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Georgette Vidor analisa o primeiro ano do seu retorno ao Flamengo: "Saldo mais que positivo"

Coordenadora Técnica fala sobre o trabalho realizado apesar da pandemia, elogia os atletas e projeta o clube forte em 2021

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Foto: Paula Reis / Flamengo

Com uma história recheada de títulos e momentos especiais, Georgette Vidor retornou ao Flamengo em 2020 no cargo de coordenadora técnica. Por conta da pandemia, o ano foi totalmente diferente na modalidade, mas não faltou dedicação integral para fazer as coisas acontecerem. Algo que caminha junto com a sua trajetória no esporte desde o início.

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Na ausência de competições oficiais, o clube realizou o Torneio de 125 anos, que foi transmitido ao vivo pela FlaTV, e a apresentação de Natal. Segundo a dirigente, isso tudo foi possível pela força do trabalho em conjunto e por todo apoio das ginastas consagradas da equipe rubro-negra.

"Saldo mais que positivo. Na época dos treinos virtuais, eu nunca imaginei encerrar dessa forma. Quando vi que era possível fazer os dois eventos, me animei. Tive a parceria da Roberta (Perillier, gerente da modalidade), que entendeu e deu todo apoio... Fizemos uma transmissão ao vivo pela primeira vez na história da ginástica e 36 mil pessoas assistiram. As pessoas ainda não estão acostumadas com isso e eu acho que daqui pra frente vai ser algo constante e representativo. Consegui motivar as meninas da seleção brasileira e elas foram fundamentais. No torneio, Flavia e Rebeca não competiram porque estavam com Covid-19, mas se recuperaram e participaram da apresentação. Aliás, todos os ginastas estiveram conosco nesse último evento", disse. 

O calendário para 2021 ainda não está 100% definido, mas já conta com a Olimpíada de Tóquio. Diante do cenário, a coordenadora afirmou que, apesar de ser difícil projetar algo, a ideia é ter mais uma atleta nos Jogos. Em relação ao Rubro-Negro, a pauta é sempre a evolução, principalmente, passando por atletas que estão começando a carreira agora.

"Acho que só conseguimos projetar qualquer coisa com a vacina. Nós temos a ambição de ter uma segunda ginasta flamenguista na Olimpíada. O classificatório será em maio, nos Estados Unidos, e essa é a nossa meta. Minha ideia também é fortalecer a nossa equipe para, assim que o calendário sair, todos estejam preparados. Quero voltar a competir internacionalmente mesmo com as pequenas, porque acho que temos vários talentos. É isso que passo para os treinadores. Nós temos atletas capazes de serem o futuro da ginástica artística brasileira. E os exemplos estão aqui: Daniele Hypolito, Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane dos Santos, Rebeca Andrade, a Isabelle Retamiro, que agora é nossa estagiária, e a Lorenna Antunes, também trabalhando conosco. Todas foram seleção brasileira. Eu, além de ser treinadora, fui coordenadora durante anos na seleção e preparei elas para as competições, então, temos tudo para sermos o melhor clube do Brasil de forma imbatível. No masculino, pretendo dar uma virada e mudar um pouco a história. É bom ressaltar que precisamos ver como a pandemia vai ficar, mas se nós passarmos como esse ano, vamos estar em um nível altíssimo", avaliou em tom otimista.   

Ao finalizar o papo, Georgette fez um balanço de uma temporada diferente das demais, onde se reinventar foi necessário, e também falou com muita felicidade sobre a sua volta ao Mais Querido.  

"Eu tinha 25 de anos história aqui e, quando me tornei coordenadora da seleção, também acompanhei de perto. Retornei com muita vontade de fazer o Flamengo imbatível de novo, mas com dois meses de trabalho, surgiu a pandemia. Não tivemos cortes na equipe e eu e Angelo começamos a tocar os treinos virtuais. Entrávamos na internet nove da manhã e saíamos às sete da noite todos os dias. Criamos avaliações e competições para motivar, fizemos tudo para dar suporte aos nossos atletas. Foi um momento difícil, mas o esporte me ensinou a ter tranquilidade. Estamos satisfeitos com o encerramento, afinal, o Flamengo é o coração que bate mais forte", exaltou.

As equipes de ginástica artística do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé.