O GLOBO
Fla reage na Bombonera tijucana
Apoiado pela torcida, rubro-negro vence Boca e hoje pode ir à final da Liga Sul-Americana
HÉLIO (5) SOBE para marcar mais dois pontos para o Flamengo: o armador foi o cestinha da partida, com 18 pontos
Acostumado a intimidar seus adversários no caldeirão caseiro, o Boca Juniors sentiu na pele, ontem à noite, a força da nação rubro-negra. Empurrado por sua torcida, que lotou as arquibancadas e fez do ginásio do Tijuca uma espécie de Bombonera carioca, o Flamengo reagiu nas semifinais da Liga Sul-Americana de Basquete e atropelou a equipe argentina por 83 a 58. O resultado igualou a série melhor de três e encheu de moral o time carioca para a partida decisiva, que acontece hoje, às 19h, novamente no Tijuca.
Hélio terminou como cestinha, com 18 pontos, mas o destaque do jogo foi Duda, que vibrou com a vitória de ontem:
- Foi minha mais importante atuação pelo Flamengo, por ter sido uma semifinal de Liga Sul-Americana e com ginásio lotado. Amanhã (hoje), vai ser mais difícil. Mas não temos de mudar nada do time. Eles virão mais aguerridos. Flamengo e Boca é como Brasil e Argentina.
Regatas Corrientes já está na decisão
O primeiro finalista já está decidido. O Regatas Corrientes derrotou novamente o Universo/Brasília, e garantiu sua vaga na decisão. Depois de vencer o primeiro duelo, fora de casa, por 84 a 83, a equipe argentina garantiu a classificação em seu ginásio lotado: 73 a 57.
Na última quinta-feira, em Buenos Aires, o rubro-negro perdera de 100 a 88 para o Boca. Para mexer com os brios dos jogadores, a comissão técnica exibiu o filme "Gladiador" na concentração. Mas o incentivo que realmente fez a diferença foi o grito da torcida. A lamentar, apenas a ausência de PMs nas arquibancadas. Apenas no fim do jogo dois policiais foram vistos no ginásio.
Com a bola em jogo, o Boca Juniors se impôs no início e chegou a abrir oito pontos de vantagem (8 a 0). Com 2m46s de jogo, Duda enfim fez o primeiro ponto rubro-negro, num lance livre. Uma cesta de três de Hélio, faltando 1m20s, enfim, pôs o Flamengo na frente, com 16 a 15. Mas por pouco tempo. No fim da etapa, 20 a 19 para os visitantes.
No segundo período, Marcelinho pôs o Flamengo novamente à frente com arremesso de três. Comandada por Hélio, a equipe rubro-negra conseguiu aumentar a vantagem. E Alírio empolgou o público com uma enterrada. Impondo um estilo de velocidade, o time carioca fechou o primeiro tempo com 46 a 34.
No terceiro período, o Flamengo atropelou o Boca Juniors, com Amiel, Hélio, Duda e Alírio inspirados. Bem na marcação e mantendo a velocidade de ataque que confundia os argentinos, o Flamengo chegou a 55 a 40 numa bela enterrada de Duda. E foi das mãos do ala que saiu a bola de três para abrir 20 pontos. Sem muito esforço, terminou a etapa com 70 a 49.
O Boca Juniors não aparentava o menor poder de reação e a vitória rubro-negra já era questão de tempo quando começou a etapa final. Na arquibancada, até camisa do River Plate foi usada para provocar os rivais argentinos. Em quadra, o time de Paulo Chupeta controlava o jogo sem problemas. A festa ficou completa a 1m50s do fim. Marcelinho, que até então tinha apenas seis pontos na partida, acertou um arremesso de três e ultrapassou a marca histórica de mil com a camisa rubro-negra. Em seguida, repetiu a dose, levando o público ao delírio.
- Uma hora, a marca iria ser ultrapassada. O importante é que o time esteve bem - afirmou ele.
O jogo terminou com a torcida em festa na Bombonera tijucana e o Flamengo mais motivado do que nunca para buscar, esta noite, a sonhada vaga na final da Liga Sul-Americana de Basquete.
Flamengo: Hélio (18), Duda (16), Marcelinho (12), Coloneze (7) e Alírio (8). Entraram Amiel (8), Fred (5), Fernando (7) e Maicon (2). Boca Juniors: Cequeira (6), Oroná (8), Ford (9), Gutiérrez (9) e Fernández (12). Entraram Funes (6), Alloatti (2), Legaria e Reynolds (6).
TRANSMISSÃO: ESPN-Brasil
OUTRA BAIXA NA GINÁSTICA
Depois de Diego Hypólito, agora foi a vez da irmã dele, Daniele, procurar um médico. Com inflamação no ombro direito, operado em 2006, a ginasta está treinando com gelo no local. O tratamento, segundo ela, é simples e à base de fisioterapia. Ontem, Diego Hypólito, que estava com dengue desde quinta-feira, deixou o hospital. A previsão é de que volte aos treinos dia 23.
CONTRA ALTITUDE
O médico da seleção da Argentina denunciou o peso da política na decisão da Conmebol de manter os jogos de clubes em altitudes acima de 2.750m, como em La Paz e Quito, sem o necessário período de aclimatação. "A política superou a ciência. É desleal jogar em condições desiguais. Deveriam, então, aprovar também o uso de estimulantes nas partidas", afirmou Homero D'Agostinho
Ronaldo garante que vai jogar no Fla no retorno aos campos
Diretoria diz que clube está de braços abertos para, enfim, receber Fenômeno
Legenda da foto: O ATACANTE RONALDO: ele está confiante na recuperação e quer jogar no Fla antes de retornar ao Milan
Carlos Eduardo Mansur
LIMA, Peru. Os planos do atacante Ronaldo para sua volta aos gramados podem trazer uma ótima notícia para a torcida do Flamengo e já deixaram a diretoria em estado de alerta. Em entrevista publicada ontem pelo jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", o Fenômeno falou com otimismo sobre sua recuperação e anunciou que pretende disputar uma temporada pelo Flamengo antes de estar à altura para retornar ao Milan.
- Por ora, está indo tudo bem e eu gostaria de voltar ao Brasil para jogar pelo Flamengo antes de pensar na Europa e no Milan, onde as portas estarão sempre abertas para mim. Mas tenho de estar à altura - afirmou Ronaldo.
Clube ainda luta para ficar com taça do penta brasileiro
A notícia vinda da Itália foi a única capaz de desviar a atenção da delegação rubro-negra do jogo de hoje, contra o Cienciano, em Cuzco, no Peru. Ao saber das declarações do atacante, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kleber Leite, tomou a decisão de procurar o jogador na próxima sexta-feira. Segundo o dirigente, a manifestação de Ronaldo pode ser o passo decisivo para, enfim, o antigo sonho de ter o atacante virar realidade.
- Aqui é a casa dele. É um assunto mal resolvido. Sempre dissemos que queremos o Ronaldo, mas nunca realizamos a nossa vontade. Espero que estejamos próximos de conseguir - afirmou Kleber Leite. - Se Ronaldo pensa no Flamengo para sua readaptação ao futebol e à vida, estamos de braços abertos. Nossa estrutura médica é excelente, inclusive para que ele fique em definitivo no clube. Assim que chegar ao Rio, vou procurá-lo.
Ronaldo vem fazendo fisioterapia de quatro a cinco horas por dia. Ele foi operado em Paris no dia 14 de fevereiro passado, após sofrer rompimento total do tendão rotular do joelho esquerdo contra o Livorno, em partida do Campeonato Italiano. Oito anos antes, ele sofrera a mesma lesão no outro joelho.
- Tenho de me recuperar de todas as formas, até mesmo para jogar bola com meus amigos na praia e ter uma vida normal. Mas os médicos em Paris, na última consulta, me deram a esperança e as garantias de que necessitava. Já se passaram quase dois meses desde a operação e meu joelho está melhor do que o outro, nessa mesma época após a lesão - relembrou ele.
Ronaldo acredita que em quatro meses estará novamente correndo em campo:
- Ainda não consigo me imaginar sem o futebol na minha vida. Nas primeiras semanas após a lesão estava destruído moral e fisicamente. Foi uma devastação. Mas depois senti os primeiros progressos e tudo começou a funcionar.
Além de conversar com Ronaldo para tratar do retorno do atacante ao Brasil, Kleber Leite pretende se reunir em breve com Fábio Koff, presidente do Clube dos Treze. Em novembro passado, a entidade afirmou que enviaria à CBF a ata de uma reunião em que considerava o Flamengo como o legítimo campeão brasileiro de 1987. Com isto, estaria aberto o caminho para a CBF reconhecer o Flamengo como primeiro pentacampeão brasileiro do país, tendo direito a receber a chamada "Taça das Bolinhas". A CBF, até hoje, não entregou o troféu ao São Paulo, que conquistou seu quinto título em dezembro passado.
- Vou falar com o Fábio Koff no retorno ao Rio. É importante ele ir até o Ricardo Teixeira. Uma coisa é enviar um documento, outra é o fato político de promover um encontro - disse Kleber.
A tropa de confiança de Joel
Técnico aposta na equipe de 2007 para Fla superar altitude e Cienciano na Libertadores
SOUZA DISPUTA a bola com Tiago Sales, observado por Fábio Luciano, no treinamento de ontem do Flamengo em Lima
Carlos Eduardo Mansur
OFlamengo vive hoje, a partir das 21h45m (de Brasília), no Estádio Garcilaso de la Vega, em Cuzco, seu momento crucial na Copa Libertadores. E o faz diante de uma série de adversidades: enfrentará um Cienciano desesperado por uma vitória, um estádio lotado por quase 40 mil pessoas, uma cidade que vê o rubro-negro como inimigo e uma altitude de 3.360m. Circunstâncias que devem fazer o técnico Joel Santana recorrer a uma fórmula que se tornou habitual na temporada. Sempre que se viu envolvido em decisões, lançou mão do time responsável pela arrancada no Brasileiro de 2007.
Internamente, este grupo de jogadores é chamado de tropa de elite, por causa do filme que foi exibido ao time pelo psicólogo Paulo Ribeiro.
- Desde então, sempre que a gente enfrenta alguma dificuldade aviso a eles: a tropa de elite tem que voltar - lembra o técnico Joel Santana, que só não confirmou a escalação pois teme à reação dos jogadores aos efeitos da altitude.
Se todos reagirem bem, Jaílton voltará meio-campo, ao lado de Cristian, Ibson e Toró. Com esta formação, Renato Augusto seria adiantado para o ataque, formando dupla com Souza. Tudo igual a 2007. Uma alternativa mais ofensiva à formação de 2007 seria a troca de Jaílton por Kleberson ou Marcinho.
- Nossa grande motivação vem do que passamos no ano passado. Saíamos do rebaixamento e enxergamos mínimas chances de chegar à Libertadores. Agora, não queremos sair na primeira fase - afirma Joel.
Apesar da chegada de Kleberson, Jônatas, Gavilán e Marcinho, Joel iniciou a atual temporada com a formação do ano passado. Após dar chance a alguns contratados, optou pela "formação de segurança" na decisão da Taça Guanabara.
- Esta base é boa e tem uma história positiva no Flamengo - diz o zagueiro Fábio Luciano.
Mesmo se perder, Fla depende de si
Na véspera de uma decisão cercada de fatores extra-campo, os jogadores do Flamengo adotam novo discurso. Eles reconhecem o efeito da altitude e a pressão que vão sofrer em Cuzco, após a campanha rubro-negra contra jogos nas alturas. No entanto, advertem que o time não pode se preparar apenas para enfrentar tais fatores e esquecer de jogar futebol.
- Temos que ter o espírito rubro-negro - exigiu Renato Augusto, um dos seis remanescentes do time que, no ano passado, reagiu depois de estar perdendo por 2 a 0 e trouxe um empate heróico dos 4.000m de Potosí, na Bolívia.
Hoje, Joel quer um time bem posicionado durante o jogo todo, combatendo muito e explorando os contra-ataques.
- Claro que não dá para esquecer a altitude. Vivemos isto em Potosí no ano passado. Mas é hora de pensar no jogo. Estamos aqui para uma decisão. Esta partida pode nos dar a classificação. Temos que ser inteligentes e esquecer toda a rivalidade criada - disse Juan.
Uma rivalidade que a imprensa peruana trata de alimentar. O jornal "Deportes", de Lima, exibia ontem a manchete "Com gosto de sangue na boca", referindo-se ao estado de espírito do Cienciano, que está inconformado não só pela campanha rubro-negra contra jogos na altitude
Na derrota para o Flamengo por 2 a 1 no Maracanã, o time peruano teve um gol mal anulado quando o jogo estava 1 a 1. Hoje, se vencer, o Flamengo se classificará por antecipação. Se empatar, dependerá apeas da vitória na última rodada, dia 23, no Maracanã, contra o Coronel Bolognesi, lanterna do grupo.
Em caso de derrota, o Flamengo precisará vencer seu jogo contra o Bolgnesi e, com 10 pontos, dependerá do saldo de gols. No mesmo dia e horário, Nacional e Cienciano jogam em Montevidéu. Se o Cienciano vencer, o Flamengo também se classificaria. Se empatar, o rubro-negro decidiria a vaga no saldo de gols com o Nacional. Hoje, o Flamengo tem zero de saldo contra dois gols dos uruguaios. Se o Nacional vencer, a decisão, no saldo de gols, seria entre Flamengo e Cienciano.
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson e Toró; Renato Augusto e Souza. Cienciano: Flores, Guizasola, Solís, Marengo e Romaña; Bazalar, Ortiz, Uribe e Sawa; Portillo e Vasallo. Juiz: Sergio Pezzotta (Argentina).
TRANSMISSÃO: Rede Globo e Rádios Globo e CBN
Em Cuzco, time fica em quartos 'pressurizados'
LIMA. Quando chegarem hoje a Cuzco, a 3.360m de altitude, os jogadores do Flamengo terão, pelo menos até a hora de seguir para o Estádio Garcilaso de la Vega, uma inesperada sensação de conforto. O clube alugou, no Hotel Monasterio, o principal da cidade, quartos com sistema de oxigenação que simula um altitude máxima de 2.400m. Tal nível é bem abaixo do que produz efeitos mais drásticos no organismo.
No estádio, os jogadores terão à disposição seis cilindros de oxigênio de 700 litros, material que o clube alugou de uma empresa local.
Segundo o médico Serafim Borges, o sistema do hotel pode ser comparado com um encanamento de oxigênio, com saídas em apenas em alguns quartos, justamente os reservados para os 21 jogadores do Flamengo. Os quartos têm um equipamento que vai medindo a pressão de oxigênio no ambiente. Sempre que este nível cai, certa quantidade suplementar de oxigênio é expelida no apartamento. A recepção do hotel também dispõe deste recurso.
- Além de minimizar os efeitos na chegada à cidade, este sistema vai melhorar as condições dos jogadores após a partida, permitindo repouso melhor - explicou Serafim.
Como o aeroporto de Cuzco fecha, diariamente, às 14h, a delegação terá que dormir na cidade após a partida contra o Cienciano. Tal fato trazia uma preocupação, já que os efeitos da altitude, além de se intensificarem com o tempo, poderiam ser ainda mais sensíveis após o esforço provocado pelo jogo. Há, ainda, uma preocupação com o descanso por causa da semifinal da Taça Rio, domingo, contra o Botafogo.
Em Lima, os jogadores seguem tendo a pressão arterial, o ritmo de batimentos cardíacos e o percentual de oxigênio no sangue monitorados. Em Cuzco, a medição será contínua, para avaliar como cada um está reagindo à altitude. (C.E.M.)
Coluna Gente Boa
Zico é nosso rei
Marcelo Tijolo e Evandro Bocão, torcedores do Flamengo que fizeram a réplica da "Taça das bolinhas" no ano passado, levarão domingo ao portão 18 do Maracanã uma estátua de Zico, de quatro metros de altura. É parte da campanha - que inclui abaixo-assinado com 16 mil nomes - para a construção de monumento ao Galinho no estádio. "Ele é o maior artilheiro do Maracanã e o responsável por seis dos dez maiores públicos", diz Evandro.
JORNAL DOS SPORTS
Renato Augusto: 'Temos que esquecer a altitude'
Renato Augusto diz que Fla só pensa na Libertadores
O meia Renato Augusto adotou o mesmo discursso do restante do grupo do Flamengo, que procurou não dar muita ênfase à questão da altitude. O jogador foi enfático ao dizer que é necessário esquecer este fator para que o Fla possa fazer uma boa partida.
"Temos que esquecer isso aí e jogar. Falaram demais de altitude antes desse jogo. Temos que esquecer esse negócio e fazer o nosso dever, que é ganhar a partida. Depois voltaremos e pensaremos no Carioca", disse Renato Augusto à Rádio Brasil.
Projeto Ronaldo ganha novo fôlego
Quando parecia que a novela Ronaldo chegara ao seu final, com a séria contusão no tendão patelar do joelho esquerdo, sofrida no dia 13 fevereiro, eis que o assunto voltou à tona. E não foi um dirigente que reacendeu as chamas desta fogueira, mas o próprio jogador. Ele declarou ao jornal italiano Gazzeta dello Sport que pretende recuperar-se no Flamengo, e só depois retornar ao Milan.\ Pela previsão inicial dos médicos, Ronaldo só voltará a correr em quatro meses. Após esse período, terá de recuperar a forma física e só deve retornar aos gramados em novembro. Otimista, ele descartou a possibilidade de se aposentar.\
"Os médicos me deram todas as garantias de que isso não irá acontecer", afirmou.
Ao tomar conhecimento dessas declarações, o vice-presidente de Futebol do Flamengo, Kleber Leite, que está em Lima com a delegação, para a partida contra o Cienciano, admitiu que ainda irá procurá-lo para saber do interesse real do jogador em acertar com o Flamengo.
Novo ânimo
Segundo Kleber, Ronaldo estará no Brasil na próxima semana.
"Quando chegar ao Rio, procurarei o Ronaldo. O José Luiz Runco (médico do Flamengo, da Seleção Brasileira e do jogador) me informou que ele estará no Rio para ser avaliado. Havíamos dado uma parada no projeto, mas essa declaração dele me animou e reanimou o projeto", explicou Kleber Leite, que não vê problemas de o atacante usar o Flamengo como ponte para sua reabilitação.
"Aqui é a casa dele. O Ronaldo pode realizar o seu período de readaptação no Flamengo. Aliás, nada melhor melhor do que o Flamengo para fazê-lo recuperar a alegria", concluiu o dirigente.
Hora de exorcizar o fantasma!
Flamengo joga, em 90 minutos, em Cusco, na altitude andina, o destino da temporada de 2008
Thiago Bokel
Marcinho não sabe se começará jogando hoje em Cusco, contra o Cienciano
Morte. Uma palavra cuja pronúncia sempre é cercada de medo. Mas no Flamengo, ultimamente, ela está em evidência. O risco de uma tragédia, devido aos 3.360 m de altitude da cidade de Cusco, onde a equipe enfrenta hoje, às 21h50min, o Cienciano, vem preocupando todo o Departamento Médico do clube. Mas além do temor pelas vidas , outro fator atormenta a Comissão Técnica: uma derrota poderá significar a morte do Flamengo na Libertadores.
Os traumas da altitude vêm desde o heróico empate contra o Real Potosí no ano passado. Naquela partida, vários jogadores tiveram de recorrer às bombas de oxigênio para continuar jogando. Na cidade boliviana o campo ficava a 4.000 m acima do nível do mar.\ Dispostos a voltar para o Rio com pelo menos um empate na bagagem, os jogadores do Flamengo prometem correr até que as pernas não agüentem mais. Hoje, mais do que nunca, o time que cativa sua torcida pela garra, terá que mostrar que é formado por 11 guerreiros. Até porque, a derrota praticamente os elimina da competição.\
"Podemos considerar esta partida como a de vida ou morte para o Flamengo. Não vamos para uma guerra, mas o clima lá em cima não é dos melhores. Precisaremos de muita tranqüilidade. A única certeza que tenho é a de que o time está preparado para esta decisão", avisou Juan.
Concentração em Lima
O temor pelo desgaste causado pela altitude é tanto que o Flamengo está concentrado em Lima e só embarcará para Cusco horas antes do jogo, para tentar evitar os efeitos desse bicho, que teima em atravessar seu caminho.
Distante de sua casa, no alto da montanha e com os habitantes de Cusco torcendo contra - é raro o Flamengo enfrentar a pressão da torcida adversária -, a equipe de Joel Santana terá 90 minutos para definir o seu destino. E como o passado recente traz boas lembranças, o treinador deverá repetir a formação que terminou o Campeonato Brasileiro de 2007 na terceira colocação. Jaílton e Toró, que estavam no banco ultimamente, deverão começar jogando. O primeiro, aliás, é a única dúvida do técnico, que ainda estuda a possibilidade de colocar Marcinho para deixar o Flamengo mais ofensivo.
Chegou a hora de exorcizar mais um fantasma.
Pressão já começou: imprensa peruana destaca jogo do Fla em Cuzco
O jogo entre Cienciano e Flamengo, na cidade andina de Cuzco, pela Copa Libertadores, terá 'condimentos especiais', de acordo com o diário peruano 'La República'. A luta do Flamengo contra os jogos nas altitudes acima de 2.750m é apontada em todos os diários peruanos que tratam da partida.
O jornal 'Todo Sport' destaca a expectativa dos peruanos para a partida: 'Com sangue nos olhos' é o título da matéria sobre o confronto.
O 'Diario del Cusco' traz a chamada: "Se não morrem sozinhos...nós os matamos". Na seqüência, diz que os 'imperiais - como são conhecidos os atletas que vestem a camisa do Cienciano - têm que se impor aos balões de oxigênio do Flamengo'. O final da matéria é panfletário: "No dia do jogo, todo esse triste melodrama montado pelos brasileiros terá que ser resolvido no campo pelos jogadores do Cienciano que, com seu bom futebol, toque de bola e gols, matarão, futebolisticamente, os flamenguistas".
Outro grande destaque é dado para as declarações de Marcio Braga, que disse que o Cienciano deveria temer enfrentar o Flamengo em Cuzco. Uma frase que, segundo o periódico 'El Comercio', é fiel ao estilo do presidente rubro-negro.
A despeito de toda a discussão em torno do jogo, o porta-voz do Cienciano garante que tratará bem a delegação do Flamengo, pois não são vândalos.
Fla vence Boca e empata série
Rubro-Negro massacra argentinos e decide confronto nesta quarta
Pedro Ivo Almeida
Nina Lima/JS
Flamengo decide vaga na decisão do Sul-Americano nesta quarta
Com uma atuação de gala, Flamengo derrotou por 83 a 58 (46 a 34) o Boca Juniors, ontem, no ginásio do Tijuca, e empatou em 1 a 1 a série melhor de três das semifinais da Liga Sul-Americana. Hoje, às 19 horas, no mesmo local, o rubro-negro faz o jogo decisivo com os argentinos. Quem vencer fica com a vaga na final e enfrentará o Regatas, da Argentina, que eliminou por 2 a 0 o Universo, de Brasília.
Sem concentração e muito nervoso, o Flamengo começou muito mal e permitiu que o Boca Juniors tivesse pleno domínio e abrisse 8 a 0. O primeiro ponto só veio com Duda, que sofreu uma falta antidesportiva, já com quase três minutos de jogo. A partir daí, o rubro-negro equilibrou e se manteve no quarto muito em função do armador Hélio, que acertou duas bolas de três: a desvantagem caiu para um ponto (19 a 20).
Reação
O segundo quarto foi uma outra história e bem rubro-negra. Com uma defesa agressiva e paciência no ataque, o Flamengo desmontou a muralha argentina e teve amplo domínio. Marcelinho chegou a marca dos 1000 pontos com a camisa rubro-negra, mas o nome foi o pivô Alírio com uma enterrada e uma bela bola de três pontos. O armador Hélio também brilhava e o Boca via o seu astro Gutierrez passar em branco. E a equipe carioca virou 12 pontos na frente: 46 a 34.
O Flamengo retornou no mesmo ritmo e conseguiu neutralizar qualquer reação da equipe argentina, que entrou cheia de marra. Afinal, no ínicio do jogo, seus jogadores nem cumprimentaram os rubro-negros. O que pouco importa. Duda queria descontar em quadra e fez uma grande partida, acertando as bolas de três e fazendo as suas jogadas acrobáticas. O que foi essencial para minar o moral do adversário e ainda fazer a festa da nação rubro-negra no Tijuca.
No último quarto, Marcelinho brilhou com bolas de três pontos, mas o importante era administrar a vantagem e poupar o fôlego para a grande decisão.
O armador Hélio, cestinha com 18 pontos, espera que o time repita a pegada: “Sem dúvida nenhuma foi o jogo da equipe. O placar mostra como todo mundo jogou bem. O objetivo é repetir o mesmo desempenho, porque sem dúvida o Boca Juniors não se entregará.”
Para Paulo Chupeta, o treinador, a torcida fez a diferença. “Espero que a equipe siga acreditando no seu potencial e tenha um dia feliz para conseguir a vaga na decisão da Liga. A torcida jogou junto.”
Flamengo x Boca
Flamengo\ Marcelinho (9), Hélio (18), Mineiro (7), Fred (5), Duda (16), Maicon (2), Amiel (8), Colonezze (7) e Alírio (8)\ Técnico: Paulo Chupeta\
Boca\ Fernandez (12), Sulles (6), Cequeira (6), Guiterrez (9), Colona (8), Sautmall (9), Aloatti (2) e Reynolds (6)\ Técnico: Gabriel Picatto\
Local: Ginásio Álvaro Vieira Lima, no Tijuca Tênis Clube\ Horário: 19h\
João Areosa
Tiro Livre
Bate-boca no morro
João Areosa areosa@jsports.com.br
Estou começando esta crônica sem saber se trata efetivamente de uma coluna de jornal ou de um vôo cego no escuro.\ Escrevo ao som do bate-boca, aliás, ruidoso que se estabeleceu lá pelos lados do Peru, onde a crônica local resolveu assanhar uma fogueira que os homens da delegação do Flamengo tentaram apagar, depois de eles mesmos terem acendido o primeiro fósforo. Com razão, acrescento. Jogar perto do céu é lindo. O diabo é a falta de oxigênio.\
É provável que ao abrir o jornal desta quarta o leitor(que acorda cedo) ainda não saiba o que aconteceu lá no ar rarefeito de Cuzco, mas tenho cá comigo neste exato momento que boa coisa não houve.
Como sou homem de padecer de bronquites, nem gosto de tocar no assunto altitude. Fosse fazer turismo em Cuzco – veja que não me atrevo sequer a imaginar em lá jogar-, teria na mochila um balãozinho de oxigênio por via das dúvidas.
Não gosto, por sinal, de fazer exercícios de advinhação ou mesmo de arriscar prognósticos. Vou me limitar a, sentado no meu sofá, olhar o jogo com atenção e ver no que vai dar.
Saio da Libertadores, onde o Fluminense vai bem, obrigado, e entro de sola no Estadual.
Escrevi aí acima que não sou chegado a prognósticos, mas me dou ao direito de tentar advinhar coisas até óbvias com relação ao momento decisivo que se aproxima.
Tem o Flamengo bala na agulha – ou garrafas vazia para vender, como preferir o leitor – para almejar um título? Tem, tem sim, mas as coisas vão ficar difíceis se o clube da Gávea rolar morro abaixo. O moral vai cair junto.
Essa contusão do Washington enfraquece e muito o poder de fogo do Fluminense. Washington não é um gênio da bola, mas tem o famoso cheiro de gol. É matador.
O Vasco? Bem, até agora não me convenceu. Considero o time do Lopes o mais fraco dos fortes.
O Botafogo? Este é o que joga o futebol mais afinado, moderno e eficaz. Se o Flamengo voltar batido de Cuzco, acredito que a equipe do Cuca ficará com a mão na taça. Pintou o campeão?
O DIA
Diego vence a dengue e tem alta
Epidemia poderá tirar do Rio competição de natação marcada para maio em Jacarepaguá
Rio - O ginasta Diego Hypólito recebeu alta ontem do Hospital Copa D’Or, onde havia sido internado com dengue na noite de quinta-feira. Mãe do atleta, Dona Geni disse ontem que nunca tinha visto o filho tão debilitado. O bicampeão mundial do exercício de solo ficará em repouso até domingo.
“Graças a Deus a dengue foi normal. Poderia ter sido hemorrágica. Já passei por situações bem mais complicadas, como a fratura no tornozelo em 2005, quando fiquei sete meses sem treinar e consegui ser campeão mundial”, disse Diego.
Ainda com tosse, mas sem perder o sorriso, o atleta aproveitou para pedir que as pessoas se conscientizem e façam sua parte para evitar novas epidemias. A mãe do ginasta, que mora em Curitiba e veio ao Rio para cuidar de Diego durante o tratamento no joelho direito, operado dia 25, não esperava ter que voltar com ele ao hospital por causa da dengue. E está com medo de ter a doença.
“Diego está bem melhor agora. Esse ‘bichinho’ derruba mesmo. Conseguiu fazer isso com meu filho, que é forte como um touro. Ele dorme quase o dia todo e teve muitas dores na cabeça. Diego é hiperativo e ficar deitado tem sido difícil. Estou com medo de contrair essa doença. Não tenho a resistência que ele tem. A população tem que ajudar as autoridades a combater o mosquito”, disse Dona Geni.
A previsão é que Diego esteja liberado para retomar o trabalho de fisioterapia no joelho e treinos físicos na segunda-feira. “Não vai ser um mosquito que vai atrapalhar minha preparação para a Olimpíada”, afirmou Diego ao sair do hospital.
Joel vai recorrer à Tropa de Elite
Na partida decisiva contra o Cienciano, hoje, técnico escala time que brilhou no Brasileirão
LIMA - O Flamengo convocou sua ‘Tropa de Elite’ para jogar a partida de sua vida, como resume os jogadores, hoje, contra o Cienciano, às 21h50 (de Brasília), em Cuzco, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores. O confronto pode significar a classificação, em caso de vitória, mas também deixar remotas as chances de passar de fase, se o time for derrotado, da competição continental.
Por isso, o elenco admitiu que até um empate pode ser bom resultado. “Temos de fazer pelo menos um pontinho”, ressalta o lateral Juan.
Em caso de igualdade com os peruanos, o Flamengo — que tem sete pontos, mesma pontuação do Cienciano, e dois a menos que o líder Nacional, do Uruguai — decidirá a vaga nas oitavas-de-final na última partida da primeira fase, contra o fraco e lanterna Coronel Bolognesi, também do Peru, no Maracanã. Já o time de Cuzco terá de decidir a vaga em Montevidéu, contra o Nacional.
E com toda a cautela que a partida exige, o técnico Joel Santana deve colocar em campo a mesma formação que surpreendeu e reagiu no Brasileirão do ano passado, saindo da zona de rebaixamento da competição e terminando em terceiro lugar, obtendo vaga na Libertadores.
A equipe, que foi apelidado de ‘Tropa de Elite’ e que iniciou o treino de ontem, no CT da seleção peruana, em Lima, foi escalada com Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Íbson e Toró; Renato Augusto e Souza.
Marcinho e Kléberson, que poderiam jogar no lugar de Jaílton, devem entrar somente na segunda etapa.
Apesar do otimismo, o clima que o Flamengo encontrará em Cuzco será pesado. Primeiro, porque os jornais locais hostilizaram o Rubro-Negro, ironizando o medo do time da Gávea em jogar na altitude de 3.400m. Além disso, o Estádio Garcilaso de la Vega deverá estar com seus 37 mil lugares ocupados para apoiar o time da casa.
Craque chega hoje e quer largar bengala
Marluci Martins
Rio - Ronaldo desembarca hoje no Rio, e ainda não terá em mãos a passagem de volta para a Itália. Mas trará um sonho na cabeça: o de levar uma bagagem mais leve em seu regresso, já que pretende deixar no Brasil a bengala na qual se escora há dois meses, desde que teve o joelho esquerdo operado.
O tempo de festas ficou para trás. Ronaldo vai trabalhar duro com o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, que o acompanha há cinco anos e não vai desgrudar de seu pé, já que, no Rio, mora na Barra da Tijuca, assim como o seu ilustre paciente.
“O processo de recuperação no Rio foi definido por mim e pela equipe médica de Paris”, explicou o fisioterapeuta, por telefone, em Madri, lembrando que a clínica de Ronaldo, a Fisio R-9, em Jacarepaguá, oferece aparelhos tão bons quanto os que o Milan possui.
No Rio, Ronaldo vai inaugurar uma nova etapa do trabalho de fisioterapia: a hidroterapia, na piscina de sua clínica. Só não há ainda previsão de volta aos gramados. “A gente comemora cada etapa do processo de recuperação, mas não há interesse nem vontade em definir um prazo, pois isso criaria uma expectativa desnecessária”, destacou Bruno.
Se não sabe ainda quando terá a companhia da bola, Ronaldo já consegue ensaiar uma despedida da bengala. Há duas semanas, ele dirige seu carro. E, de vez em quando, arrisca uns passos pela casa, livre, leve e solto.
“A bengala é usada mais por precaução, para caminhadas mais longas ou em lugares movimentados”, destacou o fisioterapeuta.
Após se recuperar, Ronaldo admite atuar no Flamengo antes de voltar ao Milan
Pela primeira vez, desde que o Flamengo abriu suas portas a Ronaldo para se recuperar e voltar ao futebol, o Fenômeno mostrou abertamente interesse em jogar na Gávea. Em entrevista ao jornal italiano ‘La Gazzeta Dello Sport’, ele revelou sua vontade de entrar em campo pelo Rubro-Negro carioca, antes de retornar ao Milan.
“Creio que em quatro meses estarei correndo. A idéia é jogar um tempo no Brasil, quem sabe no Flamengo. E tudo correndo bem, voltaria ao Milan. Porém, minha paixão é o Flamengo. Quando garoto, caçava autógrafos dos campeões, ia aos treinos, pedia a meu pai que me levasse ao Maracanã. E tinha o Zico, um espetáculo”, contou o artilheiro.
Ao saber das declarações de Ronaldo, o vice de futebol rubro-negro, Kléber Leite, disse que vai procurar o Fenômeno assim que chegar do Peru, onde acompanha o time da Gávea. “O que mais me motivou a reacender o projeto de ter o Ronaldo no Flamengo foi esse primeiro passo que ele deu, dizendo que deseja voltar ao futebol. Nada melhor do que sua recuperação ser no Flamengo”, afirmou o dirigente.
Sobre seu peso, Ronaldo declarou: “Ninguém sabe de nada. Os 75 quilos de quando era jovem sumiram. Fui campeão mundial pesando 86, como na época do Internazionale. Agora, tenho mais peso por causa da inatividade”, desabafou.
O Fenômeno elogiou Alexandre Pato, a recuperação de Adriano, e disse que Ronaldinho Gaúcho vai voltar a brilhar. “Ele vai se reencontrar. Já o Pato faz o futebol parecer fácil. Fiquei feliz também de ver o Adriano bem no São Paulo”.
Fla só irá a Cuzco pouco antes da partida; médico explica
Lima (Peru) - A delegação rubro-negra já está em Lima, capital do Peru. No entanto, o Flamengo só irá a Cuzco, cidade de 3400m de altitude em que será realizada a partida contra o Cienciano desta quarta-feira, pouco antes de o jogo começar. A estratégia não tem nada a ver com possíveis represálias da torcida local, por conta da cruzada rubro-negra contra jogos na altitude. O médico da delegação Serafim Borges explica o procedimento:
"A idéia é chegar antes do jogo para não sentir muito os efeitos da altitude, uma técnica antiga que usamos há muito tempo com o Flamengo e a Seleção para os jogos na altitude", explicou, em entrevista à Rádio Brasil.
Para o médico, a equipe rubro-negra enfrentará um cenário menos inóspito que os 4000m de Potosí, cidade boliviana em que o Fla jogou na temporada passada também pela Libertadores:
"Espero que aqui seja melhor. Lá, pegamos temperatura abaixo de zero e muita chuva. Neste jogo a previsão é de de 7ºC a 10ºC, que é muito melhor", comparou.
Borges também garantiu a presença do balão de oxigênio que "salvou" muitos jogadores em Potosí, como o apoiador Renato Augusto e o zagueiro Moisés (que não está mais no elenco):
"Se alguém sentir alguma coisa, vamos ter que usar o balão. Em vez de água, usa-se oxigênio", concluiu.
Renato Augusto: 'Temos que esquecer esse negócio de altitude e jogar'
Lima (Peru) - Muito se fala da altitude de 3400m de Cuzco que o Flamengo enfrentará nesta quarta-feira - até pela verdadeira cruzada rubro-negra empreendida contra jogos na altitude -, quando encara o Cienciano pela 5ª rodada da Libertadores. No entanto, para o apoiador Renato Augusto - curiosamente um dos jogadores que mais sofreram os efeitos da altitude dos 4000m de Potosí no ano passado -, subir o morro não preocupa:
"Temos que esquecer isso e jogar, estão criando uma expectativa muito grande em cima disso. Vai estar ruim para os dois, temos que jogar e esquecer esse negócio" declarou, em entrevista à Rádio Brasil.
Se jogar em Cuzco não assusta, tampouco possíveis represálias do Cienciano e sua torcida, por conta da briga do Flamengo para não jogar na altitude, preocupam Renato Augusto:
"Acho que isso não é problema nosso. Temos que esquecer isso, chegar lá e jogar, fazer nosso dever e voltar para o Carioca", opinou.
O meia também comentou a possível volta do meio-campo que terminou a temporada de 2007 (Jailton, Cristian, Ibson e Toró) para a partida contra o Cienciano:
"Acho que O Joel sabe com quem pode contar, mas claro que temos jogadores que podem entrar no jogo e decidir. Não sã só os titulares que podem ganhar jogo, vimos este ano que os que entram tem dado conta do recado", concluiu.
GAZETA ESPORTIVA
Flamengo enfrenta o Cienciano e a altitude\ Gazeta Press\
Cusco (Peru) - Depois de tentar sem sucesso fugir da altitude, o Flamengo sobe a 3.400 metros do nível do mar nesta quarta-feira, quando encara um jogo decisivo contra o Cienciano, no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, em Cusco, às 21h50 (de Brasília), pela penúltima rodada da primeira fase da Copa Libertadores.\ Os dois times somam sete pontos no Grupo 4, mas os peruanos levam vantagem no saldo de gols e estão na segunda colocação. O líder é o Nacional-URU, que tem nove pontos e um jogo a mais.\
Desde que soube que ficaria no mesmo grupo do Cienciano, o Flamengo tentou apelar até mesmo a Fifa, para que não fosse obrigado a jogar em Cusco. Mas como a Conmebol não se sensibilizou com os argumentos dos rubro-negros, os jogadores da equipe carioca dizem que é o momento de superação nesta quarta.
“Será um jogo decisivo para a gente, onde temos de provar quem é o Flamengo. Precisamos chegar lá com tudo, com espírito de decisão. Vamos lutar contra tudo e contra todos e estamos preparados para isso”, afirmou o goleiro Bruno.
Joel Santana também promete um Flamengo guerreiro diante do Cienciano, mas garantiu que sua equipe entrará em campo procurando não acirrar a rivalidade criada pela tentativa do Rubro-Negro em não atuar na altitude.
“Se pretendemos alguma coisa de Libertadores temos de ir agora para a guerra. Mas uma guerra no bom sentido, é claro. Nosso grupo na Libertadores está embolado em pontos e vamos lá para tentar a vitória”, salientou o técnico do Flamengo.
Capitão da equipe rubro-negra, o zagueiro Fábio Luciano também tenta manter o time longe da polêmica criada em torno do altitude.
“A gente vai lá para cima com o objetivo de vencer, mas sabemos que encontraremos uma enorme dificuldade para conquistar os três pontos. Não ouvi nenhum jogador do Flamengo falar mal da cidade ou dos moradores de lá. Nós queremos ir para Cusco jogar futebol”, garantiu o defensor flamenguista.
Para poupar seus principais jogadores para este jogo na altitude, o técnico Joel Santana escalou um time de reservas no último final de semana, quando o Flamengo empatou com o Vasco pelo Campeonato Carioca. “Aqui tudo é feito seguindo um planejamento. Fizemos aquilo que consideramos o melhor para o Flamengo”, ressaltou o técnico rubro-negro.
Dos jogadores que entraram em campo no último domingo, o volante Jaílton e o meia Marcinho são os únicos com chance de iniciar a partida desta quarta-feira. Os dois, junto com Kléberson, brigam por uma vaga no meio-campo rubro-negro, mas o técnico só deve anunciar o escolhido nos vestiários.
No lado do Cienciano, dos jogadores ao presidente, todos garantem que o Flamengo não será recebido com hostilidade no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, apesar de toda a polêmica das últimas semanas.
“Fomos prejudicados no Rio de Janeiro, quando o árbitro anulou um gol legítimo nosso. Tenho certeza que podemos ganhar deles em circunstâncias normais”, afirmou o vice-presidente do Cienciano, Guido Farfán.
Joel minimiza altitude e cobra vitória em Cusco
Cusco (Peru) - Embora o encontro com o Cienciano seja considerado vital para as chances de o Flamengo seguir em frente na Copa Libertadores, o técnico Joel Santana descartou a cautela e cobra uma vitória da equipe mesmo na temida altitude da cidade de Cusco.\ “Em certo momento da nossa vida, não podemos temer nada. Representamos nosso país e um clube importante do futebol brasileiro. Temos que entrar em campo para vencer. O time que pensa em empatar tem enorme chance de sair derrotado”, sentenciou o treinador, que conta com o respaldo de seus comandados.\
“Falaram demais de altitude antes desse jogo. Temos que esquecer esse negócio e fazer o nosso dever, que é ganhar a partida. Depois voltaremos e pensaremos no Carioca”, disse o meia Renato Augusto à Rádio Brasil.
Para encarar os peruanos, o técnico Joel Santana só está em dúvida se escala Jaílton ou Marcinho no meio. Caso opte por este último, Renato Augusto seria adiantado e passaria a formar a dupla de ataque com Souza.
“Tenho algumas dúvidas, assim como o treinador do Cienciano. De qualquer forma, tomarei a decisão com o restante da comissão técnica”, encerrou Joel.
O Flamengo é o terceiro colocado do Grupo 4 da Libertadores com sete pontos, mesmo número que o Cienciano, que, no entanto, leva vantagem no saldo de gols. O líder da chave são os uruguaios do Nacional, que somam nove tentos, enquanto o lanterna e já eliminado Coronel Bolognesi tem apenas dois.
Imprensa peruana ironiza “medo de altura” do Fla
Cusco (Peru) - Enquanto aguarda o encontro entre Flamengo e Cienciano nesta quarta-feira a imprensa peruana já acirra a rivalidade entre as equipes para o tão esperado encontro entre as duas equipes na polêmica altitude da cidade de Cusco, local de onde os brasileiros tentaram vetar para suas partidas na Copa Libertadores.\ Fora o fato de que o jogo deverá definir a sorte de ambas as equipes na competição, os principais periódicos do país andino destaca que esta será a chance de o Cienciano dar a resposta em campo às queixas flamenguistas quanto à altitude.\
“Se não morrerem sozinhos, nós os matamos”, é a manchete da edição desta terça-feira do Diário de Cusco, que ironizou dizendo que os imperiais – como são conhecidos os jogadores do Cienciano – deverão se impor aos balões de oxigênio do Flamengo.
“No dia do jogo, todo esse triste melodrama montado pelos brasileiros terá que ser resolvido no campo pelos jogadores do Cienciano que, com seu bom futebol, toque de bola e gols, matarão futebolisticamente os flamenguistas”, completou o jornal.
Já o Todo Sport destacou as expectativa dos peruanos com toques épicos: “Com sangue nos olhos”, dizia a manchete do jornal. Nem mesmo o presidente do Flamengo, Márcio Braga, escapou das ironias. O mandatário rubro-negro havia dito que o Cienciano é que deveria temer enfrentar o time brasileiro em Cusco, o que, segundo o jornal El Comercio, é fiel ao estilo do dirigente.
Apesar dos ataques da imprensa, o porta-voz do Cienciano garantiu que os brasileiros serão muito bem tratado, já que os peruanos “não são vândalos”.
Ronaldo quer retornar ao futebol no Flamengo
Milão (Itália) - Recuperando-se de uma grave lesão no joelho esquerdo, o atacante Ronaldo revelou nesta terça-feira, ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, que quer voltar ao futebol atuando pelo Flamengo, seu time do coração, antes de retornar ao Milan “se tudo der certo”.\ “A minha idéia é jogar no Brasil durante uns meses, talvez no Flamengo, para me preparar e depois reaparecer no Milan”, contou o brasileiro, acrescentando que precisa estar “à altura” do clube italiano, que sempre lhe deixou “as portas abertas”.\
O Fenômeno sofreu uma ruptura total do tendão patelar do joelho esquerdo e só deve retornar em 2009. Confiante, ele reafirmou que esta nova grave lesão não encerrará a sua carreira precocemente.
“Não me rendo. Estou trabalhando para voltar a jogar, trabalho entre quatro e cinco horas por dia. Os médicos, nesta última consulta em Paris, me deram todas as esperanças e garantias que eu precisava”, comemorou o jogador de 31 anos.
Ronaldo disse ainda que a sua recuperação está evoluindo mais rapidamente se comparada com a mesma lesão que sofreu no joelho direito em 2000, atuando pela Inter de Milão. Ele só deve voltar a correr em cerca de quatro meses.
Holanda, Espanha e Itália: O atacante do Milan negou novamente que tenha usado anabolizantes quando atuou pelo PSV, da Holanda, o que teria causado a seqüência de lesões que enfrentou.
Acerca de sua passagem pela Espanha, disse preferir o Real Madrid ao Barcelona por ter jogado mais tempo no time da capital, mas adiantou que só torce para um time: Torço mesmo é para o Flamengo', afirmou.
'É incrível como o futebol atrai emoções e paixão. E eu era assim também na infância. Sempre procurava os autógrafos dos craques, ia aos treinamentos. Meu pai sempre me levava ao Maracanã para ver o Flamengo, que tinha Zico e sempre dava espetáculo', contou o jogador.
Já quando perguntado sobre a má fase de Ronaldinho Gaúcho na equipe catalã, o Fenômeno apostou na recuperação do xará e disse que ele deve seguir atuando no Barça após esta temporada.
Temporada, aliás, que foi péssima para a atual equipe de Ronaldo. O Milan caiu logo nas oitavas-de-final da Copa dos Campeões, eliminado pelo Arsenal, e ocupa apenas a quinta colocação do Campeonato Italiano.
O brasileiro concordou que a equipe rubro-negra teve “um ano infeliz, com um número elevado de lesões” e sugeriu a contratação de um jogador que dê entusiasmo ao grupo, que classificou como “formidável”.
Para Ronaldo, 'a Roma joga o melhor futebol da Itália, mas a Inter ganhará o scudetto'. Ele disse ainda que dedicará mais tempo à sua função de embaixador das Nações Unidas contra a pobreza assim que se despedir do futebol.
PELÉNET
Diretoria do Flamengo se anima após declarações de Ronaldo\ Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
Ronaldo vem se recuperando de grave lesão no joelho esquerdo e ainda não tem prazo certo para voltar aos gramados. Mas, quando isso acontecer, o atacante, do Milan-ITA, tem a intenção de defender o Flamengo, segundo declarou, nesta terça-feira, ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.
AFP
Ronaldo novamente mostra sonho em jogar com a camisa do Fla, seu clube de coração
Como não poderia ser diferente, a diretoria do Flamengo ficou radiante com a entrevista do Fenômeno. Segundo o vice de futebol rubro-negro, Kleber Leite, o assunto será retomado no seu retorno ao Brasil.
"Como amante do futebol e como rubro-negro, fiquei feliz. O Flamengo é o porto seguro dele. Quando chegarmos ao Rio de Janeiro vamos conversar com o Ronaldo. Animação dele também nos anima", disse Kleber Leite, que está em Cusco.
O interesse do Flamengo por Ronaldo é antigo. Em dezembro de 2007, entre o Natal e o Ano Novo, a diretoria rubro-negra convocou entrevista coletiva para falar sobre o assunto. Na oportunidade, uma "força tarefa" seria criada para a contratação do atacante.
Porém, como Ronaldo ainda é um sonho distante, o Flamengo volta suas atenções para a realidade. Nesta quarta-feira, o Rubro-Negro encara o Cienciano, pela Libertadores. Kleber Leite espera que a delegação não tenha problemas na cidade peruana.
"Não vamos para nenhum baile de formatura e sim jogar bola. Esperamos ser bem tratados, como os dirigentes do Cienciano foram na partida no Rio de Janeiro", encerrou, em entrevista à Rádio Globo.
Com sete pontos, o Flamengo está na terceira posição do Grupo 4, empatado com o Cienciano, mas perde no saldo de gols: 1 a 0. O Nacional-URU lidera, com nove, enquanto o Coronel Bolognesi-PER, já eliminado, é o lanterna com apenas dois.
Juan esquece altitude e acha que Fla pode vencer o Cienciano-PER\ Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
O lateral esquerdo Juan não quer mais saber de polêmicas sobre jogos na altitude. Tranqüilo, o camisa 6 do Flamengo assegurou que seus companheiros estão prontos para encarar o Cienciano-PER, nesta quarta-feira, às 21h50, em Cusco (3.400 metros), pela penúltima rodada do Grupo 4 da Copa Libertadores.
"Nao sabemos como vamos enfrentar a altitude. Mas nos preparamos bem para isso. Agora não adianta mais nada. Temos de chegar lá e jogar. E podemos fazer isso muito bem", disse o jogador.
Com relação às qualidades do adversário, Juan está apreensivo. Ele sabe que não se trata de uma equipe limitada e, que sem dúvida, dará grande trabalho.
"O Cienciano tem um bom time. Um ataque muito rápido e isso sempre dificulta muito as coisas. Mas temos capacidade para suportar isso e conseguir um bom resultado", afirmou.
Cienciano oferece US$ 100 mil a jogadores por vitória sobre o Flamengo
Da EFE\ Em Lima (Peru)\
Os jogadores do Cienciano receberão uma premiação de US$ 100 mil em caso de vitória sobre o Flamengo, em partida válida pelo grupo 4 da Copa Libertadores, anunciou o presidente do clube peruano, Juvenal Silva.
O dirigente declarou à agência oficial "Andina" que o incentivo terá como objetivo premiar a dedicação de seus jogadores, que na quarta-feira tentam assegurar a classificação às oitavas-de-final da competição.
"Há muita expectativa para esta partida, porque tentaremos demonstrar aos nossos amigos brasileiros que a altitude não mata e que no gramado decidiremos qual das duas equipes é a melhor", assinalou.
Além disso, o presidente do Cienciano pediu que os mais de 35 mil torcedores esperados no estádio assistam à partida vestidos de vermelho, a cor tradicional do clube.
"Sempre foi dito que a torcida joga uma partida à parte. Nós temos de incentivar a equipe o tempo todo, sem descanso", afirmou.
Juvenal Silva também disse confiar em um bom desempenho do arbitro argentino Sergio Pezzotta. "Pedimos à Conmebol um árbitro experiente e fomos atendidos. Confiamos no trabalho de Pezzotta. Estamos muito tranqüilos e torcemos para que nenhum incidente aconteça para manchar esta partida", disse.
Cienciano e Flamengo ocupam a vice-liderança do grupo 4 da Libertadores, com sete pontos, dois menos que o líder Nacional, do Uruguai.
GLOBOESPORTE
Joel dá indicação que vai escalar Jaílton
Treinador fala em convocar 'tropa de elite" para o jogo contra o Cienciano
Márcio Iannacca Enviado Especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Jaílton espera a oportunidade de iniciar a partida contra o Cienciano
O treinador do Flamengo, Joel Santana, afirma que segue com uma dúvida para escalar a equipe para o jogo contra o Cienciano, na quarta-feira, em Cuzco, pela Taça Libertadores: Jaílton, Kléberson ou Marcinho disputam uma vaga. Mas após o treino recreativo desta terça-feira no Centro de Treinamento da seleção peruana em Lima, o técnico deu a entender que vai escalar Jaílton no meio-de-campo.
Em entrevista coletiva, Joel Santana citou o time da reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando a equipe titular ficou conhecida internamente como "Tropa de Elite". E naquele momento do Nacional-2007, o meio-de-campo era formado por Jaílton, Cristian, Ibson e Toró.
- Foi um trabalho bem feito pelo nosso psicólogo com o filme "Tropa de Elite", que estava passando naquela época. Fizemos partidas perfeitas naquele ano. E sempre falava: a tropa de elite vai entrar em campo. Agora esse ano, quando o time não vai bem, o pessoal fala que a tropa de elite vai voltar - disse o treinador.
No único treinamento no Peru, o técnico não fez mistério e permitiu a entrada de jornalistas locais e brasileiros.
Fla encara Cienciano na altitude de Cuzco
Vitória classifica time carioca para as oitavas. Derrota complica a situação
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Souza (à direita) vai formar o ataque do Flamengo com Renato Augusto
Após muitas reclamações, não teve mesmo jeito. O Flamengo vai ter que atuar nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília) a 3.400 metros de altitude, em partida muito importante pela Taça Libertadores. O adversário, no que pode ser considerada uma batalha de ideais, é o Cienciano, do Peru.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em Tempo Real a partir das 21h40m.\ O SporTV transmite ao vivo para todo o Brasil\ De um lado, os brasileiros, que lutaram até o fim para não atuar na altitude. Do outro, os peruanos defendendo o direito de sediar partidas em todas as suas cidades, inclusive nas localizadas acima de 2.700 metros em relação ao nível do mar. Na chegada dos rubro-negros ao Peru, um protesto bem humorado foi organizado, nada que mexesse com o astral da delegação.\
Para evitar problemas de adaptação em uma das cidades mais altas do mundo, a delegação rubro-negra vai chegar a Cuzco apenas horas antes do confronto. Com uma vitória, o time carioca conquista vaga na próxima fase. Um mau resultado complica a situação do time de Joel Santana. As duas equipes têm sete pontos no Grupo A, dois a menos que o Nacional (com um jogo a mais). O Cienciano tem saldo de um gol pró, contra zero do Fla.
'Tropa de Elite' está de volta
Joel Santana faz mistério sobre o time, mas vai escalar Jaílton como titular
O técnico Joel Santana quis manter o mistério sobre a escalação do Flamengo para o confronto desta quarta-feira. Porém, na coletiva após o último treinamento antes da batalha de Cuzco, deixou a entender que a famosa 'Tropa de Elite' rubro-negra vai estar de volta. Com isso, o meio-campo vai ser formado por Jaílton, Cristian, Ibson e Toró, o mesmo que conseguiu tirar o Rubro-Negro das últimas colocações do Brasileirão do ano passado e conquistar uma vaga na Libertadores.
No ataque, Renato Augusto e Souza vão ter a missão de marcar os gols. A defesa terá Bruno, Leonardo Moura, o capitão Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan. Curiosamente, da equipe que vai entrar em campo contra o Cienciano, cinco jogadores foram titulares no confronto contra o Real Potosí, em 2007 (empate por 2 a 2). Bruno, Leo Moura, Angelim, Juan, Souza e Renato Augusto atuaram na altitude de 4.000 metros da cidade boliviana.
Para o meia Renato Augusto, o confronto de 2007 deixou várias lições para o grupo.
- Tudo na vida é um aprendizado. Espero que eu sinta menos os efeitos da altitude desta vez. Lá, em Potosí, foi um jogo diferente. Estava muito frio e chovendo. O trabalho não vai ser vão contra o Cienciano - afirma o meia.
Dúvidas peruanas
Do lado do Cienciano, além da revolta com a luta do Flamengo para não atuar na altitude, o time tem dois problemas para o confronto desta quarta-feira. O meia Garcia e o atacante Chiroque são dúvidas, mas dificilmente vão participar da partida. O jogo diante dos cariocas é visto com muita seriedade pelos cuzqunhos e pela imprensa peruana, que provocou o Rubro-Negro em suas últimas manchetes.
Para o atacante Vassalo, a melhor resposta do Cienciano só pode ser dada em campo.
- Temos que jogar o nosso futebol e vencer esse jogo em casa, diante dos nossos torcedores. Fomos respeitosos com ele no Brasil e vamos ser aqui também, mas a melhor resposta é a vitória - afirma o atacante, que tem dois gols na Libertadores.
Juan dá receita para vencer na altitude
Lateral diz que o Flamengo precisa dosar a energia e não correr à toa em Cuzco
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Juan brinca com Souza no treino do Flamengo, em Lima, nesta terça-feira
O lateral-esquerdo Juan sabe muito bem o que vai encontrar na partida desta quarta-feira, contra o Cienciano, em Cuzco, cidade localizada a 3.400 metros de altitude. No ano passado, também pela Libertadores, o jogador encarou os 4.000 metros de Potosí, na Bolívia, e ajudou o time rubro-negro na conquista de um empate em 2 a 2.
Agora, ciente de que o Flamengo precisa de um triunfo para se garantir na próxima fase do torneio, Juan espera que o time tenha aprendido a lição de Potosí para vencer em Cuzco. Em um bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, o lateral deu a receita para o Rubro-Negro chegar aos três pontos e afirmou que é difícil não pensar no fator altitude nas vésperas do confronto.
F. Luciano: 'Vamos respeitar, mas não temer'
Capitão rubro-negro elogia o Cienciano, mas diz que o Fla está preparado para o confronto
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Jogadores do Flamengo treinam em Lima de olho no jogo contra o Cienciano
O zagueiro Fábio Luciano afirmou nesta terça-feira que o Flamengo não tem medo do Cienciano. Os rivais vão ser respeitados em seu campo, no estádio Garcilaso de la Vega, mas vão precisar jogar muito para conquistar os três pontos em seus domínios.
- A gente percebe que é um time que tem qualidade. O Santos perdeu para o San José nesta Libertadores e depois venceu por 7 a 0. Estamos vivendo várias decisões e essa será mais uma. Uma vitória vai nos colocar em uma posição boa. Vamos nos preparar para isso. Vamos respeitar, mas não temer o Cienciano. Vamos marcar forte, sair com qualidade no meio-campo. Queremos sair com um bom resultado daqui - afirma Fábio Luciano.
Para o jogador, uma partida de Libertadores não significa apenas o confronto entre duas equipes. Segundo Fábio Luciano, é praticamente uma "guerra" entre dois países.
