O Globo
A um passo da felicidade
Fla chega à Libertadores se vencer Atlético-PR de Ney Franco e o Cruzeiro perder
FÁBIO LUCIANO, um dos principais responsáveis pela atual boa fase do Flamengo, domina a bola no Ninho do Urubu
Márcio Tavares
Toda felicidade tem um preço. A torcida do Flamengo pagou uma alta taxa, de tensão, de agonia, de irritação, mas apostou tudo num time que estava na zona de rebaixamento e o empurrou rumo à disputa por uma vaga na Libertadores. Agora, chegou a hora de o grupo comandado pelo técnico Joel Santana demonstrar, a partir das 18h10m, contra o Atlético-PR, dirigido ironicamente por Ney Franco, ex-técnico do rubro-negro carioca, que o esforço dessa apaixonada nação - que vai bater novamente o recorde de público no Brasileiro, com mais de 82 mil torcedores - vai ter uma resposta positiva em campo.
Com 58 pontos, o Flamengo depende de uma vitória sobre o Atlético-PR (51 pontos) e de uma derrota do Cruzeiro para chegar à Libertadores. Uma aspiração que, há cerca de três meses, chegou a ser considerada uma ascensão impossível de acontecer.
- Quem diria que a gente estaria disputando uma vaga na Libertadores... - comenta o técnico Joel Santana, um dos principais responsáveis pela mudança no time.
Fábio Luciano se rende à torcida
Mas Joel não se coloca no pedestal de herói e, modestamente, diz apenas que está feliz com a situação. E a maré está mesmo favorável. O Flamengo conquistou ontem, no Vasco-Barra, na casa do velho rival, os títulos nas categorias infantil e juvenil, com empates em 2 a 2 e vitórias nos pênaltis. O rubro-negro fez cabelo, barba e bigode, pois ganhou em todas as categorias. Além disso, na primeira final do Torneio Otávio Pinto Guimarães, o time de juniores, dirigido por Adílio, também campeão estadual, goleou o Fluminense por 5 a 0.
No time principal, o plano é aproveitar esse embalo de conquistas. Ninguém se julga salvador da pátria, mas se há algum jogador que pode ser considerado o ponto de partida da reação rubro-negra é o zagueiro Fábio Luciano. Com a entrada de Ibson, Cristian e do argentino Maxi, o time decolou. O meio-campo ganhou em combatividade e em talento na armação das jogadas. Com Maxi, veio a velocidade que se encaixou bem com o estilo de Souza.
Mas a zaga era o principal ponto fraco: Moisés, Irineu e Thiago enlouqueciam a torcida e minaram Ney Franco. Foi então que o clube contratou Fábio Luciano, de 32 anos, que vinha de uma temporada pelo Fenerbahce da Turquia.
- Eu costumo falar em campo, orientando a defesa, mas acho que ascensão da zaga foi conseqüência da mudança de comportamento do time todo. Tinha alguma coisa errada e aí comecei a me entrosar com o Rômulo, que é muito bom marcador. A entrada do Ibson, do Cristian e de Maxi incendiou o time. Com uma nova postura e motivação, o quadro mudou - diz esse paulista de Vinhedo, que estreou no dia 11 de agosto marcando um gol na vitória de virada de 2 a 1 sobre o Náutico.
Com 19 jogos e dois gols pelo Flamengo, Fábio Luciano afirma que a má fase nada tinha a ver com salários atrasados. Ele admite que atraso no pagamento influi até determinado ponto. E cita um exemplo parecido que viveu no Corinthians.
- Nós estávamos nos últimos lugares em 2002, quando o Vanderlei assumiu. Ganhamos duas partidas e ninguém falou mais em rebaixamento. Nós só falávamos em ser campeões. Recuperamos o que faltava, a confiança. Não conheço ninguém que jogue mal porque está sem receber. Na hora que a bola rola, a disputa mexe com você. Ninguém lembra de dinheiro.
O zagueiro, que foi incluído entre os três melhores deste Brasileiro e que renovou contrato com o Flamengo, diz que vai jogar enquanto se sentir bem. E, quando parar, não pretende continuar no futebol. Muito menos na linha de frente.
- Como treinador, com certeza não. É muita concentração, muito tempo longe de casa. Minha vida está em Vinhedo. Há tempos eu construo casas e vendo. Acho que meu futuro é esse aí. Quero ficar perto da família, minhas raízes estão lá. Quero estar junto do meu pai, que é diabético e de vez em quando precisa do nosso apoio - afirma o zagueiro, que tem dois irmãos.
Caseiro, Fábio Luciano sai pouco no Rio. Principalmente por causa da violência, quando sai com a mulher Viviane e o filho Gianlucca, de 3 anos não se afasta muito da Barra .
- Não temos babá. Ele é muito agarrado com a mãe e comigo também. Estamos sempre juntos, mas não vou longe - revela Fábio Luciano, o Luca Toni das peladas de dois toques de vésperas de jogos.
Hoje, ele enfrenta um atacante que este ano infernizou a vida do Flamengo: Marcelo, autor dos quatro gols na vitória de 4 a 1 do Madureira, em pleno sábado de carnaval, pelo Estadual. Mas o zagueiro sabe que a situação é diferente. Os zagueiros atualmente estão mais entrosados e o incentivo da torcida certamente vai fazer a diferença.
- A torcida do Flamengo deu show. Comprou a briga de um time que estava na zona de rebaixamento e tirou a gente de lá. Serviu até de exemplo para a do Corinthians, que andou hostilizando os jogadores e, vendo o que fazia a do Flamengo, passou a apoiar. E o Corinthians acabou saindo da situação ruim.
Se há gratidão e otimismo entre os jogadores, na cúpula o clima continua sendo de apreensão. A escalação do paulista Wilson Seneme num jogo que interessa a um time de São Paulo, o Palmeiras, causou estranheza e ligou o sinal de alerta.
- Eles botaram um juiz paulista, que foi reprovado nos últimos três testes físicos da Fifa e no último da CBF, feito em outubro. E o que considero mais grave: no ano que vem, ele não apita mais. Olho nele! - disse o supervisor Isaías Tinoco.
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jailton, Cristian, Ibson e Renato Augusto; Maxi e Souza. Atlético-PR: Viafara, Jancarlos, Danilo, Antônio Carlos e Michel; Valencia, Claiton, Netinho e Ferreira; Alex Mineiro e Marcelo Ramos. Juiz: Wilson Seneme (Fifa-SP).
TRANSMISSÃO: Premiere e Rádios Globo e CBN
Outros três candidatos à Libertadores em campo
Cruzeiro, Palmeiras e Santos jogam fora de casa hoje sob olhar atento dos rubro-negros
Além do jogo de seu time contra o Atlético-PR, a torcida do Flamengo terá atenções voltadas para três outras partidas de hoje, que envolvem rivais na disputa por vagas na Libertadores de 2008. O jogo que mais interessa é entre Sport e Cruzeiro, às 18h10m, na Ilha do Retiro. Uma vitória pernambucana garante a vaga ao Flamengo caso o time vença no Rio. Os rubro-negros ainda vão torcer pelo Internacional contra o Palmeiras, às 16h, no Beira-Rio, e pelo Paraná contra o Santos, às 18h10m, no Durival de Brito, em Curitiba. Ontem, o Grêmio venceu o América-RN por 3 a 0, em Natal, e chegou aos 57 pontos.
Para o jogo contra o Sport, o técnico Dorival Junior escalou Roni ao lado de Guilherme, no ataque. A dupla já marcou, ao todo, 21 gols no Brasileiro. Os volantes Charles e Luís Alberto, além do meia Wagner, serão os desfalques do Cruzeiro. Já a diretoria do Sport, que briga por vaga na Copa Sul-Americana, ofereceu R$12 mil a cada jogador caso o time conquiste a vaga na competição.
Em Porto Alegre, o Palmeiras, quarto colocado com 58 pontos, não terá o zagueiro Gustavo e o meia Valdívia, que cumprem suspensão. No entanto, terá o volante Martinez, recuperado de cirurgia na face. No Internacional, o atacante Nilmar, machucado, está vetado. A dupla de ataque deverá ser formada por Gil e Iarley. O time colorado tenta assegurar vaga na Copa Sul-Americana.
Já o vice-líder Santos pode assegurar sua vaga na Libertadores caso vença o Paraná, em Curitiba. Para isto, bastará que Flamengo, Palmeiras ou Cruzeiro tropecem. O time terá a volta do zagueiro Adaílton, após quatro jogos de suspensão. O Paraná precisa vencer para manter viva a chance de evitar o rebaixamento.
Clube pode ajudar Rio a quebrar marca histórica
Caso conquiste hoje sua classificação para a Copa Libertadores de 2008, o Flamengo estará fazendo mais do que concluir uma reação espetacular no Campeonato Brasileiro. Estará quebrando uma marca histórica para o futebol carioca. Após 23 anos, o Rio de Janeiro teria dois clubes disputando a mais importante competição sul-americana, já que o rubro-negro se juntaria ao Fluminense, classificado desde a conquista da Copa do Brasil.
A última e única vez em que dois cariocas jogaram a Libertadores foi em 1985, quando Vasco e Fluminense, finalistas do Brasileiro no ano anterior, representaram o Brasil, mas não passaram da primeira fase. O futebol carioca voltou a fazer, em 1992, a final do Brasileiro. Mas, na ocasião, só o campeão tinha vaga na Libertadores, acompanhado do vencedor da Copa do Brasil.
- Há quanto tempo não acontecia isso? - espantou-se o técnico Joel Santana. - É uma prova da evolução dos times cariocas e seria uma ótima oportunidade para se pensar em investir na melhoria das condições de trabalho de todos. Imagine o Flamengo no Ninho do Urubu, com um CT novo, bem estruturado. Facilita muito as coisas.
O futebol do Rio esteve representado em 20 das 48 edições da Libertadores. Cinco cariocas já participaram: os quatro grandes e o Bangu. O Flamengo é o recordista, com oito participações, uma a mais do que o Vasco. Os dois rivais são os únicos cariocas que já foram campeões, uma vez cada.
Renato Mauricio Prado
Passado e presente
E não é que, uma vez mais, Nei Franco pode acabar definindo o destino do Flamengo, na Libertadores? No ano passado, comandando o time, na final da Copa do Brasil, classificou o rubro-negro para a competição mais importante das Américas. Agora, à frente do Atlético Paranaense, pode enterrar os sonhos da equipe que dirigiu durante as primeiras doze rodadas. Será?
O Fla de Nei Franco era, indiscutivelmente, bem mais fraco do que o atual, dirigido por Joel Santana.
Após a sua saída, chegaram Fábio Luciano e Ibson, que, juntamente, com o técnico Joel Santana, foram os principais responsáveis pela fantástica recuperação rubro-negra.
No Atlético Paranaense, entretanto, Nei também conseguiu boa evolução. E o jogo de hoje nem de longe deve ser considerado fácil para o campeão carioca.
A torcida - que sofreu horrores para conseguir os ingressos - terá que "jogar" como nunca. Somente a vitória interessa.
Prêmio pelo vice? Que bobagem! A única coisa que interessa é a Libertadores. Seja em que posição for.
Jornal dos Sports
Hora de mostrar que valeu a pena
Flamengo pega o Atlético-PR, em um Maracanã lotado, e pode garantir a vaga para Libertadores
Thiago Bokel e Nathan de Lima
Depois da desconfiança, o atacante Souza já é um dos mais queridos da torcida
Depois da agonia de conviver por boa parte do campeonato com a sombra do fantasma do rebaixamento, finalmente, o torcedor rubro-negro poderá soltar o grito que está entalado na garganta e comemorar a classificação à Libertadores. Hoje, às 18h10m, o Flamengo enfrenta o Atlético-PR, no Maracanã, e com a combinação de alguns resultados, poderá se garantir na competição sul-americana.
Se assegurar realmente a vaga, o Fla será o único carioca a conseguir, desde a criação dos pontos corridos, uma vaga na Libertadores pelo Brasileiro.
E para alcançar este patamar, dois jogadores foram fundamentais: o goleiro Bruno, que pisará no Maracanã mordido pela não indicação para concorrer ao prêmio de melhor goleiro do campeonato. E o outro personagem é o atacante Souza, que depois de muita desconfiança, conseguiu provar seu valor.
Os números comprovam que o goleiro tem todos os motivos para ficar contrariado com o resultado da escolha. Desde a estréia do técnico Joel Santana, no dia 5 de agosto, ele atuou em todas as 24 partidas e sofreu apenas 26 gols, números próximos aos 10 jogos que fez sob o comando de Ney Franco, quando sofreu 21. Ele desfalcou a equipe apenas duas vezes, contra o Atlético-MG e São Paulo, ainda no primeiro turno.
Passo a passo
Já no caso de Souza, a luta para conquistar a torcida se deu desde sua chegada ao clube, no início do ano. Isso porque, o atacante teria que disputar a vaga entre os titulares com Obina, eterno xodó dos torcedores. Depois de uma primeira metade de ano marcada por suspensões, o goleador conseguiu se firmar, e agora sonha em fazer o gol da classificação.
“Claro que isso passa pelo minha cabeça, ainda mais porque o Maracanã estará lotado. Dá um frio na barriga diferente, mas se nos classificarmos mesmo sem que eu faça gol, está bom também”, contentou-se o artilheiro do último Brasileiro.
Motivação não irá faltar ao Flamengo para vencer o Atlético-PR. A equipe terá a seu favor o maior público pagante do campeonato — 82.044 —, e ainda reencontrará Ney Franco, que comandou o Fla por um ano e dois meses, antes da chegada de Joel. Chegou a hora Mengão.
Flamengo apresenta carro para disputa da Fórmula Superliga
O Flamengo apresentou, na manhã deste sábado, na Gávea, o seu carro para a disputa da Fórmula Superliga, que terá início em agosto de 2008, nos principais circuitos europeus. Marcaram presença na cerimônia de apresentação o presidente do clube, Marcio Braga, atletas da ginástica como Diego Hypólito e alguns jogadores do elenco profissional do Rubro-Negro como Kléberson, Leonardo, Rômulo, Toró, além do técnico Joel Santana.
De acordo com os organizadores do evento, todos os carros da Fórmula Superliga serão iguais. O diferencial dos clubes será na escolha do piloto. A máquina terá motores V12 fornecidos pela Menard e com 700 cavalos, podendo chegar a mais de 320km/h.
O Flamengo não ficará respónsável pela manutenção dos carros. Esta função será de responsabilidade da própria Superliga.
Embora o clube ainda não tenha escolhido o piloto que irá guiar o carro, batizado de Urubumóvel, Gualter Salles, que também esteve presente na cerimônia, é nome favorito.
A Fórmula Superliga será entre agosto e novembro de 2008, num total de seis etapas. Para a primeira etapa será realizada um treino classificatório, mas a partir do segundo GP, o grid de largada será feito pela classificação final da prova anterior em sistema de inversão (o primeiro da última prova será o último na corrida seguinte).
O Corinthinas também recebeu convite da modalidade. A Fórmula Superliga está em contato com Inter de Milão (Itália), Liverpool e Manchester United (Inglaterra), e Barcelona e Real Madrid (Espanha), entre outros.
Já estão confirmadas as presenças de carros dos clubes Flamengo, Milan (Itália), Borussia Dortmund (Alemanha), Basel (Súiça), Porto (Portugal), Galatasaray (Turquia), Olympiacos (Grécia), PSV Eindhoven (Holanda) e Anderlecht (Bélgica).
Marcio Braga entala no carro da Fórmula Superliga
A apresentação do Urubumóvel, carro com qual o Flamengo irá disputar a Fórmula Superliga em 2008, seguia normalmente quando o presidente do Flamengo, Marcio Braga, proporcionou uma cena inusitada. Ao entrar no carro, o dirigente acabou entalado no automóvel e precisou da ajuda dos atletas que também estavam presentes, para sair.
Gualter Salles é um dos pilotos mais cotados
As cores vermelha, preta e branca, como não poderia deixar de ser, caracterizam o novo carro rubro-negro. Uma dúvida, no entanto ainda precisa ser tirada: quem será o piloto que representará as cores do Flamengo. Gualter Salles, um dos candidatos à vaga no cockpit, foi à Gávea prestigiar a apresentação.
“Apesar de estar na Stock Car atualmente, corri em fórmulas durante 15 anos, e seria uma oportunidade legal voltar a guiar na Europa. Ainda mais misturando minhas duas grandes paixões, que são o futebol e o automobilismo. Seria uma grande emoção estar correndo e torcendo pelo Flamengo ao mesmo tempo”, se candidatou o piloto.
Se a dúvida por quem será o piloto ainda persiste, e só será definida nos testes que serão realizados no ano que vem, um forte candidato já está fora da briga. O presidente Marcio Braga se entusiasmou com a possibilidade entrar no carro e acabou ficando preso dentro do cockpit, demorando quase cinco minutos para conseguir sair.
“É um belo carro, mas não para um senhor de 70 anos”, brincou o presidente. Como os bólidos serão iguais, a diferença estará no braço dos condutores.
Carro do Mengão vem para fazer sucesso
Thiago Bokel
O novo carro do Flamengo fez sucesso na sala de troféus do clube, na badalada apresentação
Com toda a pompa e glamour de um grande evento, o Flamengo lançou ontem, de manhã, na sala de troféus da Gávea, o Urubumóvel, seu carro na Formula Superliga, um campeonato mundial de automobilismo entre clubes.
A cerimônia contou com a presença de atletas de várias modalidades, como do remo, dos ginastas Vítor Rosa e Diego Hypólito, Hélcio e Octávio, do futsal, e dos jogadores do elenco profissional de futebol, Kleberson, Toró, Rômulo, Leonardo, Marlon e Hélder, além do técnico Joel Santana.
A categoria terá seis provas no seu primeiro ano, todas na Europa, e a projeção é de que daqui há cinco, tenha 17 etapas, incluindo no Brasil.
O Flamengo não terá custo algum para participar do campeonato, tendo só a obrigação de escolher o piloto. O campeonato terá início no dia 30 de agosto do ano que vem, e em cada final de semana serão realizadas duas corridas, ambas no domingo. A primeira será de acordo com a classificação realizada no sábado e na segunda, a ordem será inversa a posição de chegada na primeira etapa.\ Já estão confirmados o Anderlecht (BEL), Porto (POR), PSV Eindhoven (HOL), Milan (ITA), Olympiakos (GRE), Borussia Dortmund (ALE), Basel (SUI) e Galatasaray (TUR).\
Os motores, V12, serão da marca Menard, com 750 cavalos de potência e os carros poderão atingir até 320 Km/h. Os pneus inicialmente serão da Avon, e ainda não existe uma numeração oficial, pois haverá um sorteio para definir isso. Na segunda temporada, o número dos carros será de acordo com a classificação do primeiro ano.
O Flamengo não deverá ser o único representante brasileiro na categoria, pois o Corinthians está próximo de acertar contrato, assim como, Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão e Manchester United.
Cuidado com o ‘irmão’ rubro-negro
Thiago Bokel e Nathan de Lima
Mesmo ciente da necessidade de vitória, Renato Augusto pede cautela com adversário
Enfrentar o Atlético-PR, que teoricamente não tem mais o que almejar neste Brasileiro, poderia representar uma certa facilidade para o Flamengo. Para o torcedor então, que não consegue imaginar outro resultado diferente da vitória, essa teoria se repete. Mas dentro de campo, a história é outra. Prova disso, é que o apoiador Renato Augusto mostrou muita cautela ao se referir ao jogo.
“Se não conseguirmos a classificação, a irritação dos torcedores será a mesma de que se tivéssemos sido rebaixados. Estamos com o doce na boca e se ele vier a sair, será muito desagradável. Da mesma forma que a força das arquibancadas pode ser favorável, ela pode ser ruim se o gol demorar a sair. Por isso, precisamos fazer o gol na primeira chance que aparecer”, aconselhou.
Mas se o pensamento da revelação rubro-negra é de que a derrota poderia colocar toda a confiança à perigo, o técnico Joel Santana não encara dessa forma.
“Não será um jogo que apagará toda essa linda campanha que fizemos ao lado do nosso torcedor. Mas com a força que demonstramos no Maracanã ao longo do campeonato, temos tudo para vencer mais este jogo”, afirmou o treinador.
Sem escalação
Para conseguir essa importante vitória, Joel continuou adotando mistério e só divulgará a escalação no vestiário. A dúvida que persiste está em quem será o substituto de Toró, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O argentino Maxi Biancucchi e o apoiador Léo Medeiros lutam pela vaga, mas o primeiro tem mais chances de começar jogando, pelo bom rendimento nos coletivos durante a semana. Outra hipótese muito improvável é que Obina faça dupla com Souza.
Mariana Brochado é ouro em Minas
Satiro Sodré
A carioca Mariana Brochado levou a medalha de ouro nos 800m livre da Copa do Mundo
Belo Horizonte, MG — A musa rubro-negra Mariana Brochado deu a volta por cima em grande estilo após ficar de fora do Pan-2007. Ontem, durante a Copa do Mundo, na piscina do Minas Tênis, ela venceu a prova dos 800m, com o tempo de 8min51s60 e comprovou que está na briga por uma das vagas da Seleção, que disputará a Olimpíada de 2008.
“Foi ótimo retornar com a medalha de ouro. Não nadava uma competição mais forte desde maio e estava um pouco nervosa. O tempo poderia ser melhor, mas foi bom para a época porque só descansei dois dias e estou pesada. Estou treinando para o Torneio Open (em dezembro), que é seletiva para o Sul-Americano e para os Jogos Olímpicos”, disse Mariana.
Nos 400m medley, Thiago Pereira, marcou 4m08s49 e ficou longe de seu recorde da Copa do Mundo e sul-americano, 4m00s63, feito na etapa de Berlin, no último dia 17 de novembro, mas venceu com 10 segundos de frente para o segundo colocado, o australiano Adam Lucas (4m18s14), que venceu uma das últimas provas do dia, os 400m livre, com 3m51s88, seguido por Luiz Arapiraca (3m53s00) e Lucas Salatta (3m53s46).
Ele ficou em terceiro nos 100m medley (53s60), atrás dos sul-africanos Roland Schoeman (53s13) e Gerhard Zandberg (53s51). O Brasil ainda garantiu mais quatro ouros: Tatiana Sakemi (100m peito), Joanna Maranhã (200m costas e medley) e também Kaio Márcio (200m borboleta).
Flamengo vence o clássico
Rubro-negro derrota o Fluminense e segue líder do Estadual de Basquete
Rafael Oliveira
Wallace Teixeira
O cubano Amiel sobe para marcar dois pontos para o Mengão
Após a apertada vitória sobre os vascaínos, o Flamengo passou com facilidade pelo Fluminense. A vitória por 91 a 75 (51 a 41) obtida ontem no Tijuca Tênis Clube foi a 11ª dos rubro-negros no Estadual. O cestinha foi mais uma vez o ala Marcelinho, com 31 pontos. Para a equipe das Laranjeiras o maior pontuador foi Wanderson, com 15.
O triunfo de ontem praticamente garantiu ao Flamengo a liderança da primeira fase. O time de Paulo Chupeta volta a jogar na quarta-feira, contra o Municipal, no ginásio da equipe tijucana. Já os tricolores encerraram sua participação nesta fase. Já classificados, só voltam a jogar nas semifinais.
Prévia
O duelo pode ter sido uma prévia de um dos confrontos da próxima fase. Em quarto lugar, o Fluminense não tem mais como ultrapassar o Macaé, terceiro colocado. Caso o Rubro-negro se confirme na ponta da tabela, o clássico mais tradicional do Estado acontecerá por pelo menos mais duas vezes este ano.
Ontem, os tricolores pareceram ter entrado em quadra sem consciência da importância que tem o clássico contra o Flamengo. Durante todo o jogo estiveram atrás no placar e em momento algum ameaçaram a vitória rubro-negra.
Maozão, Wanderson e Sucatzky bem que tentaram comandar uma reação, mas os rivais se mostraram atentos e não permitiram que a equipe de Flávio Davis encostasse. Desde que o Flamengo se distanciou, ainda no primeiro quarto, sua vantagem nunca foi menor que cinco pontos.
Reforços
Além de contar com jogadores mais concentrados, Paulo Chupeta ainda teve em suas mãos um banco com muitas opções.
"Não foi uma vitória fácil. Só conseguimos estar sempre à frente graças ao plantel. Eu tinha peças de reposição, já o Flávio Davis não. Quando nós abrimos uma boa diferença, ficou difícil para eles, cansados, reverter o placar", disse Paulo Chupeta.
A partida também marcou o retorno de Alírio às quadras. Após 15 dias parado por contusão, o pivô jogou por alguns minutos.\ O suficiente para marcar oito pontos.\
FLUMINENSE: Mãozão (11), Sucatzky (7), Wanderson (15), Soró (13) e André (1)Entraram: Luís Felipe (10), Márcio (4), Romário (8) e Guilherme (¨6)\ Técnico: Flávio Davis\
FLAMENGO: Marcelinho (31), Fred (6), Amiel (12), Wagner (8) e Coloneze (9)Entraram: Hélio (3), Duda (3), Maicon (2), Alírio (8) e Fernando Mineiro (9)\ Técnico: Paulo Chupeta\
Local: Ginásio do Tijuca Tênis Clube
O Dia
Torcidas dividem o Rio em áreas de guerra
Organizadas demarcam territórios e proíbem acesso de rivais, que são agredidos e expulsos
Mahomed Saigg
Rio - A rivalidade entre as torcidas organizadas do Rio está transformando a cidade num campo minado. Obcecados por futebol, torcedores fanáticos dos quatro grandes clubes cariocas — Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense — estão demarcando seu território, proibindo a presença de rivais e espalhando medo por toda a cidade.
Uniformizados ou não, aqueles que são identificados numa área dominada por ‘inimigos’ são perseguidos, agredidos e expulsos do local. Para se tornar uma vítima, nem é preciso ser integrante de alguma organizada, basta que sejam torcedores de um time adversário para serem hostilizados.
Levantamento de O DIA com informações de componentes das torcidas Jovem do Flamengo, Força Jovem do Vasco, Fúria Jovem do Botafogo e Young Flu mostra os 15 principais pontos de combate dos membros destas quatro facções, as mais violentas do Rio. O mapeamento também aponta por quem eles são controlados, como é o caso das ruas Santa Clara e Rodolfo Dantas, em Copacabana, redutos da Jovem Fla, e da Rua dos Artistas, na Tijuca, dominada pela galera da Fúria Jovem.
“Invadir território inimigo hoje é o mesmo que tentar atravessar a Faixa de Gaza segurando uma bandeira de Israel. É pedir para morrer”, compara um integrante da Força Jovem do Vasco que, por questões de segurança, preferiu não se identificar, referindo-se ao território palestino.
A mais recente vítima desta guerra entre torcedores rivais foi o rubro-negro Germano Soares da Silva, 44, que morreu quinta-feira. Líder da torcida Jovem Fla, ele foi espancado durante briga com integrantes da Força Jovem, dia 16. O confronto aconteceu na Praça 15, no Centro, e envolveu mais de 100 pessoas. Cinqüenta e cinco foram detidas e levadas para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Membro da Young Flu há 10 anos, o tricolor X. tem uma explicação para tanta intolerância: “A rivalidade é muito grande, e todos querem ser soberanos. Quanto mais violenta, mais respeitada ela é. Por isso quem ‘planta a cara’ em território dominado por ‘alemães’ tem que ter disposição, porque será caçado”.
‘GUERREIROS’ TÊM TRATAMENTO VIP NAS FACÇÕES
Justamente por seu comportamento violento, os brigões das organizadas são respeitados dentro das facções. Os mais cruéis são chamados de ‘guerreiros’ e recebem tratamento VIP. Sempre prontos para agredir rivais, têm uma série de benefícios.
“Os homens de frente são sempre os primeiros em tudo: a ganhar ingressos para os jogos, a ser chamados para as viagens quando as partidas são disputadas fora do Rio e, às vezes, até recebem ajuda de custo para firmar na torcida e dar apoio nas batalhas”, revela um integrante da ‘tropa de elite’ da Fúria Jovem, do Botafogo.
Mas, segundo este mesmo torcedor alvinegro, que já perdeu a conta de quantas batalhas participou, nem tudo são flores para os ‘guerreiros’.
“A cobrança em cima da gente é muito grande. Na hora dos confrontos, por exemplo, não podemos nem pensar em recuar, temos que ‘sustentar’, senão ficamos desmoralizados e somos cobrados”, frisou outro guerreiro, integrante da Jovem Fla.
Inconformado com a morte de Germano, ele anuncia mudanças na torcida. “Já estamos nos movimentando para dar o troco neles (torcedores da Força Jovem do Vasco). Isso não vai ficar assim. A galera da pesada mesmo, que tinha se aposentado, já está se articulando para voltar. Vamos sacudir a casa deles”, ameaça o torcedor, acrescentando que haverá punição para os integrantes da Jovem Fla que participaram da briga entre as duas organizadas.
“Ninguém é obrigado a brigar. Mas o que não pode é abandonar o barco e deixar um parceiro sozinho como fizeram com o Germano. Eles foram covardes, por isso serão cobrados. Ser integrante de torcida organizada não é brincadeira, é preciso ter peito, ter coragem, e isso aquela molecada não teve”, critica o rubro-negro.
O respeito aos ‘guerreiros’ conquistado ao longo dos anos entre os rivais tem um preço. “Depois que entramos, não temos mais como sair. Por mais que a gente tente, ficamos marcados para sempre. Eu mesmo já abandonei essa vida há dois anos, mas até hoje sei que tem ‘alemão’ me caçando”, desabafa um tricolor que, desde que abandonou a Young Flu, nunca mais voltou a um estádio de futebol.
COMANDANTE É CONTRA O FIM DAS TORCIDAS
Comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) há oito anos, o major Marcelo Vianna Pessoa conhece como poucos a estrutura das torcidas organizadas do Rio. Ameaçado de morte por grupos de torcedores incomodados com o trabalho de prevenção e repressão aos confrontos, geralmente programados via Internet, ele acredita que a rivalidade e a intolerância entre esses grupos sempre vão existir.
“Não há como mudar isso. O que não podemos admitir é que prevaleça a falta de respeito entre esses torcedores, que são capazes de qualquer sacrifício por seus clubes. Tampouco podemos permitir que eles coloquem em risco a segurança de outros cidadãos que não têm nada a ver com essa guerra”, afirma o policial, que se diz contra a extinção das torcidas organizadas.
“Mas desde que sejam realmente organizadas, porque, do jeito que estão funcionando hoje, não têm nada de organizadas”, diz o major. “Mais parecem um monstro criado por interesses pessoais e por amor ao clube, porém que cresceu sem forma nem conteúdo. Agora temos que dar um jeito de domá-lo e de educá-lo. Caso contrário, continuaremos enxugando gelo e nunca acabaremos com essa guerra absurda que assusta e preocupa os torcedores de bem.”
Flamengo: Um jogo de arrepiar
Joel Santana e os jogadores se emocionam quando falam do sacrifício da torcida rubro-negra para estar no Maracanã, na partida contra o Atlético-PR
Martha Esteves
Rio - Todos sabem que o Flamengo é um time de tradição e que enlouquece a torcida quando mostra raça, amor e paixão em campo. O técnico Joel Santana se arrepia quando lembra a festa da torcida. Emociona-se, quando recorda o sacrifício do torcedor para conseguir o ingresso para o jogo das 18h10, no Maracanã, contra o Atlético-PR, do técnico Ney Franco, que vale a vaga na Libertadores.
Por isso, só uma coisa o deixará feliz e, de quebra, toda a enorme Nação Rubro-Negra: a vitória. Nem mesmo o fato de Ney Franco, que passou o bastão para Joel no Flamengo, conhecer bem seu time, preocupa o técnico rubro-negro.
Mesmo sem revelar o time, que deve ter Léo Medeiros no lugar de Toró, que cumpre suspensão, Joel conta como quer a equipe se comportando em campo: com a mesma garra demonstrada nos últimos jogos, que marcaram a virada no Campeonato Brasileiro.
“A gente tem de agradecer e homenagear essa maravilhosa torcida com um futebol vibrante, de muita raça e vontade. Quero todos lutando muito pela vitória. Dar a vaga na Libertadores à torcida será uma justa homenagem a tudo o que fizeram por nós”, entende o técnico.
Os jogadores também ficaram emocionados com o sofrimento do torcedores e comungam com Joel a vontade de retribuir em campo todo o carinho dado ao longo da virada rubro-negra.
Renato Augusto já sabe que não vai conseguir conter as lágrimas mais uma vez. Ele chorou copiosamente em campo, contra o Santos, muito antes de o jogo acabar.
Mesmo para quem já sentou inúmeras vezes na arquibancada do Maracanã, cada jogo traz uma emoção diferente. “Eu sempre penso antes de entrar: não vou chorar, não vou chorar...Mas nunca dá certo. Quando vejo a torcida e ouço o Tema da Vitória, fico muito emocionado. Não tem coisa mais linda do que a festa que esta torcida faz. Por tudo isso, temos a obrigação de vencer”, diz o apoiador.
Finalista do prêmio da CBF e da votação dos internautas e leitores do DIA aos melhores do Brasileirão, o lateral Léo Moura também quer dar à torcida este presente antecipado de Natal. “Nos últimos tempos, nosso torcedor sofreu muito. Mas, agora, será só alegria”.
A torcida espera que sim. Antes da saída de bola, um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao jornalista Altair Baffa.
Feliz com o time, Joel diz que para o Flamengo e sua torcida nada é impossível
Rio - O dia 25 de dezembro de 1948 não foi um Natal qualquer para a família Santana. O pequeno Joel chegou com saúde. Melhor presente, impossível. Ganhou o nome de Natalino. Cresceu e apareceu com sucesso no futebol.
