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No Dia do Profissional de Educação Física, Beta Perillier se emociona ao falar de sua vocação

Com mais de 20 anos de casa, técnica do nado sincronizado rubro-negro celebra a profissão

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O mês de setembro começa celebrando uma profissão que diariamente dá o seu melhor, fazendo com que os atletas rubro-negros brilhem em suas modalidades e que o Flamengo seja a maior potência poliesportiva do Brasil. Neste 1 de setembro, Dia do Profissional de Educação Física, o Site Oficial do Mais Querido bate um papo exclusivo com Roberta Perillier, a nossa Beta, técnica do nado sincronizado rubro-negro.

A profissional exemplar, que defende as cores do Flamengo há mais de 20 anos, não só exaltou a carreira de quem escolheu seguir a Educação Física, como se emocionou ao falar da própria trajetória dentro da profissão. Confira a entrevista completa abaixo.
 
Site Oficial: Ser profissional de Educação Física era um sonho seu de infância?

Roberta Perillier: Na verdade, meu sonho sempre foi a Olimpíada. Quando eu tinha quatro anos estava assistindo a abertura dos Jogos de Moscou, acho que quem tem a minha idade vai lembrar bem disso, e aí o Urso Misha, mascote do evento, saiu voando e fui para a janela do meu quarto e fiquei olhando, esperando o Misha chegar. Ele obviamente nunca chegou e falei para os meus pais que queria um dia fazer parte daquilo, do maior evento esportivo do mundo, que aquele era meu sonho. Desde então entrei no esporte, fui atleta de ginástica rítmica e depois acabei caindo no nado sincronizado.

Todos nós conhecemos a Roberta ex-atleta, técnica multicampeã, excelente profissional, com anos de Flamengo e Brasil nas costas. Como foi o início da sua trajetória na profissão?
 
Meu sonho de profissão era ser médica, mas o esporte me puxou para fazer Educação Física, uma faculdade que amei, me encontrei. Sou formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, onde tive professores maravilhosos e tenho lembranças excepcionais. A Educação Física me completou, porque vi que podia trabalhar de formas muito diversificadas. Eu poderia trabalhar não só com alto rendimento, com o esporte, que é minha grande paixão, mas também com aulas para idosos ou mais voltadas para a parte até mesmo médica, como recuperação, pós-cirúrgico. Sou realmente fã do que eu faço e, por caminhos diferentes, acabei chegando na minha profissão.

Para você, graduada em Educação Física, qual a importância desse profissional, não apenas para a formação de atletas de alto rendimento, mas também para a formação de cidadãos?
 
O ser humano é um conjunto. Temos o desenvolvimento intelectual, cognitivo e físico. O professor de Educação Física deveria ser considerado tão importante quanto um de matemática. Para uma criança em desenvolvimento, ele é igualmente fundamental. Fora isso, por estarmos muito próximos do movimento, e isso na criança, no adolescente, é um fator muito positivo, acabamos ficando muito próximos da pessoa com que trabalhamos. Até acredito que é isso que nos deixa tão apaixonados pelo o que fazemos. Deixo de ser só técnica para ser muitas vezes quase uma mãe. Acabo lidando com vários problemas e várias coisas além do movimento em si que tenho que desenvolver do nado sincronizado.
 
Aho uma pena que muitas vezes não tenhamos esse reconhecimento total da profissão, que é extremamente abrangente, grandiosa de estudo e que tem muito para produzir. O profissional de Educação Física trabalha com gente e com saúde, assim como trabalha com alto rendimento.

Você conquistou muitos títulos e também alcançou muitos objetivos pessoais e profissionais nos seus mais de 20 anos de carreira. Quais desses momentos enquanto profissional de Educação Física você destaca?
 
São vários momentos nesses muitos anos que eu guardo com muito carinho. Meu primeiro título no Flamengo foi muito marcante, o Pan-Americano de 2007, minha primeira Olimpíada, a chegada na Vila Olímpica, que foi realmente a realização de um sonho. E até mesmo algumas passagens aqui, na borda da piscina, com algumas atletas minhas. Coisas pequenas como um sorriso, um primeiro movimento, o primeiro Can-Can da Eduarda Wolf que ficou muito guardado na minha memória... e até mesmo atletas pequenas, com medo de ficar o exercício todo de baixo d’água. Tem realmente muita coisa boa para relembrar.

Roberta está à frente das equipes sênior, juvenil e júnior de nado sincronizado do Flamengo. Em novembro ela buscará mais um título nacional para o Mais Querido, competindo no Campeonato Brasileiro.
 
O Clube de Regatas do Flamengo parabeniza e agradece a todos os profissionais de Educação Física que são fundamentais para fazer do Mais Querido o maior clube poliesportivo do Brasil.