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Zagallo completa 83 anos

Como jogador e comandante, Zagallo coleciona momentos inesquecíveis com o Manto Sagrado

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Neste sábado (09.08), um dos maiores nomes da história do Flamengo, fosse dentro ou na lateral do campo, completa 83 anos. O alagoano de  Maceió Mário Jorge Lobo Zagallo fez história como jogador do Rubro-Negro, de 1951 a 1958, e, principalmente, como treinador, em três passagens: 1972/73, 1984/85 e 2000/2001.

Lenda do futebol brasileiro, o Velho Lobo começou no Mais Querido como ponta-esquerda, quando Fleitas Solich, técnico do Flamengo nos anos 50, exigia que ele voltasse para ajudar o lateral-esquerdo Jordan na marcação, tornando-o um pioneiro entre os atacantes que voltavam para defender. Zagallo repetiu a função na Copa do Mundo de 1958, o que acabou sendo decisivo para a Seleção Brasileira vencer seu primeiro mundial.

No Flamengo de 1951 a 1958, Zagallo defendeu o Vermelho e Preto em 218 jogos, balançando as redes por 30 vezes. Para a sala de troféus da Gávea, o Lobo deixou três campeonatos estaduais (1953, 1954 e 1955), um Torneio Início (1952), um Torneio Internacional do Rio de Janeiro (1954 e 1955) e um Torneio Internacional do Morumbi (1957). Fora do Brasil, deixou sua marca em várias excursões do Rubro-Negro pelos países vizinhos e pela Europa, contra grandes times como Boca Juniors-ARG (1953 e 1958), Combinado Milan/Internazionale-ITA (1954), Werder Bremen-ALE (1954), Estrela Vermelha-IUG (1955), Burnley-ING (1957) e Racing-ARG (1958).

Com a bagagem de uma brilhante carreira como atleta, Zagallo tornou-se treinador, sendo o comandante do elenco profissional rubro-negro em três oportunidades: 1972/73, 1984/85 e 2000/2001, esta última a mais marcante, com a conquista do tricampeonato estadual sobre o Vasco, com a inesquecível e impecável cobrança de falta de Petkovic, aos 43 minutos do segundo tempo. Aquele foi seu penúltimo título como técnico do Flamengo, sendo o derradeiro a Copa dos Campeões, quando o sérvio novamente presenteou a Nação Rubro-Negra com uma linda cobrança contra o São Paulo, na partida de volta das finais. O Velho Lobo lembra do momento com carinho. "Graças a Deus eu pude mostrar aos meus conterrâneos (a decisão foi disputada em Maceió), mais uma vez, a força do Flamengo. Essa Copa dos Campeões comprovou o título conquistado no tricampeonato estadual", disse em entrevista ao Site Oficial em julho deste ano.

Ao todo, foram 283 jogos comandando o time na lateral do campo, com 137 vitórias e 66 empates. Entre os títulos, dois campeonatos cariocas (1972 e 2001), uma Copa dos Campeões Regionais (2001), além de quatro taças Guanabara (1972, 1973, 1984 e 2001), um Torneio do Povo (1972) e um Torneio Internacional de Verão (1972). O que também pode ser considerado um prêmio é a participação marcante na carreira do maior ídolo da história do Flamengo: Zagallo era o técnico quando Zico se firmou definitivamente como titular, em 1973, quando o Galinho tinha apenas 20 anos. Doze anos depois, em 1985, também estava no Mais Querido, quando Zico voltou da Itália para vestir novamente o Manto número 10.

Em agosto de 2013, o Velho Lobo foi homenageado, junto a outros quatro tricampeões de 1953-54-55, Esquerdinha, Índio, Paulinho, falecido dois meses depois, e Evaristo de Macedo, uma turma que não se via há cerca de 60 anos.

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