No Flamengo, fez pequenos milagres. Salvou o time da degola em 2005, descobrindo que o inferno faz fronteira com o paraíso, na Gávea. Agora, o Papai Joel, amigo dos jogadores, tirou a equipe das últimas posições no Brasileiro e pode dar hoje à torcida, a um mês do Natal, o presente mais esperado: vaga na Copa Libertadores de 2008.
Os olhos de Joel apertam-se ainda mais quando ele lê as anotações dos últimos três meses, acumuladas em sua famosa prancheta. Espanta-se ao observar que seu time esteve 19 pontos atrás dos então líderes São Paulo e Botafogo, na época com 31 pontos.
Emociona-se por ver a equipe disputando os primeiros lugares e segura as lágrimas ao agradecer o apoio da torcida. “Nosso compromisso de honra é dar a vaga na Libertadores como presente de natal antecipado a essa maravilhosa ‘nação’. Conseguimos o que parecia quase impossível, porque, para o Flamengo e sua torcida, nada é impossível.
Houve muita entrega e trabalho. O torcedor recuperou o velho orgulho de ser rubro-negro, depois de tanto tempo sendo sacaneado e chacoalhado pelos antiflamenguistas”, entende Joel.
Mesmo finalista no prêmio dos melhores do Brasileirão, da CBF, e líder na votação dos internautas e leitores do DIA como melhor técnico do País, Joel recebe elogios e honrarias com a velha modéstia de quem foi criado nas ruas do subúrbio de Olaria. Com a simplicidade de sempre, distribui autógrafos, posa para fotos, conversa com torcedores, justifica suas posições e atitudes aos jogadores, que aceitam suas decisões sem criar problema.
Ele mesmo se pergunta: quem diria que a eterna promessa de apelido Toró fosse se tornar peça tão fundamental na virada rubro-negra?
“E olha que montei o time, deixando o ídolo Obina e o craque Roger no banco. E todos aceitaram. Essa entrega em campo refletiu no comportamento da torcida, que tem nos apoiado de maneira emocionante. Prometo uma coisa: como diz o Tema da Vitória, vamos mostrar muita raça e paixão dentro de campo”. A torcida promete fazer o mesmo na arquibancada.
Márcio Braga fica preso no cockpit de carro rubro-negro
Rio - O cenário estava montado na Gávea para uma grande apresentação do carro que representará o Flamengo na Fórmula-Superliga de 2008, que também terá outros clube do futebol mundial. Entre as personalidades rubro-negras, o ginasta Diego Hypólito, o técnico Joel Santana, Toró e Kléberson. Após os discuros de praxe, o animado presidente Márcio Braga fez questão de ser o primeiro a entrar no carro. Até aí, tudo bem. Só que na hora de deixar o bólido, Márcio ficou preso por alguns minutos no cockpit e foi um sufoco para sair. Arrancou risos e, depois, aplausos dos presentes.
Diário de um torcedor rubro-negro
Janir Júnior
Rio - Por mais longo que seja o caminho, o amor pelo Flamengo não tem fronteiras. A história de Ronaldo Silva, 31 anos, mostra que, por trás da grandeza do Rubro-Negro, existem pequenos capítulos que escrevem páginas de raça, amor e paixão. O torcedor, que vive do clube e para o clube, enfrenta dificuldades financeiras, três horas e meia de um percurso feito quilômetros a pé, depois de ônibus e por fim de trem, em meio a arrastões e brigas, para chegar ao Maracanã. No estádio, os problemas somem. “Não é sofrimento, é prazer”, afirma.
Para Ronaldo, torcer pelo Flamengo é mais do que paixão, é meio de sobrevivência: ele vende ursinhos rubro-negros. É também uma dura missão. Ao deixar a humilde casa que beira a linha férrea no bairro de Corumbá, em Nova Iguaçu, ele recebe o beijo da mulher, Cátia Cilene, e dos filhos. Começa ali uma odisséia acompanhada apenas por Deus até o Maracanã. “Peço proteção ao Pai e vou”, diz.
Os primeiros quilômetros até o ponto de ônibus são feito a pé, à beira da estrada, em chão de terra batida. O dinheiro é curto: em dias de calor, falta até para um simples caldo de cana. Depois, para chegar ao Centro de Nova Iguaçu, pega um ônibus. “Quando estou duro, peço ajuda ao cobrador. Dou um jeito. Mas se for vascaíno, já era. Me bota para correr”, conta o torcedor.
Alguns dos seus pulos pelas grades da estação de trem já terminaram com golpes de cassetetes dos seguranças. O percurso até o Maracanã não guarda boas surpresas: “Tem arrastão, briga. Muitos marginais vestem camisa do Flamengo para driblar a polícia. Acaba sobrando para todos”.
Quando não há imprevistos no meio caminho, depois de três horas, ele chega ao estádio. A saída do trem é chamada de ‘Faixa de Gaza’ por ser área de conflito de torcedores. A longa jornada parece estar no fim. É hora de momentos de prazer. “O Flamengo é minha vida”, diz.
Na arquibancada, depois das dificuldades, Ronaldo espera que o Flamengo conjugue o mesmo verbo que faz parte de sua vida: vencer. Somente assim, o caminho do time para a Libertadores e o do torcedor de volta para casa se tornarão felizes.
Gazeta Esportiva
Flamengo enfrenta o Atlético-PR de olho na Libertadores\ Gazeta Press e Luiz Felipe Fagundes\
Rio de Janeiro (RJ) - Diante de mais de 82 mil torcedores, o Flamengo pode dar mais um passo rumo à classificação para a Copa Libertadores de 2008, neste domingo, quando recebe o Atlético-PR, às 18h10 (de Brasília), no Maracanã, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O time carioca é atualmente o terceiro colocado, com 58 pontos, e torce por tropeços de seus concorrentes Cruzeiro, Palmeiras e Santos. Já o Furacão, que sonha com uma vaga na Copa Sul-americana, soma 51 pontos.\ Apesar do título já decidido a favor do São Paulo, a torcida do Flamengo vem dando provas de seu amor pelo clube. Durante a semana, os rubro-negros formaram longas filas e enfrentaram tumultos para esgotar os ingressos. O esforço promete ser recompensando pelos flamenguistas dentro de campo.\
“Sabemos de todas as dificuldades que estes torcedores passaram e vamos dar tudo para conseguir um bom resultado e poder dedicar a esta torcida maravilhosa”, afirmou Ibson, revelado pelo próprio Flamengo.
Durante a semana, o time do Flamengo buscou refúgio em Teresópolis, na Granja Comary. O objetivo foi se afastar do clima de oba-oba que a torcida rubro-negra instalou na Gávea após os últimos bons resultados.
“Temos de ter cuidado porque a euforia é muito grande. A coisa não pode ultrapassar o que consideramos normal. Do outro lado estará uma grande equipe, com jogadores experientes e um treinador de muita qualidade. O Flamengo vai ter que jogar o seu melhor se quiser sair com a vitória”, disse Ibson.
Em relação ao time que derrotou o Santos na última rodada, o técnico Joel Santana fará apenas uma modificação. Sem poder contar com o meia Toró, suspenso com três cartões amarelos, o treinador optou pela entrada de Léo Medeiros, que venceu a concorrência com Roger, Maxi Biancucchi e Obina.
Pelo Furacão, o objetivo é estragar a festa da torcida flamenguista e de quebra carimbar a vaga para a Copa Sul-americana de 2008. O técnico Ney Franco, velho conhecido da torcida carioca, usará o conhecimento que tem do adversário para montar o time, mas garante não sentir nenhum sentimento especial por enfrentar o ex-clube.
“É uma partida como qualquer outra do Brasileiro”, garantiu o comandante atleticano, que vai para ao Rio pensando nos três pontos. “Nossa equipe está preparada para o jogo nos aspectos técnico, tático e também psicológico. Enfrentar o Flamengo sempre é muito difícil, mas vamos para realizar um bom jogo. Temos a expectativa de conseguir os três pontos”, afirmou.
A grande novidade deve ficar por conta do esquema tático. Com a volta de Ferreira, que estava servindo a seleção colombiana, e a recuperação total de Alex Mineiro. A tendência é o Furacão entrar em campo no 4-4-2, o que só será revelado antes do jogo. Para o atacante Marcelo Ramos, seria a formação ideal. “O Ferreira vive um grande momento e acredito que tem como jogarmos os três juntos. Seria muito bom voltar a jogar com o Alex”, analisou.
