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Vinícius Pacheco comemora nova chance como titular

Jogador responde às perguntas dos visitantes do site oficial do Flamengo no "Você Entrevista"

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"Olha o Vinícius Pacheco", brinca o zagueiro David ao fim de mais um treino recreativo do Flamengo. Cena tradicional para quem acompanha o dia-a-dia do Rubro-Negro. Mas quem está olhando atentamente os passos deste jovem, de 25 anos, que voltou ao clube que o revelou depois de ser emprestado para diversas outras equipes é a Nação Rubro-Negra. A princípio desconfiada, a torcida já se rendeu ao talento do meio-campista, que respondeu às perguntas enviadas pelos internautas no "Você Entrevista" desta quarta-feira.

Vinícius, que começa como titular na partida de logo mais contra o Caracas, falou sobre o esquema tático da equipe, o sentimento pelo clube, a responsabilidade de substituir Petkovic e muito mais. Saiba um pouco mais sobre a carreira desta jovem promessa que se tornou realidade em 2010 na Flapédia, e confira o bate-papo na íntegra abaixo:

Fabio Santos de Campos e Silva – Vinícius, dá para jogar com dois meias neste meio-de-campo do Flamengo ou o time fica muito ofensivo?
Não vejo muito problema em atuar assim. Eu e o Michael treinamos assim na semana passada, jogamos bastante tempo na final contra o Botafogo, e acho que o time pode render bem sim. Acho que o importante é atacar com inteligência e querer ajudar a equipe a conquistar o resultado, independente da escalação. Estou muito feliz com a oportunidade de voltar ao time titular neste jogo contra o Caracas e vamos buscar essa classificação.

Carlos Junior – O futebol está muito corrido, muito veloz, o que facilita seu estilo de jogo. Porque não vemos jogadores fazerem tabelas durante os jogos? É um fundamento simples e que dá muita velocidade às jogadas, principalmente pelos cantos. O que você acha?
Posso ajudar pela característica de conseguir carregar a bola com velocidade, jogando pelas pontas tenho facilidade. Fui feliz contra o Botafogo nessas jogadas, criei algumas oportunidades no mano a mano e acredito que posso ajudar nesse sentido. Tento fazer o máximo de jogadas assim possível. O professor Andrade já conversou sobre isso, sobre me posicionar nas pontas e estou buscando fazer isso.

Wendel Henrique do Nascimento Carvalho – Você se considera um jogador polivalente? Não seria mais interessante você atuar em outra posição, como de terceiro homem de meio campo – a mesma posição do Kleberson?
Acho que posso ser considerado polivalente sim. Estava jogando antes como meia, mais centralizado, armando as jogadas, entrei no ataque também, depois mais aberto pelas pontas... Acredito que tenho rendido bem, principalmente nestas jogadas pela ponta, e estou à disposição para o que o professor Andrade precisar.

Luiz Claudio Gomes de Freitas – Por que o Flamengo chuta pouco de fora da área? Faz parte da estratégia do flamengo ou simplesmente ninguém arrisca mesmo?

Nosso time é um time técnico, que toca bastante a bola, tem um nível alto e as vezes acaba mais carregando a bola ao invés de chutar. Mas acho que o time arrisca quando necessário. Temos muita qualidade para armarmos jogadas diferentes. Varia muito, de acordo com o jogo. Temos laterais que sobem, temos atacantes de qualidade, então não tem apenas um estilo de atacar.

Gardel Antonio Bezerra Freire – Depois que você saiu do Flamengo e jogou em vários clubes medianos, imaginava voltar para o clube? E como foi entra no time no lugar de uns dos maiores ídolos dos últimos anos, o Pet?

Tenho um bom relacionamento com o Petkovic. Ele sempre me tratou bem e sempre fiquei tranqüilo quanto a isso. Nunca teve nenhum tipo de rivalidade entre nós. Sempre fiz meu trabalho para me firmar e aproveitar a chance que o professor Andrade estava me dando. O foco era mostrar meu futebol e acho que fiz isso bem.

Amarildo de Almeida Costa – Você esperava que seu retorno fosse ser como está sendo?
Não imaginava. Acompanhava o Flamengo de fora, sendo campeão brasileiro, achei que seria difícil. O Flamengo estava em uma crescente, mas acabei voltando, e agradeço ao Andrade e à comissão técnica pela oportunidade. Eles deram confiança, me bancaram dentro do clube, me levaram para a pré-temporada, e graças a Deus as coisas foram se encaminhando.

Rubens Claudinei – Na partida contra o Fluminense, onde o Flamengo perdia por 3 a 1, o Andrade sacou o Pet para colocar você. O que você sentiu na hora q entrou em campo e viu o Maracanã lotado, ainda mais com o Flamengo perdendo? E qual foi sua reação ao final do jogo em perceber que havia feito a diferença na jogo?
Fiquei muito feliz naquela partida. Foi um dos jogos que mais me marcaram no Flamengo, porque estávamos perdendo por 3 a 1 e viramos para 5 a 3. Acho que foi bem naquele jogo e fiquei satisfeito demais com o resultado e com minha boa atuação. Sem dúvidas, me marcou bastante.

Fabiano – Te entristeceu em algum momento não ser aproveitado no Flamengo, principalmente por ser prata da casa?
A gente fica chateado, é claro, principalmente por ser formado dentro do clube. Você quer subir, a vontade é de ir bem, então procurei jogar bem, treinar forte e me sair bem nas outras equipes. Acho que amadureci como homem e jogador, e por isso acabei me firmando neste ano.

Isabela Souza – Quando você jogou pela primeira vez nesse ano pelo Flamengo, muitos torcedores não te conheciam ou não se lembravam de você. Você acha que a sua saída do Flamengo para ganhar experiência foi um dos motivos para você estar jogando tão bem?

Acho que me ajudou bastante. Ganhei mais experiência e voltei mais maduro. Sobre não me reconhecerem e até terem uma certa desconfiança, acho normal. Voltei esse ano para um time que tinha sido campeão brasileiro, com jogadores de alto nível. Mas, sempre confiei no meu trabalho e sabia que teria oportunidade para agarrar. Meu objetivo agora é seguir bem durante todo o ano para ajudar o Flamengo.

Marcos Antonio Soares – Com o que  você relaciona a sua subida de produção e, consequentemente, essa raça que voce tem entrado em campo? Será porque você veio da base?
Ajuda muito ser criado na base, crescendo vivendo dia a dia do clube. Porque tem a vontade de jogar bem, mas também um grande diferencial, que é aquele amor pelo clube que revelou. Lembramos de tudo aquilo que passamos e isso faz a diferença na hora de jogar pelo time principal, ao ver a torcida no Maracanã... É uma sensação muito boa.

Francismar Calefi Mudesto – Qual a partida que você fez pelo Fla que mais te marcou?
Acho que foram três. A do Fluminense deste ano, que viramos para 5 a 3, a contra o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil 2006, quando fiz uma bonita jogada pela ponta e dei a assistência para o Jônatas fazer o gol e a do Macaé neste ano, quando fiz dois gols na mesma partida. Todas foram especiais e com certeza ficaram guardadas na minha memória.