Dorival Júnior enaltece espírito de luta rubro-negro: Vamos brigar até o fim
Treinador falou ainda da importância da torcida e elogiou Marlos pelo trabalho
Por Mariana Sá - emCom o Maraca lotado e quase 60 mil rubro-negros presentes, o Flamengo brigou até o final e empatou com o Palmeiras em 1 a 1 com gol de Marlos, na noite deste sábado (27). Após a partida, o treinador Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva e comentou sobre o resultado que mantém o Fla a quatro pontos do time paulista na briga pela título brasileiro.
“Temos que ser realistas, é uma rodada a menos para conquistar pontos. Entretanto, continuamos totalmente focados e acreditamos muito no nosso caminho. Temos sempre que fazer a nossa parte primeiro para olhar os adversários depois. Os jogadores continuam acreditando, eles brigaram, batalharam até o fim e a torcida reconheceu isso. Enfrentamos uma grande equipe, mas em um momento como esse não podemos trazer nenhuma palavra que não seja de força e de briga. O futebol é caprichoso. Tentamos de todas as formas, enfrentamos um time muito bem postado e com bons jogadores. Fizemos um jogo buscando transição rápida, tentamos colocar velocidade nos extremos. Foi assim que saiu o nosso gol, outras jogadas importantes. Os jogadores se entregaram e esse comprometimento com a torcida nos fez fazer um grande jogo. O time tentou de todas as formas e esse reconhecimento das arquibancadas mostra isso”, afirmou o treinador rubro-negro.
Autor do gol de empate que fez o Maracanã vibrar, Marlos foi elogiado por Dorival, que frisou a vontade dele em ajudar o Mais Querido. “O Marlos vem fazendo um trabalho muito sério e pedindo uma oportunidade pela maneira que vem se comportando. Ele é muito interessado, querendo buscar uma nova condição. Cabe ao treinador acreditar no atleta em um momento como esse”, enalteceu.
Clima no vestiário
Após o gol de empate, o Fla sufocou o Palmeiras em seu campo defensivo e por pouco Paquetá não virou o placar. Dorival saiu em defesa do camisa 11 ressaltando que Paqueta já decidiu várias partidas para o Mais Querido. “Uribe se desgastou e queríamos que o Paquetá viesse fazer as triangulações, abrisse espaços e que chegasse mais. Ele não seria atacante de origem, mas com o potencial que apresenta abriria esses espaços. Lucas teve a bola do jogo nos pés, mas acabou calculando mal. Porém, quantas partidas ele definiu para a gente? Isso já aconteceu com grandes jogadores antes. Ganhamos em muitos aspectos com ele nesse posicionamento, o Everton Ribeiro e o Diego estavam bem também. Mas o futebol às vezes cobra um preço muito alto por não conseguirmos concretizar oportunidades. Não perdemos as esperanças mesmo assim”, explicou o treinador.
Bola do jogo sem centroavante
Questionado se a torcida pressiona negativamente o time pelo resultado, o treinador enalteceu o apoio da Nação, que mais uma vez lotou o estádio, e ressaltou o empenho e dedicação de seus comandados.
“Queremos a presença do torcedor sempre. Vocês não tem ideia do que é jogar contra a torcida do Flamengo. É esse apoio que queremos que continue acontecendo. Criamos boas oportunidades, buscamos muito, talvez o último toque não tenha sido bom. Proporcionamos apenas um contra-ataque para eles. O Flamengo foi para cima e buscou o gol o tempo todo. Não foi uma tarde feliz apenas nesse último toque, mas poderíamos ter tido uma sorte melhor”, completou.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo (4) para enfrentar o São Paulo, no Morumbi, às 18h.