Na próxima quinta-feira (02.09), os apaixonados por futebol poderão saber mais sobre a relação dos ídolos criados pelo esporte mais popular do Brasil com a mídia. O professor Ronaldo Helal, do Departamento de Teoria da Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da Uerj e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da mesma instituição, ministrará um curso, intitulado de "O País do futebol, além dos gols. Mídia, idolatria, política e identidade nacional", na Casa do Saber (Av. Epitácio Pessoa, 1164 – Lagoa).
O curso, dividido em quatro encontros, realizados sempre às quintas, às 19h30, pretende discutir as narrativas da imprensa na construção das figuras públicas de ídolos do futebol e na construção da identidade nacional por meio desse esporte. As construções midiáticas se processam em uma relação dialética com os objetos mitificados, sejam eles os atletas ou as narrativas que buscam relacionar estilos de jogo com a cultura.
O curso propõe ainda uma maior compreensão sobre a dinâmica que move a cultura brasileira por meio de uma reflexão sobre algumas simbologias do futebol brasileiro.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.casadosaber.com.br ou pelo telefone 2227-2237, de segunda a sexta, de 11 às 20h.
Serviço
Início: 02 SET
Duração: 4 encontros semanais
Dias/horários: Quintas-Feiras, às 19h30 (02/09, 09/09, 16/09, 23/09)
Valor: R$ 160,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00
Aulas:
02 SET | 1. FUTEBOL E IDENTIDADE NACIONAL NO BRASIL
Como o jornalismo esportivo contribuiu para a "construção" da identidade nacional por meio do futebol. O debate em torno do livro "O negro no futebol brasileiro", de Mário Filho, e sua importância na formação da simbologia do futebol brasileiro. O declínio da "Pátria de Chuteiras": o esmaecimento do discurso em torno do "nacional" nas recentes conquistas e fracassos em Copas do Mundo. O que esperar da Copa de 2014 no Brasil em termos de discursos sobre o "nacional"?
09 SET | 2. O HERÓI E SUAS PROVAÇÕES: O CASO RONALDO "FENÔMENO"
A narrativa em torno da trajetória de Ronaldo rumo ao posto de herói começa, paradoxalmente, na França, em 1998, quando o atleta teria sucumbido, na final, às intensas expectativas nele depositadas. Naquele momento, os fãs "descobriram" que o mito era um "homem como outro qualquer", "dormia abraçado ao pai nos momentos difíceis", e ainda, de forma emblemática, tratava-se de "um menino". Na "queda" do ídolo, presenciamos sua "humanização". Ao invés do "fenômeno", "descobrimos" Ronaldo, o homem, e abrimos o caminho para a trajetória heroica do atleta.
16 SET | 3. ZICO E ROMÁRIO: A CULTURA BRASILEIRA E SEUS ANTAGONISMOS
A biografia de Zico: o sucesso através do esforço e do trabalho. A biografia de Romário: o sucesso por meio da "irreverência" e da "malandragem". As narrativas das trajetórias dos dois atletas falam de modelos antagônicos de heróis cultuados em nossa cultura e nos mostram que as construções de suas biografias fazem parte de uma relação dialética entre as ações dos "objetos mitificados" – Zico e Romário – e o contexto social.
23 SET | 4. BRASIL E ARGENTINA: DO "AMAR ODIAR" E DO "ODIAR AMAR"
A semelhança da "construção" simbólica do futebol no Brasil e na Argentina. O que fazem argentinos e brasileiros quando "olham" para o futebol do "vizinho"? Identificam-se ou reforçam uma outra identidade "mais brasileira" ou "mais argentina"? Os argentinos "odeiam amar" os brasileiros enquanto os brasileiros "amam odiar" os argentinos. A "construção" e o acirramento da rivalidade no futebol. Os estereótipos de ambos os lados.
O curso, dividido em quatro encontros, realizados sempre às quintas, às 19h30, pretende discutir as narrativas da imprensa na construção das figuras públicas de ídolos do futebol e na construção da identidade nacional por meio desse esporte. As construções midiáticas se processam em uma relação dialética com os objetos mitificados, sejam eles os atletas ou as narrativas que buscam relacionar estilos de jogo com a cultura.
O curso propõe ainda uma maior compreensão sobre a dinâmica que move a cultura brasileira por meio de uma reflexão sobre algumas simbologias do futebol brasileiro.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.casadosaber.com.br ou pelo telefone 2227-2237, de segunda a sexta, de 11 às 20h.
Serviço
Início: 02 SET
Duração: 4 encontros semanais
Dias/horários: Quintas-Feiras, às 19h30 (02/09, 09/09, 16/09, 23/09)
Valor: R$ 160,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00
Aulas:
02 SET | 1. FUTEBOL E IDENTIDADE NACIONAL NO BRASIL
Como o jornalismo esportivo contribuiu para a "construção" da identidade nacional por meio do futebol. O debate em torno do livro "O negro no futebol brasileiro", de Mário Filho, e sua importância na formação da simbologia do futebol brasileiro. O declínio da "Pátria de Chuteiras": o esmaecimento do discurso em torno do "nacional" nas recentes conquistas e fracassos em Copas do Mundo. O que esperar da Copa de 2014 no Brasil em termos de discursos sobre o "nacional"?
09 SET | 2. O HERÓI E SUAS PROVAÇÕES: O CASO RONALDO "FENÔMENO"
A narrativa em torno da trajetória de Ronaldo rumo ao posto de herói começa, paradoxalmente, na França, em 1998, quando o atleta teria sucumbido, na final, às intensas expectativas nele depositadas. Naquele momento, os fãs "descobriram" que o mito era um "homem como outro qualquer", "dormia abraçado ao pai nos momentos difíceis", e ainda, de forma emblemática, tratava-se de "um menino". Na "queda" do ídolo, presenciamos sua "humanização". Ao invés do "fenômeno", "descobrimos" Ronaldo, o homem, e abrimos o caminho para a trajetória heroica do atleta.
16 SET | 3. ZICO E ROMÁRIO: A CULTURA BRASILEIRA E SEUS ANTAGONISMOS
A biografia de Zico: o sucesso através do esforço e do trabalho. A biografia de Romário: o sucesso por meio da "irreverência" e da "malandragem". As narrativas das trajetórias dos dois atletas falam de modelos antagônicos de heróis cultuados em nossa cultura e nos mostram que as construções de suas biografias fazem parte de uma relação dialética entre as ações dos "objetos mitificados" – Zico e Romário – e o contexto social.
23 SET | 4. BRASIL E ARGENTINA: DO "AMAR ODIAR" E DO "ODIAR AMAR"
A semelhança da "construção" simbólica do futebol no Brasil e na Argentina. O que fazem argentinos e brasileiros quando "olham" para o futebol do "vizinho"? Identificam-se ou reforçam uma outra identidade "mais brasileira" ou "mais argentina"? Os argentinos "odeiam amar" os brasileiros enquanto os brasileiros "amam odiar" os argentinos. A "construção" e o acirramento da rivalidade no futebol. Os estereótipos de ambos os lados.