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Clipp 7/março

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

Fla perde a cabeça e a liderança

Time é goleado pelo Nacional (3 a 0). Toró e Léo Moura são expulsos por agressão

Legenda da foto: APÓS A falha do goleiro Bruno, a bola sobra para o atacante Richard Morales chutar e abrir o placar para o Nacional

Carlos Eduardo Mansur

Um novo trauma no Uruguai. Foi em Montevidéu, em 2007, que o Flamengo iniciou sua derrocada na Libertadores ao ser derrotado pelo Defensor por 3 a 0. Ontem, o rubro-negro perdeu a cabeça na capital uruguaia, o jogo para o Nacional, também por 3 a 0, e a liderança do Grupo 4 da Libertadores, no Estádio Parque Central. Além de jogar mal, o time facilitou a tarefa do adversário com duas expulsões. Após o primeiro gol, Toró derrubou um gandula e recebeu o cartão vermelho. Leonardo Moura também foi expulso justamente ao atingir a costela de um uruguaio com um chute. Fábio Luciano ainda chutou o rosto de um adversário caído, mas o juiz não viu.

O Nacional é o novo líder, com seis pontos. O Flamengo tem quatro e precisa ganhar ao menos um ponto nos 3.360 metros da altitude de Cuzco, no Peru, em 9 de abril, contra o Cienciano (três pontos), para não ficar em situação delicada. Antes, recebe o mesmo Nacional, dia 19, no Maracanã. Cienciano e Coronel Bolognesi (um ponto) jogam na terça-feira.

Os rubro-negros tiveram chance de marcar, mas não concluíram com eficiência. Aos 10 minutos, Kleberson chutou em cima do goleiro. Aos 11, Juan arriscou de longe, a bola desviou e quase enganou Viera.

Aos 19, o grandalhão Richard Morales, de 1,95m, tocou para Bertolo, que cabeceou para a defesa de Bruno. No rebote, Morales chutou por cima. O time da casa passou a gostar do jogo. Aos 22, Vitorino, em cima da marca do pênalti, chutou para fora. Três minutos depois, foi a vez de Diego Tardelli desperdiçar, da entrada da área, ao chutar em cima do goleiro.

Se o Nacional contava com o gigante Richard Morales na frente, lá atrás, no gol, o pequeno Viera, de 1,75m, fazia o que podia. Aos 37, Souza quase o surpreendeu ao apanhá-lo adiantado em uma cabeçada. Mas o goleiro estava atento.

Quem acabou surpreendido foi o Flamengo. Aos 40, Ibson errou um passe e Romero dominou e chutou de longe. O goleiro Bruno falhou ao não segurar a bola e rebatê-la para o meio da área, onde estava Morales. Livre, o atacante nem precisou usar toda a sua estatura para fuzilar para o gol.

Atrás no marcador, o Flamengo correu para tentar empatar. Mas a pressa foi inimiga. Aos 42, Toró foi buscar a bola na lateral, mas chegou empurrando o gandula, derrubando-o no chão e foi expulso. Três minutos depois, Fábio Luciano chutou o rosto de um adversário caído e merecia o vermelho.

Na volta do intervalo, Joel Santana tirou Diego Tardelli e pôs Marcinho. A substituição não surtiu efeito e o time continuou nervoso. Aos 5, Leonardo Moura, que já tinha cartão amarelo, acertou a costela de um uruguaio e também foi expulso.

Última vitória no país foi há 13 anos

Com nove jogadores, sofrer o segundo gol era questão de tempo. Aos 22, Bruno falhou após cobrança de escanteio e afastou mal a bola novamente. No bate-rebate, Morales ficou com a sobra mais uma vez e chutou para ampliar. Um minuto depois, Fornali cobrou falta na entrada da área, a bola desviou na barreira, enganou Bruno e entrou no canto. Após o gol, Fornali foi comemorar abraçado a um gandula.

O Flamengo não vence no Uruguai há 13 anos. A última vez foi em 1995, contra o mesmo Nacional. Desde então, foram seis jogos e seis derrotas, tendo sofrido 19 gols.

Nacional: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Oscar, Morales; Cardaccio, Arismendi (Ligüera) e Bertolo, Fornaroli (Perrone) e Morales (Pereyra). Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Ibson, Toró e Kleberson (Jaílton); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza (Jônatas). Juiz: Pablo Pozo (Chile) Cartões amarelos: Leonardo Moura, Ibson, Bertolo, Angelim. Cartões vermelhos: Toró e Leonardo Moura.

LIBERTADORES: Joel e Kleber Leite elegem volante o vilão do vexame

Arrependido, Toró diz que vai pedir desculpas ao time do Fla

Jogador reconhece seu erro e acha justo ser responsabilizado pela derrota

Legenda da foto: DESOLADOS, OS jogadores do Flamengo abaixam a cabeça após levarem mais um gol do Nacional na goleada de 3 a 0 no Parque Central

Legenda da foto: O GANDULA NICOLAS Dominguez passa em frente a Joel Santana

Carlos Eduardo Mansur

MONTEVIDÉU. Nunca foi tão fácil eleger o vilão de uma derrota. No vestiário do Flamengo após o jogo, o técnico Joel Santana e o vice-presidente de futebol, Kleber Leite, cada um ao seu modo, não pensaram duas vezes antes de escolherem a infantil expulsão de Toró como o início da queda do time no Uruguai. Ao empurrar o gandula Nicolas Dominguez, de 13 anos, ele foi punido com o cartão vermelho. Cabisbaixo, Toró reconheceu que errou.

- Acho justo que me responsabilizem. Estou arrependido e pretendo pedir desculpas ao time. Não sei se a equipe conseguiria reagir, mas eu errei - afirmou já no hotel.

Toró contou que, quando ia pegar a bola para bater o lateral, o gandula segurou a bola:

- Seja como for, não deveria tê-lo empurrado. Definitivamente, o Uruguai não me traz boas recordações.

O próprio jogador lembrou que, em 2006, em Montevidéu, onde Flamengo estava para um amistoso com o Nacional, brigou com o ex-companheiro Renato.

- Na quarta-feira, quebrei o vidro do elevador do hotel. E hoje (ontem) aconteceu isto no jogo - acrescentou, esquecendo-se de que, na pré-temporada, foi chamado de macaco durante um jogo-treino contra o Huracan Buceo, do Uruguai.

Na véspera da partida, Joel Santana dizia nas entrevistas que o jogador brasileiro tinha que aprender a lidar com provocações na Libertadores.

- Toró se precipitou, faltou um pouco de equilíbrio emocional. O menino (gandula) segurou a bola, e o Toró não poderia ter feito isso. É um aprendizado para nós, brasileiros. Por mais que a gente fale, na hora do jogo a coisa acontece - disse Joel.

Kleber Leite afirmou que não pensa em aplicar uma multa em Toró, mas concordou que faltou maturidade ao jogado de 21 anos:

- É um jogo que vai ficar marcado para sempre na carreira dele e servirá de lição. Um pouco mais de juízo não faz mal a ninguém. Para jogar no Flamengo tem que ter um mínimo de maturidade.

O exemplo de Toró foi usado para tentar explicar o que faltou ao time.

- Não tivemos maturidade, e fomos punidos. Vamos dar o troco no campo, jogando futebol - afirmou Kleber.

Sobre a hipótese de ter que brigar por pontos na altitude de Cuzco, o dirigente foi enfático.

- Não dá para ficar fazendo conta. Tem que entrar para ganhar sempre - disse.

Leonardo Moura saiu em defesa do time e de si próprio, expulso no segundo tempo:

- É normal que os nervos fiquem à flor da pele. Ninguém gosta de perder para um time de catimba. As expulsões foram injustas. No meu lance, fui disputar no alto e o jogador entrou na frente.

Gandula empurrado\ por Toró vira celebridade\

Enquanto o Flamengo puxava as orelhas de Toró, o menino Nicolas Dominguez vivia um dia de celebridade. O gandula de 13 anos, que foi empurrado pelo brasileiro, chegou a atender seu telefone celular em campo, após aparecer na TV. Jogador das divisões de base do clube, ele negou que tenha provocado.

- Não fiz nada. Na hora que a bola saiu, fui correndo lentamente. Ele (Toró) veio correndo e me empurrou. E alguns jogadores me xingaram depois - afirmou Dominguez.

Renato Mauricio Prado

Deplorável o absoluto despreparo psicológico demonstrado pelos jogadores do Flamengo, contra o Nacional, em Montevidéu.

A estúpida agressão de Toró ao menino gandula, ao final do primeiro tempo, foi injustificável, bem como o pé alto (nas costelas do rival) de Leonardo Moura, no início do segundo.

E o Fla só não ficou com oito jogadores, porque o juiz não viu Fábio Luciano deixar a chuteira na cara do rival caído, nos últimos minutos da primeira etapa. Um desastre completo!

Kleberson e Diego Tardelli não jogaram bulhufas. Mal foram vistos em campo. E Ibson e Bruno falharam feio no primeiro gol.

Agora, o Flamengo terá que ganhar seus dois jogos em casa e arrumar, ao menos, um pontinho, lá no alto da montanha, contra o Cienciano. Caso contrário, terá que rezar para que o Coronel Bolognesi (a baba do grupo) ainda tire algum ponto de alguém...

JORNAL DOS SPORTS

Com dois a menos, Fla é atropelado pelo Nacional (Uru)

Livia Andrade landrade@jsports.com.br

Morales marcou os dois primeiros gols da vitória uruguaia

Pela terceira rodada do Grupo 4 da Libertadores, o Flamengo não atuou bem e levou de 3 a 0 do Nacional (Uru), em Montevidéu. Jogando a maior parte da partida com nove em campo, a equipe do técnico Joel Santana começou bem, porém, o nervosismo dos jogadores levou à derrota.

O Nacional começou a primeira etapa atacando com perigo na área do Rubro-Negro, porém sem chances perigosas de gol. Aos dez minutos, o Fla resolveu dar o troco. Juan chutou forte de fora da área, a bola desviou na zaga e foi em direção ao meio do gol, o camisa 1 do Nacional quase foi enganado, porém, saiu para fazer boa defesa.

A equipe uruguaia quase abriu o placar aos 20 minutos. A bola foi alçada na área do Fla, o atacante Richard Morales desviou de cabeça e Bertolo escorou frente a frente com Bruno, que fez a defesa. No rebote, Morales isolou.

Aos 25 minutos Tardelli desperdiçou uma boa chance. Souza achou o atacante pelo meio, o jogador se livrou de Barone e chutou fraco no meio do gol, Viera fez tranqüila defesa. Poucos minutos depois foi a vez do Nacional. Fornaroli em cobrança de falta chutou bem e Bruno saiu para fazer bela defesa no canto esquerdo.

Por pouco, Souza não marcou. Kleberson avançou pela direita, lançou para Souza cabecear, mas Viera salvou com a ponta dos dedos, aos 36.

No final do primeiro tempo a pressão do Nacional deu resultado, e aos 39, Morales marcou o primeiro da partida. Ibson errou o passe na saída da bola e Romero chutou forte de longe, Bruno espalmou e o atacante Richard Morales colocou no fundo da rede no rebote.

Aos 42, o gandula fez cera, Toró perdeu a cabeça e o agrediu. O jogador foi expulsou desfalcando o Fla. Logo no início da segunda etapa, foi a vez de Léo Moura ser expulso. O lateral deu uma voadora na costela do rival e deixou com o Mengão com nove em campo.

A equipe do técnico Joel Santana parecia nervosa dentro de campo e começou a apelar para faltas duras, enquanto isso, o Nacional continuava pressionando. Aos 22, o Nacional ampliou. Após escanteio, Bruno saiu mal do gol, a bola sobrou para Fornaroli. O meia chutou em cima do goleiro, no rebote há um bate-rebate, a bola sobrou para Morales que novamente marcou para a equipe uruguaia. 2 a 0.

Apenas um minuto após o segundo gol, Fornaroli marcou o terceiro. O jogador cobrou falta na entrada da área, a meia altura, a bola desviou na zaga e enganou Bruno. 3 a 0.

Após esse resultado, o Flamengo ocupa a segunda colocação do Grupo 4 e o Nacional assume a liderança. O próximo confronto do Fla será dia 19 de março, encarando o próprio Nacional, no Maracanã.

Personagem do Jogo: Toró

Mesmo com o gol sofrido aos 40 minutos do primeiro tempo, pelo equilíbrio da partida, o Flamengo tinha totais condições de se recuperar. Tinha. O que decidiu o jogo não foram os gols de Morales e Fornaroli, mas sim a expulsão infantil de Toró, que se desentendeu com o gandula e acabou qualquer possibilidade de reação rubro-negra.

Por tudo que representa disputar uma Copa Libertadores, é imperdoável que um jogador profissional seja expulso de maneira tão atípica e irresponsável.

Toró, que vinha sendo um dos principais destaques do Flamengo neste início de temporada, pode ter se transformado em vilão em apenas 42 minutos. Mesmo com o time inteiro sendo responsável pela derrota, ontem, Toró mandou pelos ares em poucos segundos a possibilidade de o Flamengo calar o Estádio Parque Central.

Kleber critica Toró e alivia Léo Moura

Logo após a partida, o assunto que tomou conta do vestiário do Flamengo foi a atuação do árbitro Pablo Pozo, do Chile. O vice-presidente de futebol, Kleber Leite, disse que a expulsão do lateral-direito Léo Moura foi muito rigorosa. Mas o dirigente não deixou de criticar o apoiador Toró.

"A expulsão do Toró ficará marcada na carreira dele e tenho certeza de que não irá mais se repetir. Só acho que o árbitro foi um pouco rigoroso na expulsão do Léo Moura, até porque ele não é um jogador violento", disse Kleber Leite, que considerou a atitude do apoiador algo imaturo para um jogador do Flamengo: "Houve falta de maturidade ao Toró. Ele foi avisado antes do jogo. Tivemos 80% da nossa preleção baseada no tema de manter a cabeça no lugar. Mas não adianta ficarmos nos  lamureando. Teremos outro jogo no Maracanã, com totais condições de conseguir a vitória. Espero que os jogadores tenham um pouco mais de juízo. Não se pode dar sopa para o azar como fizemos”, completou Kleber.

Em casa

Léo Moura não quis falar sobre sua expulsão e avisou que nada está perdido, pois no Maracanã, o Flamengo sairá vitorioso.

"Em casa, tenho certeza de que vai dar Flamengo. Não há nada perdido. Este ano, temos vencido os jogos no Maracanã. Em momentos como esse, cada um dá força para o outro. Agora, sabemos que é hora de levantar a cabeça. Perdemos um jogo fora de casam e com uma vitória no Rio, passaremos o Nacional, disse o lateral.

Torcida no Uruguai mostra animação

Enquanto os torcedores do Flamengo irritavam-se pelos bares espalhados pela cidade do Rio de Janeiro, os poucos mais de 200 que compareceram ao Estádio Parque Central, em Montevidéu, torceram e tentaram empurrar a equipe até o último minuto da partida.

Fazendo muito barulho, os torcedores que tiveram muitos problemas durante toda a viagem para o Uruguai, chegaram muitas vezes, principalmente no primeiro tempo, a fazer mais barulho do que a massa uruguaia.

Muito criativa, a torcida do Flamengo inventou cânticos e deu um colorido especial às arquibancadas do estádio onde foi realizado a primeira partida de Copas do Mundo, em 1930.

Nova música

Os brasileiros ficaram posicionados ao lado da tribuna de honra do estádio e não paravam de cantar. Além do já tradicional "Vamos para cima deles Mengo!", a música do momento no Uruguai foi uma nova versão da canção baseada no "chororô" botafoguense.

"E ninguém cala esse chororô/ chora o Peñarol/ chora o Nacional/ chora o Defensor".

Apesar dos esforços desses torcedores, o nervosismo da equipe não deixou que eles deixassem o estádio felizes. As queixas caíram em cima do juiz, de Toró e do técnico Joel Santana.

Empolgação dá lugar à revolta

Torcida faz a sua parte, sofre e volta para casa reclamando de tudo e de todos

Nathan de Lima e Pedro Chiaverini

Nina Lima/JS

A derrota deixou os torcedores do Fla sem palavras

Os torcedores do Flamengo que não foram ao Uruguai fizeram a sua parte. Num bar tradicional na Zona Sul, perto da sede do clube, um grupo se reuniu para acompanhar o time do coração. Porém, após muita empolgação no início da partida, esse sentimento acabou transformando-se em frustração.

Afinal, o Flamengo sofreu mais uma lastimável derrota no Uruguai. Além disso, havia uma unanimidade: o meio-campo Jônatas deveria ter sido escalado desde o início. No intervalo da partida, a torcida estava irritada. Porém, mesmo com o Flamengo perdendo por 1 a 0, mostrava confiança.

“O Toró matou o jogo. Temos de voltar com Marcinho e Jônatas para o segundo tempo. Vamos virar”, disse o estudante de medicina Gabriel Garcez ao lado dos amigos Diogo, Daniel e Márcio.

O pequeno torcedor Vítor, de 11 anos, também deu o seu pitaco e revelou um segredo:

“O time está bem, o que falta é o Leonardo Moura aparecer mais. Eu era vascaíno mas minha madrinha falou que se não virasse rubro-negro, não ganharia mais presentes. Nem pensei duas vezes”, afirmou.

Depois de verem os comandados de Joel serem derrotados de forma humilhante, a torcida se revoltou de vez. Os principais alvos da  ira foram Toró, o árbitro chileno Pablo Pozo, o treinador Joel Santana e o gandula que provocou a expulsão de Toró.

O torcedor Bernardo, que assistiu à partida ao lado do amigo tricolor Marcos Paulo, parecia não acreditar:

"É difícil dizer o que deu errado. Não podemos vacilar em uma competição como a Libertadores", lamentou Bernardo.

O consultor Dênis, de 30 anos, foi mais além.

“Esse juiz é botafoguense! Estou esperando esses uruguaios aqui no Maracanã e quero que tragam esse gandula junto”, afirmou o indignado torcedor.

O DIA

Fla é derrotado por 3 a 0 pelo Nacional, do Uruguai

Genilson Junior

Montevidéu - O Flamengo foi derrotado por 3 a 0 pelo Nacional, do Uruguai, numa atuação desequilibrada de quase toda equipe rubro-negra. Aos 42 minutos da primeira etapa, Toró levou cartão vermelho após empurrar um gandula, quandoo time já perdia por 1 a 0. Logo aos 5 minutos da etapa final, Léo Moura, que já tinha amarelo, foi expulso após entrar com o pé alto em uma dividida com o adversário uruguaio.

O Nacional começou o jogo pressionando. Só aos 10 minutos o Fla levou perigo, num chute cruzado de Kleberson, desviado para escanteio. Um minuto depois Juan assustou o goleiro Vieira num chute de longa distância.

Aos 20, o goleiro Bruno salvou o primeiro gol uruguaio. O jogo era lá e cá, mas as duas equipes não conseguiam uma boa finalização para abrir o placar. O Rubro-Negro caia toda hora em impedimento, o que dificultava as jogadas.

Aos 37 minutos, Kleberson cruzou e Souza cabeçeou, o goleiro Vieira se esticou todo e colocou a bola para escanteio, na melhor chance do Fla em toda a partida.

Três minutos depois sairia o gol uruguaio. Bruno deu rebote num belo chute de fora da área, na volta Richard Morales chegou primeiro que a defesa e fuzilou a rede. 1 a 0 Nacional.

Logo após o gol, Toró se irritou com um gandula fora de campo e o árbitro Pablo Pozo expulsou o jogador rubro-negro. O Fla perdeu o controle dos nervos na partida e o zagueiro Fábio Luciano deixou o pé para acertar o rosto do jogador uruguaio, ainda antes do intervalo.

O Flamengo voltou com Marcinho no lugar de Diego Tardelli, mas o nervosismo rubro-negro continuava. Léo Moura, aos 5 minutos de jogo, levou cartão vermelho ao entrar com o pé na barriga do adversário.

O Nacional tratou de aproveitar os dois jogadores a mais em campo e marcou o segundo. Depois da saída errada de Bruno e de um bate-rebate na área, Richard Morales, novamente ele, aproveitou para fazer 2 a 0 no placar, aos 21 minutos.

Dois minutos depois, o terceiro gol uruguaio. Fábio Luciano fez falta na entada da área. Fornaroli cobrou e contou com o desvio da barreira para colocar 3 a 0 Nacional.

Joel, para evitar uma goleada, reforçou a defesa da equipe e tirou Souza para a entrada de Jônatas. O goleiro Bruno, de longe, foi o melhor jogador rubro-negro na partida, tendo evitado, no mínimo, outras três oportunidades de gol do Nacional.

As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo dia 19, no Maracanã, pela próxima rodada do Grupo 4 da Copa Libertadores. O Nacional lidera o grupo com 6 pontos ganhos, o Flamengo, com 4, está em segundo lugar. As duas equipes tem um jogo a mais que Cienciano e Coronel Bolognesi.

Toró, o alvo das críticas

Rio - O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, criticou duramente a falta de maturidade do time, em especial de Toró, expulso ainda no primeiro tempo por empurrar um gandula. “Pagamos o preço pelo desequilíbrio. Não tivemos maturidade nem tranqüilidade. Um pouco mais de juízo não faz mal a ninguém”, detonou o dirigente, em entrevista à Rádio Globo.

O dirigente comentou especificamente sobre Toró: “Para jogar no Flamengo, é preciso ter maturidade, não pode dar chance ao azar. Essa infelicidade ficará marcada na carreira dele. Na preleção, 80% da conversa foram sobre catimba e a necessidade de ter calma no jogo”. Kléber Leite, porém, não confirmou se Toró será multado.

Joel Santana também não escondeu seu descontentamento. “Nós falamos, mostramos vídeos e ocorreu tudo isso. Foi lamentável”, criticou o técnico, que acredita que com 10 ou 11 pontos o time estará classificado: “Poderia ter sido até pior. Agora, nossa obrigação é vencer em casa e também arrancar um pontinho fora, na altitude de Cuzco”.

O time volta a campo na Libertadores para enfrentar o Nacional, dia 19, no Maracanã, sem Toró e Leonardo Moura, que cumprirão suspensão.

Leonardo Moura ainda teve a coragem de questionar os cartões vermelhos, após o jogo. “O Toró não merecia a expulsão, pois só tentou tirar a bola do gandula, que retardava o jogo. No meu caso, entrei numa dividida”, tentou explicar o lateral-direito.\ O jogador acredita que o grupo dará a volta por cima na Libertadores: “Que sirva de lição. Vamos erguer a cabeça e ganhar no Maracanã”.\

O time ficou em Montevidéu e retorna apenas hoje à noite ao Rio. Domingo, a equipe enfrentará o Americano, às 16h, no Maracanã, pela segunda rodada da Taça Rio. Joel Santana escalará um time misto e poderá até mesmo utilizar Toró e Leonardo Moura, já que os dois foram expulsos no torneio.

