A preparação rubro-negra para a decisão da Copa do Brasil entrou em sua reta final na manhã desta terça-feira no Ninho do Urubu. Encerradas as atividades no gramado do Campo 5, comandadas pelo técnico Reinaldo Rueda, o experiente zagueiro Juan esteve presente à Sala de Imprensa Victorino Chermont, onde concedeu entrevista coletiva.
Sócio-torcedor tem mais Flamengo em vídeos da FlaTV Nação Rubro-Negra, com entrevistas exclusivas dos jogadores! Clique e sinta o orgulho de ser sócio-torcedor.
Juan analisou os confrontos que valerão o título da competição nacional, ressaltando as dificuldades que serão impostas pela equipe do Cruzeiro. Apesar de acreditar em uma partida de dificuldade elevada, o zagueiro acredita que o Mais Querido não mudará a postura ofensiva, característica histórica do clube.
"Independentemente de campeonato e adversário, o Flamengo sempre foi um time voltado a jogar para frente e acho que não será diferente dessa vez", disse. "Os números mostram o equilíbrio, que não é a toa que os dois times chegaram à final de uma competição tão importante. O Cruzeiro é um time que joga junto há um bom tempo com o Mano no comando da equipe, um treinador experiente e vencedor. Tem jogadores que há muito tempo estão brilhando no futebol brasileiro. Acho que serão dois jogos muito equilibrados, decididos nos detalhes", projetou.
O camisa 4 também ressaltou a expectativa de poder participar da decisão. "É o jogo que todo mundo espera. Trabalhamos muito para chegarmos à final de um campeonato importante como a Copa do Brasil. Um campeonato onde todos os grandes clubes do Brasil participaram, mas só dois têm o privilégio de fazer a final. Estou muito feliz por estar entre esses clubes e agora é trabalhar para conseguir o título", completou.
Com o passar dos dias, o treinador Reinaldo Rueda tem imprimido cada vez mais sua filosofia de jogo no time rubro-negro. Características vistas na outras equipes que comandou começam a ser notadas partida após partida. Sobre a adaptação do técnico colombiano, Juan relembrou sua experiência no futebol europeu.
"Se adaptar a um campeonato e a um país melhor organizado é mais fácil. No Brasil, nossa cultura é muito veloz, tudo muito rápido, e foi assim que aconteceu. Ele chegou em uma semifinal, com o primeiro jogo na casa do adversário. Nesses últimos dez dias deu para trabalharmos mais e para que ele nos passasse mais de sua filosofia. Aos poucos vamos pegando. Tínhamos uma identidade e agora começamos a associar tudo aquilo que ele pede para que o time possa ficar ainda mais competitivo", afirmou.
O comandante rubro-negro fará os últimos ajustes na equipe no treinamento dessa quarta-feira (06), quando esboçará o time que irá a campo no primeiro jogo da final. A bola rolará no Maracanão a partir das 21:45h.
Confira os principais trechos da entrevista de Juan:
Trabalhar com estrangeiros
Para mim, particularmente, é normal. Sempre fui acostumado a ter treinadores estrangeiros pelo fato de ter jogado muito tempo fora. Parece uma novidade, mas a cada dia que passa mais treinadores e jogadores estrangeiros estão trabalhando no Brasil. Mesmo sendo um time brasileiro, temos muitos jogadores sul-americanos. É uma boa oportunidade não só para mim, mas para todos os meus companheiros adquirirmos mais informações daquilo que se joga a nível sul-americano em outros países e crescermos como jogadores.
Garotos do Ninho
Faz parte da cultura do Flamengo. Foi sempre assim e acho que sempre será. Os jogadores vindos da base têm espaço, aqueles que merecem e trabalham. Quase todos os times importantes da história do Flamengo tiveram jogadores revelados no clube. São jogadores que, mesmo sendo novos, já atuaram em decisões das categorias de base. Estão treinado bem e concentrados como todos nós para dar mais esse título para o Flamengo.
Rueda vs. Mano
Acho que o duelo dos treinadores está sempre em segundo plano. O mais importante é ressaltar os trabalhos de Flamengo e Cruzeiro como um todo. Mereceram chegar à final. Sabemos que os detalhes farão a diferença. Espero que estejamos concentrados nesses 180 minutos, bem na parte técnica e que saiamos vencedores.
Volta de Cuéllar
Talvez o cenário mais perfeito seria se o jogo fosse no Brasil, pois estaria mais perto. Mas a possibilidade dessa logística foi muito boa. Não sei quem irá jogar, mas espero que ele volte com saúde assim como ele foi e que possa nos ajudar na quinta-feira.
Ausência da regra do gol qualificado
É uma coisa que só saberemos mesmo quando acabarem os 180 minutos. Não tem como cravar o que é melhor. São dois estádios que estarão cheios, mas, como são muito conhecidos de todos, os jogadores, se torna mais tranquilo para jogar a meu modo de ver, tanto no Maracanã quanto no Mineirão. Vai depender do que vai acontecer dentro de campo.
Jogo disputado
Acho que quando chega nesse nível de semifinal e final, quase sempre são jogos fechados, bem analisados e que são decididos nos detalhes. A tendênciia é que seja assim. Tem vezes que foge um pouco à regra, mas normalmente são jogos assim.