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Dois anos de muitos gols e zero caô

Guerrero celebra marca com excelente fase no Mengão

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Há exatos dois anos, o caô acabou. No dia 07 de julho de 2015, José Paolo Guerrero Gonzales foi apresentado no Clube de Regatas do Flamengo e começou sua história como camisa 9 da Nação. Acabava ali não apenas o caô, mas a paz dos goleiros adversários. Foram 91 jogos, 39 gols, muita raça, entrega e dedicação ao Manto Sagrado. Os números ainda vão aumentar, e muito, e sua história promete ser uma das mais ricas que a Nação já viu. Confira no final deste texto uma entrevista exclusiva com Guerrero para  Fla TV.

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A CHEGADA

Guerrero foi a principal contratação do Flamengo em 2015 e a mais importante transferência do futebol brasileiro naquele ano. O atacante peruano vinha de conturbada rescisão com o Corinthians, e o Flamengo abriu as portas. Logo na primeira entrevista, durante a apresentação no Ninho do Urubu, ele caiu nas graças da Nação.

"O Flamengo tem a maior torcida do mundo e é muito conhecido internacionalmente. Prometo dar muito de mim e tentar ganhar sempre".



PRIMEIRO JOGO

Guerrero assinou com o Flamengo no dia 29 de maio, mas só foi apresentado no dia 7 de julho porque havia uma Copa América no meio do caminho. Ele defendeu o Peru na disputa no Chile e contou com a torcida da Nação.  Deu certo. Sua seleção chegou à semifinal, graças aos quatro gols que Guerrero marcou na competição, da qual também foi o artilheiro. Mas acabada a missão nos Andes, hora de servir à Maior Torcida do Mundo. Um dia após a apresentação, Guerrero já foi a campo com seus companheiros na fria Porto Alegre para encarar o Internacional.

PRIMEIRO GOL

E a espera durou pouco. Apenas 10 minutos. Ainda sem o entrosamento devido com os companheiros, pois fez apenas um treino, mas o talento prevaleceu. Jorge cruzou da esquerda, Canteros ajeitou, e Guerrero concluiu. O caô recebeu seu primeiro golpe naquela noite no Beira Rio.

Confira o primeiro gol de Guerrero pelo Flamengo

A PRIMEIRA VEZ NO RIO

Depois de despachar o Internacional, Guerrero ajudou o Flamengo com mais um belo gol contra o Náutico, em Pernambuco, na vitória por 2 a 0, pela Copa do Brasil. Três dias depois, chegava a hora de encontrar a Nação frente a frente. Mais de 50 mil rubro-negros encheram o Maracanã para empurrar a equipe em mais um confronto contra um tradicional rival gaúcho, desta vez o Grêmio. Mas a confiança estava renovada com a presença do atacante. E Guerrero correspondeu de novo. Jogo difícil, marcação forte, ansiedade para soltar o grito de gol. E ele veio, aos 40 minutos. Ao som da Nação, o caô acabou e foi enterrado ali no gramado do Maracanã.




AGORA UM ANO INTEIRO

Para 2016, a expectativa era a maior possível, pois o craque teria tempo para treinar desde o início da temporada. Os trabalho deu resultado, e o peruano igualou sua melhor marca no ano com 18 gols, ajudando o clube a terminar o Brasileiro na terceira posição, com 71 pontos. Ainda faltava um título para o peruano se consagrar com o Manto. E essa era a missão para 2017. 

O PRIMEIRO TÍTULO











Missão dada, missão cumprida. E de forma invicta, com melhor ataque e o troféu de artilheiro para colocar na estante. Guerrero comeu a bola. Fez gol de todos os jeitos, inclusive na final contra o Fluminense. O tricolor ganhava e apostava nos contra-ataques. O resultado levava a partida para os pênaltis. Aos 39, Gabriel cobrou escanteio, Réver subiu mais alto que todo mundo e cabeceou. Cavalieri deu rebote e Guerrero, no lugar certo, na hora certa, empatou o jogo. O Fluminense sentiu o golpe, levou mais um gol e viu o Flamengo comemorar seu 34° título carioca. O primeiro de Guerrero com a camisa rubro-negra.



UM ATACANTE COMPLETO

Nestes dois anos, Guerrero mostrou que não é atacante de uma jogada só. Sabe fazer gols de todas as maneiras. Perna direita, esquerda, cabeça, costas, joelho.... E não marca apenas dentro da área, seu habitat natural. Como um predador sempre à espera da melhor chance, Guerrero arriscou de fora e anotou oito vezes. Duas em sua nova faceta: cobrador de faltas. Fluminense e São Paulo foram vítimas de cobranças que deixaram seus goleiros de joelhos. Na pequena área, o camisa 9 mostrou como é oportunista e sabe se colocar. Foram 10 gols aproveitando rebotes de goleiro, divididas, sobras e se antecipando aos zagueiros em bolas difíceis. Mas é na grande área que o peruano arrebenta. Vinte e um gols, dezenove com a bola rolando e dois de pênalti. Ali o atacante fica à vontade. Mas pode ser de perto, de longe, de bola rolando ou parada. Com Guerrero não tem caô.

AS PRINCIPAIS VÍTIMAS

Vinte e três equipes já foram vítimas do craque com a camisa do Flamengo. As "favoritas" são as cariocas Boavista, Fluminense e Botafogo, cada uma com quatro gols na conta. Atlético Mineiro e Chapecoense possuem três ações do Guerrero para negociar na bolsa de gols, enquanto São Paulo, Nova Iguaçu e seu ex-time Corinthians foram buscar a bola duas vezes no fundo da rede. Confira no gráfico abaixo quem mais sofreu com a sede de gols do peruano.




































A HISTÓRIA CONTINUA

O livro de conquistas e glórias de Guerrero com o Flamengo ainda está longe de ser terminado. Muitas páginas em branco ainda estão esperando serem preenchidas com gols e comemorações. Em 2017, o peruano já deverá bater seu recorde de gols numa única temporada. E em excelente forma física, qual será seu limite? O Flamengo e a Nação agradecem.