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Clipp 2/março

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

Um Fla diferente estréia na Taça Rio

Joel mantém apenas três titulares para o jogo de hoje contra o Resende

Legenda da foto: O ZAGUEIRO Leonardo treina na Gávea: o jogador de 30 anos estréia pelo rubro-negro e promete jogar sério

Carlos Eduardo Mansur

O torcedor rubro-negro que for hoje ao Maracanã verá, na estréia da Taça Rio, contra o Resende, às 18h10m, um Flamengo diferente daquele que enfrentou o Cienciano na Libertadores. Dos titulares, apenas Bruno, Kleberson e Diego Tardelli começam jogando. Isso não significa que estará em campo um elenco desconhecido, porque jogadores que a torcida se acostumou a incentivar, como Obina, Jaílton, Marcinho e Jônatas voltam ao estádio como titulares.

Obina fica no lugar de Souza e faz dupla com Tardelli

Campeão da Taça Guanabara e com a Libertadores como prioridade, o técnico Joel Santana decidiu poupar jogadores que, em sua opinião, vinham sofrendo desgaste mais intenso. A maior preocupação era com os laterais Leonardo Moura e Juan, além dos meias Ibson e Toró. Fábio Luciano e Souza cumprem suspensão. Na zaga, a atração é Leonardo, que fará sua estréia.

- É um momento interessante para estrear. Não vou dizer que não vou sentir a falta de ritmo de jogo. Treinar e jogar são coisas diferentes - disse Leonardo, 30 anos, com passagens por Coritiba, Palmeiras e Goiás. - Sou um zagueiro que joga duro, com seriedade. Se tiver que sair jogando, eu saio. Se precisar dar chutão, eu dou.

Nas laterais, Luizinho e Egídio terão a chance de mostrar serviço.

- A seqüência de jogos é grande e o desgaste também. Temos que estar prontos para aproveitar as chances. Assim, Joel terá certeza de que pode contar conosco - afirmou o lateral-esquerdo Egídio.

Quem deverá ter a primeira oportunidade no ano é o paraguaio Gávillan. Suspenso por 120 dias pelo STJD no ano passado, por agredir Valdívia, do Palmeiras, no Brasileiro, o volante diz que está em condições de estrear.

- Estou pronto para qualquer competição. Joel decide quem escala - disse.

No ataque, Diego Tardelli terá a companhia de Obina, que entra na vaga de Souza.

- Não vamos abandonar a Taça Rio. Temos um grupo e vamos avaliar, a cada jogo, a melhor forma de usar os jogadores - afirmou Joel, que não pretende, em nenhum jogo, tirar mais de cinco titulares.

Flamengo: Bruno, Luizinho, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Jaílton, Jônatas, Kleberson e Marcinho; Diego Tardelli e Obina. Resende: Márcio, Valdir, Márcio Costa, Leandro e Vinícius; Beto, Márcio Gomes, Léo e Bruno Reis; Alexandre e Toni Carvalho. Juiz: Leandro Noel Laranja.

Conversa de jornal

Repórteres e editores do GLOBO deixam lado torcedor falar e põem a boca no trombone da birra Botafogo/Flamengo

Preocupados, por dever de ofício, em não deixar a paixão extrapolar a linha que divide o computador, os jornalistas livram-se do estresse em inflamadas conversas de botequim. Ou melhor, de redação. Quando o assunto é esporte, a coisa ganha dimensões mais barulhentas e passionais. Abaixo, o que se andou falando por aqui na épica semana que passou. (Arnaldo Bloch)

SEM PALAVRAS

"E ninguém pára/Este chororôôô...." Música de torcida é como qualquer música: umas pegam, outras não. Esta pegou. Era o coletivo interpretando o show alvinegro de forma tão perfeita que torna qualquer palavra menor.

- Dimmi Amora, repórter, Fla

ADHEMAR DE BARROS FOI AO JOGO

Quem chora não mama. Bola na trave aos 46 do segundo tempo não tem desculpa. O Fla, pelo menos, segue o lema do ex-governador Adhemar de Barros: rouba, mas faz.

- Eduardo Fradkin, repórter, Flu

CHORO: O BOM DO AMOR

Acho que o Botafogo pode aproveitar o choro coletivo na Taça Rio. Foi uma manifestação de comprometimento com o clube rara de ser ver hoje em dia no futebol. Mais do que um torcedor pode esperar.

- Maurício Fonseca, Bota

EXERCÍCIO PARA A VIDA

Saber lidar com as frustrações do futebol é um bom exercício para a vida. Todos têm direito ao créu, ao choro e às manifestações equivocadas. Do contrário, logo punirão o autor de um gol, porque a dor causada na torcida rival pode incitar a violência.

- Pedro Gueiros, repórter, Fla

ELA FREQÜENTA...

Sou flamenguista e freqüentadora do Maracanã, cuja histeria coletiva me encanta. Simpatizo com a lamúria alvinegra, mas a garra do Ibson, a categoria de Diego Tardelli e a vontade de Obina não deixam dúvidas.

- Mariana Timóteo, Caderno Ela, Fla

COM CERIMÔNIA

Num futebol que freqüentemente deixa de ser profissional para ser mercenário, a atitude alvinegra foi tão rara quanto digna. Não é fácil ver um homem chorando em público. Quanto mais 17 ou 18. Normal é jogador passar 3 meses num clube e ir para outro, sem cerimônia.

- Claudio Nogueira, repórter, Vasco

ESPANTO RODRIGUIANO

O jogo despertou em mim uma rivalidade muito antiga. Foi emocionante, bem disputado, e bom neste sentido. Mas, achar que a vitória do Flamengo foi "justíssima" me espanta até hoje, e me remete a um tricolor, no caso, isento: Nelson Rodrigues. O que tem a ver? Perguntem aos idiotas da objetividade.

- Marcos Penido, repórter, Bota

A MOÇA DAS CARTAS

É só pinimba. Ninguém destaca um passe, um lance genial. Fico triste.

- Lilian Quaino, responsável pela seção de cartas do GLOBO, sem time

O FLAMENGO É LARGO

Difícil secar o Fla só com pensamento negativo. Eles têm tudo a favor, inclusive fora das quatro linhas! São "largos" demais!

