Mauá, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), além de apoio da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé.