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Raphael Zarko Rio de Janeiro
Atacante da equipe juvenil do Flamengo, Lucas, de 16 anos, sentiu na manhã dessa terça-feira a emoção de vencer o maior rival do Rubro-Negro nos últimos anos. Os dois gols dele foram fundamentais para o time golear o Botafogo na estreia dos juvenis no Campeonato Carioca da categoria. Antes do show da garotada rubro-negra, o infantil do Flamengo também fez bonito e venceu o Botafogo por um placar mais apertado: 2 a 1. \ Adversários mais uma vez nas finais dos próximos dois domingos (26/04 e 03/05) do Campeonato Carioca, os flamenguistas podem se gabar de ter amplo domínio sobre os botafoguenses nas partidas desse ano. Contando os cinco confrontos do ano nas categorias profissional, juniores, juvenil e infantil, o domínio do rubro-negro é absoluto: foram quatro vitórias e apenas um empate (dos profissionais na Taça Guanabara). Será um indício de tricampeonato à vista na Gávea? Para o coordenador das divisões de base do Flamengo, Rivelino Serpa, não há como projetar as vitórias dessa manhã e também da equipe de juniores para a partida do próximo domingo: \ - São categorias diferentes. Ninguém conta essas vitórias para a decisão de domingo. Os garotos da base, por exempplo, veem as finais do Carioca apenas como torcedores. Num futuro próximo pode ser que enfrentem o Botafogo no profissional, aí sim, como jogadores. Mas não não há motivação especial por serem jogos contra o Botafogo – disse o responsável pela base rubro-negra. \
Coordenador da base do Flamengo é filho de Valdir Espinosa, técnico campeão carioca pelo Botafogo na conquista de 1989
Rivelino Serpa é filho de Valdir Espinosa, um dos símbolos da última conquista do Botafogo em cima do Flamengo, no Campeonato Carioca de 1989, mas não deixa os laços familiares e muito menos a ligação do pai com o rival de domingo afetar sua escolha pelo lado nessa final: \ - De forma alguma fico dividido. Sou um profissional do futebol há 15 anos e meu respeito e minha torcida é pelo Flamengo, que é o clube onde trabalho e que me paga – enfatizou Serpa, que trabalhou no Botafogo em 1998 e 1999, além de ter trabalhado nas comissões técnicas da seleção paraguaia, do Verdy Kawasaki e até ter dirigido o Fluminense em três jogos do Campeonato Brasileiro de 2000. \ Apesar da supremacia rubro-negra dos últimos anos e das vitórias recentes nas categorias de base que coordena também, ele não vê favorito para a disputa que se inicia domingo no Maracanã: \ - São duas grandes equipes, há muito equilíbrio, tanto é que cada uma venceu um turno - opina Rivelino Serpa, que ainda não pretende seguir a carreira de treinador por enquanto – Hoje eu sinto prazer em trabalhar com a revelação de jovens jogadores aqui no Flamengo – diz ele, que considera mais importante ver os garotos da base se destacando no profissional (casos de Erik Flores e Airton) do que somente vencer os torneios da categoria.\