A vitória não veio, mas o empate teve gosto doce para o Flamengo, que não se entregou e lutou até o último segundo em busca do resultado. Depois de ficar atrás no placar por duas vezes, a equipe se recuperou com gols de Diego e Trauco no Maracanã, e arrancou um 2 a 2 no clássico contra o Fluminense na tarde deste domingo (18).

Além da emoção e do empenho dos comandados de Zé Ricardo, o jogo também ficou marcado pelo retorno de Trauco e Guerrero da Seleção Peruana, além de ter sido o primeiro jogo de Thiago e Conca com o Manto Sagrado no Maior do Mundo.

O Flamengo volta a campo na quinta-feira (22), às 21h, na Ilha do Urubu. A partida, contra a Chapecoense, será válida pela nona rodada do Brasileirão. Veja como garantir seu lugar no jogo em www.flamengo.com.br/ingressos.

A torcida rubro-negra - imensa maioria no estádio - já soltou o primeiro suspiro com segundos de bola rolando. Vinicius Jr. aproveitou desatenção da zaga adversária e assustou o goleiro tricolor. Na sequência, uma cabeçada providencial de Réver e a determinação de Cuéllar nas divididas frustraram as investidas do Fluminense, ambas pela esquerda. Aos 14, foi Márcio Araújo quem roubou a bola, na intermediária, e rolou para Diego, que devolveu para ele; o camisa 8 arriscou de longe, mas a redonda passou por cima do travessão.

As primeiras finalizações do Fluminense foram aos 23, mas pararam em duas defesas importantes de Thiago, que saiu bem aos pés de Wendel, e, na sequência, na cobrança do escanteio, no mesmo lance. A resposta rubro-negra não demorou e veio falando espanhol: Trauco acionou seu compatriota Guerrero, que finalizou com perigo, mas o bandeirinha já marcava o impedimento. Aos 30, quase a segunda assistência de Vinicius Jr. nos profissionais. Em lance semelhante ao que resultou no gol de Damião contra a Ponte Preta, o garoto foi à linha de fundo, cruzou e Guerrero arrematou de cabeça, mas não acertou o alvo. Apesar do domínio rubro-negro, foi o Fluminense que abriu o placar, aos 36 minutos, com Wendel, e o Flamengo foi para o intervalo perdendo por 1 a 0.

Zé Ricardo mexeu no time para o segundo tempo já no vestiário, tirando Vinicius Jr e Márcio Araújo para apostar em Berrío e Willian Arão, que entraram bastante participativos. Na arquibancada, a torcida também chegou junto e cantou alto. O apoio refletiu em campo, o time evoluiu e o empate não demorou a chegar: aos 10 minutos da etapa complementar, depois de confusão dentro da área e tentativas de Everton e Guerrero, a bola sobrou para Diego e o meia não perdoou: 1 a 1. Aos 16, um lance inacreditável: em mais uma chegada forte do ataque rubro-negro, Trauco bateu de longe, o goleiro soltou e Everton tentou a assistência, mas ninguém alcançou o passe a centímetros da meta. Mais dez minutos e Berrío teve grande chance; o velocista veio à toda pela direita, invadiu a área, deu um corte seco no marcador e mandou a bomba, mas a zaga desviou para escanteio.



Nos minutos finais, aos 36, o Fluminense voltou a ficar à frente do placar, em cobrança de pênalti de Henrique Dourado. Mas já diz o poeta: "o jogo só acaba quando o juiz apita". O Mais Querido não se entregou. E no penúltimo lance antes do árbitro erguer os braços, Trauco acreditou, soltou a bomba de longa distância, e deixou tudo igual mais uma vez, fechando a conta do clássico.