Decepção rubro-negra nos bares

Martha Esteves

Rio - Tinha tudo para ser uma noite divertida. Antes de seguir para o trabalho, o segurança Josué da Silva, de 42 anos, vestiu sua camisa do Flamengo, bermuda e seguiu para o bar Amarelinho, na Cinelândia. Queria ver seu time jogar contra o Nacional, em Montevidéu, numa das quatro tevês de plasma espalhadas pelo bar, que ontem quase bateu seu recorde de freqüência.

Mas Josué, que esperava uma vitória histórica, saiu de cabeça quente do barzinho, e já esperava pela gozação dos amigos, membros da torcida organizada do ‘arco-íris’. Já o agente de viagem Leandro Sales foi trabalhar usando a camisa rubro-negra e sabe muito bem o que o aguarda hoje.

“Não tem jeito. O time não estava mal, mas fez um segundo tempo horroroso. Agora, vou ter de aturar os adversários zoando da minha cara. Futebol é assim: um dia você sacaneia alguém e no outro dia é sacaneado”, diz Leandro, fazendo filosofia de botequim.

O bancário Juliano Lara, de 27 anos, tinha motivos para estar ainda mais chateado. Afinal,correu muito para chegar a tempo de ver o jogo com os amigos na Cinelândia. Saiu de São Cristóvão, pegou o filho, Lucas, de 7 anos, em Piedade, e partiu para o Centro. Tanta correria acabou em decepção para ele e cansaço para Lucas.

Apesar da derrota de seu time de coração, o catador de lata, camelô e engraxate Rafael Ferreira, conhecido como Galo, lucrou alguns trocados. Morador da Providência, ele correu pelos bares que tinham tevê e torcedores em volta para tentar faturar uma graninha extra.

“Fico triste com a derrota do Mengão, mas catei muita latinha.O povo estava bebendo para ficar mais alegre. Depois do jogo, eles beberam ainda mais para esquecer a derrota. Melhor pra mim”, brincou. Sem chororô.

GAZETA ESPORTIVA

Nervoso, Flamengo perde e leva olé no Uruguai\ Gazeta Press\

Montevidéu (Uruguai) - O Flamengo sofreu a primeira derrota de um clube brasileiro na edição 2008 da Copa Libertadores. Jogando nesta quinta-feira, em Montevidéu, o campeão da Taça Guanabara não foi adversário para o Nacional do Uruguai e acabou derrotado por 3 a 0, com direito a olé em boa parte do segundo tempo.\ Com o resultado, o time brasileiro perdeu a liderança do grupo 4 para o time uruguaio, que agora chega a seis pontos, enquanto o Flamengo ficou em segundo na chave com quatro pontos.\

Além de jogar mal, o Flamengo ainda foi prejudicado pelo comportamento dos seus jogadores. O meia Toró foi expulso por agredir um gandula, logo após o time sofrer o primeiro gol, e o lateral-direito Leonardo Moura acabou com qualquer possibilidade de reação, ao levar o cartão vermelho no início do segundo tempo, após agredir com um pontapé um adversário depois de ter levado o primeiro cartão amarelo com dois minutos de partida.

Com isso, o time gerou a derrota ao Brasil na atual edição. Antes disso, o próprio Flamengo, o Cruzeiro, o São Paulo, o Santos e o Fluminense disputaram 13 partidas, com oito vitórias e cinco empates.

De quebra, o rubro-negro carioca é o único dos brasileiros que não lidera seu grupo. Nesta semana, apenas o São Paulo, atual ponteiro do grupo 7, corre o risco de perder o posto, já que pode ser ultrapassado pelo Sportivo Luqueño, que pega o Nacional Medellín, nesta madrugada de sexta-feira.

Agora o Flamengo volta sua atenção para a Taça Rio e vai enfrentar o Americano, neste domingo, no Maracanã. Na Copa Libertadores, o time só volta a atuar em 19 de março, quando recebe o Nacional, no Maracanã.

O jogo: O Flamengo começou a partida querendo mostrar para os uruguaios que estava disposto a jogar duro, se fosse preciso. O resultado é que logo aos dois minutos, Leonardo Moura recebeu cartão amarelo por cometer falta violenta num atacante uruguaio. O time da casa, como era de se esperar, partiu para o ataque e o goleiro Bruno teve que intervir aos quatro e cinco minutos para evitar que o Nacional abrisse a contagem.

O time uruguaio pressionava e o Flamengo tinha dificuldades para sair da pressão e armar jogadas de contra-ataque. Dos dez aos 20 minutos a equipe brasileira conseguiu equilibrar a partida, mas logo depois o Nacional retomou a iniciativa. Aos 20 minutos, Bruno voltou a aparecer com destaque em cabeçada de Fornaroli.

O Flamengo criou a sua primeira grande chance seis minutos depois, quando Diego Tardelli iludiu seu marcador e chutou em cima do goleiro Vieira. O lance não assustou o Nacional que, mais uma vez, forçou Bruno a aparecer em outra boa defesa em chute de Fornaroli aos 33 minutos. O Flamengo, que tinha enorme dificuldade de chegar ao ataque, só voltou a ameaçar aos 38, em cabeçada de Souza, que fez Vieira se esticar todo para defender.

Dois minutos depois, o Nacional chegou ao primeiro gol. Romero chutou forte e cruzado, Bruno deu rebote e Richard Morales entrou rápido para apanhar o rebote e colocar a bola nas redes. Aos 44, o meia Toró perdeu a cabeça e agrediu um gandula, sendo expulso de campo e deixando o Flamengo com apenas dez jogadores. E até o final do primeiro tempo, o time brasileiro apenas se defendeu sem voltar a incomodar a equipe uruguaia.

O time rubro-negro voltou com Marcinho no lugar de Diego Tardelli numa tentativa de Joel de reforçar o meio-campo, que ficou enfraquecido com a expulsão de Toró. Mas o treinador nem teve tempo de descobrir se a mudança estava dando certo. Aos cinco minutos, Leonardo Moura deu um chute nas costas de Romero e também foi excluído da partida, deixando o time carioca com apenas nove jogadores.

Sem muitas opções para recompor a equipe, o treinador do Flamengo trocou Kléberson por Jailton, mas não conseguiu segurar o ímpeto uruguaio. O goleiro Bruno é que fazia o possível para tentar evitar um placar mais dilatado. O goleiro salvou uma cabeçada de Vitorino aos nove minutos, mas acabou falhando no segundo gol do Nacional, marcado aos 21 minutos. Ele saiu mal no cruzamento e Morales, outra vez, se aproveitou da confusão para colocar a bola nas redes.

Aos 23, Morales foi derrubado na entrada da área. Fornaroli cobrou, a bola desviou em Marcinho e enganou Bruno, definindo a vitória dos anfitriões. Com a partida perdida, Joel tirou Souza, que pouco produzia, para colocar o volante Jônatas com o objetivo de evitar um resultado catastrófico.

E acabou tendo êxito, porque o Nacional preferiu trocar passes para delírio da sua entusiasmada torcida, que gritava olé, enquanto o Flamengo torcia para o jogo acabar antes que o vexame ficasse maior. Aos 40 minutos, Bruno ainda fez outra grande defesa para evitar o quarto gol.

Na ressaca da derrota, Flamengo espera a revanche

Montevidéu (Uruguai) - Na ressaca da derrota, Flamengo espera a revanche Ainda sofrendo com o impacto da derrota por 3 a 0 para o Nacional de Montevidéu, o Flamengo, representado pelo lateral Leonardo Moura e pelo treinador Joel Santana, mostrou-se decepcionado com a derrota pela Copa Libertadores, mas espera espera a próxima oportunidade de enfrentar o time uruguaio, que agora lidera o grupo do Rubro-negro, contando com seis pontos, contra quatro do Fla.\ Leonardo Moura começou por dizer que a derrota não pode abalar o elenco flamenguista. “Temos que levantar a cabeça. Tenho certeza que a equipe vai dar a volta por cima”, afirmou, em entrevista à Rádio Globo.\

Sobre o lance em que o atacante Toró foi expulso, quando se envolveu em uma confusão com um gandula, Leonardo Moura – que também foi expulso no jogo – criticou a atuação do árbitro. “O Toró nem merecia a expulsão, o juiz se precipitou e mandou ele pra fora”, declarou. O dirigente flamenguista discordou da opinião do lateral, e foi sucinto ao comentar o ocorrido com Toró: “Um pouco mais de juízo não faz mal a ninguém”.

