O GLOBO
VEXAME RUBRO-NEGRO: Erros se juntam ao acaso no caminho para o desastre
O fatídico dia em que toda a engrenagem do Fla falhou
Preparação para o jogo com o América fugiu totalmente à rotina do time
Legenda da foto: FÁBIO LUCIANO, com Souza, chega à Gávea para treinar: "Não foi a minha ausência que fez o time perder"
Carlos Eduardo Mansur
Isoladamente, talvez os percalços vividos pelo Flamengo em sua preparação para o jogo com o América, pela Libertadores, não expliquem a inesperada derrota. No entanto, juntos, todos eles fizeram o time fugir à sua rotina nas horas anteriores à partida.
A programação para a festa de despedida de Joel Santana pôs as homenagens num plano superior ao jogo. O treinador, que costuma entrar em campo instantes antes de a bola rolar, para não ter sua concentração prejudicada, ficou alguns minutos sob forte emoção na beira do campo, junto com os jogadores.
O efeito da festa pode ser subjetivo. Mas a ida para o estádio foi, de fato, caótica. O time deixou a concentração na hora programada, mas o trânsito no acesso à Linha Amarela fez a delegação, ao contrário do habitual, mudar o trajeto e tentar o Alto da Boa Vista. O elenco, que em geral chega ao Maracanã com mais de uma hora de antecipação, chegou 35 minutos antes do jogo.
Veto a Fábio Luciano somente no vestiário
Na chegada, o time foi obrigado a correr para trocar de roupa. Em seguida, começaria o aquecimento, feito sem o preparador físico, Ronaldo Torres. Ele, que seguia para o estádio em um carro particular e não no ônibus do time, ficou preso no engarrafamento e só chegou no início do jogo. Os auxiliares comandaram o aquecimento.
No vestiário, outro procedimento foi alterado. Com dores musculares desde o fim do jogo contra o Botafogo, o zagueiro Fábio Luciano chegou a treinar na terça-feira, mas voltou a sentir. Em geral, a decisão sobre o veto ocorre, no máximo, no almoço no dia do jogo. Como a comissão técnica queria contar com ele - pela liderança do capitão e pela inexperiência de Tiago Sales -, a decisão foi adiada e a preleção feita com a dúvida. O martelo foi batido pouco antes do jogo e Leonardo, escalado. Pesou até a necessidade de preparar Fábio para uma eventual seqüência na Libertadores.
- Falar em "se" é complicado. Ele tem 33 anos e, quando não se sente bem, deve ser respeitado - disse o médico José Luiz Runco, perguntado se o zagueiro atuaria caso o jogo fosse tido como decisivo.
- Não foi a minha ausência que fez o time perder. Iria expor o time se jogasse com aquela dor - disse Fábio, que é dúvida, também, para domingo, contra o Santos.
Na hora da corrente, no vestiário, uma câmera de TV autorizada pelo clube gerou algumas reclamações.
Já o técnico Joel Santana, obrigado a deixar a concentração nos últimos dias para preparar a viagem para a África do Sul, negou que isto tenha prejudicado seu planejamento.
- Venho fazendo isso há 20 dias e o time estava ganhando. Agora levantam estas coisas - disse o treinador.
Na segunda-feira, o treino de ontem, que seria à tarde, fora antecipado para a manhã. O motivo: uma confraternização entre o time e Joel, mas que foi cancelada após o desastre.
Mudança à vista com Caio Júnior
Após ver a eliminação do Fla na Libertadores, técnico vai montar time ao seu estilo
Legenda da foto: CAIO JÚNIOR dirige seu primeiro treino na Gávea: serenidade no primeiro contato
Fábio Juppa
Considerada pelos dirigentes obra do imponderável, a surpreendente eliminação do Flamengo da Copa Libertadores não tinha mesmo como ser prevista, mas seus efeitos foram determinantes. A começar pelo fim de um sonho que, entre a conquista do bicampeonato estadual e a festiva despedida de Joel Santana, perdeu sua essência de desejo e fantasia e ganhou perigosa concretude. Os jogadores imaginaram que ontem à tarde estariam comemorando num churrasco a classificação para as quartas-de-final, mas tiveram de cancelá-lo. E o técnico Caio Júnior, que, em seu horizonte vislumbrava apenas a palavra continuidade, acordou se sentindo livre para trilhar um caminho novo e pessoal.
- Antes do jogo (contra o América-MEX), a idéia de trabalho era uma. Agora é outra. Preciso pensar na recuperação dos jogadores - disse Caio. - Tenho pouco tempo.
Menos de 12 horas depois dos furiosos protestos da torcida que se seguiram à derrota no Maracanã, a Gávea amanheceu ensolarada e melancólica. Numa reunião logo cedo entre a cúpula do futebol, comissão técnica e jogadores, foi ressaltada a importância de o grupo assimilar o golpe da noite anterior o mais rapidamente possível, já que, no domingo, o time estréia no Campeonato Brasileiro, contra o Santos. Num primeiro dia de trabalho atípico em relação ao que se desenhava na véspera, Caio Júnior se manteve o tempo todo longe do olho do furacão. Seguindo ao pé da letra o conselho dado pelo psicólogo Paulo Ribeiro ao elenco, de que era fundamental viver o luto da perda sem se entregar a ela, até porque não teve participação na derrota, o técnico foi ponderado, na tentativa de amenizar o clima de consternação:
- Havia uma expectativa pela Libertadores, até em função da vantagem. O Flamengo foi eliminado de forma atípica, mas é o campeão estadual e tem o Brasileiro pela frente. O grupo tem condições de fazer um bom campeonato. E meu trabalho vai ser reconhecido.
Técnico estabelece aproveitamento
Como teve um contato mínimo com elenco - assistiu ao jogo e ontem pela manhã comandou seu primeiro treino - Caio Júnior ainda não tem idéia de que modificações fará, mas deixou claro que elas vão acontecer. O lateral Leonardo Moura e o zagueiro Fábio Luciano são desfalques praticamente certos para domingo. Rodrigo, recuperado de uma fratura no braço direito, faz parte dos planos e pode até ser aproveitado no banco. A única certeza por enquanto é de que é preciso conversar muito com os jogadores. Sobre o Campeonato Brasileiro, Caio ressaltou que, a curto prazo, o foco está no Santos, mas projeta um aproveitamento de 50% a 60%:
- As equipes que conseguiram vaga na Libertadores atingiram esse percentual, tem que ser o nosso objetivo - admitiu o técnico, mostrando-se paciente para esperar sua hora de disputar a competição sul-americana. - Ainda tenho muito tempo de carreira pela frente.
Caio tem problemas à vista. Na terça-feira que vem, ele será julgado pelo STJD por conta de sua expulsão na partida entre Goiás e Corinthians, no último dia 30 de abril, pela Copa do Brasil deste ano, quando treinava o clube goiano. Caio foi denunciado nos artigos 187 (ofender o árbitro) e 274 (invasão de área destinada à arbitragem). A pena, em caso de punição, pode chegar a 150 dias.
O vice de futebol, Kleber Leite, minimizou o estrago que a eliminação da Libertadores pode trazer à saúde financeira do Flamengo. Ontem, Kleber dizia que perder a chance de uma conquista tão importante é um prejuízo muito mais grave do que as somas que deixam de entrar, já que a Libertadores é vantajosa apenas para o campeão. Mas o fato é que, com a derrota inesperada, a diretoria teme se enfraquecer em negociações vitais para o futuro do clube, como as renovações dos contratos da Petrobras e da Nike, em andamento. Ontem, o que mais incomodava Kleber Leite eram as críticas às homenagens a Joel e ao clima de festa que tomou conta do clube nos últimos dias.
- Não houve oba-oba, tudo foi feito com seriedade. Nos concentramos dois dias antes. Ninguém pode dizer que o time não lutou.
Eliminação atrapalha planejamento do clube
Diretoria teme que impacto seja sentido nas finanças e na estabilidade política da Gávea
Embora as cotas pagas pela participação na Copa Libertadores não sejam consideradas espetaculares pela diretoria rubro-negra, a saída inesperada da competição terá seu impacto na Gávea. Afinal, manter o clube no topo era tido como fundamental nas negociações em andamento com parceiros, na valorização do elenco e na manutenção da estabilidade política.
Após a derrota para o América, o Flamengo perdeu a chance de receber, caso fosse até a final da Libertadores, US$2,54 milhões (cerca de R$4,3 milhões) de cotas de TV, premiação paga pelo patrocinador da competição e cotas de publicidade estática. Além disto, até a decisão o Flamengo faria mais três jogos no Maracanã, em que teria direito a toda a bilheteria e poderia arrecadar valores próximos de R$3 milhões.
A derrota atrapalha outros planos rubro-negros. O clube, segundo seu departamento financeiro, precisa arrecadar, em 2008, R$25 milhões com negociações de direitos de jogadores para arcar com seus compromissos no restante do ano. O Flamengo investiu alto na contratação de jogadores e compra de direitos de atletas, com os quais fez contratos longos, com multas rescisórias elevadas. No entanto, tal patrimônio só se transformará em dinheiro caso o elenco se valorize com conquistas.
Ao mesmo tempo, o Flamengo conta com receitas que podem surgir nas negociações, que estão em andamento, do próximo contrato com a Petrobras e de contratos com o próximo fornecedor de material esportivo. A Nike, temendo perder o Flamengo, acenou com R$15 milhões anuais. A Olympikus, com R$20 milhões. A preocupação na Gávea é que resultados ruins reduzam a capacidade de negociação do clube no mercado.
Joel diz que não se arrepende de ter dirigido time
Ex-treinador acha que sua passagem pelo Fla não foi manchada
Agora ex-técnico do Flamengo, Joel Santana passou o dia seguinte ao desastre do Maracanã quase todo em casa, preparando a viagem para a África do Sul, ainda sem data marcada. Ao falar da derrota, disse ter duas certezas: não se arrepende de ter ficado até o jogo com o América e tampouco acha que sua passagem no clube ficou manchada.
- Não fica mancha alguma. Perdemos um jogo de vários que teríamos até um título. Perder um título seria diferente. A lembrança do título estadual é mais forte do que a derrota - disse Joel. - Se eu saísse após a final, diriam que deixei o clube na mão. Sacrifiquei minha viagem pelo clube, pela torcida.
Eliminação repercute\ na África do Sul\
Joel acha que seu trabalho não pode ser contestado.
- Podia acontecer uma eliminação antes ou depois. Na bolsa de Londres, seria 10 para 1. No vôlei, o Brasil perdeu uma Olimpíada com 24 a 19. E o Zé Roberto Guimarães é um horror? As meninas não prestam? Ganhei 70% dos pontos e um título importante. Não tem catástrofe. Se as bolas entram, o jogo podia ser 8 a 3, 5 a 3.
O ex-treinador, em uma de suas poucas saídas de casa, disse ter recebido carinho.
- Fui comprar pão e o pessoal falava: "Papai Joel, não abaixa a cabeça". Virei papai de muita gente - contou.
A derrota repercutiu na África. O jornal "Star" disse que Joel "teve um pesadelo na despedida" e ficou "desejando não ter aceitado ficar no Flamengo mais um jogo". Já o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse que a entidade espera que a África do Sul consiga ir à segunda fase da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
TV Globo terá Brasileiro até 2011
A Rede Globo estendeu por mais três anos seus direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A, em TV aberta e internet. Pelas temporadas de 2009 a 2011, a emissora vai pagar R$ 220 milhões anuais, de acordo com contrato firmado ontem com o Clube dos 13. Corinthians, São Paulo e Flamengo ainda não assinaram. No dia 16, haverá nova discussão sobre o acordo para TV fechada e pay-per-view.
JORNAL DOS SPORTS
Tempo de reconstrução
O time está abalado, mas Caior Júnior e Kleber Leite acreditam na recuperação dos jogadores
Bernardo peirão
Kleber garante que o clube terá recursos para manter os pagamentos em dia, mesmo sem a Copa Libertadores
Caras assustadas, cabeças baixas e feições de total incredulidade. Mais do que um clima de velório, o Flamengo amanheceu como se vivesse um pesadelo que logo iria passar, como se a qualquer momento se pudesse voltar no tempo e acabar com toda aquela decepção. As explicações para uma das maiores derrotas da história do clube foram vazias, assim como as arquibancadas , que nem os esperados protestos da torcida receberam. Após se preparar para uma festa, o Flamengo amanheceu morto.
E foi justamente a festa feita para a despedida de Joel Santana a eleita como a maior culpada para a derrota. Após a partida, os jogadores admitiram que não respeitaram o América e que a preparação para o jogo não foi a ideal. Mesmo assim, o vice-presidente de Futebol, Kleber Leite, fez questão de rebater as criticas e creditou a derrota ao imponderável.
"Não temos de falar. Temos de trabalhar. Isso é futebol, não é basquete, onde sempre o melhor vence. O que aconteceu foi o imponderável. Os caras chutaram cinco bolas ao gol e três entraram", disse o dirigente, que se irritou com as criticas sobre a festa armada pelo clube: " Quando uma derrota dessas acontece sempre se procuram culpados, isso é do ser humando. Não houve festa, não houve excesso, apenas um sentimento de gratidão ao Joel. Entregamos apenas uma placa e uma camisa autografada pelos jogadores. Estamos mostrando a cara. Algumas criticas foram covardes. Não estamos de palhaçada. Aqui não tem frouxo", afirmou. Entretanto, nenhum jogador envolvido na derrota falou com a imprensa.
Outro que estava decepcionado era o técnico Caio Júnior. Ele que chegou ao clube com um clima leve e sonhando em ser campeão do mundo, recebeu um time frio, abatido, fora da Libertadores e, agora, sem o apoio da torcida. Segundo o técnico, toda a sua programação teve de mudar com o resultado da última quarta-feira.
"O que eu vinha planejando caiu por água abaixo. Estou tendo de fazer um outro tipo de trabalho. Terei de trabalhar em cima da recuperação deles. Tanto a recuperação psicológica, como a confiança, pois isso é o que mais se perde em uma derrota como estas. Tinha o sonho de disputar essa Libertadores. Ele foi adiado, por enquanto", afirmou o treinador que terá muito trabalho para reacender a chama desta equipe, que se apagou na noite de quarta.
Caio quer estréia com o pé direito
Técnico começa hoje a definir o time que enfrenta o Santos, tendo dois desfalques na defesa
Bernardo Peirão
Nina Lima
Caio comandou o treinos dos reservas e dos que não enfrentaram o América
Passada a tragédia, o Flamengo tenta agora encontrar forças para dar a volta por cima. E deu início à preparação para a estréia no Campeonato Brasileiro, contra o Santos, domingo, às 18h10m, no Maracanã. Para ter o mínimo de tranqüilidade, uma vitória nesse jogo será fundamental para a seqüência de trabalho.
Por isso, a ordem na Gávea é voltar as atenções para o Campeonato Brasileiro.
"Temos de ser profissionais, ter equilíbrio e trabalhar visando ao jogo com o Santos. Vou passar para eles todas as informações que tenho do Santos e vamos ver o jogo de hoje (ontem). Somos campeões estaduais, infelizmente fomos eliminados, agora é focar no Brasileiro", decretou o técnico Caio Júnior, que disse ser expert na competição. "Conheço bem essa competição. É o campeonato mais difícil do mundo. Já disputei com o Paraná e cheguei na Libertadores. Com o Palmeiras também fiz boa campanha. Tenho certeza de que o meu trabalho será reconhecido depois desse campeonato", completou, confiante.
Caio Júnior acredita que com essa decepção e o grupo que o Flamengo tem, a obrigação do time agora é fazer uma boa campanha no Brasileirão.
"Temos de brigar para sermos campeões. O mínimo que se exigirá de nós é chegar à Libertadores. Mas para chegarmos nesse ponto, temos de lembrar que todos os jogos valem três pontos. Esse jogo de domingo vale muito", lembrou ele.
Apesar da motivação do treinador e da importância da partida, Caio Júnior terá dois problemas para definir a equipe que entrará em campo domingo. O zagueiro Fábio Luciano continua sentido a coxa direita, e o lateral-direito Léo Moura, que também se lesionou, estão praticamente vetados. Hoje, o treinador realizará o seu primeiro treino tático para começar a definir o time.
Quem também está vetada para esta partida é a torcida. Graças a uma punição sofrida no Brasileiro do ano passado, o jogo de domingo será disputado com os portões fechados. Fato que, mesmo com a pressão que o time sofreria, não agrada a Caio Junior.
"Jogar sem torcida é sempre ruim", finalizou.
Bomba na Gávea: Caio Junior pode não dirigir o Fla no Brasileiro
Arquivo/JS
Caio Junior nem estreou ainda e pode não dirigir o Fla durante o Brasileiro
Se já não bastasse a vergonha que o Flamengo passou na última quarta-feira, o clube agora tem outro problema para se preocupar. O técnico Caio Junior foi denunciado por ter sido expulso na Copa do Brasil, quando ainda era o treinador do Goiás. Caso seja condenado, pode ficar no mínimo 150 dias suspenso.
O julgamento do STJD está marcado parar acontecer na próxima terça-feira, 13 de maio, à partir das 17h.
Caio Júnior foi expulso por invadir o campo e ofender o árbitro Leandro Pedro Vuadem na partida contra o Corinthians, válida pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O treinador foi enquadrado nos artigos 187 II (ofender moralmente – árbitro ou auxiliar em função) e 274 (invadir local destinado à equipe de arbitragem). De acordo com a Justiça Desportiva, as penas previstas para estes artigos são suspensão de 30 a 180 dias e 120 a 720 dias, respectivamente.
Fabio Luciano: 'Minha ausência não causou derrota'
Arquivo/JS
Fabio Luciano diz ter sentido um problema na coxa direita na final contra o Bota
O corte de última hora para a partida contra o América-MEX de Fabio Luciano aumentou ainda mais o mal-estar na Gávea após a vergonhosa eliminação na última quarta-feira da Taça Libertadores, quando o Rubro-Negro perdeu por 3 a 0 para os mexicanos em pleno Maracanã. Muitos torcedores apontaram a ausência do jogador, aliado a escalação de Leonardo, zagueiro contratado recentemente, como preponderantes para o fiasco.
O capitão havia treinado normalmente na véspera, mas alega que sentira um problema muscular nna coxa direita desde a final do Carioca, contra o Botafogo, no último domingo. Para o zagueiro, não foi sua ausência que causou a tragédia, e sim, um conjunto de fatores.
“Não foi a minha ausência que fez o time perder, não é por aí. O Flamengo tem um grupo de 30 jogadores, seria errado da minha parte eu entrar com dor e, de repente, colocar o time em uma situação difícil. Todos os zagueiros têm condição de jogar, e eu não estava 100%. Acho que não jogaria mesmo se fosse uma final de campeonato. Senti um problema no jogo contra o Botafogo. No treino, o Runco pediu para eu não treinar, mas achei melhor treinar para fazer um teste e não deixar para decidir em cima, mas acabei sentindo dor. Fiz tratamento, mas não tinha condição de jogar, era um risco grande. Acho que, inclusive, será difícil eu jogar contra o Santos. Foi uma série de fatores que fizeram o Flamengo perder, e não a minha ausência”, garantiu.
Mengão derruba o Brasília
Rubro-Negro vence por 103 a 96 e pega moral para os playoffs decisivos do Nacional de Basquete
Pedro ivo almeida
Ursula Nery
O pivô Coloneze, do Flamengo, parte para cima do adversário
Numa partida, que muitos consideram pode ser a final do Nacional de Basquete, o Flamengo se deu melhor na prévia. E ontem venceu por 103 a 96 o Universo/Brasília, no ginásio Hélio Maurício, na Gávea. O craque Marcelinho foi o destaque do jogo com 30 pontos.
O Rubro-Negro volta a jogar contra o Cetaf, de Vila Velha, amanhã, às 11 horas, no ginásio Hélio Maurício, na abertura dos playoffs das quartas-de-final. A série será disputada em melhor de cinco jogos.
Equilíbrio
Com as defesas sem muita eficiência, Flamengo e Brasília fizeram uma partida bem aberta no primeiro quarto. O Rubro-Negro contou com o talento do ala/armador Marcelinho Machado para levar a melhor e vencer por seis pontos: 32 a 26.
No segundo quarto, Brasília apertou a marcação e Valtinho e Arthur, enfim, entraram num bom ritmo. O equilíbrio permaneceu até que no fim as bolas de três da equipe carioca voltaram a fazer a diferença. Um belo arremesso de Fernando Mineiro e outro de Duda, com o cronômetro estourando. E o placar do intervalo: 52 a 47 para o Flamengo, com 18 pontos de Marcelinho Machado.
Duda, fundamental
No terceiro quarto, o Brasília equilibrou o sistema defensivo e conseguiu tirar os cinco pontos, empatando a partida. O que demonstrou o grande equilíbrio entre as equipes, favoritas a conquista do título.
No último quarto, o Flamengo apostou no talento do armador Duda, que além de brilhar com suas tradicionais bolas de três pontos, marcou muito bem Valtinho, que vinha organizando a reação do Brasília. A torcida fez a diferença e o Rubro-Negro teve forças para derrotar o forte adversário e espantar a fase ruim, após trê s resultados negativos consecutivos.
Eduardo Lacombe
O Vermelho e o Negro
Mengão, eu gosto de você!
Eduardo Lacombe lacombe@jsports.com.br
A pergunta é inevitável. E ela está me acompanhando desde que a tragédia do América começou: o que houve? Tento lembrar-me de outras tragédias, com clubes e seleções (a maior, para mim, a derrota na Copa de 1982). Mas um colega faz o alerta: isto parece choro de rubro-negro. Talvez seja, sim, choro de rubro-negro. Mas acho que é hora de mirarmos o novo objetivo, o Campeonato Brasileiro e a vaga para a Libertadores de 2009, e esquecermos o que passou.
É difícil, eu sei. E difícil porque, no íntimo, estamos a procurar as causas para a tragédia. E como costumo ser implacável nas críticas e porque não concordo com a tese de que Joel Santana é um péssimo técnico, não vou ficar aqui desfiando o rosário e apontando as causas que estão claras para todos. Só não as vê quem não quer. Eu quero. As vejo, mas me reservo o direito de não falar nelas. Até por respeito às pessoas que falharam lamentavelmente nesses últimos dias.
O que mais me preocupa é o que vai ficar disso tudo. Acredito que o Flamengo tenha condições de dar a volta por cima. É sempre bom lembrar que este mesmo time saiu da vice-lanterna do Campeonato Brasileiro para chegar à Libertadores. Foi este time que aí está, com Bruno, Ibson e, principalmente, Souza, escolhido pela galera como o bode expiatório da vez. Pode ser também que a briga por uma vaga, que sempre se torna acirrada quando um novo técnico assume, resolva alguns problemas que persistem desde o ano passado.
Nós, os 40 milhões de rubro-negros, somos movidos a paixão e, por cause, a ódio. Não temos nas nossas veias o combustível puro que as novas camisas proclamam. Mas já há cerca de um ano, cantamos em alto e bom tom que sempre amaremos o Flamengo. Sempre estaremos onde ele estiver. E se, agora, nesta semana de ressaca, ele não tem um time de raça, amor e paixão, temos de clamar aos quatro ventos que gostamos do Mengão, que queremos cantar ao mundo inteiro a alegria de sermos rubro-negros. E o mais importante: juramos que o Flamengo pode contar conosco, pois somos, acima de tudo, rubro-negros.
O DIA
O Sonho acabou. Agora, o prejuízo: R$ 16 milhões
Com a eliminação na Libertadores, Fla e jogadores deixam de ganhar uma grana
Janir Júnior
Rio - Conquistar o mundo era um sonho grande. Mas o futebol foi pequeno demais e agora a realidade de prejuízos, dívidas, cobranças e desconfiança do Flamengo é enorme. Após um dos maiores vexames de sua história com a eliminação da Libertadores — derrota de 3 a 0 para o América do México, em pleno Maracanã —, o clube deixará de ganhar cerca de R$ 16 milhões, terá de buscar forças para não começar o Brasileiro se arrastando como nos últimos anos e mais: será obrigado a reconquistar a confiança de uma torcida apaixonada que lotou o estádio desde a ascensão do time em 2007, com recordes de público e renda.
Caso fosse campeão da Libertadores e chegasse ao sonhado título mundial no Japão, o clube arrecadaria, com todas as cotas e mais três bilheterias do Maracanã na fase final da competição intercontinental (levando-se em conta um público de 78.700 pagantes, a renda seria de aproximadamente R$ 1,7 milhão por jogo), algo em torno de R$ 16 milhões. Os jogadores deixam também de abocanhar os prêmios.
“Mais do que o lado financeiro, que pode ser administrado, lamentamos a possibilidade perdida”, ponderou o vice de futebol Kléber Leite.
Para piorar, o atraso dos salários está perto de completar dois meses. Os ‘bichos’ pela conquista do Estadual e pelo avanço de fase na Libertadores também não foram pagos.
Antes velada, a insatisfação, agora, vem à tona. Rodrigo já ameaçara sair por conta dos atrasos. Bruno, que no ano passado faltou um treino por represália aos atrasos, também está descontente. Apesar de sereno, durante o Estadual, Fábio Luciano, que discute os pagamentos com os dirigentes, esteve contrariado.
“O clima é de velório. Levamos um tombo feio, temos que nos reerguer. É preciso sofrer para amadurecer”, afirmou Fábio Luciano.
Combustível do time desde a arrancada rumo à vaga na Libertadores no Brasileiro do ano passado e na conquista do Estadual, a torcida sofreu um baque. “Nada que uma grande vitória no Brasileiro não resolva. O impacto momentâneo é inevitável, mas nosso torcedor é apaixonado. Não podemos ficar sentados, lamuriando”, afirmou Kléber Leite. “O torcedor fica sem entender o porquê. Vamos ter que resgatar o prazer de serem rubro-negros”, completou Fábio.
Para isso, o time da Gávea terá missão tão difícil como conquistar o mundo
Festa e sapato alto, os pecados
Menosprezo ao adversário, otimismo exagerado e muito oba-oba acabaram com o Fla
Janir Júnior
Rio - Os pecados do Flamengo não tiveram perdão, foram pagos com a eliminação na Copa Libertadores. Três dias depois da conquista do título estadual, os questionamentos começaram. Nesse curto tempo, alguns pontos merecem ser destacados.<EM>
E O AMÉRICA DO MÉXICO?\ Depois de vencer o Botafogo, o que menos se falou na Gávea foi sobre o América. O assunto gerou em torno do título, da despedida de Joel, de homenagens, apesar de na véspera o ex-treinador ter feito alerta contra o oba-oba.\
OTIMISMO EXAGERADO\ Apresentado na véspera do jogo, Caio Júnior afirmou que seu maior risco seria conquistar a Libertadores e o Mundial. Depois de assistir à derrota no Maracanã, o técnico teve a sua declaração ironizada por torcedores na saída do estádio.\
FESTA EM CAMPO\ Antes da partida, homenagens e festa para Joel Santana, parecia até jogo festivo de entrega de faixas. Os jogadores, que com o atraso do ônibus tiveram pouquíssimo tempo de aquecimento no vestiário, pouco o fizeram no campo também.\
PROBLEMA NA ZAGA\ Mesmo sentindo dores, Fábio Luciano participou da pelada na terça-feira e ficou sem condições de jogo. Leonardo, que não tivera boas atuações até então, entrou e não rendeu o esperado.\
ABATIMENTO\ Depois de sofrer o terceiro gol, aos 32 minutos do segundo tempo, a equipe de monstrou total abatimento e não teve forças para reagir.\
MUDANÇAS DE JOEL\ O técnico tirou Cristian do time e lançou Jaílton de início. No segundo tempo, colocou Renato Augusto, que ainda não apresenta condições ideais de jogo.\
Caio Júnior pode ser suspenso
Rio - Caio Júnior comandou seu primeiro treino ontem, em meio ao clima de velório. Para piorar, o técnico será julgado pelo STJD por ter sido expulso no jogo entre seu ex-clube, o Goiás, e o Corinthians, no dia 30 de abril, quando o time paulista eliminou os goianos da Copa do Brasil com goleada de 4 a 0. Denunciado por ofensas morais ao árbitro e invasão ao local da arbitragem, Caio pode pegar, no mínimo, 150 dias de suspensão.
Na Gávea, o treinador lamentou a eliminação e disse que o importante é trabalhar o lado emocional dos jogadores. “Fiquei muito chateado, imaginava começar de outra maneira. Todos se abateram. Agora, vamos ter que trabalhar o lado emocional, pois houve perda de confiança”, salientou Caio.
Como técnico do Goiás, ele sofreu duras derrotas de 4 a 0 para o Corinthians e 3 a 0 para o Itumbiara. Na quarta-feira, assistiu ao vexame diante do América. “Passou, não é momento de caça às bruxas. Vamos focar no Santos e recomeçar o sonho pela Libertadores”, disse. Depois da reapresentação, ontem, às 10h, hoje o time treinará às 9h, na Gávea.
Time e torcida
Lesionado, Leonardo Moura não deve enfrentar o Santos, assim como Fábio Luciano. O jogo terá portões fechados. Após a eliminação na Libertadores, um grupo de torcedores rondou a Gávea na madrugada de ontem, mas a segurança foi reforçada.
Vexame tem ‘lado bom’?
Kléber diz que Caio terá liberdade para trabalhar. Psicólogo: derrota inesquecível
Janir Júnior
Rio - O vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite, classificou a eliminação como ‘imponderável’ e disse que passou a noite sem dormir. Ontem, depois da madrugada em claro, conseguiu ver um lado positivo na eliminação. “Se existe algo de positivo, é que o Caio terá maior liberdade para trabalhar”, afirmou o dirigente.
A liberdade a que se refere Kléber é a implantação da filosofia de Caio, sem que tenha de ficar à sombra de Joel Santana. Pelas declarações do novo treinador, fica claro que, aos poucos, o time terá mudanças. Jogadores que não estavam sendo aproveitados, caso de Jônatas, receberão atenção especial. A ‘tropa de elite’, time de 2007, teve troca de comandante; depois, serão os soldados.
“Vou avaliar. Alguns jogadores precisam ser motivados. Uns se abatem mais do que os outros. É hora de trabalhar mais do que falar”, afirmou Caio Júnior.
Ainda sobre a eliminação, Kléber Leite foi incisivo: “Não se pode dizer que não houve luta. Não teve oba-oba nem festa, apenas entrega de placa e camisa ao Joel. O trabalho vai continuar, confiamos no elenco e vamos em busca do Brasileiro”.
DERROTA INESQUECÍVEL
Levantar a cabeça é preciso, esquecer o vexame diante do América do México é impossível. Segundo o psicólogo do clube, Paulo Ribeiro, essa derrota ficará marcada, mas é fundamental saber superá-la. “Eles não esquecerão nunca, isso vai ficar para a vida inteira. Mas, depois de dois dias, é preciso levantar a cabeça, focar no Brasileiro e buscar a vitória sempre”, afirmou o psicólogo.
Ontem, durante 17 minutos, o grupo lavou a roupa suja no vestiário da Gávea. À exceção de Fábio Luciano, nenhum jogador quis dar entrevista. Todos saíram calados e cabisbaixos do clube.
Fábio Luciano pode ficar fora da estréia no Brasileirão
Rio - Depois de causar espanto nos torcedores ao não entrar em campo para enfrentar o América-MEX na última quarta-feira, quando foi substituído por Leonardo e acabou não participando da eliminação na Libertadores, o capitão rubro-negro, Fábio Luciano, pode ficar fora também da estréia da equipe no Brasileirão, domingo, contra o Santos.
O Camisa 3 rubro-negro não enfrentou o América por causa de uma lesão na coxa direita, mas a ausência do zagueiro pode acabar criando um mal estar no departamento médico do clube.
Na quarta-feira pela manhã, um dos médicos do clube, Marcelo Soares, revelou que o DM do clube estava vazio, já que Renato Augusto e Rodrigo já estavam liberados para treinar com bola. O chefe do departamento médico, Dr. José Luiz Runco, disse que seu companheiro deu uma informação errada para a imprensa.
Kleber Leite nega oba-oba antes do vexame
Vice-presidente de futebol descarta caça às bruxas no elenco
Rio - O Vice-presidente de futebol do Flamengo, afirmou à Rádio Globo, que não tinha clima de festa entre os jogadores antes da derrota para o América do México, partida que eliminou de maneira trágica a equipe da Gávea.
"Para as pessoas terem idéia, o grupo concentrou dois dias antes da partida. Seria até normal que a concentração fosse na véspera, depois de um título, em muitos outros clubes seria assim, mas concentramos dois dias antes, em respeito ao jogo. Não teve nenhum tipo de oba-oba. Muito pelo contrário, antes de entrar em campo se falou da importância do jogo"
"Ninguém pode dizer que o time não lutou, não brigou. Recriminar por falta de aplicação é impossível. Claro que, quanto avaliação técnica, cada um tem o seu ponto de vista, mas seria falta de ética minha, opinar sobre isso"
Sobre a festa e as comemorações que antecederam o jogo, o cartola minimizou os fatos.
"Ao contrário do que foi veiculado hoje, não houve, ontem, nenhum tipo de festa, apenas um sentimento de gratidão à alguém muito especial. De nossa parte, apenas a entrega de uma placa e uma camisa, não houve festa em excesso, nem nada disso. Foi a demonstração de um sentimento de gratidão que tinha que ter sido feito naquele momento, não poderia ter sido no intervalo, pelo pouco tempo que o treinador tem pra falar com seus jogadores"
Kleber Leite inocentou os jogadores pela derrota e preferiu não partir para uma caça as bruxas no elenco evitando assim mais problemas para o novo técnico Caio Júnior.
"Isso não é basquete, que, quando tem uma equipe boa e uma razoável, a razoável não tem chances de ganhar. Isso é futebol. É do jogo. As vezes acontece. Normalmente se procura culpado, isso é do ser humano, principalmente do ser humano mau-caráter, mas não se pode culpar um coisa localizada, calor que tem alguns fatores, como a parte técnica, mas não cabe a mim julgar isso entre todos os fatores da derrota, o mais importante foi o imponderável do futebol"
Na opinião do dirigente o melhor remédio para curar a crise e voltar ao caminho das vitórias é o trabalho.
"O mais importante é que o elenco é bom, o brasileiro começa no domingo e tem que estar psicologicamente preparado. É um novo treinador, novo trabalho, nova concepção e novas oportunidades. Eu lamento muito, ninguém dormiu ontem, mas é um recomeço"
GAZETA ESPORTIVA
Fábio Luciano cobra reação rápida do elenco\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - No dia seguinte após a eliminação da Taça Libertadores, o capitão Fábio Luciano, que não participou da partida, cobrou rápida reação do elenco rubro-negro. O zagueiro disse que a derrota para o América do México vai servir como exemplo.\ “Já passamos por situações como essas e outras virão. O importante é ter força para reagir de forma rápida. Não vínhamos numa fase ruim. Eram bons resultados há dez meses. O sofrimento é natural, mas vamos dar a volta por cima. Temos que aprender e amadurecer com tudo isso. Vamos voltar a ter alegria para voltarmos a vencer”, afirmou. Para o jogador, não houve exageros na comemoração do titulo estadual. Fábio reafirmou que o elenco estava 100% concentrado na partida.\
“Comemoramos domingo porque era preciso, mas concentramos na segunda, treinamos, voltamos para a concentração e não conseguimos a vitória. Agora vão aparecer várias razões para a eliminação, mas sabemos que futebol é assim. Estamos tristes, todos se sentem muito mal, sem entender o que aconteceu e vamos ter que resgatar tudo de novo. É uma vida nova que começa. E tomara que seja como era até antes da partida contra o América do México”, explicou.
O capitão lamentou a ausência na partida decisiva e disse que seria um risco entrar em campo. “Não foi minha ausência que fez o time perder. É até um elogio para mim, mas temos 30 jogadores no elenco e todos podem jogar. Seria um erro eu expor o time jogando com dor. Quem está aqui é para jogar. Para um jogo como o de ontem era preciso estar 100%, eu não estava, porque senti uma dor contra o Botafogo. Errei ao treinar terça-feira, fiz tratamento para melhorar, mas não tinha como jogar.
Caio Júnior quer grupo pensando no futuro\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - O técnico Caio Júnior que assumiu nesta quinta-feira a direção técnica do Flamengo admitiu o abatimento do elenco rubro-negro com a eliminação da Taça Libertadores, mas disse que o momento é de pensar nos próximos desafios, já que confia em uma grande campanha da equipe rubro-negra no Campeonato Brasileiro.\ “Minha idéia antes do jogo era uma e agora é outra. O trabalho será em cima da recuperação dos jogadores. Todos estão abatidos e o tempo é curto para a próxima partida. Era um sonho vencer a libertadores, um sonho que acabou por enquanto, mas que poderemos voltar a ter com uma boa campanha no Brasileiro. O céu e o inferno estão muito próximos no futebol. Nem euforia nem desespero. Agora é pensar no Santos. Temos que pensar no próximo e pensar para frente”, disse.\
Em entrevista ao site oficial do clube, Caio afirmou que vai trabalhar muito a parte psicológica dos jogadores nos próximos dias. Para o técnico, o bom trabalho que vinha sendo realizado tem que continuar.
“O Flamengo ser campeão estadual é motivo de orgulho. Ontem havia expectativa grande pela vantagem e por isso a decepção foi grande. Foi uma eliminação atípica. Estou chateado como todos aqui, mas é preciso pensar de forma positiva. O apoio da torcida é sempre mais importante”, disse Caio Junior, que afirmou estar pronto para contornar a situação.
“O momento é mais psicológico do que técnico. Gosto muito de trabalhar essa parte. Uns jogadores se abatem mais, outros menos. Quem se abate menos tem que puxar para cima quem se abate mais. Vamos continuar o trabalho que vinha sendo feito”, explicou.
Em dia de silêncio, Kléber Leite evita “caça às bruxas”\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - A manhã de quinta-feira na Gávea foi marcada por um clima de tristeza e decepção. Menos de 24 horas depois da derrota de 3 a 0 para o América do México, que custou a eliminação na Copa Libertadores, apenas o técnico Caio Júnior e os jogadores que não participaram do duelo com os mexicanos apareceram para trabalhar e ninguém quis dar entrevistas.\ Neste cenário, o único a conversar com os jornalistas foi Kléber Leite, vice-presidente de futebol do clube, que garante que não está à procura de culpados pelo que aconteceu. “Quando acontece um episódio como esse, algumas pessoas tendem a procurar culpados, normalmente as que não têm caráter. No Flamengo isso não acontece. Se tivesse que responsabilizar alguém seria o acaso, pois o América deu cinco chutes a gol, três entraram e dois tomaram outro rumo”, afirmou o cartola.\
“Mas se alguém falar que o time do Flamengo não lutou esse alguém não foi ao Maracanã ou não soube corretamente o que aconteceu. Esse grupo se concentrou apenas dois dias para essa partida, pois foi campeão carioca no domingo, lutou pelo resultado e não conseguiu”, completou Kléber.
O dirigente rebateu as acusações de que o time tenha sido prejudicado por um clima de festa criado antes do confronto por causa da despedida do técnico Joel Santana, que deixou a Gávea para dirigir a seleção da África do Sul.
“Isso é outro absurdo, não existiu nenhum clima de festa. O Flamengo quis apenas fazer um agrado ao Joel Santana, que foi muito importante para o clube nos últimos meses. Por isso, antes da partida, entregamos a ele uma camisa autografada por todo o elenco e uma placa. Apenas isso”, explicou o dirigente rubro-negro.
Já sobre o prejuízo com a eliminação na Copa Libertadores, que gira em torno de US$ 4 milhões (cerca de R$ 6 milhões), Kléber Leite minimizou a situação. “Não podemos entrar na competição contando com o dinheiro que poderemos ganhar e, portanto, isso não foi um problema. Ninguém pode garantir, por exemplo, que o nosso time chegaria à decisão se passasse pelo América”, analisou.
Confiante, o dirigente disse que o Flamengo tentará a reação logo na partida de estréia no Campeonato Brasileiro, marcada para este domingo, contra o Santos, no Rio de Janeiro (RJ). “Não podemos criar uma tempestade com este fato. Temos que entender que o elenco é bom e que entra com chances de vencer o Campeonato Brasileiro. Apenas com muito trabalho vamos conseguir esquecer esse episódio. No Flamengo não existem frouxos. Aqui todos mostram a cara”, finalizou Kleber Leite.
PELÉNET
Kleber Leite atribui "tragédia" do Fla ao imponderável
Raphael Raposo\ No Rio de Janeiro\
No dia seguinte ao vexame na Copa Libertadores, clima de velório na Gávea. Ninguém no clube ainda conseguiu digerir a inexplicável derrota por 3 a 0 para o limitado América-MEX, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, pela rodada de volta das oitavas-de-final da competição continental. No jogo de ida, na Cidade do México, o Rubro-Negro havia vencido por 4 a 2 e trazia consigo grande vantagem.
Para poupar os jogadores, o vice-presidente de futebol Kleber Leite deu as caras. Irritado, tratou o acontecimento como algo imponderável, ao que o esporte está sujeito. Contudo, não escondeu sua decepção pela eliminação que parecia impossível.
"O Flamengo não é clube de frouxo. Estamos aqui para dar a cara para bater e dar satisfações. Aqui ninguém peca pela omissão. O futebol tem dessas coisas. O imponderável fala muito alto às vezes" frisou Kleber.
O dirigente respondeu às acusações de que a festa de despedida para o ex-treinador Joel Santana tenha influenciado no rendimento dos jogadores em campo.
"Às vezes o lado mau caráter do ser humano fala mais alto. Não teve nada a ver uma coisa coma outra. Entregamos apenas uma placa e uma camisa com a assinatura dos jogadores ao Joel. Só isso. Não teve festa" retrucou.
Com o adeus a mais importante competição do calendário sul-americano, e para qual o Rubro-Negro se planejou durante toda a pré-temporada, Kleber só tem uma saída: voltar seu foco para o Campeonato Brasileiro, que já começa no próximo fim de semana. O Flamengo encara o Santos, domingo, no Maracanã.
"Vamos ter de fazer um trabalho psicológico com os atletas, para que eles não iniciem o Brasileiro tão mal quanto no ano passado, quando também fomos eliminados nas oitava da Libertadores", ressaltou, referindo-se ao duelo com o Defensor-URU, em 2007. Após perder por 3 a 0 fora de casa, o clube da Gávea venceu por apenas 2 a 0 no Rio, saindo precocemente do torneio continental.
Caio Júnior comanda primeiro treino e pensa em definir time na sexta
Raphael Raposo\ No Rio de Janeiro\
Caio Júnior comandou o seu primeiro treinamento no Flamengo em meio a uma tranqüilidade mentirosa, após a eliminação da equipe na Copa Libertadores da América. O treinador, que supervisionou uma movimentação tática dos atletas reservas, está ciente da pressão intensa e cobrança imediata por resultados.
Caio admitiu não saber ainda que time colocará em campo na estréia do Brasileiro
"Estava trabalhando com uma possibilidade e agora preciso focar outro objetivo. Assim como os jogadores, tinha a ambição de seguir na Libertadores, mas, infelizmente não foi possível. Agora e reverter esta situação", disse, emendando qual será o principal fator para alavancar o moral do grupo.
"Gosto muito desta parte psicológica e isso falará muito alto neste momento. Saberei o que acontece com cada jogador e vamos ajudar também neste aspecto", afirmou.
O treinador admitiu não ter uma formação definida sobre a equipe que mandará a campo na estréia do Flamengo no Campeonato Brasileiro, contra o Santos, no Maracanã. Porém, o treinador deve fazer mudanças em apenas duas posições.
"A situação do Fábio Luciano (contratura na coxa direita) preocupa e o Leonardo Moura (dores musculares) está praticamente vetado. Mas ainda não sei qual a equipe que vou utilizar. Faremos um treinamento mais forte na sexta e a partir daí, vou pensar. Temos pouco tempo até o jogo", encerrou.
Para vice de futebol, eliminação pode ser "boa" para Caio Júnior
Raphael Raposo\ No Rio de Janeiro\
Ao menos um ponto não tão negativo teve a vexatória derrota do Flamengo para o América-MEX (3 a 0), nesta quarta-feira, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Com a eliminação da competição continental, na despedida de Joel Santana, o novo técnico Caio Júnior terá mais autonomia para trabalhar. A pressão pelos bons resultados do ex-comandante não é mais tão latente.
CHEGADA E PARTIDA
Para dirigente, revés livra Caio Júnior do...
... peso de substituir a 'prancheta' de Joel
"Ao menos ele poderá implantar sua filosofia sem tanta cobrança como era esperado. Ele poderá mudar algumas coisas, sem ser tão questionado", disse o vice-presidente de futebol do clube, Kleber Leite.
O dirigente, inclusive, já conversou com Caio e deu total liberdade para o treinador realizar o que achar melhor e fazer as alterações que julgue necessárias.
"Já batemos um papo e têm alguns aspectos que ele pretende modificar. E assim será feito. Porque ele é capaz e estudioso como o Joel", frisou o vice de futebol.
Como o Flamengo conta com um elenco numeroso, a tendência, segundo Kleber, e que alguns jogadores sejam emprestados até o fim do ano. Outro caso a ser resolvido é o do meia Ibson, cujo contrato expira dia 30 de junho.
"Este fato estamos analisando, mas ainda temos tempo. Logo chegaremos a uma solução sobre o Ibson", explicou o dirigente, que não parece disposto a pagar os cerca de 4 milhões de euros que o Porto-POR exige para liberar o apoiador em definitivo.
Outra notícia ruim para o Fla
Toró, Bruno e Jônatas terão seus recursos julgados pelo Pleno do TJD/RJ
ALINE PEREIRA
A semana parece não ser das melhores para o Flamengo. Depois de ser eliminado na Copa Libertadores da América e ter o seu novo técnico, Caio Júnior, denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ) marcou a data do julgamento do Recurso dos jogadores Toró, Bruno e Jônatas. Os atletas sentarão novamente no banco de réus na próxima quarta-feira, dia 14 de maio. Os dois primeiros correm o risco de ficarem fora do campeonato Brasileiro por dois meses.
As denúncias foram cometidas no jogo contra o Botafogo, válido pela semifinal da Taça Rio, no dia 16 de março. No julgamento realizado pela Comissão A do TJD/RJ, Toró e Jônatas foram suspensos por uma partida, enquanto Bruno conseguiu a absolvição. Naquela ocasião, Obina também foi julgado, pegou gancho de duas partidas, mas a procuradoria do TJD/RJ não recorreu da decisão, alegando que o jogador compareceu ao Tribunal para prestar depoimento, esclarecendo os fatos ocorridos no jogo.
O Procurador Geral do TJD/RJ, Dr. André Valentin, comentou os motivos pelo qual recorreu da decisão. “A Procuradoria não foicou satisfeita com a decisão e achou descaso o fato dos jogadores comparecerem ao Tribunal, mas não esclarecerem o que aocnteceu. Somente Obina fez isso”, afirmou Dr. Valentin, ao site Justicadesportiva.
Relembre as denúncias:
JÔNATAS – Ele respondeu aos artigos 251 (Reclamar, por gestos ou palavras, contra as decisões da arbitragem ou desrespeitar o árbitro e seus auxiliares) e 253 c/c 157, II (Diz-se a infração: II - tentada quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente), pela tentativa de cabeçada no alvinegro Jorge Henrique, após a confusão que resultou na expulsão do volante do Flamengo. Se for apenado, no primeiro artigo pode ser suspenso de uma a três partidas e no segundo, por estar combinado com o artigo 157 é a metade da pena mínima, ou seja, 60 dias de suspensão.
BRUNO – O goleiro foi denunciado no artigo 253 (Praticar jogada violenta) c/c 157, II (Diz-se a infração: II - tentada quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente), pelo motivo ter tentado agredir o zagueiro André Luis, do Botafogo, com um soco, após a confusão da expulsão de Jônatas. A pena por estar combinado com o artigo 157 é a metade da pena mínima, ou seja, 60 dias de suspensão.
TORÓ – O jogador foi denunciado por infração ao artigo 253 (Praticar jogada violenta) c/c 157, I (Diz-se a infração: I – consumada, quando nela se reúnem todos os elementos de sua definiçao), por ter aproveitado que o goleiro alvinegro Castillo estava encoberto por atletas das duas equipes e deu um bico na cabeça do uruguaio. A pena também pode ser de 120 a 540 dias de suspensão.
STJD pode tirar Caio Jr do Brasileirão
Em seu primeiro dia no Flamengo, técnico é denunciado por expulsão na Copa do Brasil
ISABEL VERGARA
Esta semana realmente promete ser uma prova de fogo para a torcida rubro-negra. Após ser eliminado da Taça Libertadores na última quarta-feira, o Clube de Regatas do Flamengo poderá ficar sem técnico durante o Campeonato Brasileiro, onde estréia no próximo domingo contra o Santos, no Maracanã. O recém chegado Luiz Carlos Saroli, mais conhecido como Caio Júnior, será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima terça-feira, dia 13 de maio, pela Segunda Comissão Disciplinar, a partir das 17h e, se for apenado, pode ficar no mínimo 150 dias suspenso. Ele responderá pela sua expulsão na Copa do Brasil, quando ainda era o treinador do Goiás Esporte Clube.
Clique aqui e acesse as pautas de julgamento do STJD!
Na partida de volta, realizada dia 30 de abril, contra o Sport Club Corinthians Paulista, válida pelas oitavas-de-final, aos 42 minutos do segundo tempo, Caio Júnior foi expulso por invadir o campo e ofender o árbitro Leandro Pedro Vuadem. O técnico já havia sido advertido verbalmente pelo quatro árbitro anteriormente.
O atual treinador rubro-negro foi denunciado nos artigos 187 II (Ofender moralmente – árbitro ou auxiliar em função) e 274 (Invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou à partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar ou nele ingressar sem a necessária autorização), ambos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As penas previstas para estes artigos são suspensão de 30 a 180 dias e 120 a 720 dias, respectivamente.
Vale lembrar que a suspensão por dias corridos é contada a partir do dia seguinte ao julgamento e, caso Caio Júnior seja apenado, não poderá exercer seu papel de técnico durante os jogos do Campeonato Brasileiro.
Não é a primeira vez que Caio Júnior perde a paciência e invade o campo. Em maio de 2006, ele foi julgado nesse mesmo artigo, pela Terceira Comissão Disciplinar do STJD e foi absolvido. Na época o técnico comandava o time do Paraná.
Caio Júnior comanda primeiro treino e pensa em definir time na sexta
Raphael Raposo\ No Rio de Janeiro\
Caio Júnior comandou o seu primeiro treinamento no Flamengo em meio a uma tranqüilidade mentirosa, após a eliminação da equipe na Copa Libertadores da América. O treinador, que supervisionou uma movimentação tática dos atletas reservas, está ciente da pressão intensa e cobrança imediata por resultados.
Caio admitiu não saber ainda que time colocará em campo na estréia do Brasileiro
"Estava trabalhando com uma possibilidade e agora preciso focar outro objetivo. Assim como os jogadores, tinha a ambição de seguir na Libertadores, mas, infelizmente não foi possível. Agora e reverter esta situação", disse, emendando qual será o principal fator para alavancar o moral do grupo.
"Gosto muito desta parte psicológica e isso falará muito alto neste momento. Saberei o que acontece com cada jogador e vamos ajudar também neste aspecto", afirmou.
O treinador admitiu não ter uma formação definida sobre a equipe que mandará a campo na estréia do Flamengo no Campeonato Brasileiro, contra o Santos, no Maracanã. Porém, o treinador deve fazer mudanças em apenas duas posições.
"A situação do Fábio Luciano (contratura na coxa direita) preocupa e o Leonardo Moura (dores musculares) está praticamente vetado. Mas ainda não sei qual a equipe que vou utilizar. Faremos um treinamento mais forte na sexta e a partir daí, vou pensar. Temos pouco tempo até o jogo", encerrou.
GLOBOESPORTE
Carrasco, Cabañas foi oferecido ao Fla
No vôo de volta do México, técnico Joel Santana elogiou as qualidades do 'fortinho do América'
Eduardo Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
Ironicamente, o homem que fez a despedida de Joel Santana transformar-se em um dos maiores vexames da história do Flamengo pediu abrigo ao clube dias antes. Não diretamente. Um dos representantes do paraguaio Salvador Cabañas procurou os dirigentes e o técnico Joel Santana , na Cidade do México, para perguntar se o Rubro-Negro não desejava contratá-lo.
A informação foi passada pelo próprio treinador no vôo que trouxe a delegação parao Rio de Janeiro depois da vitória por 4 a 2 sobre os mexicanos.
- Aquele fortinho é bom de bola. Ele foi oferecido - disse.
Porém, a realidade financeira impede que o Flamengo sonhe com a contratação. O salário do paraguaio é acima dos padrões brasileiros e o destino provável do artilheiro da Libertadores de 2007 deve ser o futebol europeu.
Desta forma, os rubro-negros continuarão a lembrar do "gordinho marrento" apenas como o jogador que calou mais de 50 mil pessoas no dia 7 de maio de 2008.
Caio Júnior será julgado pelo STJD e pode até ficar fora do Brasileirão
Novo técnico do Flamengo é denunciado por expulsão quando ainda treinava o Goiás na Copa do Brasil
GLOBOESPORTE.COM No Rio de Janeiro
Caio Júnior será julgado pelo STJD por ter sido expulso em partida do Goiás na Copa do Brasil
Atônita com a eliminação na Taça Libertadores, a torcida do Flamengo pode receber outra péssima notícia muito em breve. O Rubro-Negro poderá ficar sem técnico Caio Júnior durante o Campeonato Brasileiro, onde o clube estréia no próximo domingo contra o Santos, no Maracanã.
De acordo com o site Justiça Desportiva, o novo técnico do Fla será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima terça-feira, dia 13 de maio, a partir das 17h, por ter sido expulso na Copa do Brasil, quando ainda era o treinador do Goiás. Caso seja condenado, pode ficar no mínimo 150 dias suspenso.
Caio Júnior foi expulso por invadir o campo e ofender o árbitro Leandro Pedro Vuadem na partida contra o Corinthians, válida pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O atual treinador rubro-negro foi denunciado nos artigos 187 II (ofender moralmente – árbitro ou auxiliar em função) e 274 (invadir local destinado à equipe de arbitragem). Segundo o Justiça Desportiva, as penas previstas para estes artigos são suspensão de 30 a 180 dias e 120 a 720 dias, respectivamente.
O departamento jurídico do clube foi pego de surpresa. O advogado do Fla que deve defender o treinador, Michel Assef Filho, ainda vai se interar do processo para, a partir daí, preparar a estratégia de defesa.
- Ficamos sabendo hoje desta notícia. Sei que é a expulsão que ele teve na partida do Goiás contra o Corinthians, pela Copa do Brasil. O Flamengo naturalmente vai fazer a defesa do treinador, provavelmente serei eu, mas ainda tenho que analisar o processo para saber exatamente do que se trata. Depois vamos preparar a defesa - diz o advogado.
Fábio Luciano: 'Levamos um tombo feio, mas vamos nos reerguer'
Zagueiro diz que os jogadores precisam sofrer neste momento, mas acredita na rápida reação do elenco rubro-negro
Fred Huber Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
Fábio Luciano acredita que o Flamengo vai dar a volta por cima rapidamente
"Um tombo feio." Desta forma, o zagueiro e capitão do Flamengo, Fábio Luciano classificou a derrota por 3 a 0 para o América-MEX e a eliminação do time na Taça Libertadores da América, na quarta-feira, no Maracanã. Machucado, o jogador não atuou contra os mexicanos, mas sentiu na pele o sofrimento após o fracasso. O líder dos rubro-negros garantiu que a equipe não menosprezou o adversário e afirmou que o pensamento agora tem que ser na disputa do Brasileiro, que começa no domingo.
- Tomamos um tombo feio, mas vamos no reerguer. Precisamos amadurecer, a alegria de trabalhar, de jogar, vai voltar. Não acho que teve comemoração demais. Nós festejamos no domingo, depois já treinamos e nos concentramos, mas as coisas não deram certo. Vão procurar muitas explicações agora, mas isso é do futebol. O time vem dando conta do recado há dez meses, e vamos ter que resgatar tudo isso agora - afirma.
Para Fábio Luciano, os jogadores precisam sofrer agora para aprender com o fracasso. Ele acredita que o elenco é forte o bastante para se recuperar rapidamente desta fase adversa.
- Temos que mostrar que somos um grupo unido e inverter essa situação o quanto antes. Ninguém gostaria de passar por isso, até porque estávamos em uma boa fase, com confiança. O clima ficou de velório, mas é assim que tem que ser, temos que sofrer um pouco também. Mas temos um campeonato importante pela frente e vamos buscar o título e uma vaga na Libertadores. Nosso torcedor apoiou até o fim, mas infelizmente não aconteceu. Temos que aprender a lidar com o resultado negativo, sentar e pensar bem no que foi feito, mas são poucas coisas ruins - diz.
A ausência do zagueiro foi muito sentida na partida, o que ligou o sinal de alerta. Para o capitão, o Fla não pode depender apenas dos seus titulares no longo Campeonato Brasileiro.
- O grupo tem que saber conviver quando algum jogador importante ficar de fora, porque ninguém é de ferro e o Brasileiro é longo - encerra.
Psicólogo do Fla: 'Temos que viver o luto, é necessário estar triste'
Paulo Ribeiro acredita que o fato de o jogo contra o Santos ser com portões fechados terá um aspecto positivo para os jogadores neste momento
Fred Huber Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
Caio Júnior acho que herdaria de Joel uma vaga, mas acabou com um grande problema
A derrota e a eliminação na Taça Libertadores deixaram os jogadores do Flamengo abatidos. Como o time já inicia uma competição importante neste domingo, o Campeonato Brasileiro, entra em cena um profissional muitas vezes pouco notado nos times de futebol: o psicólogo. No Fla, Paulo Ribeiro é o responsável por cuidar das "cabeças" dos atletas. De acordo com ele, nos dois dias após o fracasso, é importante que os jogadores vivam intensamente o sofrimento, mas depois precisam levantar a cabeça e seguir atrás dos próximos objetivos.
- Na área médica, a gente diz que temos que viver o luto, é necessário estar triste, decepcionado, zangado comigo mesmo. Mas isso precisa durar no máximo dois dias. No terceiro, temos que levantar a cabeça e buscar outros rumos, isso é a grande sacada para os jogadores. Nosso próximo objetivo é o Brasileiro, queremos conquistar o título. Passados os dois dias de luto, vamos sacodir a poeira e dar a volta por cima. Estamos tristes, é óbvio, mas vamos continuar a correr - afirma.
Para o psicólogo, os rubro-negros jamais vão esquecer esta dolorosa eliminação, e nem precisam. O importante é não se deixar abater e aprender com os erros.
- Não vamos esquecer nunca, vai ficar para a vida inteira. Tristeza e melancolia é que têm que desaparecer. A vida anda, nunca podemos nos abater muito por muito tempo. Vamos tomar a derrota como exemplo para conseguir resultados melhores. Vou esperar esses dois dias e traçar, junto com o Caio (Júnior) a estratégia - diz.
Na estréia do Brasileiro, o Fla jogará com o Santos com portões fechados. Paulo Ribeiro acredita isto acabou vindo em boa hora para o grupo.
- Esso jogo com portões fechados vai ser bom para reagrupar, realinhar, teremos mais tranqüilidade. Buscar a vitória, esse será o nosso tema, até pelo formato do Campeonato Brasileiro. Não podemos chegar lá na frente e ficarmos nos lamentando - analisa.
O psicólogo comentou o fato de muitas pessoas terem achado que o Flamengo não enfrentou o América-MEX com a seriedade necessária a um jogo de Libertadores da América.
- Entusiasmo que toma conta do Rio e do Brasil é que cria esse clima de euforia em cima do Flamengo. Não é o time que não sabe lidar com isso. A euforia que toma conta de uma nação é que deixa a gente um pouco mais relaxado, acho que ficamos um pouco relaxados, até por causa da vantagem - encerra.
Flamengo bate o Brasília no último jogo antes do mata-mata do Nacional\ Ala rubro-negro Marcelinho Machado é o cestinha com 30 pontos, em partida vencida pelo líder da primeira fase, no Rio de Janeiro\
GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Marcelinho é o cestinha na vitória do Fla sobre o Brasília com 30 pontos
No último jogo da primeira fase do Nacional masculino, o Flamengo derrotou o Brasília por 103 a 96 no ginásio da Gávea, no Rio de Janeiro. O cestinha da partida foi Marcelinho Machado, autor de 30 pontos. O Fla já estava garantido na primeira posição e vai para o mata-mata com vantagem no mando de quadra.
- Terminar a primeira fase com uma vitória é muito bom. A equipe mostrou que está bem e totalmente recuperada das duas últimas derrotas. Apresentamos postura de um time vencedor. Fizemos uma excelente campanha na fase regular, mas playoff é outro campeonato. O nosso objetivo continua sendo o título inédito e vamos fazer de tudo para chegar lá. E para isso, contamos também com o apoio da nossa torcida - diz Marcelinho.
O Flamengo terminou a fase inicial com 19 vitórias e três derrotas e terá pela frente o Vila Velha, que acabou na oitava colocação com nove vitórias e 13 derrotas. O primeiro jogo será disputado na casa rubro-negra neste sábado às 11h.
Já o Brasília perdeu a chance de ultrapassar o Minas e ficou com a terceira colocação, com 15 vitórias e sete derrotas. A equipe enfrentará o Uberlândia nas quartas-de-final. O primeiro jogo será disputado no domingo às 11h, na Capital Federal.
Confira os confrontos das quartas-de-final:
Flamengo (1º) x Vila Velha (8º)
Minas (2º) x Vitória (7º)
Brasília (3º) x Uberlândia (6º)
Rio Claro (4º) x Joinville (5º)
Chegada de Caio Júnior anima Jônatas
Volante, que não teve muitas chances com Joel Santana, garante estar pronto para entrar em campo se for chamado pelo novo comandante do Fla
Fred Huber Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
O moral com os torcedores não garantiu ao volante Jônatas uma vaga com Joel Santana
A entrada do técnico Caio Júnior na vaga de Joel Santana, que vai comandar a seleção da África do Sul na Copa do Mundo, deu ânimo extra a alguns jogadores que não estavam sendo relacionados, como o volante Jônatas, um dos mais queridos do torcedor do Flamengo. Nesta quinta, o treinador disse que vai conversar com cada atleta para saber de que forma gosta mais de jogar. O jogador garante que está pronto para entrar em campo caso Caio Júnior o escale.
- Com a chegada do Caio Júnior, tenho mais esperança de jogar. Estou há duas semanas aprimorando a parte física e estou bem, me falta apenas ritmo de jogo - diz.
Jônatas não conseguiu conquistar a confiança do técnico Joel Santana, e ainda foi prejudicado por uma lesão muscular na coxa direita. Ele, no entanto, garante que não guarda mágoa de Joel.
- Não tinha problemas como a pessoa Joel, mas claro que ficava chateado de não jogar, todo jogador fica. Não gosto de ficar só recebendo para treinar - afirma.
Na final do Campeonato Carioca, Jônatas, que não foi relacionado para a partida, preferiu assistir ao jogo de casa, e não participou da festa da entrega do troféu com os companheiros.
Jogadores se isolam para esquecer o trauma da eliminação da Libertadores
Maioria do elenco rubro-negro prefere dormir na tarde de quinta-feira. Goleiro Bruno está 'decepcionado'
Eduardo Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
jogadores deixam o gramado cabisbaixos após derrota
Os jogadores do Flamengo tiveram poucas horas para digerir a derrota para o América-MEX. Eles deixaram o Maracanã à 1h, e às 10h estavam na Gávea, para uma conversa a portas fechadas. A rapidez dos acontecimentos fez com que a "ficha não caísse" e houvesse uma negação da traumática saída da Taça Libertadores.
Na tarde desta quinta, a maioria do elenco aproveitou para - tentar - colocar o sono em dia. Segundo pessoas que estiveram com os atletas nesta quinta-feira, tudo não passa de um pesadelo cujo desfecho será mudado quando acordarem.
- Como eu estou? Péssimo. Não tem o que dizer nesta hora - balbucia o volante Cristian.
O goleiro Bruno, que não foi ao treino na quinta, é um dos mais inconsoláveis. Ele se isolou durante o dia e, segundo amigos, está "muito decepcionado" com a eliminação inesperada da Taça Libertadores. No vestiário, segundo relatos, o mais indignado era o lateral-esquerdo Juan.
Os dirigentes não atenderam às ligações durante o dia. Em nota oficial, a assessoria de imprensa do clube divulgou um pequeno texto exaltando o orgulho de ser rubro-negro, mesmo nas adversidades. Nesta sexta-feira haverá treino às 9h, na Gávea.
Caio Júnior terá que usar o lado psicólogo antes mesmo do que esperava\ Treinador do Fla afirma que a eliminação na Libertadores o obriga a mudar seu pensamento de trabalho neste momento\
Fred Huber Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
'Psicólogo' Caio Júnior comanda seu primeiro treinam