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Clipp 24/abril

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

Belo gol, péssima viagem

Falta batida por Bruno evita tropeço, mas não a viagem ao México nas oitavas

Legenda da foto: BATIDO, O GOLEIRO Penny só olha a bola chutada por Bruno entrar no canto esquerdo, aos 37 minutos da etapa final. Com categoria, o goleiro fez o primeiro gol do Flamengo na vitória sobre o Bolognesi por 2 a 0

Legenda da foto: PERSEGUIDO POR um marcador peruano, Leonardo Moura tenta um passe

Até os 37 minutos do segundo tempo, o 0 a 0 e a apreensão persistiam entre os rubro-negros que contavam com a vitória e esperavam por uma goleada, mas não imaginavam o que estava por vir. Diante da falta de pontaria dos atacantes, a torcida gritou Bruno quando uma falta foi marcada perto da área. O goleiro vem treinando, mas não era um dos batedores indicados por Joel Santana. Ele deu alguns passos à frente e, sob olhares perplexos, foi encorajado por Fábio Luciano, que convenceu os companheiros a abrir caminho. E Bruno abriu o placar na vitória por 2 a 0 sobre o Coronel Bolognesi, ontem, no Maracanã, que deu ao Flamengo o primeiro lugar do Grupo 4 e a segunda melhor campanha da primeira fase, com os mesmos 13 pontos do Fluminense mas com menor saldo de gols.

Após a vitória do São Paulo por 1 a 0 sobre o Atlético Nacional e do Sportivo Luqueño sobre o Audax Italiano por 4 a 1, uma má notícia: o adversário nas oitavas-de-final será o América, do México, o que obrigará o Flamengo a uma desgastante viagem entre os dois jogos finais do Estadual. Na quarta-feira, o jogo de ida será no Estádio Azteca, na Cidade do México, a 2.235m de altitude. O Nacional venceu o Cienciano por 3 a 1, no Uruguai, e ficou em segundo no Grupo 4.

- Vamos estudar o América. Serão jogos difíceis e uma viagem desgastante. Vamos nos preparar para jogar bem e não sofrer conseqüências na volta - disse o técnico Joel Santana.

Bruno não foi o autor do primeiro gol de goleiro nem do mais inusitado da história rubro-negra. Em 1970, no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, Ubirajara Alcântara deu um chutão para frente e a bola foi parar na rede do Madureira. Em 1997, Zé Carlos fez de pênalti contra o Nacional, em Manaus. Ontem, no Maracanã, Bruno brindou o público que via um jogo melancólico.

- Eu não falei nada. Foram eles em campo que decidiram. Mérito do grupo, que teve maturidade. Em outras ocasiões, houve discussão. - disse Joel, evitando falar sobre futuras cobranças. - Se for para ele fazer gol, vou ser contra ele? A teimosia do Bruno deu certo. Mas deixa as coisas acontecerem.

- Foi uma sensação indescritível. Não estou acostumado a comemorar gol. O goleiro saiu antes e, quando bati, senti que não ia chegar. Se me derem chance, bato na decisão - disse Bruno. - Quando cheguei na bola, pedi licença ao Leonardo Moura para não ficar ruim. Sei que o Joel sempre confiou em mim, mesmo que não fosse para fazer gol. Mas fazer gol faz parte.

O Flamengo começou o jogo em ritmo intenso. Aos 7, Marcinho cabeceou no travessão, Toró não aproveitou a sobra e, na seqüência, Cristian e Juan se atrapalharam com a bola. O time passou a insistir, sem sucesso, nas jogadas pelo meio. Mesmo sem levar susto, diante da inoperância dos peruanos, a situação foi se tornando desconfortável. Aos 35, Marcinho sofreu pênalti não marcado e o time foi para o vestiário vaiado.

Bruno faz grande defesa antes do gol

No intervalo, Joel pôs Diego Tardelli no lugar de Cristian, mas a postura não mudou. Aos 4, Kleberson cobrou falta à meia altura e Penny defendeu. Em chute de esquerda de fora da área, Tardelli obrigou o goleiro a outra boa defesa, aos 13. Se Joel demorava a mexer, a torcida não tinha a mesma paciência, ainda mais após Ross cabecear livre para Bruno salvar o time pela primeira vez, aos 22. No lance seguinte Souza fez bela jogada individual, driblou Penny e chutou, mas Balbín salvou sobre a linha.

Aos 25, já com Obina no lugar de Toró, Léo Moura chutou de longe para Penny defender. Aos 30, Obina entrou livre na área mas mandou a chance do gol em cima de Penny. Juan mostrou mais qualidade no chute ao cobrar falta que passou rente à trave, aos 33. Diante de uma torcida rubro-negra já impaciente, embora apoiasse sem parar, o Bolognesi fazia faltas seguidas. Numa delas, o goleiro Bruno tornou o jogo, até então desinteressante, num épico. Com um toque sutil, encobriu a barreira e colocou a bola no canto esquerdo de Penny, aos 37. Àquela altura, o Maracanã já virar uma festa. Para completar o êxtase, Marcinho cruzou da direita e Obina fez 2 a 0, aos 39

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian (Diego Tardelli), Jaílton, Toró e Kleberson; Marcinho e Souza. Coronel Bolognesi: Penny, Revoredo (Farfán), Balbín, Ostersen e Alvarez; Linares (Novoa), Uribe, Cortez e Vasquez, Ross e Vigil (Mostto). Juiz: Ivan Gamboa (Bolívia). Cartões amarelos: Toró, Marcinho, Linares, Vasquez, Revoredo.

FLAMENGO

BRUNO: Só tinha defendido bolas atrasadas até salvar cabeçada de Rossi. Para completar, foi o herói com uma belíssima cobrança de falta. 9.

LEONARDO MOURA: Não foi bem. Muito burocrático. 4.

FÁBIO LUCIANO: Sem trabalho, diante de um ataque que pouco ameaçou. 5.

RONALDO ANGELIM: Também não teve muito o que fazer. Poderia até ter atacado mais. 5.

JUAN: Jogou mais como atacante do que como lateral. Mas, assim como a maioria, não estava muito inspirado. 6.

CRISTIAN: Teria a função de proteger os zagueiros. Mas do quê? 5. DIEGO TARDELLI entrou no intervalo e procurou o jogo nos primeiros minutos do segundo tempo. Não conseguiu muito e logo se entregou à falta de inspiração geral. 5.

KLEBERSON: Na mesma toada de sempre. Sem brilhar, mas com a disposição que acaba sendo sinônimo de eficiência e de falta de talento. 6.

JAÍLTON: Jogou com a tarefa de defender e atacar. A primeira, cumpriu razoavelmente. A segunda, fracassou. 4.

TORÓ: Manteve seu padrão. Correu, lutou, criou alguns bons lances e levou o velho cartão amarelo por falta violenta. 5. OBINA perdeu dois gols e fez um. 6.

SOUZA: Tentou pelo meio, pelos flancos e pouco conseguiu. Perdeu um gol incrível, após boa jogada individual. 6. GAVILÁN entrou no fim. Sem nota.

MARCINHO: Começou bem, sofreu um pênalti e sumiu. 5.

JOEL SANTANA: Tentou melhorar seu time no segundo tempo e conseguiu. 6,5.

CORONEL BOLOGNESI

No modestíssimo time peruano, destaque para o goleiro Penny e para o apoiador Vazquez.

ARBITRAGEM

O boliviano Iván Gamboa ignorou um pênalti em Marcinho. No aspecto disciplinar, foi bem.

Raça, amor e outro Machado

Duda, irmão de Marcelinho, rege o Fla na segunda vitória seguida sobre Corrientes

Legenda da foto: DUDA FAZ A enterrada, observado pelo argentino López, do Corrientes: o irmão de Marcelinho foi o destaque do Fla ontem

Ary Cunha

Marcaram um Machado e se esqueceram do outro. Ótimo para o Flamengo, que depois de estar perdendo a série melhor de cinco por 2 a 0, vai à Argentina em busca do título da Liga Sul-Americana Masculina de Basquete. Cestinha (44 pontos) na vitória rubro-negra de terça-feira passada, Marcelinho ontem enfrentou um rodízio de marcadores dispostos a anulá-lo. O que o Regatas Corrientes não sabia é que no banco de reservas do técnico Paulo Chupeta havia o irmão caçula do ala-armador, disposto a comandar o Flamengo na vitória por 86 a 79. A garra e os arremessos precisos de Duda, cestinha do jogo de ontem à noite, com 28 pontos, incendiaram a torcida rubro-negra no Maracanãzinho, antes do triunfo por 2 a 0 pela Copa Libertadores, contra o Coronel Bolognesi, no Maracanã.

