Bandeira de Mello projeta clima entre torcidas no clássico: "harmonia e convivência pacífica"
Presidente rubro-negro comenta sobre duelo contra o Botafogo e acerca da perspectiva de jogos do Mais Querido no Maracanã
Por Matheus Oliveira - emUma segunda-feira com sabor especial para a Nação. Apresentando oficialmente Reinaldo Rueda como o mais novo treinador do Mais Querido, o presidente Eduardo Bandeira de Mello participou da entrevista coletiva que ocorreu na Sala de Imprensa Victorino Chermont, no Ninho do Urubu. As primeiras palavras da entrevista foram ditas pelo mandatário, que falou sobre as credenciais de Rueda em sua chegada ao Rubro-Negro
"É um treinador que dispensa apresentações. É o atual campeão da Libertadores da América, com duas Copas do Mundo na bagagem. Vencedor por onde passou. Tem uma experiência muito grande, inclusive com ligações na Europa. É um treinador que acredito que esteja à altura daquilo que o Flamengo pretende para o seu futuro, no desenvolvimento de tudo que estamos fazendo para colocar o Flamengo no topo, que é onde sua torcida merece", elogiou.
Pendências com a regularização do técnico seguem sendo resolvidas, com a expectativa de que sua estreia aconteça nessa quarta-feira (16), diante do Botafogo. O primeiro confronto da fase semifinal da Copa do Brasil foi um dos tópicos abordados por Bandeira de Mello, que ressaltou seu desejo por um clima pacífico dentro e fora do estádio.
"Vocês são testemunhas que nunca partiu do Flamengo hostilidade. Sempre externei minha preferência pela harmonia e convivência pacífica. É da minha preferência, inclusive, que clássicos cariocas tenham livre acesso da torcida. Para mim, é fácil porque fui criado assim. Tenho queridos amigos botafoguenses, tricolores e vascaínos", disse, relembrando de seus tempos de torcedor. "Quem é mais velho, assim como eu, deve lembrar das rodadas duplas. Eu ia com meus amigos botafoguenses ao Maracanã. Saíamos de lá ao fim dos jogos e continuávamos amigos. Vou aproveitar a pergunta para mandar mensagem aos rubro-negros e botafoguenses para que, mesmo separados, possam conviver. Que caso se encontrem na entrada ou na saída, não represente nenhum tipo de hostilidade", completou.
A decisão da vaga, que contará com mando de campo rubro-negro, será disputada no Maracanã. No entanto, as divergências entre a diretoria do Flamengo e a concessionária que cuida do estádio em termos estruturais e de valores continua.
"Essa postura do Flamengo continua. Seguimos achando o Maracanã muito caro e o gramado não é o ideal e maravilhoso como o que temos na Ilha do Urubu, mas acredito que possa ser feito uma melhorada provisória que dê condições boas de jogo. Fechamos um acordo para fazermos quatro jogos até o final do ano. Vamos preservar essas datas para as partidas que não pudermos fazer na Ilha, como na Copa do Brasil e na Sul-Americana em suas fases decisivas. No Brasileirão é possível que façamos um jogo ou outro no Maracanã, mas a restrição continua", frisou o mandatário.
"Estamos aguardando o lançamento da nova licitação do Maracanã para sabermos se o Fla irá participar, e em paralelo a gente segue no planejamento de um estádio próprio, com capacidade para 45 a 50 mil pessoas, para o caso de não participarmos dessa nova licitação", concluiu.