- Não mexe apenas com a cidade e com o time, mas com o país. Eles reclamaram do jogo no Maracanã e também por outras circunstâncias que aconteceram. Sabemos que vamos ter a pressão. Vamos respeitá-los, mas vamos tentar colocar em prática tudo o que o Joel (Santana) pediu para a gente - diz o zagueiro Fábio Luciano.
Flamengo vence e força terceiro jogo
Com o apoio da torcida carioca, Rubro-Negro vence o Boca pela Liga Sul-Americana
Marcelinho Machado completa mil pontos com camisa do Flamengo nesta terça-feira
O Flamengo aproveitou o mando de quadra para forçar a terceira partida das semifinais da Liga Sul-Americana de Basquete. Nesta terça-feira, diante da torcida carioca, o Rubro-Negro venceu o Boca Juniors por 83 a 58. Também em casa, no Ginásio do Tijuca, nesta quarta-feira, às 19h, a equipe volta a duelar com o rival por uma vaga na final.
Se sair vencedor, o Flamengo enfrentará na decisão o Regatas Corrientes, da Argentina, que, jogando em casa, derrotou o Brasília por 73 a 57 e fechou a série em 2 a 0.
- Fizemos uma ótima partida nesta noite. Conseguimos impor nossa marcação e nosso ritmo de jogo, além de contarmos com essa torcida maravilhosa que apoiou nosso time a todo o momento. Vamos mais que motivados para a partida de amanhã e iremos buscar essa vitória que nos dará a vaga para a final - diz Fred.
Na primeira partida da série melhor-de-três, o Flamengo foi à Argentina e perdeu por 100 a 88. Os jogadores sabiam que a partida desta noite era decisiva. Portanto, entraram na quadra do Tijuca determinados e, com uma boa defesa, conquistaram a vitória. O cestinha foi o armador Hélio, com 18 pontos.
Mil pontos\ O jogo foi especial para o ala Marcelinho, que chegou aos mil pontos marcados com a camisa do Flamengo. Até esta noite, eram 992 em 41 partidas, uma média de 24,2 por jogo.\
Joel dá indicação que vai escalar Jaílton
Treinador fala em convocar 'tropa de elite" para o jogo contra o Cienciano
Márcio Iannacca Enviado Especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Jaílton espera a oportunidade de iniciar a partida contra o Cienciano
O treinador do Flamengo, Joel Santana, afirma que segue com uma dúvida para escalar a equipe para o jogo contra o Cienciano, na quarta-feira, em Cuzco, pela Taça Libertadores: Jaílton, Kléberson ou Marcinho disputam uma vaga. Mas após o treino recreativo desta terça-feira no Centro de Treinamento da seleção peruana em Lima, o técnico deu a entender que vai escalar Jaílton no meio-de-campo.
Em entrevista coletiva, Joel Santana citou o time da reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando a equipe titular ficou conhecida internamente como "Tropa de Elite". E naquele momento do Nacional-2007, o meio-de-campo era formado por Jaílton, Cristian, Ibson e Toró.
- Foi um trabalho bem feito pelo nosso psicólogo com o filme "Tropa de Elite", que estava passando naquela época. Fizemos partidas perfeitas naquele ano. E sempre falava: a tropa de elite vai entrar em campo. Agora esse ano, quando o time não vai bem, o pessoal fala que a tropa de elite vai voltar - disse o treinador.
No único treinamento no Peru, o técnico não fez mistério e permitiu a entrada de jornalistas locais e brasileiros.
Kléber Leite: 'Ainda vou procurar o Ronaldo'
Dirigente revela chegada do Fenômeno em breve e se anima para concretizar negociação
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima
Kléber Leite ainda acredita na contratação de Ronaldo pelo Fla
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, tomou conhecimento nesta terça-feira, em Lima, das declarações do atacante Ronaldo sobre atuar no Rubro-Negro quando estiver recuperado de sua contusão no joelho esquerdo. Segundo o dirigente, as palavras do Fenômeno o animam para um futuro acerto e ele revela que o jogador vai chegar ao Brasil na próxima semana.
- Na volta para o Brasil, vou procurar o Ronaldo. Soube pelo Runco (José Luís, médico do Flamengo) que ele vem ao Rio acompanhado daquele jogador que quebrou a perna (Eduardo da Silva, do Arsenal). O projeto deu ma parada, a vida deu uma parada. Mas o que mais me anima é essa declaração dele. Ele deu uma reanimada no projeto - diz o dirigente rubro-negro.
Kléber Leite afirmou ainda que a negociação para contratar o Fenômeno é um assunto mal resolvido e que pretende resolver quando o jogador estiver recuperado. Mais uma vez, o vice-presidente de futebol abriu as portas do Flamengo para Ronaldo.
- O Flamengo é a casa dele. Não tem problema, ele pode realizar o seu período de readaptação no Flamengo. Nada melhor do que o Flamengo para ele recuperar a alegria - afirma Kléber Leite.
Leo Moura: 'Quem já jogou em Potosí...'
Lateral diz que Fla já enfrentou coisa pior ao jogar a 4.000 metros na Libertadores de 2007
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Lima entre em
Souza e Leo Moura chegam com a delegação do Flamengo a Lima
O lateral-direito Leonardo Moura era um dos mais tranqüilos na chegada da delegação do Flamengo a Lima, no Peru. Despreocupado com o fator altitude da cidade de Cuzco, local do confronto desta quarta-feira, contra o Cienciano, pela Libertadores, o jogador deu uma declaração curiosa sobre os 3.400 metros em relação ao nível do mar do estádio onde vai acontecer a partida.
- Quem já jogou em Potosí não tem que se preocupar com 3.400 metros. Lá é muito pior, né? - disse o lateral.
Porém, o jogador sabe que o Flamengo não poderá relaxar diante do Cienciano. Para ele, o time precisa entrar atento o tempo todo.
- Tem que entrar e jogar. Não adianta ficar pensando em altitude - diz.
LANCE
Médicos denunciam esquema na Conmebol
Médico uruguaio e argentino não concordam com partidas na altitude
LANCEPRESS!
Os médicos das seleções de futebol da Argentina e do Uruguai denunciaram o peso do dinheiro e da política na resolução adotada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a favor de jogos em grandes altitudes, segundo informa a agência Ansa.
- A Bolívia pagou a um médico não identificado do Equador três dias em um hotel e, dessa maneira, ele defendeu partidas na altitude - denunciou Eduardo Barbosa, médico da seleção uruguaia que deu entrevista ao site Observa.
Barbosa declarou que algumas pessoas que aprovam tais resoluções nem sequer estiveram na Bolívia.
- Eles não viveram a realidade das Eliminatórias da Copa do Mundo e nunca pisaram em La Paz - revoltou-se o médico uruguaio.
Já o médico da seleção argentina Homero D'Agostinho criticou os critérios adotados para que as partidas na altitude sejam mantidas e concordou com a medida adotada pela Fifa, que proíbe as partidas acima de 2.750 metros.
Entretanto, o médico argentino garantiu não ter se surpreendido com a resolução da Conmebol.
- É desleal jogar em condições desiguais. Deveriam, então, permitir o uso de estimulantes também - disse o argentino.
O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) e vice-presidente da Fifa, Julio Grondona, foi um dos dirigentes sul-americanos que levantaram a mão para apoiar a Bolívia e o Equador nas realizações de jogos na altitude. Somente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se opôs à medida.
O LANCENET! publicou na semana passada uma entrevista em que médicos bolivianos afirmaram que a altitude é nociva para os jogadores. O estudo foi encomendado pela Federação Boliviana de Futebol, que defende jogos na altitude. Os médicos bolivianos chegaram até a falar em morte de um jogador na Bolívia, fato negado pela Federação.
Volta de Ronaldo pode ser pelo Flamengo
Fenômeno revela que Milan quer emprestá-lo e torce por acerto com o Fla
Ronaldo pode voltar aos campos com a camisa do Flamengo. (Crédito: Montagem de Allex Ximenes)
LANCEPRESS!
A volta de Ronaldo aos gramados pode ser no Flamengo. Em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", o Fenômeno contou que o Milan pensa em emprestá-lo a um clube brasileiro. Se não houver novos problemas, o jogador voltará ao futebol europeu. E o desejo de Ronaldo é atuar pelo Rubro-Negro carioca.
- A idéia é que eu venha jogar alguns meses no Brasil e, se tudo for bem, volto para o Milan. Tomara que seja no Flamengo. Tenho uma relação muito boa com o Milan. Sempre terei as portas abertas no clube, mas devo sempre estar à altura - disse o Fenômeno.
Perguntado se torce para Barcelona ou Real Madrid, já que def