Na zaga, a expectativa é pelo retorno de Antônio Carlos, recuperado de lesão. O zagueiro também espera a definição do esquema tático, mas já tem a receita para superar os obstáculos no Maracanã. “A experiência que o nosso time tem não basta. Temos que ter é vontade. Sabemos que o Flamengo vai começar forte devido ao incentivo da torcida. E nós temos que tocar e segurar a bola. Se sairmos na frente no marcador fica mais fácil”, finalizou.
Dirigentes comemoram presença do Fla no automobilismo
Rio de Janeiro (RJ) - A partir deste domingo, o Flamengo fará parte do seleto clube de participantes da Superleague Formula. A categoria estreará em 2008 e contará com carros representando diversos times do futebol mundial, como Milan, Porto, PSV Eindhoven, Olympiacos, Borussia Dortmund e Anderlecht, entre outros.\ O time carioca será o primeiro fora da Europa a se juntar à categoria, que contará com carros fabricados pela Panoz/Elan, nos EUA, com motores V12 de 750 cavalos de potência produzidos pela Menard, na Inglaterra. Vale lembrar que as duas fabricantes também fornecem materiais de competição para categorias norte-americanas de monopostos, como a IRL e a Fórmula Indy.\
O convite aos flamenguistas animou o presidente Márcio Braga, que prometeu surpreender os rivais europeus. “Estamos muito orgulhosos de fazer parte desta iniciativa e ter a oportunidade de levar o nome Flamengo e sua glória em outros esportes para uma nova categoria competitiva, o automobilismo, onde seguramente deveremos manter nossa tradição de lutar pelo título”, afirma.
Como lembrou Braga, o time rubro-negro tem tradição em diversos outros esportes, como o remo (que originou o clube), o futebol, a ginástica olímpica (com atletas como os irmãos Diego e Daniele Hypólito), atletismo, basquete (conquistou o Campeonato Mundial feminino de basquete em 66), judô, natação, vôlei e pólo aquático.
A categoria, por sua vez, também não esconde seu otimismo com a entrada do Flamengo. A Superlegue Formula pretende contar com mais de 20 clubes do futebol mundial correndo em seis pistas da Europa, e a presença dos cariocas no Velho Continente foram bem recebidas pelos organizadores.
“Queremos ver os melhores clubes do mundo lutando pela vitória na Superleague Formula, e a entrada do Flamengo é um ótimo passo para concretizar nosso campeonato como sendo uma das mais importantes competições no cenário internacional”, diz Alex Andreu, presidente da categoria e com planos para a torcida flamenguista.
“O clube tem uma enorme base de torcedores em toda a América do Sul, e embora a primeira temporada será realizada somente em território europeu, tenho certeza de que os torcedores estarão ávidos para acompanhar seu carro em ação pela TV. Os torcedores do Flamengo são muito apaixonados pelo seu time, por isso estamos ansiosos por revelar seu carro dentro de sua casa, o Maracanã, em breve”, promete.
O encontro entre o bólido vermelho e negro deve acontecer neste domingo, antes do jogo contra o Atlético-PR, e vem sendo esperado pelos próprios organizadores da Superlegue. “Sabemos que os torcedores europeus são loucos por futebol, mas os torcedores sul-americanos levam isto a um outro nível”, admite Robin Webb, diretor de operações.
A categoria será disputada em seis etapas, cada uma com duas corridas por final de semana, sendo uma delas com o grid de largada invertido. As corridas na temporada de estréia serão em Donington Park (29/30 de agosto), Nurburgring (20/21 de setembro), Zolder (4/5 de outubro), Itália, em local a ser confirmado (18/19 de outubro), Estoril (1/2 de novembro) e Jerez de la Frontera (22/23 de novembro).
Flamengo apresenta carro antes de jogo com Atlético-PR\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - Mesmo com a boa fase do Flamengo no Campeonato Brasileiro, o futebol ficará de lado durante a manhã deste sábado na Gávea. Isto porque o Rubro-Negro promoverá um evento para a apresentação do carro do Flamengo, que irá disputar a Superleague Fórmula em 2008. No domingo, o carro será mostrado no Maracanã, antes do jogo contra o Atlético-PR.\ 'A paixão pelo clube do Flamengo aqui é simplesmente incrível. Seu time de futebol mostrou verdadeiro espírito de briga esta temporada e para nós, será uma emoção muito grande apresentar o carro aos espectadores', afirmou Alex Andreu, presidente da Superleague Fórmula, que tem sua estréia marcada para agosto de 2008, e contará no grid com monopostos equipados com motores V12 e 750 cavalos de potência. Os carros serão pintados com as cores dos clubes participantes.\
Além do Flamengo, outros 20 clubes do mundo inteiro estarão representados na Superleague, entre eles o Milan, PSV Eindhoven, Porto, Olympiacos, Galatasaray, Borussia Dortmund, Anderlecht e Basel. O calendário apresenta as seguintes provas: Donington Park (Reino Unido), em 29/30 de agosto; Nurburgring (Alemanha), em 20/21 de setembro; Zolder ( Bélgica), em 4/5 de outubro; Itália – local a ser confirmado, em 18/19 de outubro; Estoril (Portugal), em 1/2 de novembro; e Jerez (Espanha), em 22/23 de novembro.
Preocupado em não tirar a atenção do elenco do Flamengo da partida de domingo contra o Atlético-PR, o vice-presidente de futebol, Kléber Leite, vetou a presença de qualquer titular na apresentação do novo carro.
Joel mantém o mistério no Flamengo\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - Após o coletivo da tarde desta sexta-feira, no centro de treinamento de Vargem Grande, o técnico Joel Santana não desfez o mistério do Flamengo. O treinador continua mantendo em segredo quem será o substituto de Toró, suspenso, na partida deste domingo contra o Atlético-PR, no Maracanã.\ “Não sabemos ainda também como eles vão vir para nos enfrentar. Como futebol é um quebra-cabeça e não custa nada a gente guardar mais um pouquinho”, afirmou o treinador flamenguista.\
Léo Medeiros é o favorito a ficar com a vaga, mas o argentino Maximiliano Biancucchi também foi testado nesta sexta. Caso surpreenda e escolha por este último, Renato Augusto seria recuado para jogar no meio-campo
PeléNet
Pela Libertadores, Fla pega o Atlético-PR, que mira Sul-Americana
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
O antes combalido Flamengo terá a oportunidade de se classificar para a Copa Libertadores da América já neste domingo. Para isso, o Rubro-Negro carioca precisa vencer o Atlético-PR, às 18h10 (horário de Brasília), no Maracanã, pela 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, e torcer por um triunfo do Sport sobre o Cruzeiro, que se enfrentam no mesmo dia e hora, na Ilha do Retiro.
Torcida do Flamengo vai comparecer em peso no Maracanã, como nos últimos jogos
O Flamengo é o terceiro, com 58 pontos, enquanto o Cruzeiro, vem na quinta posição, com 57. O Atlético-PR, décimo, com 51, luta por uma vaga na próxima Copa Sul-Americana.
"É claro que dependemos de outro resultado, mas não podemos desapontar os torcedores que chegaram a dormir nos pontos de venda para garantir o seu ingresso. Quero um time valente e aguerrido", disse Joel Santana.
Além desta briga pelas competições sul-americanas, a partida terá dois atrativos especiais: o duelo vai registrar o recorde de público desta competição nacional (82.044) e marcará também o reencontro de Ney Franco com o Flamengo, que deixou o comando técnico do time em julho.
Pelo lado rubro-negro carioca, o único desfalque fica por conta de Toró, suspenso. O atacante Maxi Biancucchi e o apoiador Léo Medeiros brigam pela vaga. O mistério será levado pelo técnico Joel Santana até momentos antes de a bola rolar.
Emprestado pelo Atlético-PR ao Flamengo, Cristian só poderia jogar se os cariocas pagassem R$ 100 mil. Porém, as diretorias entraram em acordo e o volante foi liberado sem qualquer ônus.
No Atlético-PR, Ney Franco está em dúvida sobre o esquema tático que irá adotar contra o Flamengo. Durante a semana o treinador testou o time com três zagueiros e também no esquema 4-4-2. A indefinição está no posicionamento de Ferreira, que pode ser escalado como atacante ou jogar mais recuado, no meio.
"A dúvida é exclusivamente da parte tática do Atlético, nada de esconder jogo. Mas são detalhes que podem definir, principalmente nos 15 minutos iniciais da partida", disse.
Fla atropela o Flu na primeira partida da final do Torneio OPG
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
O Flamengo deu um grande passo para faturar o tricampeonato do Torneio Octavio Pinto Guimarães de Juniores. Na tarde deste sábado, na Gávea, no primeiro jogo da decisão, o Rubro-Negro goleou o Fluminense por 5 a 0. Os gols foram de Kayke, Paulo Sérgio, Diguinho, Thiago Sales e Anderson.
