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Atletas do Flamengo visitam o circuito de valorização da cultura negra na região da Gamboa

Tarde foi de aprendizado e debate sobre o racismo, que tem fortes reflexos dos séculos de escravidão no Brasil

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Foto: Gilvan de Souza/CRF

Na tarde da última sexta-feira (6), atletas de judô, remo e basquete do Flamengo estiveram na região conhecida como Pequena África, na Gamboa, para um circuito histórico de memória e valorização da cultura negra. 

Com início no Largo da Prainha e encerramento no Cemitério dos Pretos Novos, um sítio arqueológico com restos mortais de pessoas escravizadas, o circuito proporcionou aos atletas uma tarde de muito aprendizado, reflexão e debate sobre o racismo estrutural e os graves reflexos de desigualdade que permeiam a sociedade até os dias atuais. 

“A percepção do racismo fica mais evidente quando se trata de uma discriminação ou xingamento. Mas sendo estrutural, muitas vezes o racismo se dá forma sutil, na falta de oportunidades iguais para todos, por exemplo. Muitas vezes a própria pessoa agredida nem se percebe vítima do racismo. Por isso, combater o racismo deve ser uma luta de todos e não de um movimento em especial”, comentou Pedro Drummond, remador do clube.

Durante a visita, os atletas foram ciceroneados pelo guia do Instituto de Pesquisa e Memória dos Pretos Novos (IPN), cuja missão é preservar o patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro, promovendo a reflexão sobre a escravidão e suas sequelas para os princípios de igualdade racial. Na visita, esteve presente também o vice-presidente de Responsabilidade Social, Ricardo Campelo.

Para mais informações sobre o IPN visite pretosnovos.com.br.