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Marcio Braga: 'Foi uma decisão estapafúrdia'

Presidente do Fla se revolta com decisão da Conmebol a favor de partidas na altitude Cahê Mota Do GLOBOESPORTE.COM

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Presidente do Fla se revolta com decisão da Conmebol a favor de partidas na altitude

Cahê Mota\ Do GLOBOESPORTE.COM\

Marcio Braga confia na promessa de Blatter contra jogos na altitudeA decisão da Conmebol em manter a liberação dos jogos de futebol em altitude acima de 2.750 metros de altitude foi uma ducha de água fria para os clubes brasileiros que disputam a Taça Libertadores. Mas como quem perdeu a batalha, mas não a guerra, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, São Paulo e Santos já preparam o contra-ataque.

- Foi uma decisão completamente estapafúrdia. Eles fizeram uma ameaça que não tem o menor sentido, é inaceitável. Como uma entidade que não tem sequer um tribunal arbitral quer mandar a gente retirar nossa ação no CAS? Isso é uma arrogância. Mandei nosso advogado imediatamente para a Suíça - declara o presidente do Flamengo Marcio Braga.

Um dos maiores defensores da causa, o rubro-negro revela que o advogado Pedro Trengouse tem uma reunião marcada com secretarios da Corte Arbitral do Esporte (CAS) marcada para a próxima segunda-feira, às 08h30m, em Lausanne, na Suíça.

- Entraremos com este recurso, e cumpriremos o que for decidido no CAS. A decisão da Conmebol é administrativa. Eles não cumprem nem o estatuto da Fifa, que obriga todas as confederações a terem um tribunal arbitral. Não está legalmente constituída.

Decepção com 'aliados'

Decepcionado com a atitude das outras federações sul-americanas, Marcio Braga diz que a derrota na Conmebol tinha sido prevista pelo presidente da CBF.

- Falei com o Ricardo antes dele embarcar e ele me disse: 'Marcio, acho que vamos perder de 9 a 1'. O presidente Blatter já tinha dito que quanto a CBF não teria dúvidas sobre a postura contra a altitude. Só me causou estranheza a postura das outras entidades. O Julio Grondona (presidente da Associação Argentina) tinha votado com a gente na primeira vez e depois das reclamações do Evo Morales e da Federação Boliviana mudou de postura.

O dirigente, no entanto, descarta qualquer represália à decisão envolvendo a equipe do Flamengo, que encara o Cienciano em Cuzco na próxima quarta-feira.

- Não podemos mudar a programação do futebol. Estamos nessa briga desde o ano passado, e temos tomado nossas precauções.