Foto: Ari Gomes
O PNRN tem o propósito de produzir benefícios recíprocos para a Nação Rubro-Negra (Nação) e para o Flamengo.
Para tanto, deve-se desenvolver, implantar, executar, acompanhar e aperfeiçoar mecanismos de interação com a Nação.
O PNRN faz parte do Plano de Metas do Triênio 2007-2009 e realiza-se no âmbito do Depto. de Planejamento do Flamengo.
O Jornal dos Sports, de 16/07/2007 publicou a matéria abaixo sobre o PNRN.
Rubro-negros, uni-vos!
Clube cria projeto para integrar e premiar os torcedores de todo o Brasil
Leo Schabbach
Divulgação
Torcedores da Fla-BH se reúnem num bar nos jogos do Fla. Eles querem transformar o local numa embaixada rubro-negra
O projeto Nação Rubro-Negra está movimentando as torcidas organizadas do Flamengo por todo o país. Com o objetivo de unir os torcedores espalhados pelo Brasil e premiar as pessoas que se reúnem para assistir aos jogos, o projeto ganhou a aprovação da torcida.
“É uma iniciativa muito válida, pois aproxima a diretoria da gente e isso é o que mais faz falta. A Fla-BH dá total apoio ao projeto”, vibrou Allison, um dos coordenadores da torcida mineira.
E, mesmo no Rio, a aceitação da idéia tem sido muito boa. O presidente da torcida Urubuzada, Vitinho, também elogiou o projeto e ressaltou a importância da iniciativa para o Flamengo.
“Acho a idéia importante e interessante. Eles estão tentando unir os torcedores, principalmente os que moram fora do Rio. A gente aprova, sim, a idéia e vamos ajudar no que pudermos, pois é disto que o Flamengo está precisando”, disse.
Entretanto, o projeto não pretende apenas unificar a torcida rubro-negra espalhada pelo país. Ele também busca respaldar os torcedores que vão ao estádio e que, muitas vezes, por serem visitantes, não são tratados de forma adequada. O diretor de projetos especiais do clube, Mario Cruz, responsável pelo Nação Rubro-Negra, explicou a situação, utilizando o jogo Flamengo x Atlético-MG, no Mineirão, como exemplo.
“Vimos a dificuldade que a Fla-BH teve. O espaço que deram para a torcida não era ideal e tudo era vendido mais caro para eles. Portanto, o Flamengo pretende institucionalmente melhorar esta situação”, afirmou.
Dentro do projeto, há uma terceira meta, que consiste na criação de “Embaixadas Rubro-Negras” em outros estados. Para isto, a idéia é selecionar alguns bares onde os torcedores rubro-negros se encontram para climatizá-los e tematizá-los.
“Lá em Belo Horizonte, por exemplo, há um bar enorme que fica numa praça, onde os torcedores costumam se encontrar. Por isso, pretendemos transformá-lo numa espécie de embaixada do Flamengo”, disse Mario Cruz.
Flamengo vai ter casa de cultura
Dentro da idéia de participar mais efetivamente da sociedade como instituição, dois projetos, ainda em desenvolvimento, destacam-se no clube: o Novas Gerações e o Casa de Cultura. O primeiro busca a criação de um instituto para cuidar de crianças carentes, tirando-as de áreas de risco por meio de incentivo ao esporte. O segundo também pretende ajudar comunidades menos abastadas, porém com ênfase no incentivo à cultura.
O Novas Gerações deve ser desenvolvido em parceria com a Unesco e, apesar de ainda estar ligado ao Flamengo, terá gestão independente e sede própria. O seu objetivo, nas palavras de Lysias Augusto Itapicurú, assessor especial da presidência do Flamengo, é tornar o clube “não só uma instituição do futebol, mas uma instituição nacional. A idéia é gerar cidadania através do esporte”.
E o projeto Casa de Cultura parte deste mesmo princípio. Ele deve ser desenvolvido na sede do Flamengo, na Gávea, e atuar principalmente nas favelas da Rocinha, Vidigal e Cruzada São Sebastião.
Os detalhes para a concretização estão sendo discutidos e a idéia é que a Casa de Cultura seja inaugurada até o fim do ano, preferencialmente dia 12 de outubro, Dia das Crianças. O funcionamento deverá ocorrer todos os dias, exceto nos fins de semana, e envolve cinco módulos de ensino diferentes (artes plásticas e cênicas, música instrumental, canto e computação).
Projeto Fla-Sesi encaminha crianças carentes para escolinhas
O projeto de escolinhas Fla-Sesi pode ajudar o Flamengo a se integrar a duas iniciativas muito importantes: a da Fifa para a América Latina, que fornece e envia recursos a clubes que atuem a favor da cidadania, e à da Timemania, a loteria dos clubes.
Isto pode acontecer, pois o projeto rubro-negro tem como um de seus objetivos principais atender crianças carentes que, comprovadamente, estejam na escola. Mesmo a Timemania quanto o projeto da Fifa exigem que os clubes envolvidos tenham iniciativas voltadas para o social, o Flamengo, com o Fla-Sesi, passa a se enquadrar nessas normas e pode ser beneficiado por isso.
O Fla-Sesi é uma parceria entre o clube e o Sesi-Firjan, que teve início em 2004, e busca, através do esporte (escolinhas) três objetivos: revelar atletas ao departamento de futebol, atender a crianças carentes (20% dos alunos inscritos) e estreitar os laços com a sua imensa torcida.
Atualmente, o projeto ocupa apenas cinco unidades do Sesi (Nova Iguaçu, Honório Gurgel, Bonsucesso, Barra Mansa e Paciência). Entretanto, a expectativa é que haja um crescimento maior nos próximos anos, até porque a intenção é a de ampliar para a iniciativa através de unidades do Sesi em todo o Brasil. Não é à toa que mais seis devem ser inauguradas em breve, em São Gonçalo, Resende, Santo Antônio de Pádua, Campos, Itaperuna e Friburgo.
Até agora, o projeto já encaminhou 40 atletas ao departamento de futebol, dos quais 32 foram federados. Além disso, os novos jogadores formados por meio desta iniciativa têm vínculo unicamente ao clube, sem qualquer interferência de empresários.