Você Entrevista: Nunes
Leia a primeira parte da entrevista, com as respostas do 'Artilheiro das Decisões' às perguntas dos internautas
Por Da equipe do site oficial do Flamengo - em
A equipe de jornalismo do site oficial do Flamengo conversou na tarde de sexta, 30 de outubro, com João Batista Nunes de Oliveira, o Nunes, mais conhecido como "o Artilheiro das Decisões". Nascido no dia 20 de maio de 1954, em Feira de Santana, Nunes fez história no Flamengo. Com seus gols decisivos, o atacante ajudou o clube a conquistar seguidos títulos: Campeonato Brasileiro de 1980, Estadual de 1981, Mundial Interclubes (1981) e , meses depois, Campeonato Brasileiro de 1982.
Veja aqui a primeira parte das respostas de Nunes às perguntas selecionadas nesta novidade da agência Fla, o "Você Entrevista". As questões foram enviadas por e-mail para o site oficial e passaram por uma seleção - dado o volume de mensagens. Aguarde a publicação da segunda parte da entrevista gravada. Aqui, na Agência Fla.
Danilo Santos Villa Flor, 16, Estudante, Alagoinhas (BA) – Como foi ganhar o mundo com o Flamengo?
Nunes: Eu só consegui esse objetivo depois que consegui ser campeão carioca, campeão brasileiro, campeão da Libertadores para depois ser campeão do mundo. Foi a realização de um sonho, dos meus objetivos. Maior objetivo, quando você é jogador, é ser campeão mundial. E ser campeão mundial pelo Flamengo é uma coisa muito bonita, muito linda, que todo mundo que é jogador de futebol gostaria de ter, de ganhar. Mas esse título faz parte do jogador de futebol, dos que trabalham no clube e da Nação Rubro-Negra. Então, você é campeão também.
Fabio Rodrigues Thiago, 23 Anos, Professor de Educação Física, Niterói/Rj - Qual foi o Gol que você fez com a Camisa do Flamengo, que você considera como o mais importante e que você sentiu após balançar a rede adversária?
Nunes: Fabio, os gols que eu fiz, que decidiram os campeonatos a favor do Clube de Regatas do Flamengo, todos eles foi importantes, mas eu tenho certeza que você vai concordar comigo, que um dos gols mais importantes foi contra o Atlético-MG porque foi ali que tudo começou. Nós nos sagramos campeões brasileiros pela primeira vez. Eu também estava consciente de que estava sendo campeão pela primeira vez e quando vi a bola entrar, que balançou a rede, eu só pensei na alegria de vocês, de todos os rubro-negros.
Francismar Calefi Mudesto, 29, estudante, Pará de Minas/MG. Nunes, você acha que aquela final do Mundial de 81, contra o Liverpool, foi mais fácil do que vocês esperavam?
Nunes: Francismar, a decisão contra o Liverpool nos fez muita feliz, fomos campeões mundiais. Teve um gosto e um sabor muito importante não só para nós, mas para toda a Nação Rubro-negra, consagrar-se campeão mundial. E também mostrar paras os ingleses que não se brinca com o Flamengo. Flamengo tem que ter respeito. E a gente fez com que eles respeitassem, colocando 3 a 0 neles no primeiro tempo. Porque quando a gente estava aquecendo, eles começaram a rir da gente. E quem ri por último, ri melhor.
Raphael Barbosa Medeiros, 28, advogado, Cuiabá/MT: Qual foi o melhor técnico que lhe dirigiu?
Nunes: Oi Raphael. É o Nunes, eu conheço a cidade de Cuiabá. É uma cidade maravilhosa, tou sempre aí, e um dos maiores treinadores com quem joguei foi o Claudio Coutinho. Para mim, foi o melhor técnico que eu tive. Fez parte do nosso grupo maravilhoso. Ele preparou a gente para ser campeão do mundo. E você também é campeão do mundo porque, afinal de contas, você é rubro-negro.
João Dias Aires de Carvalho, 38, Digitador, Natal/RN: Bom dia Nunes, se o senhor fosse o técnico do Flamengo como seria a escalação no time pra o jogo de sábado caso o Pet não possa jogar?
Nunes: Andrade, como todos conhecemos, é uma pessoa maravilhosa. Está adquirindo experiência como treinador. Você só consegue experiência estando em atividade. Ele trabalhou com vários técnicos, como auxiliar, e agora o Flamengo fez a coisa mais certa, colocando ele como treinador e dar condições de trabalho a ele. Eu não sou treinador. Nem quero ser, graças a Deus. Eu quero ser, sim, um homem forte no Flamengo, agindo como um diretor de futebol, um gerente de futebol, ou, quem sabe, futuramente, como presidente do Flamengo. Esse é o meu objetivo. Mas eu vou dar o meu palpite. Em casa, o Flamengo tem jogar 4-4-2, às vezes 4-3-3. Sempre colocando personalidade nos jogadores, sempre com a consciência de que está jogando dentro do Maracanã e dentro do Maracanã quem manda é o Flamengo.
