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"Sonho da minha mãe era que eu fizesse ballet", revela judoca Karine Couto

Faixa preta de judô, a atleta do Flamengo fala sobre sua paixão por lutar compartilhada com os estudos de fisioterapia

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Ela é faixa preta de judô no Flamengo e faixa azul de jiu-jitsu fora do clube. Quando encontra tempo, corre para praticar muay thai com os amigos. Além de toda a rotina de treinos na Gávea, Karine Couto, 22, ainda consegue uma vaga na agenda para pensar no seu pós-carreira e cursa fisioterapia na Estácio. A jovem judoca é uma das principais promessas da equipe feminina do Mais Querido e fala sobre a modalidade com admiração e respeito.

"O judô do Flamengo tem um nome muito forte no cenário nacional e isso é maravilhoso. O melhor do clube é que todas as pessoas que entram na equipe se tornam sua família. Todos ajudam um ao outro, e ajudamos até mesmo as pessoas que não são da nossa categoria. O judô do Flamengo é muito unido. O sonho da minha mãe era que eu fizesse ballet (risos). Tadinha, eu fiz um dia, mas não quis mais. Eu brigava muito com a minha irmã quando era mais nova e foi então que um amigo da minha mãe disse que eu deveria treinar judô. Foi amor ao primeiro golpe", conta Karine.

A conquista dos campeonatos Estadual, Brasileiro Regional e da Copa Minas de judô são seus principais títulos nesses cinco anos de Flamengo. No entanto, a judoca não pretende parar por aí. "Pretendo me laurear aqui (risos)", projeta a judoca.

Além de se dedicar com tamanha paixão à luta, Karine ainda consegue encontrar tempo no seu dia a dia para cursar uma faculdade.

"Estudo na Estácio desde o início de 2015. Faço fisioterapia. É bem intensa a minha rotina. Acordo todos os dias às 6h da manhã para ir à faculdade. Chego em casa e almoço rápido para ir ao treino físico na Gávea. Depois de uma hora de intervalo vou para o treino de judô. Saio tarde do Flamengo e tem dias que ainda vou para o jiu-jitsu. É cansativo, mas é minha rotina e eu adoro. Meu sonho no esporte hoje é voltar para a Seleção Brasileira, mas eu penso em um passo de cada vez, de degrau em degrau. Quem sabe uma Olimpíada? Na minha profissão futura, meu foco é me tornar fisioterapeuta do clube. Já não me vejo longe do Flamengo. Quando minha carreira no judô acabar, vou querer continuar por aqui", diz Karine, que aproveita a oportunidade oferecida pela Estácio em conquistar uma graduação através das bolsas de estudos disponibilizadas aos atletas do Mais Querido.

"O judô e o jiu-jitsu prezam sempre pela disciplina, respeito ao próximo, ao mais graduado. Você tem que ter disciplina na escola, na faculdade, pois cobram nosso boletim. Temos que respeitar os pais dentro de casa para que não sejamos penalizados no esporte. Isso tudo fez com que eu te tornasse essa mulher que sou hoje", finaliza a rubro-negra.

As equipes de judô do Clube de Regatas do Flamengo contam com apoio da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) provenientes da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé e com recursos de seu patrocinador – MRS Logística – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR).