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Gênio Leônidas da Silva completaria 101 anos

Diamante Negro é um dos maiores nomes do futebol brasileiro e pioneiro no marketing esportivo

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Domingos da Guia via apenas uma diferença entre Leônidas da Silva (1913-2004) e Pelé: a idade. Enquanto o segundo jogou na Era da Televisão, o rubro-negro não teve registrada em vídeo sua genialidade, mas isto não impediu que o craque deixasse gravado seu nome na história do Flamengo e da Seleção Brasileira. Na Gávea, o centroavante jogou de 1936 a 1941, alcançando marcas impressionantes. Ele é o jogador com a melhor média de gols da história do clube: 1,02 por partida. No total, foram 153 gols em 149 confrontos disputados. Zico, o maior goleador do Flamengo em números absolutos, tem média de 0,69 por jogo. Com tamanho faro de gol, não é de se espantar sua coleção de artilharias de campeonato. Em 1938, época em que jogava no Rubro-Negro, foi artilheiro da Copa do Mundo. Com o Manto Sagrado, ele foi o goleador do time por quatro temporadas seguidas (1937 a 1940) e conquistou a artilharia de três competições: Campeonato Carioca de 1938 (16 gols) e de 1940 (30 gols), e do Torneio Rio-São Paulo de 1940 (13 gols). Hoje, é o sexto maior artilheiro da história do Mais Querido, empatado com o ex-ponta-esquerda Jarbas.

Ídolo nacional, Leônidas foi mais que um atleta fora de série, sendo o primeiro atleta da história do futebol brasileiro a usar o marketing e a imprensa para expôr sua imagem. No final da década de 1930, foi garoto-propaganda do chocolate Diamante Negro, criado em homanagem ao craque, que já tinha o apelido que deu nome ao doce. Além das propagandas, Leônidas foi o primeiro ex-jogador a tornar-se comentarista esportivo de rádio no país.

O pioneirismo não era só fora das quatro linhas. Em 1938, na França, o Diamante Negro tornou-se o primeiro jogador a fazer um gol de bicicleta em uma Copa do Mundo, em lance inusitado: a linda jogada foi anulada, pois o juiz desconhecia o movimento e o considerou ilegal. Muitos consideram Leônidas o inventor da bicicleta, mas o próprio admitia que só havia popularizado o lance plástico que animava as peladas de rua.

Pelo Flamengo, além do Torneio Rio-São Paulo de 1940, o Diamante negro venceu o Campeonato Carioca de 1939, um ano depois de jogar a Copa do Mundo pela Seleção. Sua participação nestas competições é considerada fundamental para a grandeza da torcida rubro-negra. Sua popularidade na época do início das transmissões de jogos de futebol pelo rádio, nos Anos 30, espalhou por todo o país a paixão pelo Flamengo, que é até hoje o Mais Querido do Brasil.

Confira as matérias especiais do Centenário de Leônidas da Silva, em 2013

Centenário do craque Leônidas da Silva
Leônidas da Silva: homem pioneiro