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Você Entrevista: Armênio Moura responde perguntas de internautas

Técnico de juniores fala sobre os talentos que tem sob seu comando e aposta em time forte este ano

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Seu currículo inclui passagens pela Seleção Brasileira campeã mundial sub-20 e a participação na formação de jogadores como Ibson, Renato Augusto e Felipe Melo. Atualmente treinando o time de juniores do Flamengo, Armênio Moura sonha em dar seguimento ao lema de que "Craque, o Flamengo faz em casa" e também em ganhar ainda mais experiência, levando a garotada rubro-negra aos títulos da categoria.

Em bate-papo com a equipe do site oficial do Flamengo, Armênio respondeu às perguntas enviadas pelos internautas no Você Entrevista. O comandante da base rubro-negra falou sobre seu futuro, sobre as qualidades das categorias de base do Flamengo, o planejamento de treinos para os juniores, a suspensão dos jogos do Carioca Sub-20 e muito mais. Confira a íntegra da entrevista abaixo:

Isabela de S. B. Gonçalves, 16 anos, estudante (Rio de Janeiro-RJ): Alguns jogadores se destacaram na Copinha. Quais são as suas apostas nesse time? A torcida ainda pode acreditar que craque o flamengo faz em casa?
Acredito na mescla entre os jogadores da Copa São Paulo, que são bem jovens, com alguns jogadores nascidos em 1990, que não puderam atuar na Copinha por causa da idade. Isso acabou dando um ótimo resultado. Vejo um time forte, com a grande virtude no jogo coletivo. A torcida pode acreditar que estamos trabalhando muito para conseguir bons resultados nesta temporada.

O time do Flamengo foi eliminado da Copinha antes mesmo da semifinal. Você acredita que o Flamengo tem um time forte o suficiente para conseguir conquistar os títulos das outras competições que vai disputar esse ano?
Nós estamos muito bem no Campeonato Carioca. Infelizmente, a competição foi suspensa, mas nós éramos líderes isolados, além de ter o melhor ataque e a melhor defesa. Estamos trabalhando muito para conquistar este título. É um campeonato longo, que vai até junho, e, no nosso planejamento, é importante ganhar a Taça Guanabara para garantir a vaga na decisão.

Rodrigo Matias Soares, 23 anos, Auxiliar Administrativo (Rio de Janeiro-RJ) - Você pensa em futuramente ser o treinador do time profissional do flamengo ou prefere continuar como técnico dos juniores?
Eu já treinei equipes profissionais. Antes de vir para o Flamengo, iniciei minha carreira em 1982, no Serrano, de Petrópolis, ainda nas categorias de base. Depois, em 1990, fui para o Olaria, onde treinei times de todas as categorias, até chegar ao profissional em 1995. Depois disso, fui para o Madureira, onde também trabalhei no profissional. Então, acertei com o Flamengo, onde trabalhei com diversos jogadores antes de ser campeão mundial sub-20 com a Seleção Brasileira. Fui para a Arábia, também treinei o time da Estácio e, em 2008, voltei para cá. Estar no Flamengo é uma grande vitrine para o meu trabalho.

Bruno Borges Alves, 16 anos, estudante (Rio de Janeiro-RJ): Para você o Diego Maurício pode brilhar no profissional como brilha na base do Flamengo?
O Diego é um jogador que desde 2008, quando eu cheguei aqui, vem evoluindo bastante, tanto na parte tática quanto na técnica. Ele tem muito potencial, está trabalhando forte e tenho certeza de que, se continuar desta forma, irá dar ótimos frutos para o Flamengo.

Bruno Mesquita da Costa, 19 anos, estudante (Rio de Janeiro-RJ): O que podemos esperar dessa nova safra de jogadores que você está comandando? E na sua opinião, porque alguns jogadores saem da base com pouco porte físico?
Vestir a camisa do Flamengo não é pra qualquer um. Tem muito profissional que sente o peso da camisa. No entanto, temos um time embalado e que, se bem trabalhado, pode dar bons frutos ao clube. Sobre a questão do porte físico, posso dizer que a diretoria já instalou uma ótima sala de musculação no Ninho do Urubu, e lá estamos trabalhando em dois períodos. Temos uma preocupação especial com isso, já que é importante que o jogador tenha um porte físico em evolução já na base. É claro que isso varia de jogador para jogador, mas estamos sempre atentos.

Pedro Paulo, 19 anos, atleta (Manaus-AM): O que faltou para o Mengão na Copinha? Os desfalques (Rafael Galhardo, Jorbison e Diego Maurício) foram decisivos? Quais foram os destaques rubro-negros no torneio?
A Copa São Paulo é uma competição difícil. Tínhamos uma equipe jovem, mas acredito que fomos bem. Sofremos a perda de três jogadores importantes – Jorbison e Galhardo, laterais, e Diego Maurício, atacante –, e isso talvez tenha sido preponderante. No entanto, volto a afirmar: fiquei feliz com as atuações do time. Dominamos todos os jogos, não nos mostramos acuados em nenhum, mas acabamos caindo nos pênaltis. Até neste momento, talvez, um pouco mais de experiência era necessário.

Renato Mendes De Oliveira , 23 anos, músico (Itaboraí/RJ): Armênio, como é pra você ter a responsabilidade de fazer valer a escrita que "craque o Flamengo o casa"?
Trabalhei com muitos jogadores que se tornaram bem sucedidos no futebol e isso é gratificante. Hoje, no elenco do Flamengo, já trabalhei com o Lomba, o Vinícius (Pacheco), Camacho, Lenon... Antes, já tinha trabalhado com Renato Augusto, Ibson, Henrique, André Bahia... As categorias de base do Flamengo sempre tiveram essa característica de revelar jogadores e espero dar seguimento a essa tradição.

Juciê De Andrade, 39 anos, empresário (Juazeiro/BA): Você levou um time muito jovem, apesar de ser muito bom, para o Brasileiro Sub-19 e para a Copa São Paulo de Juniores. Vi um garoto  de 17 anos (Nixon) entrar em duas partidas e gostei muito do futebol dele. Qual a sua opinião com relação ao futuro  profissional dele no clube?
O Nixon é um menino novo, que chegou ao Flamengo no final do ano passado. Ele ainda está amadurecendo, mas já viajou conosco para esses dois campeonatos. Ele teve algumas oportunidades e ainda pode render bem. Aliás, ele está sendo trabalhado para isso.