Monstro sagrado sai em defesa de Adriano
Escritor Eduardo Galeano dá sua opinião sobre cobertura da vida pessoal do craque
Por Da equipe do site oficial do Flamengo - Blog do Lúcio de Castro - em
O noticiário esportivo do Rio de Janeiro abordou durante os últimos dias a vida pessoal do atacante do Flamengo Adriano. Diversos veículos expuseram suas opiniões sobre a vida do Imperador e o jornalista Lúcio de Castro, em seu blog, na ESPN Brasil, escreveu um artigo sobre a situação. Surpreso ele ficou com um dos comentários recebidos. Eduardo Galeano, escritor uruguaio, considerado um dos monstros sagrados da classe, falou o que pensa sobre toda a polêmica envolvendo o craque rubro-negro.
Galeano é uruguaio, nascido em Montevidéu, e é autor de obras primas como As Veias Abertas da América Latina. Ele tinha o sonho de ser jogador de futebol quando criança e, talvez, a imaginação daquele menino simples continue assumindo o controle, de vez em quando.
Além de ser autor de diversas crônicas futebolísticas, Galeano escreveu "Futebol ao Sol e à Sombra". E muitas vezes ele ‘apontou para o preconceito enrustido e o ódio que alguns ícones do futebol despertam em alguns por mudarem de status na sociedade. Abordou isso no passado ao falar de Romário, Maradona e tantos outros’.
A citação acima é de Lucio de Castro, que, gentilmente, cedeu ao site oficial do Flamengo a opinião de Galeano sobre tudo o que foi dito sobre Adriano.
Confira abaixo o que diz o escritor uruguaio:
Eu creio que o caso de Adriano é revelador, como bem disse, de preconceitos e julgamentos que vão além das anedotas.
O bombardeio que Adriano sofre revela, por exemplo:
- A obsessão universal pela vida privada dos que tem êxito, e acima de tudo pelos desportistas vencedores que vem da miséria e que tinham nascido estatisticamente condenados ao fracasso.
- Exige-se deles que sejam freiras de convento, consagrados ao serviço dos demais e com rigorosa proibição do prazer e da liberdade.
- Os puritanos que os vigiam e os condenam são, em geral, medíocres cujo desafio mais audacioso, sua mais perigosa proeza, consiste em cruzar a rua com luz vermelha, alguma vez na vida, e isso tem muito a ver com a inveja que provoca o êxito alheio.
- Tem muito a ver com a demonização dos pobres que não renegam sua mais profunda identidade, por mais exitosos que sejam.
- E muito tem a ver, também, com a humana necessidade de criar ídolos e o inconfessável desejo de que os ídolos se derrubem.
Leia, na íntegra, o post no blog do Lúcio de Castro
Galeano é uruguaio, nascido em Montevidéu, e é autor de obras primas como As Veias Abertas da América Latina. Ele tinha o sonho de ser jogador de futebol quando criança e, talvez, a imaginação daquele menino simples continue assumindo o controle, de vez em quando.
Além de ser autor de diversas crônicas futebolísticas, Galeano escreveu "Futebol ao Sol e à Sombra". E muitas vezes ele ‘apontou para o preconceito enrustido e o ódio que alguns ícones do futebol despertam em alguns por mudarem de status na sociedade. Abordou isso no passado ao falar de Romário, Maradona e tantos outros’.
A citação acima é de Lucio de Castro, que, gentilmente, cedeu ao site oficial do Flamengo a opinião de Galeano sobre tudo o que foi dito sobre Adriano.
Confira abaixo o que diz o escritor uruguaio:
Eu creio que o caso de Adriano é revelador, como bem disse, de preconceitos e julgamentos que vão além das anedotas.
O bombardeio que Adriano sofre revela, por exemplo:
- A obsessão universal pela vida privada dos que tem êxito, e acima de tudo pelos desportistas vencedores que vem da miséria e que tinham nascido estatisticamente condenados ao fracasso.
- Exige-se deles que sejam freiras de convento, consagrados ao serviço dos demais e com rigorosa proibição do prazer e da liberdade.
- Os puritanos que os vigiam e os condenam são, em geral, medíocres cujo desafio mais audacioso, sua mais perigosa proeza, consiste em cruzar a rua com luz vermelha, alguma vez na vida, e isso tem muito a ver com a inveja que provoca o êxito alheio.
- Tem muito a ver com a demonização dos pobres que não renegam sua mais profunda identidade, por mais exitosos que sejam.
- E muito tem a ver, também, com a humana necessidade de criar ídolos e o inconfessável desejo de que os ídolos se derrubem.
Leia, na íntegra, o post no blog do Lúcio de Castro