José Padilha, diretor do filme 'Tropa de Elite', se emociona com gritos da torcida no Maraca
Por causa do Flamengo, o cineasta José Padilha, rubro-negro fanático e neto de um ex-presidente do clube, teve pelo menos um momento de alegria na polêmica envolvendo a pirataria de seu filme "Tropa de Elite", que já lhe deu muita dor de cabeça. Durante um jogo do time no Maracanã, parte da torcida imitou personagens da obra nas arquibancadas, o que deixou o diretor emocionado.
- Embora eu seja contra a pirataria, eu sou Flamengo antes de mais nada. Eu estava em casa e um amigo me ligou do Maracanã depois de o Souza ter perdido um pênalti para dizer que a torcida estava gritando "Zero um, pede para sair!", que é uma das falas do filme. Eram umas 40 mil pessoas. Isso me emocionou - disse Padilha em entrevista a Jô Soares, na noite de segunda-feira (assista no vídeo ao lado).
"Tropa de Elite" é um dos lançamentos mais esperados do cinema brasileiro em 2007. A obra já foi exibida no Festival do Rio e entrará em circuito nacional no dia 12 de outubro (assista no vídeo ao lado ao trailler oficial do filme). Na próxima sexta, haverá a estréia no Rio e em São Paulo. Porém, muito antes disso já estava sendo vendida em camelôs no Rio de Janeiro. Uma cópia do filme foi roubada e pirateada.
José Padilha é neto de José Bastos Padilha, ex-presidente do Flamengo responsável pelo início da construção do estádio da Gávea, que leva seu nome, em 1933. Além disso, o cineasta é afilhado do jornalista Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues (ilustre torcedor do Fluminense) e que batizou o Maracanã.
- Mário Filho dizia que não tinha time, mas era Flamengo. Minha família toda sabe disso - revelou.
Ao saber que a diretoria do Fluminense teria exibido uma cópia pirata do "Tropa de Elite" aos jogadores na concentração, o diretor brincou com um especialista em pirataria presente no "Programa do Jô":
- Queria saber se eles poderiam voltar para a Segunda Divisão por causa disso.