- Sérgio Prado, assistente, Flu

CRONENBERG 3 x 0 FUTEBOL

Como perder tempo com\ 22 marmanjos no dia em que os Irmãos Coen disputavam o Oscar?\ Minha preocupação era tanta que aproveitei a hora do jogo para rever\ o novo filme de David Cronenberg,\ pela terceira vez.\

- Rodrigo Fonseca, crítico, Flu

É HORA DA PAZ

A paixão e a polêmica tornam o futebol fascinante. Mas há um limite para tudo. O coro da torcida do Flamengo no jogo contra o Cienciano é espetacular. A atitude de Souza, não. É exemplo de irresponsabilidade. O limite foi ultrapassado, com muitos riscos. Numa cidade onde a violência é cotidiana, o clima criado, de enfrentamento entre as duas torcidas, preocupa. E muito. É hora da paz.\ - Antonio Nascimento, editor, Flu\

PAREM COM ISSO!

Parem com isso. Que seriedade fora de propósito é esta? Futebol é um jogo, uma brincadeira. E brincadeira sem zoeira não tem graça. É como carnaval sem passista, feijoada sem carne seca, cerveja sem álcool. Ganhar um belo título como a Taça GB e não fazer onda com o adversário é impossível. Alegria, pessoal, isto é futebol.

- Ascânio Seleme, editor-executivo, Fla

CHATICE PASTEURIZADA

O futebol virou uma chatice pasteurizada. Todo mundo quer posar de certinho. Eu vibrava com Renato Gaúcho e suas tiradas em semana de clássico, ou com as frases do Horta, que brincava sem ofender (isso é uma arte, não é para qualquer um). Romário é o que sobrou, no Rio, daquela geração. Túlio Maravilha, escondido lá em Goiás, me faz chorar de saudades. Até o Robinho foi contaminado por esse pseudo-profissionalismo ditado por assessor de imprensa e cartola. Renato virou um chato. Se o modelo é o Kaká, o que esperar?

- Jorge Luiz Rodrigues, colunista, Vasco

RUBRO-NEGRO CONFESSA

Sou Flamengo e fiquei chateado com a arbitragem que estragou um belo jogo e tirou brilho da vitória do Flamengo ao lançar dúvida sobre a lisura do jogo. Acho que há um exagero no choro mas concedo que o Botafogo é de longe o clube mais prejudicado pela arbitragem.

- Paulo Thiago, redator, Fla

TRISTE PAPELÃO

Atleta que diz a torcedor para não ir ao Maraca tem que ir pra rua. Mas a cúpula alvinegra não se importa com isso nem é muito afeita a cumprir promessas. Vide a "renúncia" do Bebeto e a demissão do Cuca, no ano passado. Triste papelão.

- Flávio Pessoa, repórter, Flu

PARA QUÊ ESTA PÁGINA?

Mas o que você quer discutir? O pênalti indiscutível? A vitória indiscutível? Não entendi... para quê esta página?

- Paula Autran, repórter, Fla

PRAGMATISMO E PADRONIZAÇÃO\ A comissão de arbitragem deveria padronizar determinadas marcações: no caso, ou se marcam todos os pênaltis ou nenhum. Mas também está na hora de o Botafogo ser mais pragmático.\

- Fábio Juppa, repórter, Fla

DOIS CAMPEÕES

A polêmica é a cereja do bolo numa decisão. Nesse quesito, Flamengo e Botafogo foram campeões. Como os gols de barriga do Renato e o de mão do Wilton em Fla-Flus: bom é quando o jogo dura muito além dos 90 minutos.

- Paulo Motta, editor, Fla

DOR DE BARRIGA PARA TODOS

Que os juízes erram sempre, erram mesmo. Ao menos é o que os comentaristas gritam a cada transmissão. O problema é que, desta vez, a lambança foi contra o meu time - amanhã, com certeza, será contra o seu. Tomara que ele tenha dor de barriga na próxima decisão que apitar.

- Léa Cristina, editora, Bota

INCOMPETÊNCIA ENDÊMICA

Falta autocrítica aos botafoguenses, quando enxergam grandes conspirações onde há somente a endêmica incompetência dos juízes de futebol. A conseqüência lamentável é que um jogo ótimo, estádio lotado, um golaço nos últimos minutos, ficou em segundo plano, vítima de uma discussão estéril.

- Aydano André Motta, editor, Fla

MULTIDÃO SOLITÁRIA

Ser Flamengo é fazer parte de uma multidão solitária contra a qual todo mundo se une para torcer pela derrota. Por isso é natural que tricolores e vascaínos tendam a concordar com o chororô alvinegro. Então, o tal do Ferrero quase arranca a camisa do Fábio Luciano, Lúcio Flávio dá uma pernada por trás em Juan e a culpa é do juiz? Se fosse, 19 anos depois, o juiz de agora teria feito justiça ao empurrão de Maurício em Leonardo no gol que deu o campeonato de 1989 ao Fogão. O Botafogo perdeu agora porque o Flamengo foi melhor. Assim como o Botafogo foi melhor em 1989. Só isso.

Marceu Vieira, coluna Ancelmo, Fla

A VOZ DO SANGUE

Para nós, torcedores do América, é estranha a celeuma. Distanciados do fanatismo, somos uma espécie de República Iluminista em meio a teocracias dogmáticas. Talvez sejam apenas reações normais, mas, aos olhos de um americano, o Flamengo tem uma torcida similar à de um Estado ultra-nacionalista, uma massa cega a outras realidades. O Botafogo é uma espécie de Bolívia do futebol, com complexo de vítima. O Vasco é um regime feudal, uma Cuba sem barba e com muita barriga. E o Flu é uma república de mercadores com um doge fixo de uma "família" que toma as decisões do presidente.

- Renato Galeno, repórter, mestre em relações internacionais pela UFF e torcedor do América

'SOUL' VASCO

"Joy and pain are like sunshine and rain

Joy and pain are like sunshine and rain

Joy and pain are like sunshine and rain

Joy and pain are like sunshine and rain"

- Carlos Albuquerque, repórter e DJ vascaíno, citando "Joy and pain", clássico soul dos anos 70

BASQUETE DO FLAMENGO

Líder invicto do Nacional Masculino de Basquete, com dez vitórias, o Flamengo abre sua participação no returno do campeonato, contra o Iguaçu, hoje, às 11h, no Ginásio Hélio Maurício, na Gávea. O Flamengo vem também de ótima campanha na Liga Sul-Americana, com três vitórias em três jogos.

A rotina da vitória

Diego Hypólito, o bicampeão de ginástica, faz da disciplina o seu salto para Pequim

Legenda da foto: DIEGO HYPÓLITO, um dos maiores ginastas brasileiros do mundo, mostra sua coleção de 20 medalhas conquistadas em 11 anos de competições

Jorge Antonio Barros

Todo dia ele faz tudo sempre igual. O despertador do celular o sacode às 6 horas da manhã. E está programado para tocar, de cinco em cinco minutos, até as 6h30m, a última chance para a alvorada. Ele não acorda de primeira, mas é o primeiro da ginástica sul-americana e um dos melhores do mundo. Na base de uma carreira bem-sucedida, marcada por 20 medalhas e saltos que o levam quase sempre ao pódio, o ginasta Diego Hypólito, paulista de 21 anos, valoriza justamente o que a maioria das pessoas considera entediante e quase sempre as leva ao fracasso: a rotina.

- A vida é monótona, mas é isso que faz com que ela dê certo. A disciplina e a dedicação estão muito próximas uma da outra. As pessoas falam sobre rotina como uma coisa negativa, mas ela é muito positiva. A minha rotina tenho que agradecer a Deus e a minha família. Eu sempre penso no meu passado. A gente morava numa casa super pequena e houve dia em que faltou café na mesa. Tínhamos um milhão de dificuldades. E a gente era muito feliz. Então vou lutar para vencer sempre - afirma o atleta do Flamengo e maior ginasta brasileiro de todos os tempos.

Integrante da "geração pódio" da ginástica brasileira, com a irmã Daniele e Daiane dos Santos, Diego é um obstinado por natureza. E está agora cada vez mais perto de realizar o sonho de ser um campeão olímpico, em Pequim. Mas garante que nunca esteve tão tranqüilo como hoje.

- Se não acontecer, não será por falta de treinamento. Mas não vou desistir tão fácil assim, não - diz o menino.

Com penteado novo e o bom humor de sempre, o atleta apresentou um pouco dessa rotina ao GLOBO, durante dois dias seguidos.

Diego quer lançar novo 'Hypólito' nos Jogos Olímpicos de Pequim

Ginasta controla a ansiedade e mantém pensamento positivo pela vitória

EM SEU APARTAMENTO, Diego tem aula de inglês todos os dias com professor particular. Ele trancou matrícula no curso de Educação Física

Jorge Antonio Barros

O técnico de ginástica olímpica do Flamengo, Renato Araujo que há 13 anos treina o bicampeão Diego Hypólito -, se confessa impressionado com a obstinação do menino que lhe disse aos oito anos de idade que queria ser um campeão olímpico. Como num circuito mundial de ginástica, Diego foi superando etapas até ser classificado para as Olimpíadas de Pequim, em agosto. Cada vez mais perto do sonho de subir no pódio dos jogos olímpicos, Diego revela que pretende até lançar um novo "Hypólito", semelhante ao duplo que inscreveu seu nome no código de pontuação da ginástica olímpica, assim como Daiane dos Santos.

A partir de abril, ele começa a competir na Alemanha e termina em junho participando de um torneio nacional. Mas garante que não está ansioso.

- No ano passado, eu tive que treinar mais até do que este ano. As pessoas falam: "E aí, vai treinar muito este ano?". Estou treinando como treinei no ano passado. A vaga olímpica é mais difícil do que ser um campeão olímpico. Eu treino com esse objetivo. Se isso vai acontecer ou não, eu não sei, está nas mãos de Deus. Mas não vai ser por falta de treino ou por não ter feito o melhor - afirma o atleta, que é adepto do pensamento positivo e da fé em Deus.

- Acho importantíssimo acreditar em Deus. Eu oro muito e a oração me tranqüiliza - acrescenta Diego, que é católico, admira o espiritismo e freqüenta duas igrejas - uma evangélica e a Nossa Senhora da Paz, em Ipanema.

Ginasta conta que nunca se apaixonou

Fé em Deus e pé no tablado do Ginásio Cláudio Coutinho, na sede do Flamengo - onde ele passa boa parte de seu dia que começa cedo, no apartamento de três quartos cedido pelo clube, na Avenida Rui Barbosa, antigo endereço nobre do Rio. Ali mora com o pai, Wagner, funcionário da NovaDutra, e o irmão Edson, professor de Educação Física.

- Todo dia faço tudo exatamente tudo igual. Escovo os dentes, tomo café da manhã, tomo banho, arrumo as coisas, escovo os dentes de novo e vou pro treino - conta o atleta, que treina uma média de sete horas por dia e tem quatro patrocinadores.

Ele trancou matrícula no 2º período de Educação Física, na Estácio, e optou por aulas de inglês com professor particular, todo dia, de olho nas entrevistas coletivas no exterior. Ele lê pouco, mas terá depoimentos num livro sobre auto-ajuda, da editora Thomas Nelson (selo da Ediouro), de autoria do técnico Renato e do juiz William Douglas, o campeão de concursos. Diariamente mal tem tempo de ver TV e pela internet acompanha virtuais adversários como o romeno Marian Dragulescu, o espanhol Gervasio Deffer e um chinês cujo nome não lembra. Diego jura não ter tempo nem para namorar, mas também confessa que nunca se apaixonou.

Uma de suas maiores paixões é a família. No seu dia só não pode faltar um ou dois telefonemas para a mãe, dona Geni, que colheu muito café no interior do Paraná.

- O Diego é um raio de luz. Um menino muito feliz que irradia essa felicidade para todos nós - afirma a mãe e grande incentivadora, assim como a irmã, Daniele.

Embora não goste de dirigir, por falta de paciência com o trânsito, Diego se acomoda ao volante do Mitsubishi Airtrek e parte para o clube, onde chega por volta das 7h. Quase sempre ligado em música gospel, a sua preferida.

- Quando chego nesse ginásio, esqueço de tudo. Entro numa espécie de redoma. Eu vou treinar porque isso daqui é minha vida, é o que gosto de fazer - diz, enquanto faz uma das duas sessões diárias de fisioterapia, prática obrigatória dos atletas condenados a viver entre o sonho da superação física e os limites do corpo humano.

Um perfeccionista, mas também grande gozador

Especialista no exercício de solo, seu corpo voa em saltos mortais para deleite de quem o assiste no ginásio, de manhã e à tarde. Os outros atletas param para ver. A criançada vibra. "É perfeito!", exulta a fisioterapeuta Cláudia Rodrigues, de ginástica olímpica e do Departamento Médico do Flamengo, há dois anos atendendo Diego. Ele murmura um "nada, nada", diante do entusiasmo de Cláudia.

- Ele é perfeccionista - conta a dona das mãos que procuram os pontos doloridos pelo corpo de Diego (1,70m, 67 quilos), nos tornozelos, punhos, ombros e lombar - resultado das acrobacias.

Cláudia acaba conhecendo também as estrepolias de Diego fora do tablado. Outro dia ele aproveitou um rápido apagão no clube para mostrar à moça uma lagartixa. Pânico geral. Fora do treino e das competições, quando atinge o máximo de concentração, Diego é um gozador que confessa que não vai ao cinema porque tem vergonha de sua risada estridente. E riu muito quando o repórter, mais acostumado a balas perdidas, pediu-lhe para explicar como é mesmo o tal duplo twist com "carrapeta":

- Que carrapeta?! É duplo twist carpado, com uma pirueta de 360 graus.

Nas ruas, um ou outro jovem percebe que está diante do maior ginasta brasileiro e o reverencia. Diego garante que não liga para a fama e defende a humildade como valor importante para os vencedores.

- A gente deve ter os pés no chão e a cabeça baixa - afirma ele, que, ao lado da irmã Daniele, é um dos pioneiros nesta nova etapa do esporte olímpico no Brasil.

Fernando Calazans

Os três desafiantes

O Vasco é uma das atrações da Taça Rio que está começando neste fim de semana. As outras, naturalmente, são Fluminense e Botafogo. Isso porque os clubes pequenos, como percebemos no primeiro turno, não representam ameaça. E o Flamengo, o outro grande, já é um dos finalistas do Campeonato do Rio. Sobra uma vaga só, que será disputada por Botafogo, Fluminense e Vasco.

Serão esses três, portanto, os grandes protagonistas deste segundo turno. O Flamengo, já devidamente ocupado com a Copa Libertadores da América, vai utilizar seu time reserva, recheado com um ou outro (futuro) titular que precisa entrar em forma, entrar no ritmo.

O Vasco, que dá o primeiro passo hoje, está escalando uma quarteto ofensivo: Morais, Edmundo, Alex Teixeira e Alan Kardec.

Seria um bom sinal? Depende. O técnico Alfredo Sampaio deixou uma dúvida no ar. Ele acha, conforme leio aqui nas nossas páginas, que a escalação do quarteto deixa "o sistema defensivo vulnerável".

Mas "vulnerável" contra quem? - pergunto eu.

Se entendi bem, Alfredo Sampaio acha que o sistema defensivo do Vasco ficará "vulnerável" contra Boavista, Cardoso Moreira, Duque de Caxias, Volta Redonda e Macaé. Não é formidável?

Imagino que o técnico tenha ficado impressionadíssimo, temerosíssimo, com o que viu desses times no primeiro turno do campeonato. Quer dizer: o Vasco não pode ser ofensivo contra o Cardoso Moreira, nem contra o Duque de Caxias, nem contra o... O Vasco, enfim, não pode ser ofensivo. Só pode ser ofensivo hoje (se for), porque não vai contar com Jonilson, Leandro Bonfim e Beto, contundidos. Mas são considerados titulares. Quando estiverem de volta, um dos quatro jogadores ofensivos terá de sair do time.

Ora, façam-me o favor. O Vasco sabe que tem que ganhar a qualquer custo este segundo turno, se é que nutre ambição de disputar o título?

O Vasco sabe que não pode se contentar com empatezinhos e outros resultados considerados "bonzinhos"?

E, afinal, que time é esse que não pode prescindir de Jonílson, Leandro Bonfim e Beto, esses craques indispensáveis? É time que está mesmo disputando título de campeonato?

Para chegar lá, onde já chegou o Flamengo, o Vasco, não só o Vasco, mas também Botafogo e Fluminense vão precisar de coragem, de determinação, de ousadia e sobretudo de poder de decisão - poder de fogo.

Vão precisar de vitórias e não de pesados esquemas defensivos para enfrentar essa turma, ainda mais com outra extraordinária vantagem que o regulamento tão bondoso com os poderosos lhe dá: só joga em casa.

Isso é que é o mais gostoso.

Melhor, só mesmo a situação do Flamengo, que dedicará o segundo turno à preparação do time para as fases decisivas da Libertadores e para a final do campeonato.

Como? Botando para jogar o Kleberson, o Tardelli, o Jônatas, o Marcinho e até gente que anda meio esquecida, como o argentino Maxi. Tão jovem ainda, e com laços familiares que o recomendam tanto - é primo do Messi, no momento o melhor jogador do mundo - Maxi não tem sido bem aproveitado na Gávea.

Não seria esta a hora de lhe proporcionar outra oportunidade?

Deixa estar que é engraçado o Túlio criticar o Souza (ou quem quer que seja) por falta de profissionalismo.

Em matéria de profissionalismo, o que dizer de um jogador que, em lágrimas, pede à sua própria torcida que não pise mais no Maracanã? Ou de um jogador que foi suspenso, ano passado, por desferir um chute na cabeça de um adversário caído?

Que jogadores são esses? Um só: o Túlio.

JORNAL DOS SPORTS

Jaílton quer recuperar a vaga

Jaílton quer provar hoje, contra o Resende, que pode voltar a ser titular do Fla

Depois de perder a vaga de titular para Kleberson contra o Cienciano, o cabeça-de-área Jaílton terá hoje, contra o Resende, uma nova oportunidade de provar que pode voltar ao time principal do Flamengo. Apesar da barração, ele não se mostrou chateado com o técnico Joel Santana.

"É Claro que fui surpreendido com a barração, mas estou sujeito a isso. Acostumar com a reserva é difícil, mas tenho que continuar trabalhando para voltar. O Joel tomou a decisão que achava correta e eu tenho que aceitar. Do mesmo jeito que me tornei titular sem que ele falasse comigo, acabei saindo do time. Não estou chateado", esclareceu Jaílton.

Com um time recheado de reservas, ele terá a missão de ser um dos líderes dentro de campo. A nova função não chega a assustá-lo:\ "Vou ter que saber administrar isso. Por ser um time novo, que nunca realizou uma partida oficial, vamos precisar de muito diálogo para ir se acertando", explicou.\

Já o sentimento de Luizinho, que foi companheiro de Jaílton no Ipatinga, é bem diferente. O lateral-direito sabe que por mais que faça a melhor partida de sua carreira, não conseguirá ganhar a posição de Leonardo Moura. Mesmo assim, ele não teme a responsabilidade de substituir um jogador ao nível de Seleção Brasileira.

"Vou entrar neste jogo da mesma maneira de sempre. O Léo faz o trabalho dele muito bem, está em excelente fase, mas tenho que fazer minha parte também. Vou dar o meu máximo para que o Flamengo saia vencedor de campo", prometeu Luizinho.

Misto de oportunidades

Contra o Resende, Flamengo estréia na Taça Rio com um time recheados de reservas

Thiago Bokel

Arquivo/JS

Com a presença na final já garantida, Joel quer observar os que não vinham tendo chances

Com o título da Taça Guanabara e a presença na final do Carioca já garantidos, o Flamengo estréia hoje, às 18h10min, na Taça Rio, contra o Resende, com apenas três jogadores que foram titulares na vitória sobre o Cienciano, na última quarta-feira: Bruno, Kleberson e Diego Tardelli. Mesmo assim, o jogo vale muito para quem não vinha tendo oportunidade.

Este é o caso por exemplo de todo o setor defensivo rubro-negro. Leonardo e Thiago Sales formarão uma dupla de zaga inédita. O primeiro, inclusive, fará sua estréia com a camisa do Flamengo. Luizinho e Egídio, por conta da boa fase dos titulares Leonardo Moura e Juan, praticamente não têm chances de jogar. Mas eles não são os únicos. Há também os que querem retomar a condição de titular.

Barrado na semana da final da Taça Guanabara, o cabeça-de-área Jônatas — que deu o passe para o gol de Marcinho na última partida — quer provar que atingiu a forma física ideal. Heróis das dos dois últimos jogos, Marcinho e Diego Tardelli farão um duelo particular para mostrar ao técnico Joel Santana que podem ser companheiros de Souza no ataque. Correndo por fora, Obina também almeja a titularidade.

"Estamos lutando para ajudar o Flamengo. Aqui não existe individualidade, todos brigam pelo clube. O Tardelli e o Marcinho têm jogado bem, mas também estou buscando meu espaço", avisou o xodó da torcida rubro-negra.

Outra boa briga será a de Kleberson e Jaílton. Enquanto o segundo foi titular de toda a campanha no primeiro turno do Carioca, o primeiro ganhou a vaga contra o Cienciano. Além dos já citados, o paraguaio Gavilán e o atacante Vinícius Pacheco, que esteve emprestado ao Ipatinga este ano mas acabou não se adaptando ao clube mineiro, ficarão no banco hoje e poderão ganhar uma chance no decorrer do jogo.

Com este espírito, de mostrar a Joel que podem ser úteis ao Flamengo nesta temporada, estes jogadores entrarão com a responsabilidade de colocar o clube nas semifinais da Taça Rio. O próprio treinador já afirmou que deverá testar mais vezes os 'esquecidos'. Misto ou não, a torcida não quer saber, o Flamengo tem a obrigação de sair de campo vencedor.

Líder Mengão encara o lanterna

Invicto no Nacional de Basquete, Flamengo recebe hoje o Iguaçu no ginásio da Gávea

Eduardo Vieira

Nina Lima

Os jogadores do Flamengo, como Marcelinho, estão bem confiantes

Dono da melhor campanha do Nacional Masculino de Basquete, com 10 vitórias em 10 jogos, o Flamengo tem um adversário teoricamente fácil hoje, às 11 horas, no ginásio Hélio Maurício, na Gávea. Afinal, até o momento o lanterna Iguaçu ainda não ofereceu resistência às grandes equipes, não venceu uma partida, e terá muita dificuldade para segurar o embalado Rubro-Negro.  No turno, o atual tricampeão estadual venceu por 122 a 57.

Mesmo assim, o pivô Coloneze, um dos destaques na temporada, pede muito cuidado e respeito ao adversário:

“A ótima campanha que fizemos na Liga Sul-Americana (três vitórias em três jogos), nos deixou ainda mais animados e unidos. O importante para a partida contra o Iguaçu é não perdermos a concentração para mantermos o nosso alto nível de jogo.”

Para o técnico Paulo Chupeta, o segredo da boa campanha é o equilíbrio do grupo, o que permite um constante revezamento dos jogadores. O que leva a uma defesa agressiva e muita velocidade na ligação da defesa para o ataque. Porém, individualmente, segue brilhando o ala Marcelinho, cestinha da competição com média de 25,5.

“A força dessa equipe do Flamengo é o coletivo. Todos os jogadores têm uma grande participação no sucesso da equipe”, explicou Marcelinho.

O mais difícil é conter a euforia da torcida, que sente ser real a possibilidade de conquistar pela primeira vez o tão esperado título nacional, que por duas vezes escapou na final: em 2000 e 2004.

“Eu acho que esse bom momento é compartilhado por comissão técnica, torcida e jogadoras. É algo mágico e, sem dúvida, o Flamengo tem time para ser campeão. Mas ainda tem muita coisa pela frente”, disse o estrategista Chupeta.

Flamengo: Marcelinho, Duda, Alírio, Amiel e Coloneze. Reservas: Fred, Hélio, Maicon, Fernando Mineiro e Collin\ Técnico: Paulo Chupeta\

Iguaçu: Rafinha, Cesar, Pedrinho, Adriano e Fred. Reservas: Alex, Douglas, Antônio, Anderson e Eider\ Técnico: Bruno Freire\

Local: Ginásio Hélio Maurício, na Gávea\ Horário: 11h\

Marcos de Castro

Banho-De-Cuia

Aquele torcedor

Marcos de Castro

Meu velho amigo rubro-negro me telefonou duas vezes nesta semana que hoje acaba. A primeira foi na segunda-feira, já se vê, e ele falava sem entusiasmo na conquista da Taça Guanabara. O outro telefonema foi depois da vitória sobre o Cienciano, na Libertadores. Também aqui não havia entusiasmo, o tom, ainda uma vez, não era de vibração. Nem poderia ser, tratando-se do torcedor exigente de que se trata.

Há torcedores — todo mundo os conhece — que gostam de vitória aos 47 do segundo tempo, com a mão e em impedimento. Não é assim meu amigo.

Gosta de vitórias límpidas, claras como o vestido branco de menina que vai fazer primeira comunhão. Bem, não sei se ainda se usa vestido branco na primeira comunhão. Talvez seja coisa do século passado. Mas vamos em frente.

O fato é que ele não gostou muito nem de uma vitória nem de outra. No caso da Taça Guanabara, foi o único torcedor do Flamengo saindo meio murcho do estádio, como me contou. Não se conformava com a expulsão de Zé Carlos, do Botafogo, isto é, do adversário. Achava que Souza, sim (cujo nome é grafado desse jeito mesmo, com “z” na segunda sílaba, na contramão da boa ortografia), devia ter sido expulso, pois foi quem provocou toda aquela confusão ao roubar a bola das mãos do goleiro Castillo, não Zé Carlos, que era apenas mais um no meio do bolo, não fez nada de grave.

Já no caso do Cienciano, lamentava que o time peruano tivesse tido um gol corretíssimo — e bonito — anulado pelo juiz. Nem por isso deixou de comemorar o gol da vitória do Flamengo, sobretudo porque houve a participação de Obina, de quem é fã desbragado, e que considera do fundo do coração melhor mesmo do que aquele africano cujo nome não transcrevo porque lhe desconheço a grafia exata.

Não deixou de comemorar, no caso do Botafogo, porque título é título, comove o velho coração rubro-negro, ainda que com falhas do juiz, das quais o Flamengo não tem culpa. E, conquistado num clássico, o sabor é maior ainda. No caso do Cienciano, porque toda vitória é boa numa competição como a Libertadores. Mas, ah, meu velho e incorrigível amigo gostaria de vitórias em outras circunstâncias! Paciência, ainda há gente assim...

O DIA

Misto do Fla encara o Resende

Martha Esteves

Rio - A torcida pode até não entender da mesma forma. Mas, apesar de entrar em campo hoje à noite (18h10), contra o Resende, no Maracanã, com apenas apenas três titulares (Bruno, Jaílton e Tardelli), o técnico Joel Santana exige dos jogadores que o Flamengo também conquiste a Taça Rio para evitar o estresse físico e emocional de decidir o título estadual.

Além de poupar peças-chaves como os laterais Leonardo Moura e Juan, o apoiador Íbson e o atacante Souza, Joel pretende dar mais chances e observar mais de perto jogadores como Marcinho, Kléberson e Obina, e futuramente Gavillán, que ainda não vestiu a camisa rubro-negra.

“Fábio Luciano e Souza sentiram dores; Léo Moura pode ser convocado de novo pra Seleção; Souza reclamou de problema no joelho... Essas coisas só podem ser contornadas montando times para cada ocasião. E vai ser bom para olhar quem estava tendo poucas chances”, diz o técnico campeão da Taça GB.

Mesmo quem não está escalado para o ‘perigosíssimo’ jogo, na opinião do treinador rubro-negro, aposta que o Flamengo tem condições, sim, de ser campeão da Taça Rio e do Estadual.

“O pessoal que vai entrar tem qualidade e técnica para manter o time no caminho das vitórias. Confio plenamente que temos condições de ganhar o segundo turno”, aposta Íbson.

O zagueiro Leonardo, que veio do Goiás, vai estrear na equipe com o mesmo otimismo. Feliz por realizar o sonho de jogar no Flamengo, Leonardo promete muito empenho e dedicação para ajudar na difícil tarefa.

“Nossa responsabilidade é grande, mas minha expectativa é muito boa. Jogar no Flamengo é uma honra, e poder ajudar a manter o time no caminho das vitórias, uma obrigação. Vamos estrear com o pé direito para manter o alto-astral”, promete o zagueiro. “A ‘nação’ rubro-negra merece ser feliz”, entende Leonardo.

Ibson quer continuar no Fla

Rio - Ser artilheiro do Flamengo não era a meta do apoiador Íbson. Mas ter balançado as redes adversárias quatro vezes na Taça Guanabara foi importante e até decisivo para ele ter conquistado de vez o coração da ‘nação’ rubro-negra. E mais: pode ajudá-lo a negociar com o clube, e o Porto, sua permanência na Gávea. Seu contrato termina no dia 30 de junho, e não consegue conter a ansiedade para resolver a questão.

O jogador não quer voltar para Portugal de jeito nenhum. Está feliz no clube e teme a adaptação do filho Íbson Júnior, de apenas quatro meses. Sem falar, que nunca viveu fase tão produtiva.

“Minha meta nunca foi ser artilheiro, mas é claro que estou adorando fazer gols. Mas também gosto de dar boas assistências. Minha maior preocupação, no momento, é resolver minha situação no clube. Quero muito ficar no Flamengo”, diz o jogador, que às vezes tem dificuldade de dormir por causa da ansiedade.

Como a maioria, ele espera que o time ganhe a Taça Rio e evite a decisão do Estadual e mais estresse na conta emocional dos jogadores.

Mesmo sabendo que o Flamengo vai jogar com um time quase todo reserva na maioria dos jogos do returno, Íbson aposta na força do grupo. “Estão todos focados no objetivo de levar o time ao título. Ser artilheiro vem em segundo plano”

GAZETA ESPORTIVA

Fla estréia na Taça Rio com a cabeça na Libertadores\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Campeão da Taça Guanabara e com uma vaga assegurada na decisão do Campeonato Carioca, o Flamengo não esconde de ninguém que sua prioridade no momento é a Copa Libertadores. E pensando em se poupar para o confronto contra o Nacional na próxima quarta-feira, o Rubro-negro deve lançar uma equipe mista contra o Resende, neste domingo, às 18h10 (de Brasília), no Maracanã, pela primeira rodada da Taça Rio.\ Mesmo aliviado por ver o Flamengo derrotar o Cienciano no último meio de semana, o técnico Joel Santana sabe que seu time ainda não se encontra em uma situação confortável na Libertadores, onde está apenas um ponto à frente da equipe peruana e do Nacional, seu próximo adversário.\

Por isso, a tendência é que o treinador dê oportunidade a alguns jogadores que estão atualmente na reserva, casos do meia Jônatas e do atacante Obina. Marcinho, que fez o gol da vitória do Flamengo no meio de semana, deve ser outra novidade entre os titulares. 'A diretoria do Flamengo fez um grande trabalho. Estamos com um grupo forte', afirmou Marcinho.

Joel Santana só não pretende escalar uma equipe inteiramente com reservas. Da última vez que fez isso, o Flamengo foi goleado pelo Fluminense por 4 a 1. 'Vamos sempre avaliar jogo a jogo. Não acho legal poupar todo mundo de uma vez. O ideal é ver as condições dos jogadores e o que será melhor para o Flamengo. É bom dar oportunidade para quem às vezes não vem atuando. Dessa forma, todos ficam motivados, já que a nossa prioridade agora será a Copa Libertadores', disse o treinador rubro-negro.

Dois dos titulares já não poderiam entrar em campo mesmo que Joel Santana quisesse: o zagueiro Fábio Luciano e o atacante Souza. Isto porque o defensor terá que cumprir suspensão devido à sua expulsão contra o América, ainda no primeiro turno, enquanto o Souza recebeu o cartão vermelho na final da Taça Guanabara, contra o Botafogo.

Do lado do Resende, que terminou a Taça Guanabara com seis pontos, o técnico Antônio Carlos Roy sabe que seu time encontrará muitas dificuldades para sair com um bom resultado no Maracanã mesmo enfrentando um adversário sem a sua força máxima 'De qualquer forma, o elenco do Flamengo é muito forte e será difícil vencê-los, seja qual for a escalação', opina o treinador.

O Resende terá algumas novidades para a Taça Rio, como o zagueiro Leandro e o meia Bruno Reis. Este último iniciou a temporada no Vasco, onde não vinha tendo oportunidades.

Romário já teria data para voltar ao Fla. Torcida desaprova.\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Apesar de a diretoria do Flamengo não querer comentar o assunto, a volta de Romário à Gávea parece estar cada vez mais perto. Fontes rubro-negras confirmam que a diretoria está apenas esperando o final do contrato do atacante com o Vasco no dia 30 de março para anunciar sua volta. A data da apresentação já estaria marcada para o dia quatro de abil e Romário se encaixaria no projeto apresentado pelo vice-presidente Kléber Leite.\ O Baixinho faria jogos de despedida e teria participação fixa na Fla-TV. Kléber Leite, porém, afirmou que nada ainda foi fechado, mas confirmou que só está esperando a volta do presidente Márcio Braga da Europa para que o martelo seja batido e o Baixinho volte ao clube.\

Se Romário parece feliz com o desfecho da história e, inclusive, esteve no Maracanã torcendo pelo clube na decisão com o Botafogo, parte da torcida não ficou feliz com a possível volta do atacante. Pesquisa realizada neste sábado pelo site do jornal O Dia mostrou que Romário está longe de ser unanimidade entre a torcida. O Baixinho foi acusado de ser um elemento desagregador e muitos disseram que o clube não é casa geriátrica para receber um jogador em final de carreira.

Leonardo confia em boa apresentação diante do Resende

Rio de Janeiro (RJ) - O zagueiro Leonardo está confiante de que fará uma boa partida diante do Resende neste domingo, no estádio do Maracanã, na partida que marcará a estréia do Flamengo na Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.\ O jogador assumirá a vaga do capitão Fábio Luciano, suspenso por causa da expulsão diante do Botafogo, na decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno carioca. “Quero aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível. Será um jogo muito importante e estou confiante de que faremos uma boa apresentação”, disse Leonardo, certo de que já está se entrosando com seu novo companheiro de zaga, Thiago Sales.\

“Fizemos apenas dois treinamentos juntos, mas ele tem muitas qualidades. Vamos conversar bastante para superar as dificuldades”, salientou Leonardo.

Após a conquista da Taça Guanabara, o Rubro-Negro está garantido na decisão do Campeonato Carioca. Com efeito, o técnico Joel Santana deve poupar alguns titulares para a partida deste fim de semana, já que a prioridade na Gávea é a disputa da Libertadores.

Desta maneira, o treinador deve mandar a campo a seguinte equipe: Bruno, Luizinho, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Jaílton, Jônatas, Kléberson e Marcinho; Diego Tardelli e Obina.

PELÉNET

Leonardo mostra confiança em boa estréia com a camisa do Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O zagueiro Leonardo acredita que terá uma boa atuação em sua estréia no time do Flamengo, no próximo domingo, às 18h10, no Maracanã, na primeira rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual. O jogador assumirá a vaga de Fábio Luciano, suspenso, na partida contra o Resende.

"Quero aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível. Será um jogo muito importante e estou confiante de que faremos uma boa apresentação", disse, destacando também que já está se acostumando com a companhia de Thiago Sales, com quem fará dupla de zaga diante da equipe fluminense.

"Fizemos apenas dois treinamentos juntos, mas ele tem muitas qualidades. Vamos conversar bastante para superar as dificuldades", salientou Leonardo.

A conquista da Taça Guanabara, ao derrotar o Botafogo na final, garantiu ao Rubro-Negro da Gávea a classificação para a decisão do Campeonato Estadual. Por isso, o técnico Joel Santana resolveu escalar um time misto, já que o time disputa, simultaneamente, a Copa Libertadores da América.

Desta maneira, o Flamengo encara o Resende com a seguinte formação: Bruno, Luizinho, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Jaílton, Jônatas, Kléberson e Marcinho; Diego Tardelli e Obina.

GLOBO ESPORTE

Palmas brilha na estréia da Timemania

Clube do Tocantins é o primeiro sorteado na faixa de premiação do 'Time do coração'

O primeiro sorteio da Timemania foi realizado na noite deste sábado, em São Paulo. O evento teve a presença do ministro do esporte, Orlando Silva, e de vários executivos da Caixa Econômica Federal. Os números sorteados foram, na ordem: 71, 51, 63, 57, 24, 80 e 31. No prêmio do "Time do coração", o sorteado foi o Palmas, de Tocantins.

Os acertadores vão dividir um prêmio de R$ 1.894.953,44. Inicialmente, a CEF divulgou que o valor ficaria em torno de R$ 1 milhão. O aumento aconteceu justamente no último dia de apostas, este sábado. A Timemania foi criada para ajudar os clubes no pagamento de dívidas com o Governo.

Invencível no ano, Fla encara lanterna

Time busca 14ª vitória seguida em 2008 contra o Iguaçu na estréia do returno no Nacional

Marcelinho é o cestinha do Nacional

Se no futebol a fase do Flamengo está boa, no basquete nem se fala. O Rubro-Negro disputou 13 partidas neste ano e simplesmente saiu vencedor em todas. Classificado em primeiro lugar no Grupo B da Liga Sul-Americana com três vitórias, o Fla venceu outras dez partidas pelo Campeonato Nacional e não deverá ter problemas para vencer a próxima, neste domingo, às 11h, na Gávea, contra o Iguaçu, lanterna do torneio até aqui, sem nenhuma vitória em nove jogos.

- Vamos entrar em quadra respeitando o Iguaçu como respeitamos a todos os nossos adversários, o que independe se eles estão bem ou mal na tabela. Essa é e sempre vai ser a nossa postura. Jogamos muito bem no Uruguai e isso nos deixou muito felizes, pela excelente fase que estamos passando. Vamos buscar mais essa vitória, jogamos em casa contra um time que gosta de jogar em velocidade, e temos que entrar concentrados, tentando impor o nosso ritmo desde o começo do jogo - afirma Marcelinho, cestinha do campeonato com média de 25,5 pontos por jogo e líder em roubadas de bola com média de 3,4 por jogo.

O armador Fred é outra arma rubro-negra

Para o armador Fred, o Flamengo será o clube a ser batido no returno da competição.

- Pela campanha do turno, estamos todos cientes que o Flamengo será o clube a ser batido neste returno. Os outros times vão querer nos derrotar de qualquer maneira e vão entrar motivados em quadra por este motivo, mas temos uma ótima equipe. Todos aqui são muito amigos, dentro e fora da quadra e temos um só objetivo que é ser campeão do Campeonato Nacional. Vamos entrar com a mesma pegada do turno - diz Fred.

No outro jogo do domingo, o Joinville recebe o Lajeado às 18h, em Santa Catarina

Souza treina, mas não fala

Atacante avisa que não comentará acusações de que teria dado tiros para o alto

Souza não comenta acusações de que teria dado tiros para o alto

Souza foi à Gávea normalmente na tarde deste sábado. O jogador ficou na sala de fisioterapia e avisou, via assessoria de imprensa do clube, que não responderá às acusações de que teria festejado o título do Flamengo na Taça Guanabara dando tiros para o alto em uma rua da Barra da Tijuca. O jogador também informou que contactou seus advogados para tomar as providências cabíveis.

Fora do jogo contra o Resende por causa expulsão na partida contra o Botafogo, o atacante não mudou de humor com as notícias divulgadas a seu respeito. Ele parou calmamente para autografar camisas de dezenas de torcedores que vieram de Manaus para assistir ao treino e ainda ouviu incentivos.

- Souza, faz os botafoguenses chorarem de novo - disse um torcedor, referindo-se à polêmica comemoração do jogador no duelo contra o Cienciano. O camisa 9 do Fla apenas sorriu e deixou a Gávea tranqüilamente.

LANCE

Joel espera manter a fama de papa-títulos

Técnico pode levar o Carioca de forma direta pela quarta vez

Joel já conquistou os dois turnos do Carioca trê vezes

Cassius Leitão RIO DE JANEIRO

Depois de conquistar a Taça Guanabara, o técnico Joel Santana pode alcançar mais uma proeza em sua carreira. Além de ter faturado o Campeonato Carioca pelos quatro grandes do Rio, o treinador pode faturar a competição de maneira direta, vencendo os dois turnos, pela quarta vez. Neste domingo, o Flamengo inicia a sua luta pelo título da Taça Rio, contra o Resende, no Maracanã.

A primeira experiência deste tipo com Joel Santana foi em 1992, quando ele faturou o Estadual pelo Vasco da Gama. Naquela temporada, o atacante Edmundo despontou para o futebol. O time cruzmaltino faturou os dois turnos pelo método de pontos corridos.

Na última partida, quando já havia garantido o título estadual, o Vasco recebeu o Flamengo em São Januário e completou a sua festa em cima do arqui-rival mesmo com um empate em 1 a 1, o que garantiu a sua invencibilidade. Edmundo abriu o placar para o Vasco e Marcelinho Carioca, de falta, empatou para o Fla.

Em 1996, Joel faturou o Campeonato Estadual pelo Flamengo, também de maneira invicta. Na Taça Guanabara, a final foi contra o Vasco e o Rubro-Negro venceu por 2 a 0, gols de Romário e Sávio.

Na Taça Rio, os flamenguistas fizeram mais pontos que os adversários e garantiram antecipadamente o título estadual após um empate por 0 a 0 contra o mesmo Vasco. Romário terminou aquele Carioca com 26 gols, artilheiro absoluto da competição.

No ano seguinte, Joel foi treinar o Botafogo e seguiu a sua rotina de conquistas. Com um meio-de-campo pegador, formado por Marcelinho Paulista, Pingo, Djair e Aílton, o Alvinegro começou o Carioca como zebra e foi surpreendendo os rivais. Na decisão do primeiro turno, o Bota derrotou o Vasco por 1 a 0, gol de Gonçalves.

Na Taça Rio, a conquista foi por pontos corridos. Porém, este campeonato teve uma peculiaridade devido à força política do Vasco, que conseguiu que o campeonato tivesse um terceiro turno, vencido por ele mesmo. Na finalíssima do estadual, o Botafogo voltou a derrotar o vascaínos por 1 a 0. Dimba foi o herói do título comandado por Joel Santana.

A torcida do Flamengo espera que ós números de seu treinador se reflitam na Taça Rio para que não haja decisão do Estadual e o Rubro-Negro fique com a taça antecipadamente

Reservas têm nova chance de aparecer no Fla

Partida contra o Resende servirá como teste para muitos jogadores

LANCEPRESS!\ Além da motivação cobrada pelo técnico Joel Santana, quem tem a obrigação de demonstrar empenho e agarrar a oportunidade que terão são os reservas escalados para a partida de hoje contra o Resende. Quase 80% da equipe foi modificada em relação ao jogo diante do Cienciano, pela Copa Libertadores.\

Uma das novidades no time, o lateral-direito Luizinho aposta no bom entrosamento dos companheiros de defesa, com quem costuma treinar junto entre os reservas.

– Só o Leonardo não jogou junto de nós ainda, mas ele é experiente e se adaptará com facilidade. O Thiago Sales atuou algumas vezes e tem muita qualidade – declarou Luizinho, que destacou a boa fase de Leonardo Moura e disse que tentará fazer a sua parte para ajudar o Flamengo a sair com a vitória.

Quem voltará a atuar entre os titulares é Jaílton, que perdeu a posição no último jogo da equipe. Ele afirmou que continuará empenhado em conquistar o seu espaço:

– Estamos aqui para contribuir para que o Flamengo obtenha bons resultados. Vou lutar por um lugar.

Juan e Obina atacam de goleiros no treino

Andrade desfilou seu futebol, relembrando os velhos tempos\ LANCEPRESS!\ Como é de costume nas vésperas dos jogos, o Flamengo, que neste domingo enfrenta o Resende, não pegou pesado no trabalho e fez apenas um rachão tradicional. Em clima descontraído, Obina e Juan foram os goleiros da brincadeira.\

Quem participou da atividade foi o auxiliar-técnico Andrade, que fez belos lançamentos e relembrou toda a sua categoria dos tempos de jogador. Ele fez parte do meio-de-campo que conquistou o mundo, ao lado de Adílio e Zico.