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Julio Cesar se despede dos gramados: Espero ter deixado um legado

Goleiro atuará pela última vez no sábado (21), contra o América-MG

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Os últimos momentos da vitoriosa carreira de Julio Cesar não poderiam ser em outro clube que não fosse o Flamengo. Perto do último jogo como profissional, o goleiro falou sobre os últimos três meses que viveu no clube do coração, exaltou a conivência com os atletas mais jovens e espera ter deixado um legado importante dentro do futebol.


"A relação com eles está sendo a melhor possível. Eu passei por isso na minha carreira. Olhava para Zé Carlos, Neneca, Adriano com uma sensação de admiração, querendo um dia ser igual. Isso que é bacana no futebol e espero ter conseguido deixar um legado. Quando o livro fechar e eu olhar toda história que construí no futebol, o que mais quero é ter deixado algo de positivo. Saio na rua e algumas pessoas falam que colocaram o nome do filho de Julio Cesar por causa de mim, isso não tem preço. Espero fechar esse livro deixando algum ensinamento no futebol e na vida", comentou o goleiro. 

O camisa 12 admitiu a ansiedade para realizar o seu último jogo como atleta profissional, mas garantiu ter tomado a melhor decisão. 

"A ficha já caiu, mas estou bastante consciente da minha escolha. Posso afirmar que ansioso eu estou, com certeza, porém a ideia é muito fixa e madura. Estou bem preparado para o jogo".

Mesmo sendo seu último jogo como profissional, Julio Cesar ressaltou a importância de fazer um bom jogo contra o América-MG, pela segunda rodada do Brasileirão. O goleiro também elogiou a Nação Rubro-Negra.

"A situação de jogar essa partida não tem nada a ver com uma homenagem para mim. Tem a ver com o que mostro nos treinamentos. O Flamengo não seria irresponsável de botar um jogador sem condições em campo. Estou bem preparado e tive a oportunidade contra o Atlético-GO, onde joguei por 45 minutos e fui bem. Será um jogo importante, é pela segunda rodada do Brasileiro e se for campeão, ou ter colocado a minha pedrinha. O jogo coincide com um período importante da minha carreira, mas o Flamengo é maior que o Julio Cesar. O torcedor vai para apoiar o Flamengo e não só o Julio Cesar. O jogo se torna especial, mas sei da minha responsabilidade. Quero agradecer o torcedor que está comprando ingressos, me sinto honrado e lisonjeado. Espero que o Maraca esteja lotado para prestigiar o Flamengo e não o Julio Cesar. Precisamos da torcida do nosso lado e com eles somos muito mais fortes", afirmou Julio. 

A última partida de Julio Cesar como profissional será no próximo sábado (21), no Maracanã, contra o América-MG. A Nação pode comprar ingressos para esse jogo clicando aqui.

Confira outros trechos da entrevista de Julio Cesar 

Libertadores

"O Flamengo tem muita coisa para melhorar? Tem. Foi um jogo difícil? Foi. O grupo do Flamengo na Libertadores é difícil. Jogar em um Maracanã vazio também complica, a gente sabe o que significa a torcida do Flamengo, é um 12º jogador. Não é desculpa, mas não vi o Flamengo fazer um péssimo jogo. Teve momentos bons e momentos ruins. Se ganhasse o jogo poderia acabar mascarando as partes ruins. Tive a oportunidade de conversar com eles e disse que todos têm que se apoiar, olhar para o companheiro em campo. Infelizmente a bola não entrou. Por esses três meses que passei aqui com esse grupo, posso falar que com certeza o Flamengo vai se classificar na Libertadores. Ainda tem três jogos".

Avaliação sobre a segunda passagem pelo clube

"Desde quando vim para o Flamengo, com o time sem estar precisando de goleiros, sabia que minha participação seria mais fora de campo do que dentro. Durante esses três meses eu pude ajudar com a minha experiência. Tive bons e maus momentos na carreira. Foi uma participação bacana e saio pela porta da frente sabendo que dei o meu melhor. Você se sentir uma pessoa querida e amiga, é o que mais vale. Ver o Vinicius, Paquetá, Jean Lucas, Klebinho e Lincoln pedindo para eu ficar mais tempo foi incrível. Vale mais que título".

Lado bom e lado ruim da aposentadoria

"O lado ruim é você acordar no outro dia, olha para o teto e dizer: "acabou". Não vai mais ter aquele clima de vestiário, com jogadores. Vai ser um situação complicada desligar de uma hora para outra. A parte boa é ter mais tempo para a família e para os filhos".