A partida de volta será realizada na próxima quarta-feira, às 15h (horário de Brasília), em Xerém. Para ficar com o título, o Fluminense precisa vencer por seis ou mais gols de diferença.
Caso o Tricolor desconte os cinco gols, o Torneio OPG será decidido nas penalidades máximas. Já o Flamengo, muito tranqüilo, pode perder por até quatro gols de diferença.
O Torneio OPG é tradicional nas categorias de base no Rio de Janeiro. Foi disputado entre 1981 e 85; em 1993 e a partir de 1995, com exceção de 2002. O Flamengo é o recordista de conquistas, tendo sido campeão em 1983, 84, 85, 93, 2005 e 2006. O Fluminense ganhou em 1999.
Apresentação de carro do Flamengo deixa Márcio Braga "entalado"
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
Em evento realizado neste sábado, na Gávea, o Flamengo apresentou oficialmente o seu carro que correrá na Fórmula Superliga, categoria do automobilismo com clubes de futebol. Porém, a demonstração da máquina ficou em segundo plano. Isso porque, ao sair do cockpit, o presidente rubro-negro, Márcio Braga, ficou preso.
Bem-humorado, o dirigente não comentou o ocorrido, mas salientou a presença do nome do clube nas pistas de corrida. Segundo Márcio Braga, este acontecimento fará com que o Flamengo seja ainda mais conhecido internacionalmente.
"Existem coisas que só o nosso clube proporciona. Só o Flamengo consegue levar um milhão de torcedores aos estádios pagando ingresso. Vamos ter todo o país torcendo pelo nosso carro. Estamos envolvidos não só profissionalmente, mas também emocionalmente com a nova categoria", disse.
O Flamengo será representado pela equipe belga, Astromega. O piloto ainda é desconhecido, mas Gualter Salles, que esteve presente ao evento, demonstrou o desejo em guiar o carro.
A inclusão neste tipo de categoria renderá bons frutos ao Rubro-Negro. Além do aspecto financeiro e de visibilidade, o Flamengo não vai arcar com nenhum gasto financeiro e ainda receberá parte da receita das transmissões de televisão e publicidade.
Além do Flamengo, estão confirmados na categoria o Milan (ITA), Olympiacos (GRE), Basel (SUI), PSV Eindhoven (HOL), Porto (POR), Borussia Dortmund (ALE), Anderlecht (BEL) e Galatasaray (TUR). Real Madrid (ESP), Manchester United (ING), Liverpool (ING), Barcelona (ESP) e Corinthians estão prestes a acertar sua participação.
GloboEsporte
Fla domina divisões de base em 2007
Clube coleciona títulos e retoma slogan 'Craque, o Flamengo faz em casa'
Eduardo Peixoto
Márcio Braga, Adílio e Moyses Saubel: sucesso nas categorias de base
Os títulos dos Estaduais infantil e juvenil conquistados no sábado fecham um ano hegemônico do Flamengo no futebol carioca. Com exceção da categoria mirim, todas as outras foram campeãs em 2007.
No primeiro semestre, os profissionais venceram o Botafogo e os juniores conquistaram o tricampeonato sobre o Vasco. A escada ficou quase completa com o bicampeonato dos juvenis e o título do infantil.
Isso sem contar com outros títulos relevantes, como a Copa Macaé (equivalente ao Brasileiro sub-17), a Taça Belo Horizonte de Juniores e o terceiro lugar no Mundial sub-19 da Malásia. Na próxima quarta ainda tem a final da Taça Otávio Pinto Guimarães. No primeiro jogo, o Rubro-Negro humilhou o Fluminense por 5 a 0, na Gávea..
A estrutura das divisões de base rubro-negra começa com Rivelino Serpa e Moyses Saubel. As comissões técnicas são comandadas por Adílio (juniores), Rogério (juvenil) e Zé Ricardo (infantil).
Na noite de sábado, o GLOBOESPORTE.COM conversou por telefone com Moyses Saubel para explicar o porquê da supremacia do Flamengo nas divisões de base.
Destaque dos juniores, Thiago Sales tem sido usado no time profissional
GLOBOESPORTE.COM: O ano termina e os títulos se acumulam. Qual é o segredo do sucesso do Flamengo?\ MOYSES SAUBEL: Essa verticalização de ganhar infantil, juvenil e juniores é um produto das comissões técnicas interagindo. Um time nunca é o mesmo de um ano para o outro. A fila anda e temos peça de reposição. O pulo do gato é a excelência na escolha das comissões técnicas e o advento do Ninho do Urubu.\
O CT é realmente importante?\ Demais. Toda a base fica concentrada num mesmo lugar. Por isso, se um técnico quiser observar os jogadores de outra categoria é só andar alguns metros. Desde 2005 conseguimos melhorar muito.\
Só ficou faltando o título do Mirim para a hegemonia ser completa...\ Não me importo com os resultados no Mirim. É a única categoria que não cobro resultado. Porque quem manda lá são os pais histéricos. Os garotos chegam no campo cheios de ordem. Depois que vamos incutindo a cultura rubro-negra.\
E o Flamengo consegue formar novos craques?\ Claro. Não adianta ganhar título. O que fica na realidade é o craque, o jogador. A pergunta que nos persegue é: esse cara vai jogar no time profissional do Flamengo? É só olhar. O Rômulo virou a menina dos olhos do Joel, o Thiago Sales também subiu muito bem. Alguém viu o jogo que o Paulo Sergio fez hoje contra o Fluminense (NR: primeiro jogo da final da Taça OPF)? Uma barbaridade. Isso sem falar no monstro que é o Erick Flores. A lista é muito grande...\
Esses títulos enterram de vez o "mito Xerém"?\ Fluminense faz o jogador e quer logo vender. Mas acho que houve briga interna lá em Xerém que desestabilizou. Mas nem quero saber. O Fluminense não ganhou nada neste ano. No Mirim, quem vai ganhar é o Vasco com um time cheio de ratos.\
Volta e meia falam que os jogadores que sobem para os profissionais do Flamengo não têm alguns fundamentos. Dizem, por exemplo, que Jean e Renato Augusto não sabiam finalizar... Esses títulos servem como resposta?\ Se o Flamengo que não sabe chutar ganha tudo, o quê falar dos outros? Deve ser uma epidemia porque a gente ganha de todo mundo. Eles esquecem dos zagueiros, volantes, meias... Quem assistiu à final dos juvenis pôde ver a diferença absurda da qualidade do nosso time para o Vasco. Deu gosto.\
Fla bate Flu e segue líder no Estadual
Ala Marcelinho, do Rubro-Negro, é o cestinha no clássico do basquete carioca
Marcelinho arremessa na partida contra o Fluminense, clássico carioca
O Flamengo segue líder no Campeonato Estadual de Basquete do Rio de Janeiro. E a ponta na tabela foi assegurada com uma vitória no clássico mais tradicional da cidade, contra o Fluminense. O Rubro-Negro venceu neste sábado, por 91 a 75, no ginásio do Tijuca. Foi a 11ª vitória da equipe em 12 jogos. O Fluminense é o quarto, com nove triunfos em 14 partidas.
O cestinha foi Marcelinho Machado, do Flamengo. O ala da seleção brasileira anotou 31 pontos. Pelo Flu, o maior pontuador foi Wanderson, com 15.
- O Chupeta (Paulo, técnico do Flamengo) teve muito mérito na nossa vitória. No intervalo, ele nos lembrou que não se pode relaxar contra uma equipe forte como a deles, pois mesmo com 12, 13 pontos de frente eles poderiam complicar um jogo que estava na nossa mão - diz Marcelinho.
Sobre a real possibilidade de enfrentar o Fluminense nos playoffs, Marcelinho foi enfático:
- Ainda temos duas partidas, contra o Municipal e a Liga Macaense, que é a grande surpresa desse campeonato. Temos que pensar nos playoffs só quando chegar a hora.
Para o jogador, o alto rendimento no ataque é reflexo do jogo coletivo realizado pelo Flamengo.
- O time entende esse ritmo agressivo com que eu jogo no ataque e me procura. Esse entendimento está sendo muito importante para mim e para o grupo - finalizou o craque do Fla-Flu.
Juniores: Fla goleia Flu na primeira final
Com atletas do time profissional, Rubro-Negro sai na frente na Taça OPG
Márcio Iannacca
Com Paulo Sérgio, Kayke, Thiago Sales e Marcinho em campo, o Flamengo venceu o Fluminense por 5 a 0, no primeiro jogo da final do Torneio Octávio Pinto Guimarães (OPG) de juniores. O torcedor rubro-negro que acompanhou a partida viu o desempenho desses jogadores e bem que poderia se imaginar em um compromisso do time profissional, já que todos esses atletas já tiveram uma passagem no time principal.
