O Governo Federal, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, convidou os dois clubes para o 'Jogo da Paz', que deverá ser realizado no fim do ano.
Em uma reunião nesta segunda-feira, na residêncua do presidente Marcio Braga, Flamengo e Corinthians confirmaram um amistoso na Palestina, que deverá ser realizado no fim deste ano. Delair Dumbrosck, presidente em exercício do Flamengo, Kleber Leite, vice-presidente de futebol do Flamengo, Luis Paulo Rosenberg, vice de marketing do Corinthians, e a coordenadora geral de intercâmbio e cooperação Esportiva do Itamaraty, Vera Cinthia Alvarez, participaram da reunião.
A pedido do Ministério das Relações Exteriores, os dois clubes mais populares do Brasil confirmaram o segundo “Jogo da Paz”, que teve a sua primeira edição em 2004, quando a Seleção Brasileira enfrentou a seleção Haitiana, no Haiti.
A idéia do Governo Federal é levar um pouco de alegria e paz ao Oriente Médio.
-“Viemos ao Rio de Janeiro em nome do Governo Federal para propor que os dois maiores clubes do Brasil realizem o segundo jogo da paz. O primeiro foi em 2004 no Haiti e mobilizou a atenção do nosso país e do mundo todo. Não existe melhor cartão de visita no Brasil que o futebol. Vamos tentar levar uma boa mensagem para uma outra região sofrida e com várias carências. A sugestão foi bem aceita pelos clubes, ainda não temos uma data prevista. Entraremos em contato com o governo da Palestina para achar uma data ideal”, disse Vera Cintia.
O presidente Marcio Braga elogiou a iniciativa do Governo Federal.
-“A ministra (Vera Cintia) veio formalizar o convite e agora os clubes vão definir todas as situações. Temos de resolver a data. Decidimos nesta segunda que tem de ser um amistoso. O presidente da federação palestina (Jebreel M. Rajoub) já deu o sinal verde e isso vai colaborar para a projeção dos clubes brasileiros no exterior. O Pelé, também vai ser convidado, assim como o Zico, o Rivelino”.
Luiz Paulo Rosenberg falou que o Corinthians está encarando o amistoso como um projeto social.
-“O Corinthians não apenas aceitou o convite como se sentiu engrandecido e envaidecido. Tão importante quanto ganhar troféus é participar de uma causa nobre como esta. Será o jogo da paz e o confronto das multidões. Haverá uma grande repercussão internacional e isso é muito bom para nós. Mas não será encarado como estratégia de marketing, e sim como projeto social. O peso do lado financeiro é diminuto nesta situação”.