Osmar Tinelli, 27, conferente de expedição, Itajaí/SC. Qual era o segredo ou motivação que leva você fazer tantos gols decisivos e por que você não foi para a [Copa do mundo pela ] seleção brasileira?
Nunes: Osmar, é o Nunes, prazer falar contigo. Infelizmente, não disputei uma Copa do Mundo pela seleção brasileira porque Deus não quis. Eu fui convocado para duas Copas do Mundo, mas infelizmente fui cortado por contusão. Mas eu era titular da seleção em 78 e 82. Mas eu me considero uma pessoa feliz porque disputei uma Copa do Mundo pelo Flamengo. Então, já realizei o meu sonho. Só de ser campeão do Mundo pelo Flamengo, não me faz falta ser campeão pela seleção brasileira, porque o Flamengo já é uma seleção brasileira. E você tem que ter sorte numa hora dessa. A minha motivação sempre veio em mim mesmo, ser uma grande profissional, ter um bom relacionamento com os companheiros dentro do clube, ter um bom relacionamento com a torcida e aqui na Gávea, que sempre foi a minha casa, ter um bom relacionamento com os sócios, com os funcionários, e eu sempre treinava muito. E o centroavante que vive do gol, ele sempre tem que estar se aperfeiçoando nos treinamentos. Então, eu treinava chute a gol, cabeceio, movimentação, para não aceitar a marcação e estar sempre bem colocado e sempre acreditar que o goleiro iria soltar a bola dentro da área. A presença de área de um centroavante é fundamental. E você tem que estar bem fisicamente. Então, eu sempre estava bem preparado fisicamente e superava todos os obstáculos. E tinha também um grupo maravilhoso, que me ajudava muito. E aquele era um time completo, em todos os sentidos que você imaginar.
Leandro Lorençatto, 36 anos, administrador de empresas, Guaraniaçu (PR) - Com aquele time de 1980/81/82, o Flamengo seria líder brasileiro se jogasse hoje?
Nunes: Com certeza! Muito líder.
Serghim Cabral, 46 , balconista, Muriaé (MG): Nunes um grande abraço. O que falta para que o Flamengo volte a ser Campeão Mundial?
Nunes: Falta... um bom banco, certo. Foi dessa maneira que nós fizemos. Um bom banco para quando um jogador não puder atuar, não sentir a falta como nós sentimos agora... do Pet [no jogo diante o Grêmio Barueri]. Tem que ter um jogador à altura porque isso dá também mais responsabilidade ao jogador que sai, para não descuidar, certo. Claro que o Pet não saiu por indisciplina ou por contusão. Simplesmente ele levou o terceiro cartão, certo. Sou a favor do clube ter um grupo à altura, em condições de quando sair um, o outro entrar e corresponder. Foi assim que nós ganhamos as competições que nós disputamos.
Aguarde a segunda parte da entrevista. Em breve. Só aqui na Agência Fla.
Veja aqui a primeira parte das respostas de Nunes às perguntas selecionadas nesta novidade da agência Fla, o "Você Entrevista". As questões foram enviadas por e-mail para o site oficial e passaram por uma seleção - dado o volume de mensagens. Aguarde a publicação da segunda parte da entrevista gravada. Aqui, na Agência Fla.
Danilo Santos Villa Flor, 16, Estudante, Alagoinhas (BA) – Como foi ganhar o mundo com o Flamengo?
Nunes: Eu só consegui esse objetivo depois que consegui ser campeão carioca, campeão brasileiro, campeão da Libertadores para depois ser campeão do mundo. Foi a realização de um sonho, dos meus objetivos. Maior objetivo, quando você é jogador, é ser campeão mundial. E ser campeão mundial pelo Flamengo é uma coisa muito bonita, muito linda, que todo mundo que é jogador de futebol gostaria de ter, de ganhar. Mas esse título faz parte do jogador de futebol, dos que trabalham no clube e da Nação Rubro-Negra. Então, você é campeão também.
Fabio Rodrigues Thiago, 23 Anos, Professor de Educação Física, Niterói/Rj - Qual foi o Gol que você fez com a Camisa do Flamengo, que você considera como o mais importante e que você sentiu após balançar a rede adversária?
Nunes: Fabio, os gols que eu fiz, que decidiram os campeonatos a favor do Clube de Regatas do Flamengo, todos eles foi importantes, mas eu tenho certeza que você vai concordar comigo, que um dos gols mais importantes foi contra o Atlético-MG porque foi ali que tudo começou. Nós nos sagramos campeões brasileiros pela primeira vez. Eu também estava consciente de que estava sendo campeão pela primeira vez e quando vi a bola entrar, que balançou a rede, eu só pensei na alegria de vocês, de todos os rubro-negros.
Francismar Calefi Mudesto, 29, estudante, Pará de Minas/MG. Nunes, você acha que aquela final do Mundial de 81, contra o Liverpool, foi mais fácil do que vocês esperavam?
