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Fla recebe acervo do segundo maior artilheiro de sua história

Rubro-negro recebeu documentário das mãos do irmão de Dida, que ficará exposto no Museu Flamengo

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Maior ídolo da história do Flamengo, Zico já tornou público que umas das primeiras palavras que ele pronunciou foi Dida. E se as gerações que vieram depois não tiveram ou não puderam conhecer de perto quem foi o ídolo do Galinho de Quintino, o Rubro-negro tratou de, mais um vez, reconhecer o jovem alagoano, que fez sucesso vestindo o manto número 10.

Nesta quarta-feira (16.02), representantes do Flamengo estiveram na casa de Edson Santa Rosa, irmão de Dida, em Maceió, para receber das mãos dele um documentário espetacular sobre a vida do craque, que tanto brilhou com as cores do clube. O material, dois DVDs com fotos raríssimas sobre a carreira de Dida, ficará exposto no Museu Flamengo, que deve ser inaugurado no final de 2011, deixando para a posteridade o talento desse ilustre rubro-negro.

Além dos vídeos, várias fotos também fora doadas ao Museu Flamengo. Em contrapartida, o Flamengo deu ao irmão de Dida uma camisa do atual camisa 10 rubro-negro, Ronaldinho Gaúcho. Mas, independente do mimo, Edson já mostrava no olhar a alegria de ver a história de seu irmão ser mais uma vez reconhecida pelo Mais Querido do Brasil.

"Sou muito grato ao Flamengo por tudo. O clube apoiou meu irmão até seus últimos dias. Isso foi muito importante para toda nossa família", afirmou Edson, único dos 11 irmãos ainda vivo.

Mais fotografias, algumas que nunca foram expostas, ainda serão doadas ao Museu Flamengo pela família de Dida. Edson, irmão do ex-camisa 10 rubro-negro, anunciou que catalogará as mesmas e, então, enviará aos responsáveis pelo acervo da Gávea.

Veja quem foi Dida
Edivaldo Alves de Santa Rosa, mais conhecido como Dida, foi o maior artilheiro do Flamengo até Zico superar sua marca (244 gols em 350 jogos entre 1953 e 1966). No entanto, até hoje, somente o Galinho conseguiu o feito. Curiosamente Dida foi o maior ídolo de Zico, de quem acabaria herdando a camisa 10.

Dida foi descoberto em Maceió, quando a delegação de vôlei do Flamengo assistia a um jogo entre as seleções de futebol de Alagoas e da Paraíba. Os cariocas ficaram impressionados com um jogador da equipe alagoana que marcou três gols na partida e, depois de um tempo, um representante do time da Gávea foi até o Nordeste trazer o jovem talento para o Rio.

Dida jogou a primeira vez no profissional do time rubro-negro graças às contusões de Evaristo e Benitez num jogo contra o Vasco. O Flamengo venceu por 2x1, mas Dida acabou retornando para o time de aspirantes. Só em 55 ele viria a se firmar definitivamente como titular, substituindo Evaristo mais uma vez. Na final do campeonato daquele ano, o Flamengo venceu por 4x1, conquistando o bicampeonato. O jovem alagoano marcou três gols da partida.

Na seleção, Dida era o camisa 10, titular absoluto até a Copa de 58. Uma contusão o deixou no banco de reservas e abriu vaga para o jovem Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que encantaria o mundo com seu futebol.