Edson Arantes do Nascimento, Atleta do Século, Rei do Futebol. Existem várias formas de chamar Pelé, que hoje deixou o futebol mundial de luto e milhões de corações tomados pela saudade. 

Para qualquer amante do futebol, uma lenda. Para o Flamengo, mais do que um admirável adversário, foi um grande parceiro de causas. Em 1976, voltou da aposentadoria da Seleção Brasileira para participar de uma partida do Brasil contra o Flamengo, em homenagem ao craque Geraldo “Assoviador”, que teve a renda revertida à família do jogador rubro-negro, falecido precocemente, com apenas 22 anos.

Poucos anos depois, o Manto virou vestimenta do Rei. Por um dia, nos deu a honra de ser o Camisa 10 rubro-negro. Foi em 1979, em amistoso contra o Atlético-MG; com renda revertida para as vítimas de chuvas que castigaram Minas Gerais. No Maracanã, cerca de 140 mil privilegiados puderam ser testemunhas oculares do encontro de duas realezas do esporte bretão: Zico e Pelé.

Não foi apenas dentro de campo que ele fez história. Em tempos ainda mais cruéis, Edson, um homem preto, retinto, da periferia, foi coroado, se tornando muito mais do que um ícone dentro das quatro linhas, mas também um suspiro de esperança para incontáveis jovens negros do nosso país.

Se o Brasil é esta potência esportiva internacional, que inspira por vencer com alegria e malemolência, é, em grande parte, graças a Pelé. E vai além: o Rei foi um dos maiores responsáveis por aumentar consideravelmente o número de amantes do futebol por todo planeta.

Pelé parou uma guerra. O mundo parava para ver Pelé. E agora para novamente por não vê-lo mais.

Diante desta irreparável perda, o Clube de Regatas do Flamengo presta condolências aos amigos, familiares, fãs e todos os amantes do futebol.