Promessa do judô nacional, Duda Diniz fala sobre Copa Brasil e convocações para a seleção
Rubro-negra foi eleita Atleta Revelação do torneio e, aos 18 anos, sonha com medalha olímpica
Por Helena Petry - emTodo jovem atleta sonha em um dia conquistar uma medalha olímpica. Para Maria Eduarda Diniz, judoca rubro-negra de 18 anos, o objetivo ficou um pouco mais próximo em 2020. Natural de São José dos Campos (SP), Duda iniciou a carreira na modalidade no Projeto Olhar Futuro aos sete anos. A menina tomou gosto pelo esporte e, no início desta temporada, se transferiu para o Flamengo com o intuito de evoluir cada vez mais. Desde então, participou de duas convocações para treinamentos da Seleção Brasileira de judô e, recentemente, brilhou na disputa da Copa Brasil Interclubes.
O torneio é uma novidade no calendário da CBJ e seguiu os moldes da nova prova olímpica por equipes mistas, que irá estrear nos Jogos de Tóquio 2021. Duda participou da competição emprestada para o Paineiras do Morumby, prática comum na modalidade, e ajudou a equipe a conquistar a medalha de bronze.
“A Copa Brasil foi uma experiência muito incrível. Foi um campeonato muito forte, com os melhores judocas do país, e eu era a mais jovem do evento. Mesmo sendo uma das mais novinhas, eu consegui lutar muito bem e dar o meu melhor e isso foi muito importante para o meu desenvolvimento”, disse a rubro-negra.
“Na disputa pelo bronze, eu fiz a quarta luta e o meu ponto era decisivo. Se ganhasse aquela luta, a equipe estaria em terceiro e não precisaria entrar mais, então quando eu venci foi incrível. O grupo todo fez uma baita festa comemorando, foi demais”, completou Duda, que foi eleita ainda Atleta Revelação do torneio.
A rubro-negra compete na categoria Sub-19, mas vem se destacando em disputas e treinamentos com atletas Sênior. Na convocação para a Seleção Brasileira, Maria Eduarda participa e auxilia nos treinos da equipe adulta, algo incomum para uma judoca tão jovem.
“A convocação da Duda para a seleção principal é uma condição de exceção pelo padrão de treino e competição que ela tem”, explica Floriano Almeida, coordenador técnico do judô do Mais Querido. “Nós a trouxemos para o clube pelo perfil de atleta que tem. Aguerrida, ela é muito ativa nos treinos e contagia os outros a subir de patamar. Os planos para ela são de mantê-la sempre no grupo de seleção e buscar resultados nacionais e internacionais”.
Planos estes reforçados pela judoca. Buscando evoluir na modalidade e garantir uma vaga na equipe principal do Brasil, Duda comemora a chamada para os treinamentos que ocorrem em Pindamonhangaba (SP), no centro da confederação.
“Eu fico feliz demais com as convocações para a Seleção Brasileira. Os treinos são bem fortes sempre e treinar com as meninas da seleção é uma experiência maravilhosa e que ajuda demais meu crescimento e desenvolvimento”, disse ela, que embarca para a cidade paulistana na próxima semana para a segunda série de treinamentos com a CBJ. A primeira, ocorrida em janeiro, foi realizada em Mittersill, na Áustria.
Movida a desafios, Duda pretende conciliar a carreira como judoca aos estudos. Com a parceria entre o Flamengo e a Universidade Estácio de Sá, que garante bolsas para os atletas rubro-negros, Maria Eduarda se matriculou no curso de edudação física e aguarda o início de 2021 para começar as aulas presenciais.
As equipes de judô do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – Estácio, AmBev, Rede D’or – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé.