Notícias

Clipp 28/abril

Noticiário do Flamengo na midia

Por - em

O GLOBO

Até Chico vê Obina passar

Legenda da foto: OBINA AGRADECE aos céus o gol que acabara de marcar, o único da vitória do Flamengo sobre o Botafogo, ontem à tarde, no Maracanã

Fellipe Awi

Devidamente batizado pelos respingos do copo de cerveja jogado para o alto, Chico Buarque estendeu os braços para frente e, aos 63 anos, foi rubro-negro pela primeira vez. Que o diga o menino vestido com a camisa dez do Flamengo, também de nome Francisco e, no fim das contas, a única explicação para aquela cena. Foi ele o primeiro a abraçar o avô, seguido pelos desconhecidos à volta, como o negão da frente que chacoalhou sua mão com tanta força que mais parecia um velho e caro amigo. Chico nem ligou - parecia compreender que a alegria no futebol cria laços de intimidade instantâneos. Só então ele adota o sorriso que, a esta altura, já estava estampado no rosto dos milhares de rubro-negros ao seu redor. Eram 35 minutos do segundo tempo no Maracanã e, lá embaixo, Obina acabara de marcar o gol da vitória sobre o Botafogo no primeiro jogo da decisão do Estadual. Parecia "o homem gol rasgando o chão" de sua música, "O Futebol". Quatorze minutos minutos depois, com o apito final, o avô e o menino deixariam o estádio no meio da multidão. De mãos dadas com o seu guri, o tricolor Chico Buarque mantinha o sorriso no rosto.

Fla sai na frente com o velho e o novo talismã

Com apoio do tricolor Chico Buarque e um gol do xodó Obina, time vence Botafogo e precisa de empate para ser bi

Legenda da foto: CHICO BUARQUE assiste à decisão entre Fla e Botafogo, ao lado do neto (à direita)

Legenda da foto: OBINA, QUE acabara de entrar, é mais rápido que Renato Silva (3) e faz o gol rubro-negro

Fellipe Awi

Chico Buarque nem se lembra da última vez que foi assistir a um jogo no Maracanã. Com a sua histórica timidez, misturada ao desconforto com entrevistas, respondeu estalando os dedos: faz muito tempo. Graças ao neto Francisco, filho de Carlinhos Brown com sua filha Helena, aceitou reencontrar um estádio em festa, mas sem as três cores que sempre lhe traduziram tradição e paixão. Talvez por isso tenha se decidido pela neutralidade de uma camisa azul e branca. Sem se dar conta, pode ter testemunhado o primeiro passo para a perda da hegemonia absoluta do seu Fluminense no Rio. Com a vitória de ontem por 1 a 0, o Flamengo precisa de um empate no domingo para conquistar o 30º título carioca, igualando-se ao time de Chico. Perguntado se estava feliz com o resultado, sorriu, olhou para o neto e assentiu com a cabeça. Sim, ele estava feliz.

Se mais dissesse, Chico Buarque provavelmente não mostraria o mesmo contentamento com a qualidade do espetáculo a que acabara de assistir. Não foi um jogo com a categoria de suas músicas, mas o artista não deve ter duvidado nem por um momento de que estava presenciando uma final de campeonato. Jogo corrido, nervoso, cada dividida uma batalha. Venceu a equipe que, apesar de suas limitações, entrou em campo para vencer e não para empatar. Agora, o Botafogo precisa derrotar o rival por dois gols de diferença no domingo. Se for por apenas um gol, a decisão vai para os pênaltis.

Eduardo acerta a trave na melhor chance alvinegra

Já com a bola rodando, acomodado nas cadeiras especiais do Maracanã, Chico recebeu o convite tentador de um amigo. Mais acima, havia um lugar reservado, em que ele e sua timidez poderiam assistir ao jogo mais sossegados. Olhou animado para o neto, que lhe deu um olhar de reprovação.

- Ele quer ficar aqui - respondeu, resignado.

Sem outro remédio que não o de ficar no meio da galera rubro-negra, Chico procurou esquecer o ambiente à volta. Incomodado com as pessoas que ficavam em pé à sua frente, foi incapaz de engrossar o tradicional coro de "senta!". Foi com o pescoço esticado que ele viu o jogo começar truncado no meio-campo, muitos passes errados e pouquíssimo futebol. O juiz Gutemberg de Paula marcava as faltas que existiam - e até os simples encontrões -, o que só se servia para interromper mais a partida. O primeiro lance de perigo foi acontecer só aos 23, quando Ibson deu bom passe para Souza, que chutou em cima de Renan. Francisco, o menino, aplaudiu, mas Chico ficou quieto. Ele só levantou de novo num contra-ataque rápido, aos 43, que Marcinho desperdiçou com um chute cruzado. Renan espalmou e Souza não chegou a tempo para concluir.

Apesar de o primeiro tempo ter sido sofrível, Chico deve ter gostado menos do intervalo. Sem a concorrência do campo, alguns olhos voltaram-se para ele. Encabulado, posou para fotografias tiradas de celulares. Para sua sorte, as meninas mais jovens pareciam mais interessadas no ator Dado Dolabella, que também estava por lá. Deu, pelo menos, para desfrutar de um cachorro-quente ao lado do neto. Quando a bola voltou a rolar, Chico já era de novo apenas um avô que via Souza perder a melhor chance até então, aos três minutos, de dentro da pequena área. Renan fez excelente defesa.

O Botafogo pouco se arriscava no ataque. Com quatro desfalques, entre eles os velozes Alessandro e Jorge Henrique, jogava com muita lentidão e também esbarrava na defesa rubro-negra. As melhores chances eram em faltas cruzadas na área do Flamengo. Nessas horas, Chico brincava chacoalhando as mãos, como se mostrasse para o neto que seu time sofria perigo. Numa dessas bolas, aos 15, Fábio desviou de cabeça sobre o travessão de Bruno. O Flamengo respondeu aos 21 com um chute de Marcinho da entrada da área: Renan espalmou mais uma vez. Sete minutos depois, na melhor chance alvinegra, Eduardo entrou pela esquerda e acertou o trave direita do Flamengo. Pela primeira vez, Chico levaria a mão à cabeça e soltaria um grito - sabe-se lá se de alívio ou de desespero.

A partida continuava impressionando mais pela dedicação dos jogadores do que por sua técnica. Estava chegando a hora do gol de Obina e de toda aquela cena descrita no início desta história. O xodó rubro-negro entrara no lugar de Ibson e, com seu jeito meio atabalhoado, já havia feito uma boa jogada pela esquerda. Aos 35, Leonardo Moura roubou a bola e deu início ao contra-ataque num dos raros momentos em que a defesa alvinegra se abriu. Diego Tardelli, que entrara no lugar de Kleberson, levou a bola até o fundo e cruzou rasteiro para Obina marcar quase caído.

No meio da apoteose rubro-negra, Chico Buarque pareceu encantado com a canção-paródia criada para ironizar o choro dos alvinegros na decisão da Taça Guanabara. Depois, recebeu o beijo da amiga e jornalista Scarlett Moon, vestida com a camisa do Flamengo. Alguém maldoso poderia dizer que foi um beijo de boas-vindas à nação rubro-negra. Nada disso. Chico continua tricolor, é claro, mas, por 90 minutos, foi como se estivesse embalado por sentimentos mais fortes do que qualquer rivalidade. Por uma tarde, o menino Francisco mudou o seu cotidiano.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kleberson (Diego Tardelli), Ibson (Obina) e Toró; Marcinho e Souza (Jailton). Botafogo: Renan, Renato Silva, André Luis e Leandro Guerreiro; Túlio Souza (Eduardo), Diguinho, Túlio, Lúcio Flávio e Zé Carlos (Édson); Fábio (Adriano Felício) e Wellington Paulista. Juiz: Gutemberg de Paula. Cartões amarelos: Túlio Souza, Renato Silva, Diguinho; Marcinho, Souza, Fábio Luciano e Jailton. Renda: R$1.333.455,00. Público: 63.413 pagantes.

Legenda da foto: SOUZA TENTA a jogada sem deixar de puxar a camisa de Renato Silva

Legenda da foto: RENAN SE antecipa e segura a bola: o goleiro teve boa atuação

FLAMENGO

BRUNO: Graças à postura defensiva do Botafogo, foi exigido basicamente em bolas cruzadas na área, em que esteve bem. Também saiu jogando rápido. 6.

LEONARDO MOURA: Não estava em suas tardes mais inspiradas, mas pelo menos não se escondeu do jogo. Roubou a bola e deu início ao contra-ataque que culminou no gol da vitória. 6,5.

FÁBIO LUCIANO: Jogou com a seriedade de hábito e não pensou duas vezes antes de dar chutões para frente. 6,5.

RONALDO ANGELIM: Deu a pixotada mais feia do jogo, mas foi outro que não se cansou de disputar cada bola. 6.

JUAN: Como Leonardo Moura, buscou o jogo nos dois lados do campo, mas também errou mais do que acertou. 5,5.

CRISTIAN: Correu muito e, ao lado de Toró, fez o trabalho de cão de guarda de que Joel Santana tanto gosta. 6.

KLÉBERSON: Perdeu mais uma chance de conquistar a torcida num jogo decisivo. Lento, errou passes e atrasou as jogadas. Saiu no intervalo. 4. DIEGO TARDELLI entrou mal, se atrapalhando com a bola, mas contribuiu para a vitória com o bom passe para Obina. 5.

IBSON: Tentou levar o Flamengo à frente, puxando os contra-ataques, mas errou muitos passes. Parecia ansioso demais. 4,5. OBINA entrou com a vontade de sempre, fez uma boa jogada pela esquerda e acabou premiado com um gol de oportunismo. Gol com a sua cara. 8.

TORÓ: Foi a imagem do Flamengo de ontem. Nem um pouco brilhante com a bola nos pés, mas foi aguerrido, incansável e disputou cada lance sabendo que havia um troféu em disputa. 7,5.

MARCINHO: Movimentou-se bem, procurando aproveitar os raros espaços dados pela zaga do Botafogo. Foi precipitado em alguns lances, mas deu trabalho aos adversários. 7.

SOUZA: Procurou jogar com inteligência, caindo pelas pontas. Assim foi mais útil do que, na sua especialidade, a de marcar gols: perdeu um incrível, de frente para Renan. 6,5. JAÍLTON entrou em seu lugar quando o Flamengo já vencia a partida. Era só para segurar o resultado, mas quase complica tudo ao fazer uma falta fora do lance perto da área rubro-negra. 3.

JOEL SANTANA: Apostou na sua tropa de elite, com jogadores de marcação, num jogo em que o adversário entrou fechado. Seu time não encheu os olhos de ninguém, mas mostrou um brio digno de decisão. 6.

Joel: gratidão num discurso emocionado

Antes da vitória, como se estivesse dando adeus, técnico do Fla mexe com os sentimentos de todos

Legenda da foto: JOEL SE desespera num dos muitos lances de emoção na decisão contra o Botafogo. Após o clássico, o técnico alertou: "Não ganhamos nada"

Márcio Tavares

Foi muita emoção para um dia só. Antes da vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo, num discurso que bem poderia ser encarado como uma despedida antecipada, o técnico Joel Santana se emocionou demais no vestiário. Lutando para segurar as lágrimas (sem conseguir), Papai Joel elogiou e agradeceu o comportamento dos jogadores do Flamengo. Era mesmo como se estivesse dando desde já adeus a um grupo que começou a dirigir há nove meses e que está prestes a vê-lo ir embora para a África do Sul - Caio Júnior aparece no momento como o mais provável substituto.

Após a partida, já refeito do clima emocional que se seguiu à grande gritaria no vestiário rubro-negro, o treinador mostrava sua preocupação com o ambiente de confiança exagerada que começa ser criado:

- Não temos o que comemorar. Não ganhamos nada.

Renato Augusto preservado para segunda decisão

Somente lá pelo dia 4 Joel deverá ter definido se dirigirá o Flamengo o seu último jogo pela Libertadores. Até lá, o treinador concentra sua atenção no time que jogará contra o América do México, quarta-feira, no Estádio Azteca. Hoje, ele conversa com sua comissão técnica e, como ele mesmo definiu, o time será escalado por médicos, fisiologistas e preparadores físicos.

Os jogadores fazem treinamento leve de tarde, na Gávea, e à noite embarcam para o México. A volta da delegação ao Rio está prevista para sexta-feira, o que complica o planejamento para a segunda partida decisiva do Carioca.

- Pena que a gente tenha de ir tão longe. Hoje (ontem), jogamos com saúde. Domingo que vem, por causa desse desgaste físico e emocional todo, não sei como será - disse.

Como ele não terá Renato Augusto, que fica no Rio fazendo tratamento e treinamento de reforço de musculatura da parte exterior do joelho direito, para estar em perfeitas condições no domingo que vem, Joel acha que é melhor ouvir a opinião de todos antes de escolher quem joga na altitude da Cidade do México.

- Em primeiro lugar vem a saúde dos jogadores. Vou ver com os médicos, preparadores e fisiologistas, para avaliar e saber quem está legal. Também quero ver gravações dos jogos do América. A única coisa que sei é que em casa eles ganharam os três jogos e perderam os três fora. Quem estiver legal, entra.

Joel não se deixou empolgar pela vitória na primeira partida decisiva. Tranqüilo, com seu discurso conhecido, não quis posar de herói. Principalmente porque sabe que em decisões o futebol transforma heróis em vilões rapidamente. O que ele festejava, na verdade, era a confirmação de que suas tentativas no sentido de melhorar o desempenho do rubro-negro ontem deram resultado positivo.

- Vale a pena assistir aos treinos do Flamengo porque vocês têm a confirmação de que as coisas não acontecem por acaso. Só me arrependi de não ter posto o Obina mais cedo. A gente precisava colocar uma vantagem hoje porque vamos ter uma semana complicada. Mas ali na beira do gramado a gente não tem tempo de pensar muito. É aí que entram a prancheta, os auxiliares. Arrisquei, poderia ter levado um gol. Mas demos sorte - brincou Joel.

Apesar da vantagem de jogar por um empate domingo que vem, Joel não soltou foguetes. Ao contrário, manteve sua posição cautelosa.

- Já disputei tantas decisões, ganhei e perdi. É preciso ter equilíbrio. Disputamos seis, sete jogos contra o Botafogo, sei lá. Às vezes dá certo, às vezes não. Ainda não somos o time que eu gosto, aquele do Brasileiro, vibrante, disposto e equilibrado. Não adianta festejar porque o Botafogo tem qualidade para reverter essa vantagem.

Obina diz que seu gol\ foi obra escrita por Deus\

Autor do gol salvador, Obina tem postura parecida com a do comandante. O baiano também acha que a vantagem é boa, mas não chega a ser significativa. Sorridente, de bem com a vida, Obina definiu de forma simples sua entrada.

- Quando Deus escreve, não tem jeito. Esse gol representa muito pra mim. A gente tentou fazer mais, mas não deu. Não vamos cair na armadilha de jogar pelo empate no segundo jogo.

FLAMENGO

BRUNO: Graças à postura defensiva do Botafogo, foi exigido basicamente em bolas cruzadas na área, em que esteve bem. Também saiu jogando rápido. 6.

LEONARDO MOURA: Não estava em suas tardes mais inspiradas, mas pelo menos não se escondeu do jogo. Roubou a bola e deu início ao contra-ataque que culminou no gol da vitória. 6,5.

FÁBIO LUCIANO: Jogou com a seriedade de hábito e não pensou duas vezes antes de dar chutões para frente. 6,5.

RONALDO ANGELIM: Deu a pixotada mais feia do jogo, mas foi outro que não se cansou de disputar cada bola. 6.

JUAN: Como Leonardo Moura, buscou o jogo nos dois lados do campo, mas também errou mais do que acertou. 5,5.

CRISTIAN: Correu muito e, ao lado de Toró, fez o trabalho de cão de guarda de que Joel Santana tanto gosta. 6.

KLÉBERSON: Perdeu mais uma chance de conquistar a torcida num jogo decisivo. Lento, errou passes e atrasou as jogadas. Saiu no intervalo. 4. DIEGO TARDELLI entrou mal, se atrapalhando com a bola, mas contribuiu para a vitória com o bom passe para Obina. 5.

IBSON: Tentou levar o Flamengo à frente, puxando os contra-ataques, mas errou muitos passes. Parecia ansioso demais. 4,5. OBINA entrou com a vontade de sempre, fez uma boa jogada pela esquerda e acabou premiado com um gol de oportunismo. Gol com a sua cara. 8.

TORÓ: Foi a imagem do Flamengo de ontem. Nem um pouco brilhante com a bola nos pés, mas foi aguerrido, incansável e disputou cada lance sabendo que havia um troféu em disputa. 7,5.

MARCINHO: Movimentou-se bem, procurando aproveitar os raros espaços dados pela zaga do Botafogo. Foi precipitado em alguns lances, mas deu trabalho aos adversários. 7.

SOUZA: Procurou jogar com inteligência, caindo pelas pontas. Assim foi mais útil do que, na sua especialidade, a de marcar gols: perdeu um incrível, de frente para Renan. 6,5. JAÍLTON entrou em seu lugar quando o Flamengo já vencia a partida. Era só para segurar o resultado, mas quase complica tudo ao fazer uma falta fora do lance perto da área rubro-negra. 3.

JOEL SANTANA: Apostou na sua tropa de elite, com jogadores de marcação, num jogo em que o adversário entrou fechado. Seu time não encheu os olhos de ninguém, mas mostrou um brio digno de decisão. 6.

Eterna briga entre Fla e Vasco\ no remo já esvazia até barco\

Rubro-negro ignora fair-play e lança oito na água com seis remadores

Legenda da foto: O OITO DO Flamengo, com apenas seis atletas: sem respaldo para evitar a perda de remadores, o clube deixou o espírito esportivo de lado ontem

Ary Cunha

Protestos, discussões e rivalidade à flor da pele nas regatas do Estadual de Remo há muito tempo não surpreendem ninguém. Desta vez, no entanto, a eterna briga de bastidores entre Flamengo e Vasco invadiu a raia, protagonizando uma cena lamentável na prova mais aguardada pelo público reduzido que assistiu à segunda etapa da competição, ontem de manhã, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Inconformada com a transferência para o rival dos remadores olímpicos Thiago Gomes e Thiago Almeida, classificados para os Jogos de Pequim no double skiff peso leve, a diretoria rubro-negra ignorou o fair-play e pôs na água um barco com apenas seis remadores na prova do oito.

Os dois Thiagos estão em Sevilla, na Espanha, competindo com a seleção brasileira. Diante da polêmica em torno da transferência, os dirigentes vascaínos levaram para a regata as fichas de transferência assinadas pelo atleta em março passado, informando a Federação de Remo do Rio (Frerj) sobre a mudança.

Flamengo se apóia no CBJD e Vasco cita a Lei Pelé

Enquanto o Flamengo cita o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) para alegar que os atletas não poderiam se transferir enquanto estão a serviço da Confederação Brasileira de Remo (CBR), o Vasco usa o artigo 36, parágrafo 2 da regulamentação da Lei Pelé, que permite ao atleta amador se transferir livremente.

- Os dois têm contrato conosco. Como estão com a seleção, não poderiam se transferir. Então, se eles querem acabar com o esporte, vai chegar uma hora que vão descer a raia sozinhos - dispara o vice de remo do rubro-negro, Raul Bagattini. - Como não ganha nada no futebol, o Vasco investe no remo, que é mais barato. Vai passar a Olimpíada e vão abandonar todo mundo.

Do lado vascaíno, o vice de remo, Antonio Lopes Lourenço, rechaçou a hipótese de o Flamengo competir com seis remadores no oito por simples protesto. Os dois Thiagos mudaram de clube para receberem R$4 mil de salário, segundo Lourenço. Ele negou que o clube vá pagar R$120 mil de luvas a Gomes, com quem o Vasco teria dívida trabalhista.

- Eles correram com seis porque fizeram uma substituição irregular, pois os dois Thiagos não tinham condições de estar aqui. Não temos nada forjado. A transferência está toda documentada. Os atletas nos procuraram porque não recebiam no Flamengo.

Bagattini admitiu que o clube devia dois meses de salários aos Thiagos. A Federação, por sua vez, reconhece já ter recebido do Vasco a documentação da transferência.

- De direito, eles ainda são do Flamengo, porque estão na seleção. Mas, de fato, se transferiram para o Vasco. A competição salutar é na água - disse o presidente da Frerj, Alessandro Zelesco.

Na raia, deu Vasco, que venceu a segunda regata do Estadual, por 100 a 80.

JORNAL DOS SPORTS

Obina, iluminado e humilde

Autor do gol da vitória de ontem, Obina não se importa em continuar na reserva, ele quer mesmo é ajudar

Mais uma vez a torcida rubro-negra pediu a entrada do seu xodó, Obina, e ele correspondeu. Quando o jogo parecia estar se encaminhando para um empate sem gols, o atacante recebeu bom passe de Diego Tardelli e balançou a rede do Botafogo, garantindo a vitória do Flamengo. Esse triunfo do xodó da Gávea permitiu ao Flamengo a possibilidade de jogar a partida de volta com a vantagem do empate, no próximo domingo, no Maracanã.

Como não podia ser diferente, Obina era só alegria na entrevista coletiva.

"Estou muito feliz. Sou um iluminado de Deus, que sempre me dá forças nessas horas. Graças a ele pude fazer esse gol tão importante e dar a vitória ao Flamengo", afirmou o xodó.

Obina, ao contrário de muitos jogadores, não se importa em ficar na reserva. Segundo ele, o mais importante é saber que está nos planos do treinador Joel Santana.

"O professor sabe que estou sempre pronto para ajudar. Mesmo entrando no decorrer das partidas procuro dar o meu melhor e fazer os gols", disse Obina.

Para o Flamengo sagrar-se campeão no domingo, basta que os comandados de Joel Santana não sofram gol. Apesar dessa vantagem, o xodó manteve os pés no chão, disse que o time não ganhou nada ainda e fez questão de elogiar o adversário.\ "Temos que manter os pés no chão porque assim como vencemos hoje (ontem) o Botafogo tem totais condições de nos vencer no  domingo", encerrou Obina, que voltou a marcar, a exemplo do que fizera contra o Coronel Bolognesi.\

Cristian satisfeito com a vantagem

Além do xodó Obina, outro jogador muito elogiado pela torcida rubro-negra na vitória de ontem sobre o Botafogo foi o meio-campista Cristian. O camisa 16, que vem se adaptando a uma nova função no esquema de Joel Santana, tem mostrado em campo um ingrediente que os torcedores sempre cobram de seus atletas: a raça. Apesar de estar contente com o resultado positivo em cima do rival, Cristian mostrou-se preocupado com a maratona de jogos que o Flamengo irá terá pela frente.

"Fizemos a nossa parte hoje (ontem). Sabemos que foi uma partida complicada mas ficamos com uma boa vantagem para decidir o Estadual. Agora é descansar, já que temos uma viagem muito desgastante para o México, e vamos nos preparar para fazer mais uma boa partida", afirmou o jogador.

Cristian também fez questão de exaltar o incentivo recebido das arquibancadas. Para ele, fato de a torcida do Flamengo ter apoiado a equipe durante os 90 minutos, foi um dos fatores que levaram o time da Gávea a sair vencedor na tarde de ontem, no Maracanã.\ "No segundo jogo da decisão, a postura tem quer ser a mesma. O comportamento deles foi fundamental. Tenho certeza de que a torcida vai nos apoiar novamente no domingo", encerrou.\

Time misto no México, Joel?

Após a vitória, técnico deve poupar alguns jogadores para a decisão. Renato Augusto continua fora

Pedro Chiaverini e Thiago Bokel

Fotocom.net

Ibson, no meio de três alvinegros, tenta comandar mais um ataque rubro-negro. No entanto, a atuação do apoiador não foi das melhores e ele foi substituído

O primeiro passo já foi dado. A magra, porém importante vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo ontem, no Maracanã deu ao Flamengo a vantagem do empate na decisão do Campeonato Carioca, no próximo domingo, às 16h, no mesmo estádio. Agora o foco na Gávea está voltado para a partida contra o América-MEX, válida pelas oitavas-de-final da Libertadores. Só que para este jogo, Renato Augusto também desfalcará a equipe.

Ele foi avaliado ontem no vestiário antes da partida, e como a viagem para o México é desgastante, a comissão técnica resolveu deixá-lo no Rio se preparando para o segundo jogo da final. Além do apoiador, o técnico Joel Santana ainda estuda a possibilidade de não utilizar outros jogadores.

"Ainda não resolvi se colocarei o time completo. Hoje (ontem) estávamos inteiros, mas não tem como negar que no outro domingo estaremos desgastados pela viagem. Só jogará quem estiver bem. Quem decidirá isso será o departamento médico e os preparadores físicos", explicou Joel, que já sonha em deixar o Flamengo no domingo com o troféu em baixo do braço. "O time está pronto, a torcida me adora, não tem como pensar na África do Sul ainda. Seria ótimo sair desse clube como campeão", desejou.

Apesar da vitória o treinador ainda não está satisfeito com o rendimento da equipe. Ontem ele acabou surpreendendo o técnico Cuca ao colocar Toró para marcar Lucio Flavio.

"Cada jogo é uma história. Não sei quantas vezes enfrentamos o Botafogo só neste ano. Apostei no Toró porque via competência e qualidade nele. Sei que o jogador errou, mas fizeram uma avalanche de críticas em cima do menino. Para ser campeão é preciso de jogadores que ajudem no esquema do treinador e o Toró faz isso. Hoje a equipe melhorou um pouco mas ainda não está daquela maneira simples de jogar do ano passado", avaliou o comandante.

Ronaldo no camarote\ Ontem novamente o atacante Ronaldo assistiu ao jogo em um camarote. Dessa vez, o resultado foi bem melhor do que o da semifinal da Taça Rio, quando o Flamengo perdeu por 3 a 0 para o mesmo Botafogo. O jogador, inclusive, já sonha com a possibilidade de defender as cores do clube. "Hoje sou apenas mais um torcedor junto com essa torcida incrível, mas para jogar pelo Flamengo um dia é só o meu joelho deixar", avisou Ronaldo.\

Rodrigo perto do adeus\ Quem pode se despedir hoje mesmo do clube é o zagueiro Rodrigo. O São Paulo está correndo contra o tempo para conseguir a liberação do jogador ao Dínamo Kiev e inscrevê-lo ainda nessa fase de mata-mata da Libertadores — as inscrições se encerram nesta noite. O defensor já deu sinais de que pretende se transferir para o São Paulo.\

Mengão a um empate do bi

Gol de Obina, no segundo tempo, garante a vitória rubro-negra no primeiro jogo da final do Carioca

Alexandre Souza e Fabio Lacerda

Fotocom.net

Toró e Lucio Flavio abrem o compasso: o Flamengo saiu na frente

O Flamengo está com uma das mãos na taça. A vitória por 1 a 0, gol de Obina, foi tudo que os rubro-negros queriam para viajarem tranquilos para a Cidade do México, onde enfrentarão o América, pelas oitavas-de-final da Copa Liberadores, quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília). Além da garra demonstrada nas quatro linhas, mais uma vez Joel Santana mostrou competência e foi feliz nas alterações. Os dois clássicos perdidos pelos alvinegros neste Carioca foram para o Flamengo.

A tônica do primeiro tempo foi a forte marcação. Até os 15 minutos, o Flamengo buscou mais as ações ofensivas. A diferença foi o número de chutes dados a gol. O Botafogo conseguiu um único tiro na cobrança de falta de Túlio Souza. Já o Fla tentou quatro vezes. O chute mais perigoso foi do atacante Souza que chutou na paralela de Renan, que espalmou para escanteio. Aos 19 minutos, sabiamente, Cuca tirou Túlio Souza para a entrada do lateral-esquerdo Eduardo. O camisa 2 do Botafogo já havia levado cartão amarelo e Cuca foi precavido, porque Juan estava apoiando e poderia forçar a expulsão do jogador. Aos 44, Marcinho entrou pela direita, e sem ângulo, chutou cruzado. Renan deu rebote, mas Andre Luis estava soberano na sobra.

O segundo tempo começou totalmente diferente. No primeiro minuto, Marcinho recebeu lançamento, avançou pela direita e cruzou rasteiro no segundo pau. Souza, no bico da pequena área, chutou de esquerda, e no reflexo, Renan fez ótima defesa. Aos seis minutos, o Botafogo assutou. Diguinho ganhou a jogada de Diego Tardelli após cobrança de lateral, invadiu a área pela direita e cruzou para Wellington Paulista cabeçear para fora, levantando a torcida. Aos 15 minutos, Lucio Flavio alçou a bola na área (cobrança de falta) e Fabio cabeçeou para fora, se antecipando a Bruno. Aos 28, na chance mais clara de gol, Eduardo fez jogada individual, tocou entre as pernas de Cristian e chutou. A bola foi de encontro à trave esquerda de Bruno.

Aos 34 minutos saiu, o gol rubro-negro. O erro individual de Eduardo ao tentar driblar Leonardo Moura fez com que o lateral tomasse a bola e, rapidamente, lançasse para Diego Tardelli, que entrou no espaço deixado pelo lateral, penetrou na área e rolou para Obina escorar e correr para a enlouquecida galera rubro-negra.

Só falta um ponto para o bicampeonato que igualará o Fla ao Flu como maior vencedor do Carioca.

Protesto em vermelho e preto

Em protesto contra a saída de dois atletas para o Vasco, o Flamengo competiu com apenas seis remadores na prova do Oito Com, uma dasmais esperadas do dia.

Mudança de atletas segue agitando o esporte

Além da forte rivalidade, a Regatafoi marcada por problemas de transferência de atletas de um clube para o outro. Os remadores Thiago Almeida e Thiago Gomes, que estão convocados para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, são os atores principais da briga.

Eles faziam parte da equipe rubro-negra e no início do mês o Vasco fez uma proposta e eles resolveram trocar de camisa e vestiram a vascaína.

Porém, a transferência iniciou uma séria de conflitos, tanto entre os clubes, quanto com relação à Federação. A “lei de transferência” impede a troca de clubes quando um atleta está convocado, porém a Lei Pelé dá respaldo para qualquer atleta se transferir quando desejar para o clube que desejar.

Com isso, na disputa do 8 Com, vencida pelo Vasco, os atletas rubro-negros fizeram um protesto após entender que o rival está agindo de má fé. O barco foi para água com apenas seis remadores, deixando vago o lugar que era dos dois Thiagos. O que promete dá muita confusão até a terceira Regata.

José Antonio Gerheim

Passe Livre

Flamengo larga bem

José Antonio Gerheim

Toda decisão em dois jogos como as que estão acontecendo na maioria dos estaduais, via de regra, transforma o primeiro combate em partida jogada com o máximo de cautela. Quando um time se expõe mais, ou o outro demonstra uma superioridade gritante, aí sim, costuma ocorrer goleadas e o privilegiado, por méritos próprios e erros do adversário, coloca uma vantagem praticamente inalcançável.

É o caso do Cruzeiro que massacrou o Atlético, no ano do seu centenário, por acachapantes 5 a 0. Vitória tão arrasadora que dá ao time do técnico Adilson Batista não só uma frente do tamanho de uma muralha chinesa para a segunda partida, domingo,e ainda o deixa com um moral elevadíssimo para ir quarta-feira a Buenos Aires, na Bombonera, pegar o Boca na primeira partida pelas oitavas da Libertadores.

Já no primeiro ato da final carioca, o Flamengo largou bem, com um gol de Obina, aproveitando o cruzamento de Diego Tardelli, ele, outra vez, após um contra-ataque bem articulado por Léo Moura, numa falha infantil do improvisado lateral Eduardo. O mesmo Eduardo que, minutos antes, havia feito uma bela jogada, entrou livre na área e concluiu no trave.

Na realidade, Flamengo e Botafogo fizeram um jogo equilibrado, sem grande brilho técnico, tanto que, individualmente, se destacaram no time de Joel Santana, os dois laterais, o que não é novidade, Toró e o goleiro Bruno, autor de uma bela defesa no primeiro tempo. E, claro, méritos totais para Obina, que entrou e não desperdiçou a oportunidade de deixar o Flamengo, com uma boa vantagem, mas ainda não decisiva, para buscar domingo o bi, ganho por sinal, em cima do mesmo rival.

O Botafogo, mesmo derrotado, terá uma semana para recuperar suas forças, os contundidos, e reencontrar seu bom futebol, no qual, sem dúvida nenhuma. O lateral-direito Alessandro e, principalmente, Jorge Henrique fizeram enorme falta e diferença. Ontem, o time foi apenas lutador e seu destaque individual foi o goleiro Renan. Não fossem duas defesas espetaculares, a essa hora o Botafogo poderia estar muito mais para Galo do que para Raposa.

O que é preciso é que a torcida alvinegra, que contra a Portuguesa levou mais de 40 mil ao Engenhão, vá domingo apoiar o time, como sempre faz a massa rubro-negra. Qualquer que seja o vencedor, o Rio terá um grande campeão.

O DIA

Fla vence o Bota e sai na frente na final do Carioca

Nilo Junior

Rio - O Flamengo levou a melhor no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. Com um gol de Obina aos 35 minutos do segundo tempo, o rubro-negro venceu o Botafogo por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, e saiu na frente na decisão. No jogo do próximo domingo, o Fla joga pelo empate, enquanto o alvinegro terá que vencer por dois gols de diferença. Se a vitória for por apenas um gol, o título será decidido nos pênaltis.

A primeira partida da final teve dois tempos bem diferentes. No primeiro, muitos erros de passe e poucas chances. Na segunda etapa, um jogo mais aberto, com boas oportunidades para os dois times. No final, brilhou mais uma vez a estrela do técnico Joel Santana, que colocou o time para frente e acertou nas substituições, tirando Ibson - muito bem marcado por Diguinho - e colocando Obina, autor do gol.

O jogo começou truncado, com muitas faltas e passes errados. Logo aos 3 minutos o Botafogo teve uma boa chance, numa falta no bico da grande área. Lúcio Flávio cobrou mas Bruno defendeu sem problemas. O Fla só deu a resposta aos 10, em chute de longe de Juan. A bola passou rente à trave esquerda de Renan, mas o árbitro já havia marcado impedimento.

Aos 18, Cuca fez a primeira substituição. Túlio Souza, que substituia o lateral-direito titular, Alessandro, recebeu um cartão amarelo e logo em seguida fez outra falta. Com medo de perder o jogador, o técnico alvinegro colocou Eduardo. Pouco depois, aos 25, o rubro-negro teve a melhor oportunidade do primeiro tempo. Ibson cruzou da esquerda, Souza tocou de cabeça para Léo Moura e recebeu de volta. O camisa nove chutou forte e o jovem goleiro Renan fez boa defesa (foto).

O Botafogo chegou com perigo ao 30. Fábio dominou bem na entrada da pequena área, girou o corpo, mas foi travado na hora do chute. Aos 44, outra boa chance para o Flamengo. Toró fez ótimo lançamento para Marcinho. O atacante invadiu a área e chutou cruzado. Renan defendeu e o rebote ficou com a zaga alvinegra.

Bem ao contrário do primeiro tempo, a segunda etapa começou a todo vapor, com Souza novamente tendo ótima oportunidade, logo aos 2 minutos. Após cruzamento da direita, o atacante, livre na pequena área, chutou e Renan fez excelente defesa.

No lance seguinte Diguinho fez boa jogada pela direita e cruzou para Wellington Paulista, mas o artilheiro cabeceou para fora. Aos 12, nova falta cobrada por Lúcio Flávio, mas Bruno conseguiu tirar de soco.

Quatro minutos depois o Botafogo quase abriu o placar em outro lance de bola parada comandado pelo capitão alvinegro. Dessa vez, Fábio se antecipou ao goleiro bruno e a bola passou muito perto, por cima do gol.

O jogo era lá e cá. Aos 20, Marcinho arriscou da entrada da área e Renan espalmou para o meio da área, mas ninguém chegou no rebote. O jogo continuava corrido, mas as chances de gol desapareceram até os 29, quando Eduardo entrou driblando pelo meio da defesa rubro-negra e chutou na trave, quase marcando um golaço. No rebote, Túlio protagonizou um lance tão bisonho que chegou a ser engraçado. O volante tentou chutar de perna esquerda, errou a bola e caiu sozinho.

Brilha a estrela de Joel e Obina

Pouco depois, Joel Santana colocou Obina no lugar de Ibson e provou mais uma vez que tem estrela. O meia saiu de campo irritado e foi direto para o vestiário. No primeiro lance do atacante ele fez boa jogada e cruzou, mas ninguém aproveitou a chance. Na segunda vez que tocou na bola, o atacante marcou.

Diego Tardelli fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Obina colocar o Fla na frente, aos 35. Os últimos dez minutos foram de muita correria, principalmente do time do Botafogo, que se lançou  de vez em busca do empate.

Aos 42, o time alvinegro teve excelente chance. Jaílton fez falta sem bola na meia-lua e o árbitro marcou. Lúcio Flávio bateu e a bola desviou na barreira. Foi a última chance do jogo. O Fla se segurou, esperou o apito final e saiu em vantagem na decisão.

Fábio Luciano: 'A vantagem é pequena, mas é nossa'

Rio - O capitão do Flamengo, Fábio Luciano, deixou o Maracanã satisfeito com a vitória rubro-negra por 1 a 0 no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. O zagueiro disse que o resultado é importante e tem que ser comemorado, mas apenas hoje, pois na quarta o time tem um compromisso muito difícil, contra o América do México, pela Libertadores. Além disso, ele elogiou o time alvinegro e disse que não tem nada ganho, apesar de jogar pelo empate na segunda partida da final.

"O Botafogo tem uma grupo muito forte, que merece respeito. A vantagem é pequena, mas é nossa. A viagem para o México é um desgaste, mas vamos conseguir superar essa sequência de três jogos decisivos", falou.

Obina comemora o gol e diz que é iluminado

Rio - O atacante Obina mostrou mais uma vez neste domingo porque é o xodó da torcia rubro-negra. O atacante marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo no primeiro jogo da final co Carioca e colocou o Flamengo em vantagem na segunda partida. Apesar disso, o jogador mostra cautela ao falar do resultado.

"Antes da final temos que pensar na partida contra o América do México, pela Libertadores. O Botafogo pode vencer o próximo jogo, pois tem uma boa equipe".

Humilde, o camisa 18 diz que não se incomoda com a reserva, pois sabe que tem a confiança do técnico e dos companheiros.

"Acho que Deus sempre me ilumina e o mais importante é que eu fico no banco, mas a qualquer momento a equipe vai precisar de mim e vou entrar para ajudar", diz.

Joel diz que Fla jogou com o coração

Rio - O técnico do Flamengo, Joel Santana, elogiou a postura do time em campo na vitória por 1 a 0, neste domingo, sobre o Botafogo. A vantagem conseguida pela equipe foi muito comemorada por todos, inclusive pelos treinador, que justicou as escolhas nas substituições.

"Às vezes, ali na beira do campo, você não tem muito tempo para pensar. Aí é que entra a velha prancheta, as coisas anotadas ao longo da semana, a conversa com a comissão técnica. A vantagem é importante. O time jogou com o coração", falou o comandante rubro-negro, que em seguida lamentou a desgastante viagem que o time terá que fazer ao México para enfrentar o América pela Libertadores.

"É uma pena ter que viajar para tão longe e não entrar na final tão descansado quanto eles", avaliou.

Por fim, Joel disse que gostaria muito de presentear todos os rubro-negros com o título estadual, antes de deixar o clube para comandar a Seleção da África do Sul.

"Eu gostaria de sair daqui campeão. Deixo um time pronto, uma torcida que me adora e uma diretoria que confia em mim".

Ronaldo vai ao Maraca e acaba com fama de pé-frio

Mauro Leão

Rio - Ronaldo acabou com a fama de que é pé-frio e de que atrapalha a vida do Flamengo quando vai o Maracanã torcer pelo seu time de coração. Ontem, mais uma vez, o Fenômeno compareceu ao estádio acompanhado de parentes e amigos e acertou em cheio o placar do jogo. “Vai ser 1 a 0 Mengão”, apostou o atacante, ao chegar. E se deu bem. Acompanhando a partida de um camarote vip, Ronaldo torceu muito e chegou a sofrer pela inoperância dos atacantes rubro-negros que não acertavam o pé, principalmente no primeiro tempo do jogo.

Questionado se estava com vontade de entrar em campo e ‘comprar o barulho’ do Flamengo, Ronaldo bateu de primeira. “No momento, não dá. Estou fora de combate. Mas gostaria muito de um dia defender essas cores rubro-negras. Todo mundo sabe que eu sou Mengão desde criancinha”, disse o artilheiro que foi ao Maracanã vestindo o uniforme número 2 do clube.

Feliz por estar se recuperando da operação no joelho esquerdo, ele espera retornar aos gramados antes do tempo previsto. Mas não quis antecipar qual será seu destino. “Todos sabem que é meu desejo jogar no Flamengo. Primeiro, porém, tenho que estar pronto para entrar em campo. O momento não é de precipitações”, comentou Ronaldo, que vibrou com a vitória rubro-negra.

Do camarote onde estava com a família, o Fenômeno assistiu a mais um show das torcidas. Em maior número, a galera rubro-negra finalmente se uniu e decretou a pacificação, pondo fim às guerras internas que assustavam quem levava seus parentes para o estádio.\ Ontem, pelo lado do Flamengo nas arquibancadas uma grande faixa anunciava a paz: ‘Nação Rubro-Negra, a maior torcida do mundo’.\

A manifestação não se resumiu ao pacto de paz. Os torcedores do Flamengo empurraram o time para a frente e foram à loucura com o gol marcado por Obina.\ Mas os botafoguenses não ficaram por baixo. Apesar de o time estar sem quatro titulares e sendo pressionado na maior parte do tempo, os alvinegros gritaram e incentivaram sua equipe.\

Apesar da festa, duas torcidas deixaram o estádio na maior tristeza: a Botachoop e a Flamanguaça. Redutos de biriteiros assumidos, seus torcedores sofrem por antecedência. “A CBF proibiu a cerveja nos jogos do Brasileirão. Isso é muito chato”, criticou Paulinho, da Botachoop.

Joel pode escalar time misto no México

Rio - O Flamengo viaja hoje à noite para o México, onde enfrenta o América, pela Libertadores, quarta-feira. Com a longa viagem, Joel Santana admitiu ontem que pode escalar um time misto no confronto. A decisão do treinador é devido a sua vontade de deixar o Flamengo com um título.

“Vou conversar com médicos e preparadores físicos para ver se vamos entrar com equipe completa lá. Não queremos passar por aquela decepção da última viagem, quando fomos a Cuzco e, na volta, perdemos por 3 a 0 para o Botafogo. Quem estiver legal embarca, quem não estiver, fica descansando para domingo. Futebol é saúde”, disse o comandante, que assumirá a seleção da África do Sul no dia 6.

GAZETA ESPORTIVA

Com gol de Obina, Flamengo derrota Botafogo no primeiro jogo\ Gazeta Press\

Foto: Divulgação/Fotocom

Ele não perdoa: Obina colocou o Rubro-Negro em vantagem

Rio de Janeiro (RJ) - Em um clássico marcado por muitas faltas no primeiro tempo e emoção na etapa final, o Flamengo conseguiu levar a melhor sobre o Botafogo na final do Campeonato Carioca. Graças ao xodó Obina, o Rubro-negro superou o rival por 1 a 0 neste domingo no Maracanã e ficou a um empate de conquistar o bi do Estadual.\ Para levantar a taça do Carioca pelo segundo ano consecutivo, e novamente superando o Bota na decisão, o Flamengo só precisa segurar uma igualdade no marcador no próximo domingo, novamente no Maracanã. O time de General Severiano, por sua vez, precisa vencer por pelo menos dois gols para assegurar o título. Em caso de vitória por apenas um gol, a decisão será nos pênaltis.\

Para isso, no entanto, o Botafogo terá mais tempo para se preparar pensando exclusivamente no segundo duelo com os rubro-negros. Sem compromissos pela Copa do Brasil, o Alvinegro apenas treinará para o segundo jogo decisivo, enquanto o Flamengo vai ao México para enfrentar o América, na quarta-feira, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores.

O jogo: O primeiro lance de perigo na decisão aconteceu logo aos três minutos, quando o Botafogo teve falta a seu favor na entrada da área. A cobrança de Lucio Flavio, no entanto, parou na defesa segura do goleiro Bruno. Já o Flamengo apostava na velocidade de seus laterais para tentar atacar no início da partida, mas esbarrava no mau posicionamento de seus atacantes.

Quem tinha trabalho era o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, uma vez que os dois times abusavam das faltas e das reclamações. Preocupado com o fato de Túlio Souza ter cartão amarelo e enfrentar problemas para deter Juan, o técnico Cuca tirou o jogador de campo com menos de 20 minutos de partida.

Reclamações à parte, o Flamengo quase saiu na frente aos 25 minutos, quando Souza tabelou com Leonardo Moura e chutou forte para Renan espalmar para escanteio. Aos 44, Toró lançou Marcinho, que bateu cruzado e o goleiro botafoguense se esticou e evitou o gol rubro-negro. E foram os únicos lances de emoção para a torcida.

A etapa final, por outro lado, começou de forma mais animada. Já aos dois minutos, Souza perdeu grande chance na pequena área ao chutar em cima de Renan. O Botafogo respondeu no minuto seguinte, quando Zé Carlos chegou a mandar a bola para as redes. O gol, no entanto, foi anulado pelo árbitro, que assinalou impedimento do alvinegro. Aos seis, o Glorioso ameaçou novamente, com Wellington Paulista quase marcando de cabeça.

As boas chances animaram as duas torcidas, que passaram a protagonizar uma bonita festa no Maracanã. E foi nesta clima que, aos 15 minutos, o Botafogo desperdiçou mais uma boa oportunidade: Lucio Flavio cobrou falta para a área, Bruno saiu mal do gol e Fábio não aproveitou, cabeceando por cima da trave.

O Flamengo também era perigoso na partida. Aos 19 minutos, Marcinho fez grande jogada com Juan e arriscou da entrada da área, mas o goleiro Renan apareceu bem novamente e espalmou a bola.

Em uma grande chance, aos 28 minutos, o botafoguense Eduardo fez bonita jogada individual e jogou a bola debaixo das pernas de Cristian, mas na hora de concluir mandou a bola na trave do goleiro Bruno.

Pouco depois, o técnico Joel Santana colocou Obina no jogo e sacou Ibson, que deixou o campo irritado e desceu rapidamente para os vestiários. A modificação, no entanto, surtiu efeito aos 34 minutos, quando o xodó Obina aproveitou cruzamento de Diego Tardelli e marcou o gol que garantiu a vitória do Flamengo.

Obina: 'Sou um iluminado'\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Mais uma vez o atacante Obina mostrou o porquê de ser considerado um xodó pela torcida do Flamengo. O jogador saiu do banco de reservas para marcar o gol que garantiu a vitória rubro-negra sobre o Botafogo, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, neste domingo.\ 'Sou um iluminado por Deus. Deus sempre me dá coisas boas. O time estava precisando desta vitória e graças a Deus consegui marcar o gol que ajudou o nosso time ', comentou o atacante.\

Com a moral elevada, o Flamengo embarca para o México nesta segunda-feira. Na quarta, o time enfrenta o América pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Com uma lesão na perna direita, o meia-atacante Renato Augusto permanecerá no Rio de Janeiro para se tratar e tentar enfrentar o Botafogo no próximo domingo

PELÉNET

Fla supera o Botafogo e abre vantagem na decisão do Estadual

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Flamengo deu o primeiro passo para faturar o bicampeonato estadual e o seu 30º título da história. Neste domingo, no primeiro jogo da decisão, o Rubro-Negro superou o Botafogo por 1 a 0, gol do atacante Obina, aos 34 do segundo tempo, três minutos depois de ter substituído Ibson.

Para levantar o troféu no próximo domingo, às 16h, também no Maracanã, o Flamengo joga por um simples empate. Já o Botafogo precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. Caso o triunfo seja pela contagem mínima, independentemente do placar, o título será decidido nas penalidades máximas.

Porém, nesta quarta-feira, o Flamengo encara o América-MEX, no México, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores. O Botafogo, por sua vez, fica a semana inteira treinando.

A partida começou nervosa e com muitas faltas. Logo no primeiro minuto, Túlio Souza recebeu cartão amarelo. Vendo que poderia perder um jogador expulso, ainda no primeiro tempo, o técnico Cuca, aos 19 minutos, sacou o lateral-direito e colocou o zagueiro Eduardo.

Com esta mudança, Leandro Guerreiro saiu da zaga e foi para o meio de campo. Túlio deixou a cabeça-de-área e passou a ocupar o lugar de Túlio Souza.

O Flamengo foi um pouco melhor no primeiro tempo. O Rubro-Negro teve as duas principais chances. Porém, o goleiro Renan salvou o Alvinegro nos chutes de Souza e Marcinho, aos 25 e 44 minutos, respectivamente.

O segundo tempo, ao contrário do primeiro, teve outro ritmo. Com um minuto, Renan, mais uma vez, evitou o gol do Flamengo. Aos 15 foi a vez do Botafogo desperdiçar com Fábio.

A partida continuou equilibrada na etapa final. O Flamengo teve uma boa chance com Marcinho.O Botafogo deu o troco e Eduardo acertou a trave do goleiro Bruno.

Com o passar do tempo, Cuca resolveu recuar o Botafogo, após a entrada de Edson no lugar de Zé Carlos. Já Joel Santana botou o Flamengo para frente, com Obina na vaga de Ibson. Antes, Diego Tardelli já tinha substituído Kléberson.

E foi exatamente nesta coragem de Joel Santana que o Flamengo, através de Obina, aos 34 minutos, anotou o gol da vitória e saiu em vantagem nesta decisão do Campeonato Estadual.

De virada, Flu bate o Fla no primeiro jogo da final de juniores

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Fluminense saiu na frente na decisão do Campeonato Estadual de Juniores. Neste domingo, no Maracanã, o Tricolor, de virada, derrotou o Flamengo por 3 a 2. Os gols foram marcados por Alan, Sandro e João Paulo. Renan anotou os dois da equipe rubro-negra.

A segunda partida será realizada no próximo domingo, dia 4 de maio, às 13h, no Maracanã. O Fluminense, que não conquista o Estadual desde 2004, joga por um simples empate para ser campeão.

O Flamengo precisa triunfar por dois ou mais gols de diferença para faturar o tetracampeonato. Caso a vitória seja pela contagem mínima, independentemente do placar, o título será decidido nas penalidades máximas.

Renan, aos 23 minutos do primeiro tempo, abriu o marcador para o Flamengo. O mesmo jogador, aos 42, anotou o segundo. Porém, aos 45, Alan diminuiu para o Fluminense.

Na etapa complementar, o Tricolor, aos oito minutos, por intermédio de Sandro, deixou tudo igual. A partida seguiu equilibrada até o fim, quando ao 41, João Paulo decretou o triunfo do Fluminense.

Obina elogia torcida e pede humildade ao time do Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Obina entrou em campo aos 31 do segundo tempo e, três minutos, depois fez o gol da vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, no primeiro jogo da final do Campeonato Estadual. Radiante, o atacante agradeceu o apoio dos rubro-negros.

"O carinho que a torcida tem comigo é fruto do meu trabalho e da minha humildade. Este apoio é importante e procuro fazer o melhor para ajudar o time do Flamengo", destacou.

Apesar do gol e da possibilidade de se tornar o grande herói da conquista do Flamengo, Obina preferiu não cobrar sua vaga de titular. O xodó da torcida rubro-negra acredita que isso virá com o tempo.

"Estou pronto para jogar a qualquer momento. Basta o Joel Santana precisar. Aos poucos, com humildade, vou fazendo meus gols e conquistando a vaga de titular", salientou, acrescentando sobre a vantagem do Flamengo na decisão.

"É pouca, mas é vantagem. Ela nos dará tranqüilidade para a próxima partida. Precisamos atuar com inteligência e manter os pés no chão. Não podemos esperar o adversário no nosso campo", emendou.

Por fim, Obina avisou que os jogadores farão de tudo para que Joel Santana (vai comandar a seleção da África do Sul após o Estadual) saia do Flamengo com o título. "Ele tem o carinho do grupo. Queremos vencer e oferecer o título para ele", encerrou.

Joel Santana: "Precisávamos desta vantagem"

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Flamengo arrancou na frente na final do Campeonato Estadual. A vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo deixou o Rubro-Negro em vantagem, fato considerado fundamental pelo técnico Joel Santana, já que o time segue nesta segunda-feira para o México, onde enfrenta o América pela Libertadores, e só retorna na sexta.

FLA VENCE BOTAFOGO NA 1ª FINAL

O Flamengo deu o primeiro passo para faturar o bicampeonato estadual e o seu 30º título da história. Neste domingo, no primeiro jogo da decisão, o Rubro-Negro superou o Botafogo por 1 a 0, gol do atacante Obina, aos 34 do segundo tempo, três minutos depois de ter substituído Ibson.

Para levantar o troféu no próximo domingo, às 16h, também no Maracanã, o Flamengo joga por um simples empate. Já o Botafogo precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. Caso o triunfo seja pela contagem mínima, independentemente do placar, o título será decidido nas penalidades máximas.

"Precisávamos desta vantagem, pois temos uma viagem longa durante a semana. As substituições foram melhorando o time aos poucos. Fizemos 1 a 0 e poderíamos sair com o placar maior", disse, acrescentando.

"Quando forcei com mais um atacante (Obina no lugar de Ibson), sabia que poderíamos levar um gol num contra-ataque. Porém, também seria difícil o Botafogo suportar um adversário com três atacantes, sendo dois de área", emendou.

Apesar de satisfeito, Joel Santana "lamentou" não ter colocado Obina, autor do gol, antes em campo. O xodó da torcida rubro-negra substituiu Ibson aos 31 do segundo tempo.

"Poderia colocá-lo dez minutos antes. Mas em decisão não tem muito tempo para pensar", encerrou o treinador, que vai trocar o Flamengo pela seleção da África do Sul logo após a decisão do Estadual.

GLOBOESPORTE

Fla tem semana com inimigo invisível

Palavra cansaço não sai do discurso dos jogadores e do técnico Joel Santana

Eduardo Peixoto

Cada resposta sobre América-MEX tem uma palavra onipresente: cansaço. Para encarar os 7.700 km de distância entre Rio de Janeiro e Cidade do México, o Flamengo terá uma maratona e faz questão de ressaltar isso a todo instante.

Entre ida e volta, a delegação deve perder mais de 24 horas voando ou aguardando em aeroportos. A saída está marcada para as 20h40m desta segunda-feira. O jogo, pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores, acontece na quarta-feira às 19h45m (horário de Brasília), no estádio Azteca.

O avião deve pousar no Rio de Janeiro somente às 8h de sexta-feira. Ou seja, até o início da final do Campeonato Carioca no domingo, contra o Botafogo, serão apenas 32 horas para relaxar e recuperar as energias.

- Nossa preocupação maior é a viagem e o cansaço da volta - diz Obina, autor do gol rubro-negro na vitória sobre o Alvinegro no primeiro jogo da final.

Delegação completa?

O técnico Joel Santana cogita a hipótese de poupar titulares na partida contra o América-MEX. Há quem reclame e diga que o clube não pode "priorizar" o Campeonato Carioca. Porém, o planejamento da comissão técnica é baseado nas reações dos jogadores.

Quem não estiver 100% fisicamente ficará fora. Renato Augusto dificilmente jogará na quarta. Para se precaver, o Flamengo deve levar todos os 25 jogadores inscritos na Libertadores. Até o jovem Aírton, de 18 anos, a princípio está relacionado. Só se o departamento médico vetar alguém - Maxi, por exemplo - é que a delegação seguirá incompleta. O treinador rubro-negro quer "saúde" como fator preponderante.

- É uma pena que agora a gente vá para tão longe fazer uma decisão e não possa jogar descansado no próximo domingo - diz o técnico Joel Santana (no vídeo acima, Joel fala sobre o jogo contra o Botafogo)

O fantasma de 2007

Em 2007, o Flamengo viveu uma situação parecida praticamente nesta mesma época do ano. Entre os dias 29 de abril e 9 de maio, enfrentou duas vezes o Botafogo e duas vezes o Defensor, do Uruguai, nas oitavas do torneio continental. Agora os "dias vitais" são entre 27 de abril e 7 de maio.

Mesmo com uma viagem para a "vizinha" Montevidéu, o clube não soube conduzir as duas situações e foi eliminado da Libertadores. Pelo menos, levou o título carioca. Porém, pelo investimento da diretoria, somente o título regional não saciará.

- Não temos prioridade. Nosso time é experiente e capaz de conseguir os dois objetivos - declara o goleiro Bruno.

Em breve, o time do Rubro-Negro assinará embaixo das palavras do goleiro. Ou não.

Chico Buarque acompanha vitória do Fla

Torcedor do Fluminense, cantor e compositor leva neto de 11 anos ao Maracanã\ A vitória do Flamengo sobre o Botafogo no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca foi acompanhada por um torcedor ilustre... do Fluminense! O cantor e compositor Chico Buarque, de 63 anos, foi ao Maracanã assistir à decisão com o neto rubro-negro Francisco, de 11 anos.\

Chico Buarque com o neto Francisco assiste à partida entre Flamengo e Botafogo

De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”, os dois ficaram no setor das cadeiras especiais

Fla leva a melhor também na arquibancada

Torcida do Botafogo decepciona e rubro-negros são maioria na primeira final do Estadual\ +\

GLOBOESPORTE.COM\ Faixa da torcida do Flamengo "Maior torcida do mundo" no Maracanã\

Durante a semana, Zé Carlos apostou que os botafoguenses poderiam dividir igualmente o Maracanã com a torcida do Flamengo. Mas isso não aconteceu. No primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, o placar magro só existiu dentro de campo. Nas arquibancadas houve supremacia total rubro-negra.

Dos 63 mil pagantes, a estimativa de um policial militar presente ao estádio era de que 50 mil fossem rubro-negros. Visualmente, a diferença era gritante. Os alvinegros não conseguiram encher a parte verde totalmente. Na amarela havia diversos clarões.

Segundo o autônomo Francisco Guilherme, a situação foi motivada por dois fatores:

- O time estava muito desfalcado. E nos clássicos contra o Flamengo alguns botaguenses têm medo da violência. Mas mesmo assim eu esperava mais da minha torcida - diz o botafoguense.

Mesmo em menor número, os alvinegros tentaram empurrar o time à vitória. Até tiveram bons momentos, é verdade. Principalmente nas faltas próximas à área, quando a esperança em Lucio Flavio incentivava o show de camisas rodando.

Mas, pelo menos no primeiro jogo da final, a vitória ficou com os rubro-negros. Houve a estréia de duas belas faixas (foto) no lugar daquelas que têm os nomes das torcidas organizadas. Uma delas tinha "Nação rubro-negra" e na outra havia o complemento "A maior torcida do mundo". Em número bem maior, os rubro-negros deixaram o estádio aos gritos de "Chora de novo", provocando os botafoguenses.

No próximo domingo, por causa da vantagem, os rubro-negros pleiteiam que a parte amarela da arquibancada botafoguense seja deles.

- Foi um massacre. No nosso lado estava todo mundo espremido. Eles podiam assistir ao jogo deitados, se quisessem. Até por questão de segurança a polícia militar deve liberar a amarela deles para o Flamengo - declara Wilson Gregório, de 25 anos.

Joel pode escalar time misto na Libertadores\ Técnico deixa decisão nas mãos dos médicos e preparadores físicos do Flamengo\ Eduardo Peixoto\

Taça Libertadores ou Campeonato Carioca? O Flamengo até deseja os dois, mas a questão física pode fazer o técnico Joel Santana poupar alguns titulares na partida desta quarta-feira contra o América-MEX, na Cidade do México.

Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, neste domingo, o treinador rubro-negro levantou a possibilidade de deixar alguns titulares fora da partida para prepará-los para o segundo jogo da final, no domingo. Joel disse que ainda "não tem nada legal" no Carioca e exaltou as entradas de Tardelli e, principalmente, Obina.

Poupar titulares no México?\ Tenho que conversar com médicos e preparadores físicos para ver se vamos entrar com equipe completa lá. Não queremos passar por aquela decepção novamente da última viagem, quando fomos a Cusco e perdemos por 3 a 0 para o Botafogo. Quem estiver legal entra, quem não estiver fica para domingo. Tenho um grupo e confio nele. Futebol é saúde.\

Vantagem obtida\ Não tem nada legal ainda. O legal é ganhar títulos. É uma pena que agora a gente vá para tão longe fazer uma decisão e não possa jogar descansado no próximo domingo.\

Prancheta experiente\ Numa partida como essas você não tem muito tempo para pensar. É aí que entra a velha prancheta. A equipe melhorou um pouco com o Tardelli e muito mais com o Obina. Arrependo-me de ter colocado o Obina tão tarde. Mas foi de bom tamanho. Quando ganha está tudo certo.\

Proximidade do momento do adeus\ Meu compromisso moral com jogadores, torcida e direção não me deixa pensar em nada. Gostaria de sair daqui campeão porque deixo um time pronto. De tantas e tantas decisões, procuro me manter o máximo possível com equilíbrio.\

'Fla? Só depende do joelho', diz Ronaldo

Atacante assiste à decisão do Carioca e exalta a torcida rubro-negra

Eduardo Peixoto

GLOBOESPORTE.COM\ Ronaldo 'Fenômeno' torceu pelo Fla em camarote do Maracanã\

Parece que com o passar dos dias, Ronaldo matura a idéia de jogar no Flamengo. Neste domingo, o atacante assistiu ao primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, no Maracanã, e deu mais esperanças de que o retorno aos campos será no Flamengo.

- Para jogar no Flamengo só depende do joelho - diz.

O Fenômeno pretende retornar aos campos em seis ou sete meses. Vestindo o uniforme número 2 do Rubro-Negro, ele elogiou a presença maciça da torcida flamenguista no Maracanã.

- Essa torcida é incrível. Eu sou apenas mais um torcedor - afirma, antes de voltar rapidamente ao camarote para acompanhar os minutos finais da vitória do Fla por 1 a 0.

Ronaldo esteve na semifinal da Taça Rio, quando o Flamengo perdeu por 3 a 0 para o Botafogo, e naquele momento afirmou que atuar na Gávea era um "sonho difícil".

Obina entra, marca, e Fla bate o Bota

Em jogo equilibrado, Rubro-Negro leva a melhor e agora tem a vantagem do empate

Fred Huber

Em um jogo cheio de emoção para rubro-negros e alvinegros, o Flamengo venceu o Botafogo por 1 a 0 neste domingo, no Maracanã, e largou na frente pelo título do Campeonato Carioca. Obina, em um dos seus primeiros lances em campo, fez o gol e se transformou no herói do dia. As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo domingo, dia 4 de maio, e o Fla vai com a vantagem do empate. Caso perca por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis.

A semana será de preparação intensa de treinos para o Botafogo, enquanto o Flamengo viaja para o México, onde, na quarta, enfrenta o América-MEX, pela Libertadores.

Começo de jogo bem nervoso

A partida começou tensa, com os dois times sem se arriscar muito. Aos dois minutos, Túlio Souza fez falta dura em Toró e levou o cartão amarelo. Pouco depois, o volante alvinegro fez outra falta, agora em Juan. Preocupado com uma possível expulsão, Cuca colocou Eduardo logo no início do jogo. O primeiro lance de emoção aconteceu aos quatro minutos. Cristian fez falta em Wellington Paulista perto do bico esquerdo da área, e, na cobrança, Lucio Flavio cobrou com categoria e exigiu que Bruno se esticasse para fazer a defesa.

GLOBOESPORTE.COM\ Toró e Diguinho em dividida na partida\

Com mais volume de jogo, os rubro-negros apostaram nas subidas de Juan pela esquerda para chegar ao ataque. Mas foi pela direita que o Fla conseguiu sua primeira chance de marcar. Aos 26, Leo Moura encontrou Souza nas costas da defesa, o camisa 9 bateu forte cruzado, mas Renan conseguiu fazer uma bela defesa. A resposta alvinegra veio dois minutos depois: Zé Carlos tocou para Fábio dentro da área, o atacante girou e chutou, mas Leo Moura, no meio do caminho, impediu que a bola chegasse ao gol de Bruno.

Os jogadores de Flamengo e Botafogo cometeram muitas faltas, e o jogo ficou truncado. Aparentando nervosismo, os atletas abusaram das reclamações com o árbitro. A última emoção da primeira etapa foi num ataque em alta velocidade do Flamengo. Aos 43, Toró fez um ótimo lançamento para Marcinho na direita, o atacante invadiu a área e chutou cruzado. Renan espalmou mal, mas Souza não conseguiu chegar a tempo de empurrar a bola para dentro.

Segundo tempo começa forte e incendeia as torcidas

Empurrado pela torcida, os rubro-negros voltaram do vestiário dispostos a abrir o placar e quase o fizeram antes do segundo minuto. Marcinho fez jogada de linha de fundo pela direita e cruzou para o meio da área. De esquerda, Souza pegou de primeira da entrada da pequena área e Renan fez uma defesa espetacular, salvando o Bota. Refeito do susto, o time da estrela solitária respondeu à altura. Aos cinco minutos, Diguinho chegou livre à ponta direita e cruzou para Wellington Paulista, que subiu mais do que a zaga e, de cabeça, mandou rente ao travessão de Bruno. Antes, o time ainda teve um gol anulado. Zé Carlos pegou um rebote da defesa e mandou para o fundo das redes, mas estava em posição de impedimento.

GLOBOESPORTE.COM\ Obina se atira e marca o gol da vitória do Flamengo sobre o Botafogo\

Em uma das suas especialidades, a bola parada, o Botafogo arrancou o grito de "Uhhh" dos seus torcedores. Aos 18, da meia esquerda, Lucio Flavio levantou a bola na área, a zaga parou e Fábio desviou de cabeça antes de Bruno chegar no lance. A bola passou por cima do gol. O jogo ficou aberto e, aos 21, Marcinho, da entrada da área, chutou forte no canto; Renan fez outra boa defesa. O goleiro, que teve a escalação contestada por ter falhado no jogo anterior, mostrava personalidade e fez uma ótima partida.

Aos 28, a melhor chance do Bota. Eduardo fez boa jogada pela esquerda, deixou Leo Moura para trás, entrou na área, chutou e acertou o travessão do Flamengo. Com o Fla sendo dominado, o técnico Joel Santana mexeu no time (Obina no lugar de Ibson) e avançou a equipe. Aos 35, a