Judoca rubro-negra Rafaela Silva é bicampeã mundial pela Seleção Brasileira
Depois de dois anos sem competir, atleta conquista o mundo pela segunda vez na carreira em virada emocionante
Por Roberta Pinto - emA campeã olímpica, 10ª colocada no ranking mundial, entrou na segunda rodada da competição. A primeira adversária foi a atleta local Nilufar Ermaganbetova. Rafa venceu com um rápido ippon. Na sequência, a rubro-negra teve a búlgara Ivelina Ilieva pela frente, que deu um pouco mais de trabalho, mas a rubro-negra venceu novamente por ippon.
Nas quartas, encontrou a ucraniana Daria Bilodid, bicampeã mundial e medalhista de bronze em Tóquio-2020. Numa luta muito disputada, Rafaela se classificou para a semifinal, depois de a adversária receber punições. Na disputa pela vaga ma decisão, Rafa foi contundente: precisou de apenas 24 segundos para aplicar um ippon sobre a líder do ranking mundial, a israelense Timna Nelson Levy.
Na final contra Funakubo, Rafaela mostrou ainda mais superação. Ela teve que sair de uma imobilização, que quase lhe custou a vitória. A japonesa conseguiu controlar a brasileira por nove segundos, mas a pontuação só começa a valer com dez. Rafaela, mesmo com o braço direito preso, conseguiu virar o jogo. Restando apenas 30 segundos, a Braba conseguiu um lindo waza-ari e assumiu a liderança do placar da luta. Depois, só controlou o combate até o fim, para a explosão de alegria na comemoração do título.
Rafaela é única brasileira que possui os títulos de campeã olímpica e mundial. Em 2011, foi prata, e, em 2013, foi ouro no Rio de Janeiro, diante de um Maracanãzinho lotado. A medalha de ouro olímpica veio na Rio-2016. Em 2019, Rafa ficou com o bronze em Tóquio.
Campanha de Rafaela Silva no Mundial
1ª rodada - Nilufar Ermaganbetova (UZB) - Ippon
Oitavas de final - Ivelina Ilieva (BUL) - Ippon no golden score
Quartas de final - Daria Bilodid (UCR) - Ippon
Semifinal - Timna Nelson-Levy (ISR) - Ippon
Final - Haruka Funakubo (JPN) - Waza-ari