A partida decisiva será na quarta-feira, às 15h, sem local definido. O confronto pode ser em Xerém ou nas Laranjeiras. A diretoria tricolor ainda vai bater o martelo. O Flamengo luta pelo bicampeonato da competição.
- Poderíamos dizer que foi uma atuação de jogadores profissionais, já que conseguimos manter o mesmo ritmo de jogo mesmo com 2 a 0 no placar com menos de quinze minutos de partida. Respeitamos o Fluminense, mas não deixamos de atacar em nenhum momento - diz o rubro-negro Kayke, segundo sua assessoria de imprensa.
Fla mata o jogo no primeiro tempo
Aproveitando a experiência dos jogadores com passagem pelo profissional, o Flamengo não tomou conhecimento do Fluminense. Os mais experientes tomaram conta do jogo e ditaram o ritmo da partida. Aos 10 minutos, Rodrigo Andrade, outro destaque da equipe, abriu o marcador após bela jogada de Kayke, atacante que é uma das apostas de Joel Santana e tem sido relacionado constantemente para a equipe principal.
Na seqüência, Paulo Sérgio fez uma bela jogada e foi derrubado na área. Pênalti para o Flamengo. Kayke pediu para bater e ampliou para o Rubro-Negro, aos 13. O Fluminense bem que tentava diminuir a diferença, mas a experiência falava mais alto. Aos 43, Thiago Sales aproveitou cruzamento de Paulo Sérgio e marcou o terceiro.
Flu tenta, mas Fla administra
O Fluminense voltou do intervalo disposto a diminuir a diferença. O Flamengo, porém, adminitrou o resultado. O time jogou nos contra-ataques e soube matar o rival. Paulo Sérgio, aos 25 minutos, fez o gol mais bonito da partida. O jogador deu um lençol em um adversário e bateu na saída do goleiro para marcar. Aí, os poucos torcedores que compareceram à Gávea foram só alegria.
Com o Fluminense batido, o time do Flamengo diminuiu o ritmo. Mesmo assim, a equipe rubro-negra chegou ao quinto gol, com Anderson, após belo passe de Kayke, outro destaque da partida.
Gols: Rodrigo Andrade, aos 10 minutos, Kayke, aos 13 minutos, e Thiago Sales, aos 43 minutos do primeiro tempo; Paulo Sérgio, aos 25 minutos, Anderson, aos 33 minutos do segundo tempo\ Cartões amarelos: Paulo Victor, Marcinho, Thiago Sales (Fla); Tartá (Flu)\ Árbitro: Élcio Azevedo (RJ)\ Data: 24/11/2007\ Estádio: Gávea, no Rio de Janeiro(RJ)\
Fla ganha dois títulos sobre o Vasco
Equipes infantil e juvenil vencem Estadual em cima do maior rival
Os garotos do Flamengo fizeram o que a torcida rubro-negra mais gosta neste sábado: conquistaram títulos sobre o Vasco. O clube da Gávea levou a melhor nas decisões do Estadual de infantil e juvenil, disputadas no Vasco Barra.
No infantil, Vasco e Flamengo empataram em 2 a 2 e a decisão acabou indo para os pênaltis. O goleiro Douglas, do Flamengo, que entrou durante a partida, foi o herói do jogo. Ele defendeu duas cobranças e deu a taça ao time rubro-negro.
No juvenil, o Vasco precisava vencer o Flamengo já que havia perdido o primeiro jogo por 3 a 1. No entanto, as duas equipes também empataram em 2 a 2 e o Rubro-Negro levantou mais uma taça.
Entenda a Fórmula Superliga
Modalidade, que já conta com nove clubes, começa em 2008 e terá seis corridas na Europa
Márcio Iannacca
Carro do Flamengo para a Fórmula Superliga
A Fórmula Superliga é a nova modalidade do automobilismo que começará a ser disputada em 2008. Até o momento, nove clubes já acertaram a sua participação na competição. Além do Flamengo, América do México, Olympiacos, Borussia Dortmund, Basel, Anderlecht, Milan, PSV Eindhoven e Porto estão confirmados. Outras equipe do futebol mundial estão negociando, entre elas Corinthians, Real Madrid e Barcelona.
- O Corinthians está bem próximo do acerto. Falta pouca coisa para eles serem anunciados - diz Gustavo Wolf, representante dos clubes brasileiros na Fórmula Superliga.
Na primeira temporada, os pilotos disputarão o título em seis circuitos. O calendário, inclusive, já está liberado. Confira os locais e datas das provas da Fórmula Superliga: : Donington Park, na Inglaterra (31/08); Nürburgring, na Alemanha (21/09); Zolder, na Bélgica (5/10); Itália, a confirmar (19/10); Estoril, em Portugal (02/11); e Jerez de la Frontera, na Espanha (23/11).
No entanto, a apresentação realizada neste sábado, na Gávea, dá a entender que o calendário será, no mínimo, duplicado. Exista a possibilidade de provas no Brasil, na Argentina, no México, no Qatar, na Grécia e em outras partes da Ásia e da Europa.
As provas vão ser realizadas em dois dias. No primeiro dia, os competidores brigam para ver quem fará a pole position na primeira corrida. Na prova seguinte, o grid será invertido em relação ao resultado do primeiro evento. A idéia é acirrar a competição entre os clubes.
- O time que vence a primeira corrida, larga em último na segunda. Isso vai dar mais emoção na disputa - diz Gustavo Wolf.
Joel aprova o carro do Fla
Técnico comparece à festa, elogia o bólido, mas prefere não sentir sensação de pilotar
Márcio Iannacca
Joel Santana e o resto do time posam junto ao carro do Flamengo na Gávea
O técnico Joel Santana foi um dos profissionais do Flamengo que compareceram ao lançamento do carro da equipe rubro-negra na Fórmula Superliga. De bom humor, o treinador aprovou o veículo, mas não teve coragem de experimentar a sensação de pilotar um bólido de corrida.
- É uma emoção diferente ver um carro como esse. Ele está muito bonito. O Flamengo é assim em algumas coisas e isso motiva. Esse carro vai conquistar os torcedores. Eu sempre tive curiosidade de ver um carro de perto. Acho que o piloto tem um grande mérito de levar o carro e conquistar as vitórias - diz o treinador.
Diferentemente do ginasta Diego Hypolito, que aceitou o desafio de sentar no bólido da Fórmula Superliga, Joel Santana não teve a mesma curiosidade. Para o treinador bastou dar uma olhadinha à distância.
- Ando devagar, sou pé no freio. Não quero experimenter isso não - brinca o treinador, para logo depois apontar um jogador que cairia bem como piloto do bólido rubro-negro.\ - O Ibson tem a competência para pilotar esse carro. Ele está muito bem e tem dado uma dinâmica muito forte ao time - afirma Joel Santana, que viu o carro ser batizado por alguns rubro-negros de Urubumóvel.\
Carro do Fla é apresentado na Gávea
Marcio Braga tem problemas para entrar no bólido. Diego Hypolito também testou a máquina
Márcio Iannacca
Marcio Braga no carro do Flamengo, na Gávea
A festa de lançamento do carro do Flamengo na Fórmula Superliga foi digna dos grandes eventos automobilísticos. Mulheres bonitas, homens de terno e os organizadores do evento. Todos estavam presentes na Gávea neste sábado para exibir o bólido que vai representar o clube na nova modalidade, que será disputada em 2008 nos principais circuitos da Europa. O automóvel será mostrado à torcida neste domingo, no Maracanã, antes do jogo com o Atlético-PR.
O presidente Marcio Braga, dois representantes da Fórmula Superliga e o radialista Washigton Rodrigues fizeram parte da mesa durante a apresentação. O jornalista falou do que é ser rubro-negro e o dirigente do Flamengo complementou. A modalidade vai contar com os principais clubes do mundo e dois brasileiros, o Rubro-Negro e o Corinthians, que está prestes a entrar na competição.
Logo após a explanação, torcedores e jornalistas foram à sala de troféus do Flamengo para ver em primeira mão o carro do Flamengo. Lá estavam alguns jogadores, entre eles Kléberson e Toró, o técnico Joel Santana e atletas dos esportes olímpicos do Rubro-Negro, como o ginasta Diego Hypolito, o único a entrar no bólido da Fórmula Superliga. O presidente Marcio Braga bem que tentou, mas acabou ficando preso no c