O resultado igualou a série em 2 a 2 e forçou a realização do quinto jogo, em Corrientes, na próxima quarta-feira (dia 30). Sem muitas oportunidades nos três confrontos anteriores, já que Fred vinha sendo titular, Duda entrou faltando 1m41s para o fim do primeiro período, quando o Flamengo, mesmo empurrado por sua torcida, perdia para os argentinos por 22 a 20. Em seu primeiro arremesso, de três pontos, o rubro-negro virou o jogo para não mais ser ameaçado. Foram seis acertos de três, dos nove que a equipe teve ontem. Isso sem falar em cinco cestas de dois, sete roubadas de bola e seis assistências. Uma tarde digna da camisa 10 rubro-negra que o maior ídolo do clube eternizou.

- Não vi o Zico jogar muito, mas sempre vibrei com a torcida do Flamengo. Agora, é uma emoção muito grande ouvir as pessoas gritando meu nome. Não há palavras para descrever minha alegria - vibrou Duda, que só conseguiu deixar a quadra do Maracanãzinho cerca de meia hora após o fim da partida, tamanho era o assédio para entrevistas, fotos e autógrafos. - Estou muito feliz, mas a verdade é que não ganhamos nada. Mostramos que podemos conquistar esse título.

Para Paulo Chupeta, a entrada de Duda contagiou o restante do time.

- Duda transmitiu uma energia muito positiva em quadra. Já no aquecimento eu vi que ele estava bem e poderia nos ajudar muito - disse o treinador.

Desabafo com irmão na madrugada

A lesão de Fred no jogo anterior - ele machucou um dos dedos da mão direita e foi vetado - era a oportunidade da qual Duda precisava para recuperar a auto-estima abalada pelos poucos minutos que vinha tendo na série final da Liga até então. A tristeza motivou um desabafo com Marcelinho até as 3h da madrugada de ontem.

- Ele veio conversar comigo sobre o fato de não estar sendo aproveitado e de não entrar bem na equipe. Disse que era hora de mostrar que é jogador de decisão. Estou orgulhoso - vibrou Marcelinho.

O Flamengo terminou o primeiro quarto vencendo por 25 a 22, mas abriu vantagem no embalo de Duda. O segundo quarto já terminou com 46 a 35 no placar. A vantagem aumentou ainda mais no terceiro (66 a 53) e o time apenas administrou o placar nos minutos finais, com os argentinos já partindo para a provocação. No fim, sete pontos de vantagem (86 a 79) e um herói nos braços da torcida: Duda.

Flamengo: Hélio (17), Marcelinho (17), Amiel (2), Coloneze (12) e Alírio (3). Entraram: Duda (28), Wagner (4) e Fernando Mineiro (3). Corrientes: Montecchia (8), Martínez (16), Stanton (6), Robinson (21) e López (8). Entraram: Carabajal (5), Cavaco (6), Tintoreli (6), Rivero (3), Serantes e Temute.

Duas alegrias em palcos vizinhos

Torcida apóia Fla no Maracanãzinho e segue para o jogo do futebol

Legenda da foto: TORCEDORES DO FLA deixam o Maracanãzinho rumo ao jogo no Maracanã

A bela atuação do time de Paulo Chupeta numa tarde de feriado bem que poderia motivar uma prolongada festa da torcida na arquibancada do Maracanãzinho. Mas os gritos de incentivo que ajudaram o rubro-negro a derrotar em quadra o Regatas Corrientes por 86 a 79 silenciaram rapidamente assim que o relógio zerou. E por um bom motivo. Os rubro-negros viviam uma jornada dupla e se apressavam para assistir, no gigante vizinho, ao confronto entre o time de Joel Santana e o Coronel Bolognesi, pela Copa Libertadores.

