Xande de Pilares: "o samba e o futebol são gêmeos"
Rubro-Negro de coração, sambista do grupo Revelação fala sobre sua paixão e confia em 2011 de vitórias
Por Da equipe do site oficial - em
A frase que o cantor e compositor Xande de Pilares, sambista do Grupo Revelação, mais gosta é "É fácil dizer que ama, difícil é saber amar". Há 32 anos, ele sabe bem o que é amar o Clube de Regatas do Flamengo. O histórico gol de Rondinelli, de cabeça, na decisão do Estadual de 1978 contra o Vasco, de seu pai, iniciou a paixão de um menino que se encantou ao ver Zico, Leandro e companhia desfilando seu talento com o manto rubro-negro no Maracanã.
Vivendo uma fase iluminada na carreira, depois do sucesso do CD e DVD "Ao Vivo no Morro", que teve sua segunda edição lançada recentemente, o tijucano Alexandre S. de Assis conversou com a equipe do site oficial do Flamengo sobre esta sua relação com o clube do coração. Amigo de jogadores e com músicas que servem de inspiração e são ouvidas no dia a dia, nos treinos e concentrações, ele não esconde a satisfação por tudo isso.
E nos versos da música "Ta Escrito", do Grupo Revelação, assinada por Xande, Gilson Bernini e Carlinhos Madureira, um recado para o Flamengo de 2011. Após uma temporada difícil neste ano nada melhor do que erguer a cabeça, meter o pé, ir na fé, mandar a tristeza embora e acredita no raiar de um novo dia.
Confira a íntegra do papo abaixo:
Equipe do site oficial: Quando você começou a sentir essa paixão pelo Flamengo?
Xande de Pilares: Minha paixão começou em 1978, quando fui ao Maracanã pela primeira vez. Um tio meu me levou, e nessa época ainda existia a Geral no estádio. Todo mundo assistia ao jogo em pé, e como eu era moleque, não enxergava direito. Tinha que ficar em cima de uns ferros que tinham lá, e mesmo assim, só via os jogadores que estavam do lado de cá. Quem estava do lado de lá, via só o cucuruto (risos). Naquela época, a família do meu pai, toda vascaína, ainda tentava me vestir de Vasco, tinha aquela dúvida de criança, mas quando eu vi Junior, Zico, Leandro, Uri Geller, Toninho Baiano e companhia, não dava pra torcer pra outro time, né?
Equipe: Qual é a sua partida inesquecível?
Xande: É difícil, mas acho que por toda essa história, pelo início de tudo, o jogo do gol do Rondinelli, em 1978, foi especial. Me lembro bem daquela partida. Foi sensacional.
Equipe: Você também tem um ótimo relacionamento com os jogadores do Flamengo. Como é essa sensação para você?
Xande: Eu tenho amizade não só com jogadores, mas também dirigentes do clube e acho isso muito legal. Tenho um relacionamento muito bom com a galera do Flamengo, com os seguranças, com diretores, e tenho esse privilégio ter intimidade com os jogadores atuais e os da antiga, como o Cláudio Adão, por exemplo. Fico muito satisfeito, é um carinho grande que recebo e procuro retribuir sempre da melhor forma. O Zico que me dá um trabalho, ainda não tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente (risos).
Equipe: Costuma-se dizer que samba e futebol têm tudo a ver. Você concorda?
Xande: É uma relação ótima, que nasceu há muito tempo. O samba e o futebol são irmãos gêmeos aqui no Brasil. Essa paixão de um pelo outro é uma coisa legal, porque o jogador nas horas vagas que atacar de sambista, a gente quer ser jogador... Não tem jeito. Quando a batucada começa, todo mundo cai no samba. Mas a música do Brasil é muito rica, todos os ritmos, e até mesmo nos shows costumamos cantar algumas músicas que não são originalmente samba.
Equipe: E como é a sensação de ver na seleção, no Flamengo, os jogadores cantando suas músicas?
Xande: É muito legal. Saber que os jogadores gostam e que até se motivam escutando nossas músicas é gratificante demais. Claro que tem alguns que preferem algum outro ritmo, mas sempre procuramos agradar a todos e quando vemos os jogadores do nosso time, da seleção brasileira, cantando nossa música, é muito legal. Fico muito feliz.
Equipe: Nessa semana, o Revelação jogou uma pelada com o Sorriso Maroto. Como é o Xande dentro de campo? Faz muitos gols?
Xande: Eu tive minha época de glórias, mas agora operei o joelho, jogo pouco, mas não faço feio não. Não invento, não faço o que não sei. Aprendi assim: você recebe a bola, toca para quem sabe, recebe na frente e vai chegando até o gol. Agora, parceiro, se eu chegar na cara do gol também, não perco não (risos).
Equipe: A música "Ta Escrito", que fez tanto sucesso nesse ano, pode ser um recado para o Flamengo de 2011?
Xande: Usei ela no ano passado, na campanha do título, quando a música ainda era inédita e estávamos começando a fazê-la pegar corpo. Com o Flamengo desacreditado, depois que deu a reação para o hexa, comecei a pensar bastante nisso. É uma música que serve como motivação, com certeza.
Equipe: O Revelação agora está lançando a continuação do "Ao Vivo no Morro", que foi um sucesso, como você pode analisar o momento atual do grupo?
Xande: Estamos lançando a continuação do "Ao Vivo No Morro", que foi um projeto muito interessante. O Morro da Urca virou um santuário na minha vida. Fizemos uma experiência que nunca tinha sido feita. Fomos o primeiro grupo de samba a gravar lá. Deu certo e espero que outros artistas tenham essa oportunidade. Tem uma magia muito boa lá em cima.
Equipe: Nesse novo DVD, tem uma participação do Zeca Pagodinho. Foi uma sensação diferente gravar com ele?