Visivelmente decepcionado, Leonardo Moura mostrou entusiasmo apenas na hora de falar do segundo jogo contra o Nacional, já no próximo jogo do Flamengo pelo torneio sul-americano, quando a equipe da Gávea terá a chance de dar o troco dos 3 a 0 recebidos hoje, no dia 19 de março, dessa vez no Estádio do Maracanã. “Jogando dentro de casa, tenho certeza que vai dar Flamengo”, disse, confiante.

Já o técnico Joel Santana minimizou a derrota, dizendo “poderia ser pior”. “Perdemos, mas poderia ser pior. Jogamos com menos dois jogadores, poderia ter havido uma derrota bem pior do que foi”, comentou, em entrevista coletiva.

Reforçando o comentário de Leonardo Moura sobre o jogo de volta, Joel marcou dia e hora para o troco do Flamengo: 19 de março, às 21h50. “Temos que vencer lá no Rio, dentro do Maracanã. Essa é a equipe que mais nos incomoda. A vitória tem que vir, para mantermos nossa chance no grupo”, concluiu o comandante rubro-negro.

PELÉNET

Nervoso, Fla cai ante Nacional-URU e perde liderança do Grupo 4

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Com um futebol aquém do esperado e muito nervoso, o Flamengo acabou sendo presa fácil para o Nacional-URU e perdeu por 3 a 0, nesta quinta-feira, no Estádio Parque Central, em Montevidéu, pela terceira rodada do Grupo 4 da Copa Libertadores da América. Richard Morales (2) e Fornaroli anotaram para os donos da casa.

O Rubro-Negro terminou o jogo com dois a menos, já que Toró, ainda no primeiro tempo, e Leonardo Moura, já na etapa complementar, foram expulsos pelo árbitro chileno Pablo Pozo.

Com o revés, o Flamengo, com quatro pontos, perdeu a liderança para o próprio Nacional, que chegou aos seis. Cienciano-PER, com três, e Coronel Bolognesi-PER, com apenas um, se enfrentam na próxima terça-feira, dia 11, em Cusco.

Na próxima rodada, o Flamengo volta a enfrentar o Nacional. Desta vez, o duelo será realizado no Maracanã, dia 19 de março. Porém, antes, o Rubro-Negro encara o Americano, neste domingo, às 16h, também no Mário Filho, pela Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual.

No "alçapão" do Parque Central, o Nacional começou em cima do Flamengo e pressionou nos primeiros dez minutos. A partir daí, o Rubro-Negro equilibrou as ações e levou desta maneira até 35 minutos.

Porém, no fim do primeiro tempo, o Nacional abriu o placar, aos 40, com Richard Morales. Dois minutos, irritado com a cera do gandula, Toró o empurrou e acabou sendo expulso.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com Marcinho na vaga do apagado Diego Tardelli. O time até deu sinais que iria reagir. Porém, aos cinco minutos, numa entrada violenta em Romero, Leonardo Moura levou cartão vermelho e deixou o Rubro-Negro com dois a menos.

Com nove em campo, o Flamengo se entregou e viu o Nacional dominar o jogo. Aos 21, após uma grande confusão na área brasileira, Richard Morales anotou o segundo. Dois minutos depois, Fornaroli aumentou.

Para evitar um placar ainda mais elástico, Joel Santana, aos 25 minutos, sacou o atacante Souza e colocou o volante Jônatas. O Nacional ainda tentou o quarto, mas Bruno conseguiu evitar o pior.

Após derrota, Leonardo Moura decreta: "Deu tudo errado"

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Além de ter sido expulso, Leonardo Moura ainda viu o Flamengo ser derrotado pelo Nacional-URU, por 3 a 0, em Montevidéu, pela Copa Libertadores da América. Após o jogo, o lateral-direito rubro-negro desabafou.

"Deu tudo errado. Mas vamos levantar a cabeça, pois temos outros jogos difíceis", analisou, acrescentando se considerou justo o seu cartão vermelho, logo aos cinco minutos do segundo tempo.

"O árbitro se precipitou no lance do Toró. No meu, o adversário entrou na frente. Mas isso já é passado. O time é maduro e o resultado negativo vai nos servir de lição", destacou.

A próxima partida do time pela Libertadores ocorre no dia 19 de março, no Maracanã, contra o mesmo Nacional. "O Flamengo quer a classificação e, dentro de casa, nós temos vencido. Sabemos que não tem nada perdido, muito pelo contrário", encerrou.

Joel Santana enaltece o bom futebol do Nacional-URU

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

No vestiário, após a derrota por 3 a 0 para o Nacional, pela Copa Libertadores, o técnico Joel Santana procurou enaltecer as qualidades do adversário. Segundo o comandante rubro-negro, o time uruguaio mostrou ser uma equipe de qualidade.

"É uma boa equipe, bem organizada. Tem uma jogada de bola aérea perigosa e uma marcação forte", analisou, para logo depois lamentar os dois jogadores expulsos: Toró e Leonardo Moura.

"O jogo estava equilibrado até perdermos dois jogadores. Sobre o lance do Toró, eu não vi a jogada. Falaram que ele foi pegar a bola em velocidade e derrubou o gandula. Para mim, houve precipitação do jogador", salientou.

Sobre o momento do Flamengo dentro do Grupo 4 da competição, Joel Santana avisou que não existe qualquer tipo de desespero. "Não está complicado. Com dez ou 11 pontos, estaremos dentro", opinou.

Além do Nacional, dia 19 de março, no Maracanã, o Flamengo encara o Cienciano-PER (09/04), na altitude de Cusco, e encerra diante do Coronel Bolognesi (23/04), também no Rio de Janeiro.

Dirigente do Flamengo critica Toró pela expulsão

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Na derrota do Flamengo para o Nacional-URU por 3 a 0, nesta quinta-feira, em Montevidéu, pela Libertadores, Toró foi expulso ainda no primeiro tempo. Questionado sobre o comportamento do jogador, o vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, não fez cerimônia ao criticá-lo.

"Isso não aconteceu por falta de aviso. O Toró tem que assumir o erro. Alertamos sobre a catimba e a necessidade de se manter a calma. Pagamos o preço do desequilíbrio. Temos que estar preparados para isso", avisou.

Na jogada, aos 42 minutos, Toró, ao pegar a bola na linha lateral, não gostou da cera do gandula e o empurrou. Neste momento, o Nacional já vencia pelo placar de 1 a 0.

Em relação a Leonardo Moura, expulso no segundo tempo após jogada violenta em Romero, Kleber Leite considerou o cartão vermelho, aplicado pelo árbitro Pablo Pozo, do Chile, rigoroso.

"Foi um lance normal. O Leonardo Moura não é um jogador violento. Caso continuássemos com dez jogadores, acredito que o Flamengo empataria o jogo. Pagamos pelos nossos erros", opinou.

Mesmo com o revés no Uruguai, o dirigente ainda acredita na classificação do Flamengo. O time está com quatro pontos, dois a menos que o líder Nacional.

"Precisamos entrar em campo e ganhar. Podemos dar o troco no Maracanã. Será a nossa arrancada na Libertadores", encerrou, referindo-se ao duelo do próximo 19, com o mesmo Nacional.

