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Michael: o Coringa da Gávea

Apoiador aposta em sua polivalência para conquistar a titularidade no Flamengo

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Itu (SP) - A tatuagem na batata da perna esquerda não poderia ser mais adequada. Michael diz que não há nenhum significado especial para ela, mas o rosto do Coringa, personagem da série Batman, sorridente, parece ter sido feito na medida para o camisa 80 da Gávea. Jogador de personalidade forte, muito bom humor e polivalência: sua arma para conquistar a titularidade no Flamengo.

No Rubro-Negro desde o início do ano, o apoiador já disputou 14 jogos, tendo marcado dois gols e dado três assistências. Números que ele espera que cresçam no segundo semestre. Pensando na família, que também leva em forma de tatuagem no corpo, e apostando na qualidade e união do elenco, Michael vem trabalhando forte e sonhando com o hepta.

Em entrevista exclusiva ao site oficial do Flamengo, o jogador explicou suas tatuagens, falou da importância dos familiares, da inspiração em Ronaldinho Gaúcho e muito mais. Confira a íntegra do bate-papo abaixo.

Tatuagens -
Tenho seis tatuagens. Duas em homenagem à família, um sol japonês, um Jesus Cristo, uma guerreira nas costas e o Coringa na perna. Ainda estou pensando também em fazer uma com o rosto da minha filha.

Coringa da Gávea - Não tem muito significado não. Eu, as vezes, olho alguma coisa, acho interessante e aí acabo fazendo. Mas essa do Coringa tem uma história legal: o Toninho Oliveira brincou comigo de eu ser mesmo o coringa do time. No primeiro dia aqui em Itu, houve um circuito físico, com quatro estações, e ele me colocou para fazer todas, porque disse que eu me adapto rápido a jogar em diversas posições.

Intertemporada -
Esse período aqui está sendo bem legal para mim e para todo o grupo. Temos uma estrutura ótima, campos bons, um alojamento de qualidade e acredito que isso vai ser muito saudável para o nosso elenco.

Corrêa - O Corrêa é um cara muito profissional, que é exemplar dentro e fora de campo. Com o tempo, todos vão conhecê-lo melhor e tenho certeza de que ele vai se adaptar rápido. Tanto no Palmeiras quanto no Dínamo, ele me ajudou muito e agora, aqui no Flamengo, é uma chance até de retribuir isso.

Flamengo -
Estou muito feliz aqui. Estava até comentando com o Leo Moura e o próprio Corrêa hoje sobre isso. O Léo falou assim para mim: "Michael, fala pra ele se você quer ir embora daqui". E, realmente, eu não quero. No que depender de mim, vou ficar aqui muito tempo. O clima é ótimo, o clube me acolheu super bem, o grupo é unido e isso é muito importante.

Ronaldinho -
O Ronaldinho é um ícone para mim. Ele tem uma trajetória de vida parecida com a minha: não tem pai, teve que lutar muito para conseguir o que ele tem hoje, isso sem falar na qualidade dele em campo. É um jogador genial, que deveria estar na Copa do Mundo na minha opinião, e foi uma espécie de homenagem o número 80 sim. Até o professor Isaias (Tinoco, gerente de futebol do clube) se assustou quando pedi, mas aceitou numa boa.

Família -
A família é a minha estrutura. Minha mãe é minha base. Somos seis na minha família e somos todos muito apegados. Até hoje, mesmo morando sozinho, continuo considerando a casa da minha mãe, a minha casa. Esse ano ela até falou comigo que demorei a passar lá, mas não tem jeito, não tem nada como a casa da mamãe.

Motivação -
A eliminação na Libertadores deixou o grupo muito chateado, até porque, após o Flamengo e Corinthians, todo mundo dizia que o vencedor ali iria com certeza para a final. Acabamos saindo de forma precoce do torneio. Fico feliz por ter ido bem em alguns jogos, mas trocaria tudo isso por ter avançado na competição. Mas agora vamos focar tudo no Brasileiro.

Futuro - Estou esperando coisas boas e tenho certeza de que elas vão acontecer. No ano passado, ninguém acreditava e o Flamengo cresceu na hora certa. Acredito que possamos repetir isso nesta temporada sim. Tem muita gente dizendo que não estamos tão fortes, que o Love pode ir embora, que o Adriano já saiu, mas estamos muito motivados.