Um ano de uma paixão instantânea
Diego chegou e conquistou a Nação no primeiro momento. E correspondeu com gols e dedicação
Por Mariana Sá - em
Incontáveis pedidos e promessas. Milhares de "Ai Meu Coração" e "Meu Deus Ele Vem". O barulho incansável e sem limites que o amor de uma Nação pode emitir se fez presente em cada minuto até a chegada de Diego Ribas ao Flamengo. Como uma paixão instantânea, o camisa 35 se encantou pela maior torcida do mundo e fez cada um dos 40 milhões se apaixonarem por ele.
Há um ano, Diego começava a escrever um capítulo rubro-negro em sua vitoriosa história. Anunciado no Flamengo no dia 19 de julho e cercado por festa, o meio-campista ganhou cada vez mais a confiança das arquibancadas, buscando mais e mais o título de ídolo da Nação.
A chegada
Um mar de paixão vermelha e preta tomava conta de corredores improváveis. Acostumado com milhares de idas e vindas diárias, o saguão do Aeroporto Santos Dumont foi imerso em uma atmosfera há muito não era vista. Cada vez mais a Nação se reunia e, unida, esperava um nome. "O Diego chegou". A contratação de fechar o aeroporto. O símbolo de um sentimento que até então ainda precisava ser descoberto, mas que se tornou um dos principais motores do elenco rubro-negro. O sonho de uma Nação de 40 milhões de apaixonados, enfim, havia se tornado real. Diego Ribas da Cunha, finalmente, era do Mais Querido do Mundo. E sua recepção foi à altura de seu talento.
20 de julho de 2016 ficou marcado como o dia em que o rubro-negrismo foi novamente estampado de sua forma mais apaixonada. Aeroporto, Gávea, toda e cada rede social. Diego fez-se presente no dia de cada torcedor do Flamengo. O anúncio do camisa 35 teve o poder de mexer com a paixão de cada um que veste com amor o Manto Sagrado.
Com um auditório lotado e vozes unidas cantando seu nome por onde passava, Diego foi oficialmente apresentado no salão nobre da Gávea, reafirmando seu compromisso com o Manto rubro-negro. Escolhendo a camisa número 35 em homenagem aos filhos Davi e Matteo, o meio-campista fez a promessa de que lutaria para defender o vermelho e preto a cada duelo.
"Quero agradecer por tudo que a Nação Rubro-Negra me proporcionou em poucas horas. Nas redes sociais e nas ruas. Deu para sentir o carinho. Jamais vou esquecer essa recepção. Vou me esforçar ao máximo para retribuir. Hoje se concretiza um sonho na minha vida e eu vou vivê-lo intensamente", afirmou Diego.
Primeiro ato
A tão esperada estreia foi separada por um mês do grandioso dia de apresentação. No dia 21 de agosto de 2016, o Flamengo foi até o estádio Mané Garrincha para encarar o Grêmio, adversário direto na tabela do Brasileirão. Desta forma, Brasília foi o primeiro palco de Diego com a camisa rubro-negra.
Foram 80 minutos de dedicação e suor até finalmente sair o gol e meia poder comemorar com a Nação. Após criar boas oportunidades e ajudar o Flamengo a pressionar o adversário o tempo inteiro, foi dos pés de Pará que surgiu o primeiro gol do camisa 35 pelo Mais Querido. De cabeça, Diego marcou aos 24' do segundo tempo e ajudou o Mengão a vencer aquele importante duelo.
Primeiro encontro
Foram dez meses separado de seu grande palco. Quando retornou ao Maracanã em outubro de 2016, o Flamengo tinha também seu novo maestro. O reencontro da apaixonada torcida carioca com o solo sagrado marcou ainda o primeiro encontro de um estádio lotado com o camisa 35.
Um grito que se transforma em uníssono em um Maracanã lotado. "Ih, ...". Sim, o Diego apareceu. E justificou cada esforço para tê-lo, cada voz ecoando seu nome. Diante do estádio pela primeira vez, o meio-campista fez parte dos dois gols do empate por 2 a 2 diante do Corinthians no Maracanã. No primeiro, uma linda assistência para Guerrero. Já no segundo, fez parte da jogada que deixou o camisa 9 em ótimas condições para igualar o placar.
Rei do Rio
O primeiro título com a camisa rubro-negra foi especial. Atuando em oito partidas, sendo seis da Taça Guanabara e duas na Taça Rio, Diego fez parte do elenco que pintou o Rio de Janeiro de vermelho e preto mais uma vez. Marcando quatro vezes, diante de Boavista, Macaé, Madureira e Vasco, o jogador foi muito importante na caminhada rumo à taça.
Apesar de não estar em campo, já que se recuperava de uma lesão, Diego assistiu nas arquibancadas do Maracanã seus companheiros baterem o Fluminense duas vezes na grande decisão do Campeonato Carioca. Invicto, o Flamengo reafirmou-se como Rei do Rio e venceu, pela 34ª vez, o Estadual. No gramado, o camisa 35 celebrou com o elenco e sua família, se emocionando ao levantar a taça pela primeira vez.
Um ano rubro-negro
Já se passou um ano desde aquele 19 de julho tão especial e marcante. Desde então, foram 42 jogos oficiais, 25 vitórias, 13 empates e quatro derrotas. Diego já deixou sua marca 16 vezes, fazendo dez gols apenas em 2017.
Outra importante característica do jogador é a participação em jogadas ofensivas. De suas nove assistências pelo Rubro-Negro, três foram para Paolo Guerrero (vs Corinthians, Botafogo e Chapecoense), duas para Gabriel (vs Vitória e San Lorenzo), duas para Réver (vs Internacional e Ponte Preta), uma para Willian Arão (vs Fluminense) e uma para Miguel Traco (vs San Lorenzo). Ao todo, foram três em 2016 e seis nessa temporada.
Em seu primeiro ano, o Mais Querido encontrou a derrota apenas uma vez quando Diego esteve em campo. Foram seis gols marcados e muito empenho dentro de campo em 18 partidas.
Sua história em 2017 seguirá sendo escrita com todo talento e vontade do camisa 35. Em 24 confrontos disputados, o meio-campista marcou dez vezes e continuará como parte fundamental no elenco do Fla.
Diego bateu no peito, assumiu a responsabilidade e mostrou que suas primeiras palavras com a camisa do Flamengo seriam honradas. Veio para ser feliz e viver a paixão rubro-negra, buscando, jogo a jogo, deixar o Mais Querido onde ele pertence: o topo.