GLOBOESPORTE

Fla, descontrolado, perde para o Nacional

Toró agride gandula, Leo Moura dá voadora, e time cai em Montevidéu com dois a menos

Eduardo Peixoto Enviado especial

Souza se lamenta durante o jogo

As últimas visitas do Flamengo a Montevidéu não têm sido nada agradáveis. Dez meses após a inesquecível derrota para o Defensor por 3 a 0 na primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores de 2007, no estádio Centenário, o Flamengo voltou à capital do Uruguai, desta vez no Gran Parque Central, e saiu de campo com uma derrota pelo mesmo placar. Porém, a queda desta quinta-feira ocorreu mais pelos próprios erros e descontrole do Fla - Toró e Leo Moura foram expulsos infantilmente - do que propriamente pelas qualidades do Nacional.

O time uruguaio tomou a liderança do rubro-negro no Grupo 4 da competição, com seis pontos. Com quatro, o Fla caiu para a segunda colocação, com um jogo a mais do que o Cienciano, que tem três pontos, e o Coronel Bolognesi, que tem um. Os dois times peruanos jogam na terça-feira, dia 11, em Cuzco. Na quarta rodada, dia 19, o Flamengo recebe o Nacional, no Maracanã.

Gol no fim e expulsão inusitada na primeira etapa

O jogo começou como era esperado, com o Nacional tentando sufocar o Flamengo em seu campo de defesa. Os rubro-negros se esforçaram para impedir a iniciativa uruguaia de todas as formas, até mesmo com chutões para o alto. O nervosismo ficou claro aos três minutos, quando Leo Moura recebeu cartão amarelo por uma entrada violenta em Cardaccio, que puxava um contra-ataque ainda em seu campo de defesa.

Mas as duas primeiras chances reais de gol foram do Fla, com chutes da entrada da área de Kleberson e Juan, aos 10 e 11 minutos, respectivamente. Aos poucos, o jogo foi ficando mais equilibrado, com muita luta principalmente no meio-campo, com os dois times marcando forte e tentando sair em velocidade ao ataque.

Aos 20, uma grande oportunidade para os donos da casa: após um cruzamento na área, Morales desviou de cabeça e Bertolo chegou para concluir, mas foi barrado por Bruno. No rebote, Morales ainda teve mais uma chance, mas mandou para fora.

Cinco minutos depois, a jogada mais bonita da partida até então: Souza arrancou pela esquerda, passou por dois adversários, tocou para Diego Tardelli, que driblou mais um uruguaio e chutou para uma defesa segura de Viera no meio do gol.

Um pouco afobados no ataque, os jogadores do Flamengo foram pegos em impedimento algumas vezes, principalmente Souza. Leo Moura e Juan, dois dos principais jogadores no sistema ofensivo do técnico Joel Santana, não fizeram um bom primeiro tempo: enquanto o lateral-esquerdo errou muitos passes, o direito atuou de forma muito contida, sem se soltar à frente.

Diego Tardelli tenta jogada no meio

Aos 37, por pouco o Fla não abriu o placar: Kleberson cruzou da direita, Souza foi buscar a bola no alto e cabeceou para uma linda defesa do goleiro uruguaio, que espalmou a escanteio. Ótimo para o Nacional, que três minutos depois balançou as redes rubro-negras: Ibson errou passe na saída de bola, Romero chutou de longe, Bruno espalmou mal, nos pés de Morales, que mandou uma bomba para dentro do gol.

Em seguida, aos 42, uma cena inusitada e péssima para as pretensões do Fla: a bola saiu pela lateral esquerda, um gandula retardou a devolução e foi agredido por Toró, que acabou expulso de campo. Aos 44, Fábio Luciano disputou bola com Bertolo quase na linha de fundo. O zagueiro agrediu o adversário com um chute leve no rosto, mas nada foi marcado. Fim de primeiro tempo e expectativa de mais 45 minutos dramáticos.

Fla volta, tem mais um expulso e se perde

Preocupado com a expulsão de Toró, Joel resolveu tirar Diego Tardelli e colocou Marcinho em seu lugar para que não perdesse tanta força na marcação. Mas logo aos cinco minutos, a situação do Rubro-Negro ficou ainda pior com a expulsão de Leo Moura que, imprudente, disputou um lance no meio-campo solando e, como já tinha amarelo, foi para o chuveiro mais cedo. Em seguida, Bruno fez um milagre ao defender uma cabeçada de Victorino. Com dois a menos em campo, Joel substituiu Kleberson por Jaílton para reforçar o setor defensivo.

Mesmo com nove jogadores, o Fla foi em busca do empate deixando muito espaço na retaguarda, mais aberto aos contra-ataques do Nacional. Aos 22, mais um gol dos uruguaios: Bruno saiu muito mal para tentar cortar um cruzamento da esquerda, houve um bate-rebate na pequena área e Morales fez o segundo. Um minuto depois, 3 a 0: Fornaroli cobrou falta da entrada da área, a bola desviou na barreira e enganou o goleiro rubro-negro. Uma festa incrível dos torcedores no Parque Central.

Nos últimos 20 minutos de jogo, só o que se viu foi um Flamengo atordoado em campo e o Nacional em cima, na luta pelo quarto gol, que acabou não saindo. Dia 19 tem mais, e o Fla terá que vencer de qualquer maneira em casa se quiser sonhar com a classificação às oitavas-de-final da Libertadores.

Retrospecto de Joel fora de casa é péssimo

Sob comando do técnico, Fla sofreu sete derrotas em 11 jogos na casa do adversário

Joel Santana (Juan ao fundo) não tem obtido bons resultados fora de casa

Se no Maracanã o Flamengo de Joel Santana se torna um animal feroz, ameaçador e quase imbatível para os adversários, fora de casa o time rubro-negro pode ser comparado a um bichinho inofensivo, assustado e ingênuo. Os números, ao mesmo tempo que contemplam números extremamente favoráveis a Joel nas partidas no Maracanã, são desastrosos quando a equipe precisa sair de seus domínios: em 11 jogos, sete derrotas, dois empates e apenas duas vitórias.

Pior ainda é quando se analisa o número de gols sofridos e marcados nestes jogos. A equipe rubro-negra levou 19 gols e só conseguiu marcar seis. Além dos 3 a 0 sofridos nesta quinta-feira para o Nacional, do Uruguai, o Flamengo perdeu pelo mesmo placar para Santos, logo na estréia de Joel no comando do time, em 5 de agosto, e Internacional, ambos no Brasileirão do ano passado.

Além disso, o Flamengo não ganhou ou sequer empatou fora de casa com um time de primeira grandeza. Venceu Paraná e América-RN e empatou com o Juventude, todos no Brasileirão do ano passado, e saiu de campo com um insosso 0 a 0 na estréia na Libertadores deste ano, contra o inexpressivo Coronel Bolognesi, do Peru.

Maracanã foi o grande palco da recuperação no Brasileirão

O ótimo retrospecto dentro de casa, contando com a força de sua torcida, explica a vertiginosa recuperação no Brasileirão de 2007, quando o time rubro-negro saiu da zona de rebaixamento para terminar em terceiro lugar, e também a fácil classificação para as semifinais da Taça Guanabara. Favoreceu o Flamengo de Joel o fato de vários jogos em casa terem sido adiados para o segundo semestre do ano passado por causa dos Jogos Pan-Americanos e a mudança no regulamento deste ano do Campeonato Carioca, que impede que os times pequenos joguem em seus estádios.

No Maracanã, onde a se basear no retrospecto com Joel Santana o time tem grandes chances de vencer o mesmo Nacional que o derrotou nesta quinta e o Coronel Bolognesi, e se reabilitar nesta primeira fase da Libertadores, os números são impressionantes, mesmo levando-se em conta os clássicos cariocas.

Média de dois gols por partida

Ao todo, o Flamengo fez 26 partidas em casa, conquistando 21 vitórias, três empates e duas derrotas, ambas para o Fluminense, uma no Brasileiro e outra na Taça Guanabara. O time marcou no Maracanã, sob o comando de Joel, 52 gols, média de dois por partida, e sofreu 21.

No geral, graças aos bons resultados obtidos em casa, o Flamengo de Joel Santana tem um bom retrospecto até o momento: em 38 jogos (um deles, a goleada de 4 a 0 sobre o América-RJ, foi disputado no Engenhão), 24 vitórias, cinco empates e nove derrotas, com 62 gols marcados e 40 gols sofridos.

Os jogos fora de casa com Joel Santana

Campeonato Brasileiro

5/8/2007 Flamengo 0 x 3 Santos Vila Belmiro (Santos, SP)\ 8/8/2007 Flamengo 0 x 2 Atlético-PR Arena da Baixada (Curitiba)\ 19/8/2007 Flamengo 1 x 2 Palmeiras Parque Antarctica (São Paulo)\ 8/9/2007 Flamengo 0 x 3 Internacional Beira Rio (Porto Alegre)\ 23/9/2007 Flamengo 2 x 2 Juventude Alfredo Jaconi (Caxias, RS)\ 13/10/2007 Flamengo 1 x 0 Paraná Durival de Brito (Curitiba)\ 28/10/2007 Flamengo 1 x 0 América-RN Machadão (Natal)\ 4/11/2007 Flamengo 1 x 3 Cruzeiro Mineirão (Belo Horizonte)\ 2/12/2007 Flamengo 0 x 1 Náutico Estádio dos Aflitos (Recife)\

Taça Libertadores

13/2/2008 Flamengo 0 x 0 Coronel Bolognesi  Estádio Jorge Basadre (Tacna, Peru)\ 6/3/2008 Flamengo 0 x 3 Nacional  Estádio Gran Parque Central (Montevidéu)\

Fla curte a fossa em Montevidéu

Delegação passa o dia na capital uruguaia e só chega ao Rio no fim da noite

Eduardo Peixoto Enviado especial

Jogadores do Fla deixam o campo após a derrota para o Nacional pela Libertadores

Três dedos das mãos levantados e sorrisos irônicos. Os torcedores do Nacional não livram de gozação os jogadores ou qualquer pessoa ligada ao Flamengo depois da partida de quinta-feira, no Parque Central. Para piorar, o retorno da delegação ao Rio de Janeiro será somente no fim da tarde desta sexta-feira.

Os jogadores farão um trabalho regenerativo no hotel, na capital uruguaia, e embarcarão às 17h (horário de Brasília) para Porto Alegre. A chegada ao Rio está prevista para as 22h. Tempo de sobra para ruminar a instabilidade emocional do time.

- Temos jogadores experientes e que sabem lidar com essas situações - diz o lateral-direito Leo Moura, que foi expulso no segundo tempo do jogo.

A derrota acachapante por 3 a 0 abalou o moral de alguns jogadores. Cristian, por exemplo, estava inconsolável após a partida. No entanto, o goleiro Bruno promete que o elenco dará a volta por cima e não será eliminado precocemente da Taça Libertadores.

- Esse grupo sempre mostrou força nas horas mais difíceis. Vamos nos classificar - afirma o camisa 1.

Por causa do desgaste, o técnico Joel Santana deve poupar alguns jogadores na partida contra o Americano, domingo, pela Taça Rio. Porém, ele só decidirá sobre o assunto no Rio. Obina, suspenso, é o único que está realmente fora do jogo.

Fla adota discurso do 'faz parte'

Grupo deixa estádio abatido, mas acha que não jogou mal contra o Nacional

Eduardo Peixoto Enviado especial

No vestiário, os jogadores disseram que o Flamengo jogou melhor

O Flamengo precisa de pelo menos mais sete pontos em nove possíveis para passar de fase na Taça Libertadores sem depender de outros resultados. Mas, por enquanto, o discurso dos jogadores ainda é de tranqüilidade.

Após a derrota por 3 a 0 para o Nacional, em Montevidéu, os atletas deixaram o estádio Parque Central abatidos. Mas longe de qualquer desespero.

- Há dias em que as coisas não dão certo. Foi um resultado que a gente não merecia. Mas faz parte - declara o goleiro Bruno.

O lateral-direito Leo Moura foi outro que considerou o placar injusto. Ele acha que o time carioca estava controlando a partida até sofrer o primeiro gol de Richard Morales, no fim do primeiro tempo.

- Nossa equipe foi bem superior. Mas vamos tirar isso como lição. Fazia muito tempo que com esse grupo a gente não perdia e não vamos desesperar por causa de uma derrota - declara o lateral-direito.

Os titulares do Flamengo não eram derrotados desde a última rodada do Campeonato Brasileiro, no início de dezembro. Na ocasião, perderam por 1 a 0 para o Náutico. Neste ano, o único revés havia sido com a equipe praticamente reserva, contra o Fluminense. Nas 11 vezes anteriores em que o time principal esteve em campo, conseguiu dez vitórias e um empate.

Leo Moura promete revanche no Maracanã

Lateral afirma que equipe vai se recuperar nos jogos em casa

Expulso devido a uma falta violenta no jogo contra o Nacional-URU, Leonardo Moura pregou a calma como arma para o Flamengo se recuperar na Taça Libertadores. O lateral-direito prometeu à torcida uma vitória sobre os uruguaios no próximo dia 19, no Maracanã. Nesta quinta-feira, o time carioca perdeu por 3 a 0, em Montevidéu.

- Não há nada perdido. Em casa, tenho certeza que vai dar Flamengo. Neste ano, temos vencido os jogos no Maracanã (o time venceu nove dos dez jogos que disputou no estádio neste ano) e tenho certeza que não será diferente. Essa derrota tem de servir de lição, para que isso não aconteça mais - afirmou.

Leo Moura garantiu que o resultado não terá um impacto negativo no grupo.

- Cada um dá força para o outro. Agora é hora de levantar a cabeça. Perdemos um jogo fora de casa. Com uma vitória no Rio, passaremos o Nacional.

Montevidéu: uma conquista e três tragédias

Cidade viu título da Libertadores de 81 e vexames dentro e fora de campo nos últimos anos

Toró não guarda boas recordações de suas partidas no Parque Nacional

Montevidéu, que era sinônimo de boas lembranças para o Flamengo até pouco tempo atrás, virou palco de tragédias rubro-negras nos últimos três anos. Na cidade que viu Zico levantar a Taça Libertadores em 1981, o time carioca foi derrotado em dois amistosos, para Nacional e Peñarol, em 2006, foi goleado pelo Defensor por 3 a 0 pela Libertadores de 2007 e caiu novamente diante do Nacional nesta quinta-feira, em jogo válido pela terceira rodada do Grupo 4 da maior competição de clubes do continente.

Além dos maus resultados dentro de campo no Uruguai, o Flamengo tem dado vexame também na parte disciplinar. No estádio Parque Nacional, os jogadores parecem ficar com os ânimos mais exaltados. Nele, Toró e Renato protagonizaram uma briga em 2006, e nesta quinta-feira o mesmo Toró foi expulso por agressão a um gandula. Além de Leo Moura, que acertou com a sola da chuteira a costela de um rival.

'Poderia ser bem pior', diz Joel

Técnico lamenta destempero de Toró e acha que situação do Fla no grupo é 'difícil'

Eduardo Peixoto Enviado especial

Nada de críticas veementes ao árbitro ou tentativa de maquiar a realidade. Na entrevista coletiva após a derrota por 3 a 0 para o Nacional, em Montevidéu, o técnico Joel Santana não poupou Toró, lamentou o destempero da equipe e admitiu que a situação na tabela da Taça Libertadores está complicada.

O Rubro-Negro está na segunda posição na tabela, com quatro pontos, mas pode ser ultrapassado pelo Cienciano, que tem um jogo a menos. Ainda restam três rodadas para o fim da primeira fase. Os próximos jogos serão Nacional, no Maracanã, Cienciano, nos 3.360m de Cuzco, e Coronel Bolognesi, no Rio. De acordo com os cálculos, o time precisa de mais sete pontos para conseguir a vaga.

