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Saiba quem é Santa Cruz, o Cabeludo da geral

Acompanhando o Flamengo há 35 anos, torcedor agradece a Deus por torcer para o Flamengo

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Uma visita ao Maracanã em dia de jogo do Flamengo é uma excelente ocasião para se conhecer torcedores fanáticos e cheios de histórias para contar. São os mais diferentes tipos de pessoas que têm, como o grande prazer de suas vidas, torcer pelo Mais Querido. Alguns desses torcedores já se tornaram símbolos do Flamengo exatamente por essa devoção ao Rubro-Negro. Antônio Ramos Brandão Pinto é um desses exemplos.

Índio, Roberto Carlos, Carranca e Cabeludo são alguns dos apelidos desse torcedor. Conhecido por sua cabeleira e por estar sempre acompanhado de seu rádio, Santa Cruz, como prefere ser chamado, acompanha o Flamengo em estádios há 35 anos.

Nascido em Belém do Pará, Santa Cruz se mudou para o Rio de Janeiro em 1979, justamente na época da ascensão rubro-negra, que culminou na conquista do Mundial Interclubes em 1981. Morador do bairro de Santa Cruz – de onde veio seu apelido -, Antônio não esconde suas origens humildes, nem sua paixão pelo rubro-negro. "Sou Flamengo de coração, quase como uma intuição, não há um porquê. Minha casa é humilde, moro de aluguel, mas por lá tudo é rubro-negro. Graças a Deus, sou Flamengo! Nosso clube não é um time, é uma Nação, e parece que essa Nação ganhou mais adeptos com os novos torcedores alemães", disse.

Profissional de serviços gerais, Santa Cruz se diz um torcedor comum e recusa totalmente o rótulo de figura da torcida. "Me sinto um torcedor como qualquer outro, não tem nada dessa de personagem. Sou torcedor do Flamengo. Sempre fui Flamengo. Quando me lembro de Fio Maravilha, Nunes, Cantarele, Ubirajara, entre outros, realizo que sou Flamengo porque todos eles sempre me deram muitas alegrias".

O torcedor ficou marcado também por sua constante presença na geral. Sempre ao lado de outros assíduos, Antônio se acostumou a ver vitórias do Mais Querido pertinho do gramado. Mesmo com a ausência da geral no novo Maracanã, Cabeludo não deixou de comemorar. "Para mim, são três os momentos inesquecíveis que vivi no Maior do Mundo. O gol do tri do Petkovic, o título da Copa do Brasil no ano passado e o último jogo do Campeonato Brasileiro de 2009. Outro jogo que não me esquecerei nunca é uma partida que assisti pela televisão, ainda no Pará, em 1978. O título carioca daquele ano, com um gol do Rondinelli mexeu muito comigo", afirmou.

Antônio diz ainda que não corta seu cabelo já há cinco anos e que carrega uma figa consigo nas partidas mais importantes para dar sorte. Quando questionado como a sua família reage a essa relação intensa com o Rubro-Negro, explica. "As pessoas aceitam porque não tem outro jeito. Ser torcedor rubro-negro é paixão", concluiu.

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