Nunes: Francismar, a decisão contra o Liverpool nos fez muita feliz, fomos campeões mundiais. Teve um gosto e um sabor muito importante não só para nós, mas para toda a Nação Rubro-negra, consagrar-se campeão mundial. E também mostrar paras os ingleses que não se brinca com o Flamengo. Flamengo tem que ter respeito. E a gente fez com que eles respeitassem, colocando 3 a 0 neles no primeiro tempo. Porque quando a gente estava aquecendo, eles começaram a rir da gente. E quem ri por último, ri melhor.
Raphael Barbosa Medeiros, 28, advogado, Cuiabá/MT: Qual foi o melhor técnico que lhe dirigiu?
Nunes: Oi Raphael. É o Nunes, eu conheço a cidade de Cuiabá. É uma cidade maravilhosa, tou sempre aí, e um dos maiores treinadores com quem joguei foi o Claudio Coutinho. Para mim, foi o melhor técnico que eu tive. Fez parte do nosso grupo maravilhoso. Ele preparou a gente para ser campeão do mundo. E você também é campeão do mundo porque, afinal de contas, você é rubro-negro.
João Dias Aires de Carvalho, 38, Digitador, Natal/RN: Bom dia Nunes, se o senhor fosse o técnico do Flamengo como seria a escalação no time pra o jogo de sábado caso o Pet não possa jogar?
Nunes: Andrade, como todos conhecemos, é uma pessoa maravilhosa. Está adquirindo experiência como treinador. Você só consegue experiência estando em atividade. Ele trabalhou com vários técnicos, como auxiliar, e agora o Flamengo fez a coisa mais certa, colocando ele como treinador e dar condições de trabalho a ele. Eu não sou treinador. Nem quero ser, graças a Deus. Eu quero ser, sim, um homem forte no Flamengo, agindo como um diretor de futebol, um gerente de futebol, ou, quem sabe, futuramente, como presidente do Flamengo. Esse é o meu objetivo. Mas eu vou dar o meu palpite. Em casa, o Flamengo tem jogar 4-4-2, às vezes 4-3-3. Sempre colocando personalidade nos jogadores, sempre com a consciência de que está jogando dentro do Maracanã e dentro do Maracanã quem manda é o Flamengo.
Osmar Tinelli, 27, conferente de expedição, Itajaí/SC. Qual era o segredo ou motivação que leva você fazer tantos gols decisivos e por que você não foi para a [Copa do mundo pela ] seleção brasileira?
Nunes: Osmar, é o Nunes, prazer falar contigo. Infelizmente, não disputei uma Copa do Mundo pela seleção brasileira porque Deus não quis. Eu fui convocado para duas Copas do Mundo, mas infelizmente fui cortado por contusão. Mas eu era titular da seleção em 78 e 82. Mas eu me considero uma pessoa feliz porque disputei uma Copa do Mundo pelo Flamengo. Então, já realizei o meu sonho. Só de ser campeão do Mundo pelo Flamengo, não me faz falta ser campeão pela seleção brasileira, porque o Flamengo já é uma seleção brasileira. E você tem que ter sorte numa hora dessa. A minha motivação sempre veio em mim mesmo, ser uma grande profissional, ter um bom relacionamento com os companheiros dentro do clube, ter um bom relacionamento com a torcida e aqui na Gávea, que sempre foi a minha casa, ter um bom relacionamento com os sócios, com os funcionários, e eu sempre treinava muito. E o centroavante que vive do gol, ele sempre tem que estar se aperfeiçoando nos treinamentos. Então, eu treinava chute a gol, cabeceio, movimentação, para não aceitar a marcação e estar sempre bem colocado e sempre acreditar que o goleiro iria soltar a bola dentro da área. A presença de área de um centroavante é fundamental. E você tem que estar bem fisicamente. Então, eu sempre estava bem preparado fisicamente e superava todos os obstáculos. E tinha também um grupo maravilhoso, que me ajudava muito. E aquele era um time completo, em todos os sentidos que você imaginar.
Leandro Lorençatto, 36 anos, administrador de empresas, Guaraniaçu (PR) - Com aquele time de 1980/81/82, o Flamengo seria líder brasileiro se jogasse hoje?
Nunes: Com certeza! Muito líder.
Serghim Cabral, 46 , balconista, Muriaé (MG): Nunes um grande abraço. O que falta para que o Flamengo volte a ser Campeão Mundial?
Nunes: Falta... um bom banco, certo. Foi dessa maneira que nós fizemos. Um bom banco para quando um jogador não puder atuar, não sentir a falta como nós sentimos agora... do Pet [no jogo diante o Grêmio Barueri]. Tem que ter um jogador à altura porque isso dá também mais responsabilidade ao jogador que sai, para não descuidar, certo. Claro que o Pet não saiu por indisciplina ou por contusão. Simplesmente ele levou o terceiro cartão, certo. Sou a favor do clube ter um grupo à altura, em condições de quando sair um, o outro entrar e corresponder. Foi assim que nós ganhamos as competições que nós disputamos.
Aguarde a segunda parte da entrevista. Em breve. Só aqui na Agência Fla.