Confira os trechos da coletiva de Joel:

Arbitragem\ "Não adianta chorar. O Toró se precipitou, mas com o Leo Moura ele foi rigoroso."\

Irritação da equipe\ "Difícil entender o que se passa com o jogador brasileiro. Ele se destempera muito fácil. E nós falamos sobre isso na preleção. Realmente não consigo compreender."\

Toró\ "Ele não pode fazer isso. Só vi quando o garoto (gandula) estava no chão. Mas o Toró errou e não pode perder a cabeça desta forma."\

A partida\ "Jogar com dois a menos durante quase 45 minutos é complicado. Ainda mais contra o Nacional, que sabe aproveitar o estádio deles. Poderia ser bem pior, uma derrota horrorosa."\

Situação na Libertadores\ "Ficou difícil. Mas acho que com 11 pontos a gente está dentro. Não podemos perder pontos dentro de casa."\

LANCE

Destemperado, Flamengo é goleado pelo Nacional

Expulsões de Toró e Léo Moura, além de falhas de Bruno, decidiram partida

Souza luta, mas não consegue evitar derrota rubro-negra (Crédito: Cleber Mendes)

LANCEPRESS!

Irreconhecível, destemperado e desatento. Estas palavras definem perfeitamente o Flamengo que foi goleado por 3 a 0 pelo Nacional, nesta quinta-feira, no Estádio Parque Central, em Montevidéu. Infantis expulsões de Toró - este no primeiro tempo - e Léo Moura - na etapa final -, somadas a duas falhas de Bruno nos dois primeiros gols uruguaios explicam bem a partida. Richard Morales (dois) e Fornaroli marcaram.

Com o triunfo, o Nacional assumiu a liderança do Grupo 4 da Libertadores, agora com seis pontos, dois a mais que o vice-líder Flamengo. Na próxima terça-feira, Cienciano (com três pontos) e Coronel Bolognesi (com um ponto) farão o duelo peruano e qualquer resultado tirará o Rubro-Negro da segunda colocação, devido ao saldo de gols.

Os dez minutos iniciais mostraram um Flamengo excessivamente recuado. O encolhimento rubro-negro, no entanto, não foi explorado pelo Nacional, que somente detinha maior posse de bola.

Aos 20 minutos, Bertolo cabeceou bola dentro da pequena área rubro-negra, mas Bruno, atento, espalmou. No rebote, Richard Morales isolou.

O lance mais perigoso do Flamengo se deu aos 37 minutos, quando Souza, com uma cabeçada de longe, quase encobriu o baixo goleiro Viera, de 1,75m, que pôs para escanteio.

A resposta uruguaia veio com o gol. Romero, de muito longe, soltou a bomba e Bruno bateu roupa. No rebote, Richard Morales fuzilou a rede rubro-negra: Nacional 1 a 0.

Dois minutos após o tento do Nacional, novo castigo: com o objetivo de cobrar rapidamente um lateral, Toró perdeu a cabeça e empurrou um dos gandulas. Resultado: cartão vermelho para o meio-de-campo rubro-negro.

O Flamengo iniciou a segunda etapa dando mostras de que iria reagir, pressionando. Léo Moura, no entanto, em um lance de pura infantilidade, entrou com o pé nas costas de Cardaccio e foi expulso, aos cinco minutos.

Com dois a mais em campo, o Nacional não demorou a levar perigo ao gol de Bruno. Aos seis minutos, Cardaccio cobrou falta e Victorino cabeceou com muito perigo, mas o camisa 1 rubro-negro fez uma defesaça.

Aos 17 minutos, mais susto para a Nação Rubro-Negra: o grandalhão Richard Morales apareceu na frente de Bruno e chutou com muito perigo, à direita da meta rubro-negra.

Quatro minutos depois, Bruno voltou a falhar e o jogo ficou praticamente decidido. Em um escanteio, o camisa 1 saiu mal, a bola passeou pela área e sobrou nos pés de Morales, que não perdou: Nacional 2 a 0.

O golpe de misericórdia veio aos 23 minutos de jogo. Fornaroli, cobrando falta cometida por Fábio Luciano na entrada da área, contou com a sorte de a bola ter desviado em Marcinho e transformou a vitória uruguaia em goleada.

No fim do jogo, Bruno, que teve má atuação, foi bem em dois lances de ataque do Nacional.

Joel Santana viu precipitação de Toró na expulsão

Técnico, no entanto, não opinou sobre possível multa para o jogador\ LANCEPRESS!\

Ao analisar a expulsão de Toró na derrota por 3 a 0 contra o Nacional, ocorrida aos 42 minutos de jogo, Joel Santana foi enfático, repetindo três vezes a palavra precipitação para classificar o empurrão do meia rubro-negro sobre o gandula uruguaio.

- Precipitação (três vezes)... Não vi a jogada. O Toró foi pegar a bola com velocidade e derrubou o garoto. Não se pode fazer isso - reprovou.

Sobre uma eventual multa para Toró, Joel despistou, alegando que é inoportuno comentar sobre possíveis punições após os jogos.

- Não é hora de falar nisso. Não se pode falar de cabeça quente. Conversaremos (Joel e a diretoria) com o jogador e vamos ver se tomaremos alguma decisão - limitou-se a dizer.

Vice de futebol Kléber Leite critica infantilidade de Toró

Dirigente não falou em multa, alegando que meia teve sua carreira marcada\ LANCEPRESS!\

O vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite, mostrou todo o seu descontentamento com a expulsão de Toró, classificando-a como fruto de uma infantilidade. O dirigente, no entanto, deu pistas de que não multará o jogador, alegando que este lance maracará o jogador por toda a carreira. Toró recebeu cartão vermelho aos 42 minutos de jogo da derrota por 3 a 0 para o Nacional.

- Houve uma infatilidade. Não foi por falta de aviso, você tem de assumir sua responsabilidade. Um pouco mais de juízo não faz mal a ninguém. Para se jogar no Flamengo, tem de se ter o mínimo de maturidade. Não se pode dar sopa para o azar. É um ser humano e não um poste. Isso vai ficar marcado, com certeza absoluta, na carreira dele. Pagamos pelo preço do nosso desequilíbrio - afirmou Kléber, visivelmente decepcionado com o meio-de-campo.

Em relação ao outro rubro-negro expulso no jogo, Leonardo Moura, Kléber Leite não concordou com a decisão tomada pelo árbitro Pablo Pozo.

- Acho que o árbitro foi extremamente rigoroso no lance do Léo Moura. Acho que, se o Flamengo ficasse ao menos com dez jogadores, teríamos total condições de virar o jogo - argumentou o dirigente.

Léo Moura garante: 'Venceremos o time deles no Maracanã'

Lateral-direito considerou normal a derrota para o Nacional, em Montevidéu\ LANCEPRESS!\

Expulso devido a uma falta violentíssima no jogo contra o Nacional, Leonardo Moura pregou a calma como algo que o Flamengo precisa para se recuperar na Copa Libertadores, prometendo vitória contra os uruguaios no próximo dia 19, no Maracanã. Nesta quinta-feira, o time foi goleado por 3 a 0, em Montevidéu.

- Não há nada perdido. Em casa, tenho certeza que vai dar Flamengo. Neste ano, temos vencido os jogos no Maracanã (o time venceu nove dos 10 jogos que disputo no estádio neste ano) e tenho certeza que não será diferente. Essa derrota tem de servir de lição, para que isso não aconteça mais - firmou.

Em relação a um eventual impacto negativo no grupo, Léo Moura garantiu que isso não acontecerá.

- Cada um dá força para o outro. Agora é hora de levantar a cabeça, perdemos um jogo fora de casa. Com uma vitória no Rio, passaremos o Nacional.