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Flamengo vai inaugurar a "Praça Carlinhos"

Multivencedor, ex-técnico e jogador será homenageado na Gávea, neste sábado

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O Clube de Regatas do Flamengo fará neste sábado,12 de fevereiro, uma justa homenagem a um dos grandes nomes de sua história centenária. Luis Carlos Nunes da Silva, mais conhecido como "Carlinhos Violino", dará nome a recém reformada praça que fica ao lado do ginásio Togo Renan Soares.

A festa de inauguração da praça, onde ficará o busto de bronze do ex-jogador e ex-técnico rubro-negro será às 11h. Além da família de Carlinhos, estarão presentes à solenidade ex-jogadores que atuaram com ele, craques da atualidade, a presidente Patricia Amorim e o vice-presidente do Fla-Gávea, Luis Cláudio Cotta.

 Às 13h, depois da solenidade, resgatando uma antiga tradição do clube, será realizado o almoço da "Família Rubro-Negra, no Salão Nobre da sede social. Na ocasião, os jogadores que foram campeões recentemente da Copa São Paulo de Futebol Junior receberão uma homenagem.  Repetindo o sucesso da primeira edição, o buffet a quilo será uma Feijoada.

PERFIL CARLINHOS
Nome: Completo: Luís Carlos Nunes da Silva
Apelido: Carlinhos Violino
Dia do Nascimento: 19 de Novembro de 1937
Cidade do Nascimento: Rio de Janeiro (RJ)
Nacionalidade: Brasileiro

Como jogador
Carlinhos atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.

No dia 20 de janeiro de 1954, Biguá, em sua despedida, entregava a Carlinhos o seu par de chuteiras, gesto que simbolizava a entrega do instrumento de trabalho. História repetida em 1970 quando Carlinhos entregou seu par de chuteiras a um jovem promissor das categorias de base chamado Arthur Antunes Coimbra, o Zico.

Foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol Brasileiro, apesar de nunca ter feito carreira no scratch verde-amarelo, isto, aliás, uma das grandes frustrações pessoais de Carlinhos.

Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0x0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15 de dezembro, registrou-se o maior público entre dois clubes no futebol brasileiro: 177.020 torcedores.

Como treinador
A Gávea, sede oficial do Flamengo, sempre foi chamada carinhosamente por Carlinhos de "Sua segunda casa". Por tal, ao pendurar as chuteiras, o jogador nunca perdeu vínculo com o clube de coração. Tendo trabalhado no Fla por muitos anos, mesmo após a sua aposentadoria dos gramados, Carlinhos Violino recebeu uma primeira oportunidade como treinador do time profissional de futebol ao substituir Paulo César Carpegiani no ano de 1983.

Carlinhos chegou a treinar outros clubes como o Guarani, porém, a sua paixão pelo Flamengo resultaria em, nada mais nada menos, do que sete passagens pela Gávea.

Conhecido internamente como um verdadeiro apaga chamas, pela habilidade com que diversas vezes contornou situações difíceis no futebol do Flamengo, Carlinhos em muito pouco tempo conseguiu se desvencilhar da condição de eterno interino e passou a ser bastante respeitado como treinador, sobretudo, depois de conquistar o tetracampeonato brasileiro.

O fato é que na década de 90, Carlinhos já era tratado com muito respeito no metiêr futebolístico. Em 1991, o ex-jogador assumiu mais uma vez o Fla, e disputou o Campeonato Carioca e a Supercopa dos Campeões com um time considerado mediano.
No ano de 1992, comandou o time que surpreendeu a todos depois de chegar na fase final do Campeonato Brasileiro de 1992 e se sagrar pentacampeão em dois jogos históricos contra o rival Botafogo.

Depois desta marcante passagem, vieram outras três, junto com elas, alguns títulos. Estes números impressionantes credenciam alguns torcedores que consideram o "Violino" como melhor técnico da história do Flamengo, o que não é pouco, pela quantidade enorme de grandes treinadores que passaram pelo rubro-negro carioca.  Sua última passagem pelo Flamengo ocorreu entre maio e outubro de 2000.

TÍTULOS COMO TREINADOR
Taça Guanabara – 1988 e 1989
Campeonato Carioca – 1991,1999 e 2000
Campeonato Brasileiro – 1987 e 1992
Copa Mercosul - 1999