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Juan fala sobre emoção no adeus de Julio Cesar aos gramados

Zagueiro concedeu entrevista aos jornalistas na zona mista do Maracanã

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A reverência de um dos grandes amigos que o futebol proporcionou ao ídolo que pendurou as chuteiras. Em um abraço que transcendeu o aspecto esportivo do momento, o zagueiro Juan expressou, mesmo sem que conseguíssimos ouvir as palavras ditas, o sentimento de todos os rubro-negros. Um momento simbólico no adeus de Julio Cesar aos gramados.


Com o triunfo por 2 a 0 sobre o América-MG diante de um Maracanã lotado, a vitoriosa carreira do goleiro foi fechada com chave de ouro no gramado onde viveu tantas histórias ao lado do companheiro de defesa. Juan comentou acerca da felicidade de participar desse momento.

"Foi emocionante. Sabia que seria assim, mas graças a Deus terminou bem, com uma vitória. Foi uma despedida do jeito que ele mereceu, do nível da carreira dele. Maracanã lotado, com a camisa do Flamengo e em uma grande partida. E foi importante voltarmos a vencer após dois jogos bons, mas nos quais a vitória não veio", comemorou o zagueiro.

Aos 39 anos, Juan tem papel fundamental no que diz respeito ao extra-campo com toda sua experiência e convívio com os Garotos do Ninho no dia a dia no CT. Da mesma forma, o camisa 4 espera que os três meses de convivência diária com Julio Cesar tenham agregado ao processo de amadurecimento desses atletas.

"Espero que principalmente os mais jovens tenham tirado muita coisa dessa humildade dele, do sacrifício que faz para treinar todos os dias e estar pronto para jogar. É uma lição que ele deu a todos do amor que tem pelo futebol. Como ele enxerga a profissão, sempre com seriedade. Sabia que seria assim, mas tinha que ter vivido isso perto desse Flamengo novo, com toda a estrutura que estamos tendo. A contribuição que ele nos deu foi fundamental", afirmou.

A emoção ditou o tom desta inesquecível noite de sábado no Maracanã, o que resultou em uma cena rara: o choro do zagueiro na hora das entrevistas pós-jogo.

"Por incrível que pareça, foi um dia bem atípico. Ele não chorou, eu chorei. Um dia muito louco", brincou. "Desde cedo, na preleção, ele pediu a palavra e disse que o importante eram os três pontos. Que era um jogo normal, independentemente de despedida ou não. Ele encarou com a mesma seriedade que em todos os jogos de sua carreira. Isso demonstra toda a humildade que ele tem", ressaltou o camisa 4.

Fechando o último ato do craque, a reverência à Nação que tanto o ama. De joelhos, o goleiro agradeceu pelo carinho e recebeu o abraço simbólico de cada torcedor rubro-negro presente. Juan falou sobre essa cena emblemática.

"Foi um momento dele, de retribuição por tudo o que o Flamengo e a torcida fizeram por ele. Ele é um ídolo do futebol brasileiro e mundial, mas foi aqui que ele nasceu, é o clube que ama. O exemplo fica, porque é um cara que rodou o mundo, ganhou tudo no futebol, e no mundo de hoje, onde se debate tanto a falta de identificação dos jogadores com os clubes, vai ficar guardado na memória", encerrou o camisa 4.