Xande: O Zeca, para mim, é um Pelé, um Zico do samba. Um deles, né? Tem o Jorge Aragão, a Leci Brandão, Beth Carvalho... Essa participação do Zeca no DVD foi muito boa para mim. Ele é um ídolo e tê-lo ao meu lado, cantando comigo, foi especial, com certeza.
Vivendo uma fase iluminada na carreira, depois do sucesso do CD e DVD "Ao Vivo no Morro", que teve sua segunda edição lançada recentemente, o tijucano Alexandre S. de Assis conversou com a equipe do site oficial do Flamengo sobre esta sua relação com o clube do coração. Amigo de jogadores e com músicas que servem de inspiração e são ouvidas no dia a dia, nos treinos e concentrações, ele não esconde a satisfação por tudo isso.
E nos versos da música "Ta Escrito", do Grupo Revelação, assinada por Xande, Gilson Bernini e Carlinhos Madureira, um recado para o Flamengo de 2011. Após uma temporada difícil neste ano nada melhor do que erguer a cabeça, meter o pé, ir na fé, mandar a tristeza embora e acredita no raiar de um novo dia.
Confira a íntegra do papo abaixo:
Equipe do site oficial: Quando você começou a sentir essa paixão pelo Flamengo?
Xande de Pilares: Minha paixão começou em 1978, quando fui ao Maracanã pela primeira vez. Um tio meu me levou, e nessa época ainda existia a Geral no estádio. Todo mundo assistia ao jogo em pé, e como eu era moleque, não enxergava direito. Tinha que ficar em cima de uns ferros que tinham lá, e mesmo assim, só via os jogadores que estavam do lado de cá. Quem estava do lado de lá, via só o cucuruto (risos). Naquela época, a família do meu pai, toda vascaína, ainda tentava me vestir de Vasco, tinha aquela dúvida de criança, mas quando eu vi Junior, Zico, Leandro, Uri Geller, Toninho Baiano e companhia, não dava pra torcer pra outro time, né?
Equipe: Qual é a sua partida inesquecível?
Xande: É difícil, mas acho que por toda essa história, pelo início de tudo, o jogo do gol do Rondinelli, em 1978, foi especial. Me lembro bem daquela partida. Foi sensacional.
Equipe: Você também tem um ótimo relacionamento com os jogadores do Flamengo. Como é essa sensação para você?
Xande: Eu tenho amizade não só com jogadores, mas também dirigentes do clube e acho isso muito legal. Tenho um relacionamento muito bom com a galera do Flamengo, com os seguranças, com diretores, e tenho esse privilégio ter intimidade com os jogadores atuais e os da antiga, como o Cláudio Adão, por exemplo. Fico muito satisfeito, é um carinho grande que recebo e procuro retribuir sempre da melhor forma. O Zico que me dá um trabalho, ainda não tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente (risos).
Equipe: Costuma-se dizer que samba e futebol têm tudo a ver. Você concorda?
Xande: É uma relação ótima, que nasceu há muito tempo. O samba e o futebol são irmãos gêmeos aqui no Brasil. Essa paixão de um pelo outro é uma coisa legal, porque o jogador nas horas vagas que atacar de sambista, a gente quer ser jogador... Não tem jeito. Quando a batucada começa, todo mundo cai no samba. Mas a música do Brasil é muito rica, todos os ritmos, e até mesmo nos shows costumamos cantar algumas músicas que não são originalmente samba.
Equipe: E como é a sensação de ver na seleção, no Flamengo, os jogadores cantando suas músicas?
Xande: É muito legal. Saber que os jogadores gostam e que até se motivam escutando nossas músicas é gratificante demais. Claro que tem alguns que preferem algum outro ritmo, mas sempre procuramos agradar a todos e quando vemos os jogadores do nosso time, da seleção brasileira, cantando nossa música, é muito legal. Fico muito feliz.
Equipe: Nessa semana, o Revelação jogou uma pelada com o Sorriso Maroto. Como é o Xande dentro de campo? Faz muitos gols?
Xande: Eu tive minha época de glórias, mas agora operei o joelho, jogo pouco, mas não faço feio não. Não invento, não faço o que não sei. Aprendi assim: você recebe a bola, toca para quem sabe, recebe na frente e vai chegando até o gol. Agora, parceiro, se eu chegar na cara do gol também, não perco não (risos).
Equipe: A música "Ta Escrito", que fez tanto sucesso nesse ano, pode ser um recado para o Flamengo de 2011?
Xande: Usei ela no ano passado, na campanha do título, quando a música ainda era inédita e estávamos começando a fazê-la pegar corpo. Com o Flamengo desacreditado, depois que deu a reação para o hexa, comecei a pensar bastante nisso. É uma música que serve como motivação, com certeza.
Equipe: O Revelação agora está lançando a continuação do "Ao Vivo no Morro", que foi um sucesso, como você pode analisar o momento atual do grupo?
Xande: Estamos lançando a continuação do "Ao Vivo No Morro", que foi um projeto muito interessante. O Morro da Urca virou um santuário na minha vida. Fizemos uma experiência que nunca tinha sido feita. Fomos o primeiro grupo de samba a gravar lá. Deu certo e espero que outros artistas tenham essa oportunidade. Tem uma magia muito boa lá em cima.
Equipe: Nesse novo DVD, tem uma participação do Zeca Pagodinho. Foi uma sensação diferente gravar com ele?
Xande: O Zeca, para mim, é um Pelé, um Zico do samba. Um deles, né? Tem o Jorge Aragão, a Leci Brandão, Beth Carvalho... Essa participação do Zeca no DVD foi muito boa para mim. Ele é um ídolo e tê-lo ao meu lado, cantando comigo, foi especial, com certeza.