Setembro Azul e 17ª Primavera de Museus no Flamengo
Por Patrimônio Histórico - emNo último sábado (23), o departamento de Patrimônio Histórico do Flamengo realizou duas ações importantes para o mês de setembro. A primeira foi uma oficina aberta ao público em razão do Setembro Azul e foi conduzida pelo pedagogo surdo Ulrich Palhares, do Educativo do Museu Flamengo. O setor recebeu 20 surdos que assistiram a uma palestra sobre o trabalho e a experiência de ser um educador cultural no contexto esportivo, que recebe a comunidade surda, e uma visita pedagógica em Libras pelo Museu Flamengo. Os participantes receberam lanches e puderam conhecer mais sobre a história do Mais Querido, tirar foto com uma taça e ver na prática a acessibilidade e a oportunidade que o Clube oferece para a comunidade surda.
Segundo Ulrich, “é importante essa celebração ao dia Internacional das Línguas de Sinais, convidando o torcedor surdo flamenguista a conhecer o Clube de Regatas do Flamengo e a história através do Museu. O povo surdo flamenguista amou a aula de história do Flamengo, com muita comunicação em Libras e muitas emoções ao apresentar as fotos das comunidades surdas, principalmente a do Instituto Nacional da Educação de Surdos – INES”.
Ao mesmo tempo, aconteciam também atividades voltadas para a 17ª Primavera de Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que teve como tema "Memórias e democracia: pessoas LGBT+, quilombolas e indígenas", com a proposta de destacar o papel dos museus na promoção da inclusão social e da diversidade.
O departamento de Patrimônio Histórico rubro-negro se inscreveu na programação do evento e realizou, com a equipe do Educativo, uma visita pedagógica pelo Museu Flamengo, destacando as representações presentes na instituição que contextualizam com a temática da 17ª Primavera de Museus. Os grupos contemplados vieram de duas instituições diferentes: a primeira foi a ONG Casinha, que existe há seis anos e tem como proposta oferecer apoio à população LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade; o segundo foi a Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres – Codim, que existe há 20 anos em Niterói e procura desenvolver políticas públicas garantidoras dos direitos das mulheres.
Além da visita, os grupos realizaram uma oficina com a equipe de Museologia sobre Noções de Conservação do Acervo Museológico, onde conheceram um pouco da teoria e do trabalho que é realizado dentro do Clube nesta área. Além disso, puderam colocar as luvas e realizar na prática uma higienização e acondicionamento de fotografias do nosso acervo, conhecimento que poderão levar e executar no seu dia a dia. Em nota, a museóloga Natália de Araujo Domingos abordou a ação.
“Nossa equipe elaborou essa oficina no intuito de divulgar o trabalho multidisciplinar para fora do Clube, além de comunicar e promover a experimentação de caminhos que se entrelaçam com a área, sendo, nessa dinâmica de trocas, um encontro das perspectivas do trabalho profissional com a do cotidiano dos participantes", disse.
O resultado dessa ação proporcionou uma incrível variação de leituras dos processos de conservação e preservação associado às vivencias. A Museologia, por sua vez, teve a oportunidade de viver um encontro onde as partes puderam aprender e debater técnicas, estratégias e metodologias, que conversaram sobre outras áreas de trabalho, deixando aberto um canal de novas possibilidades para futuras oficinas.
O grupo foi contemplado com transporte e lanche e, ao final da atividade, todos ganharam um brinde especial do Flamengo.