- Hoje (ontem), a nossa festa será em dose dupla - previa o torcedor Marcelo Guerra, que levou o filho Mário aos dois jogos.

A rampa em espiral do Maracanãzinho ficou congestionada de rubro-negros apressados após o jogo de basquete. Inicialmente, a intenção da diretoria rubro-negra era ter feito uma promoção com ingresso casado, para os jogos do basquete e do futebol. Mas as duas derrotas do time de Paulo Chupeta na Argentina abririam a possibilidade de o Flamengo perder o título já no terceiro jogo, e inviabilizaram qualquer promoção. De qualquer forma, quem foi ao Maracanãzinho com a camisa do clube pagou meia-entrada (R$5).

Uma multidão em vermelho e preto, com faixas e bandeiras que em seguidas foram levadas para o Maracanã, empurrou o quinteto do Flamengo em quadra.

Após a festa no Rio, a preocupação agora é com o clima nada ameno que o Flamengo encontrará na Argentina, no próximo dia 30. Os ânimos se exaltaram em quadra no fim do jogo de ontem.

- A segurança em Corrientes preocupa. Os torcedores ficam muito perto da quadra - explicou o diretor de basquete do clube, Arnaldo Szpiro.(A.C.)

Ancelmo Gois

Bola da fortuna

Joel Santana vai receber uns 130 mil dólares mensais para dirigir a seleção da África do Sul. Merece.

Pesou na decisão de Joel em aceitar o convite a permanência de Jairo César Leal como assistente-técnico. Os dois são amigos e já trabalharam juntos no mundo árabe.

JORNAL DOS SPORTS

Bruno salva campanha do Mengo

Goleiro cobra falta com perfeição e faz o primeiro da vitória, que deu a liderança do Grupo 4

Pedro Chiaverini e Thiago Bokel

Wallace Teixeira

Marcinho frente a frente com o goleiro Penny, uma constante de todo a partida de ontem

Goleiro quando faz uma grande defesa está na sua obrigação. Quando falha, é apontado como vilão. Mas e quando faz o gol que abre o caminho para uma vitória importante? Bruno, agora, pode responder. Os 2 a 0 sobre o Coronel Bolognesi, ontem, no Maracanã, começaram a ser construídos a menos de 10 minutos para o final, numa linda cobrança de falta do camisa 1.

Um primeiro tempo a ser apagado. Disperso, o Flamengo parecia abalado com a notícia da saída de Joel Santana. Apesar de ter começado bem e acertar o travessão do goleiro Penny numa cabeçada de Marcinho, o time não conseguia encontrar espaços no ferrolho peruano.

O domínio era evidente. As chances de gol, entretanto, escassas. Ninguém conseguia destacar-se.

Disposto a conseguir ao menos um gol para garantir a liderança do Grupo 4, o Flamengo voltou do intervalo com o Diego Tardelli no lugar de Cristian. Nesse momento o Nacional de Montevidéu já vencia o Cienciano por 2 a 0 no Uruguai e assumia provisoriamente a liderança. Logo, o gol era fundamental para o Flamengo ter a vantagem de decidir em casa na fase de mata-mata.

E o gol teimava em não acontecer. A inoperância do Flamengo era igual a dos primeiros 45 minutos, exceto em alguns chutes de fora da área. Mas o que estava ruim poderia ter ficado pior se Bruno não defendesse uma cabeçada à queima-roupa de Ross. Na seqüência, Souza perdeu a melhor oportunidade, ao deixar três marcadores para trás e driblar Penny. Mas na hora da finalização, o zagueiro tirou em cima da linha.

O sufoco do Flamengo só aumentava. O time quase desencantou numa cobrança de falta de Juan que passou rente à trave. Mas o momento mais especial estava guardado para o final. Encarregado de não sofrer gols, Bruno mostrou-se angustiado com a ineficiência dos atacantes e, aos 37 minutos, cobrou falta com perfeição no ângulo para selar a segunda melhor campanha da fase de grupos da Libertadores. Cinco minutos depois, Marcinho invadiu a área e cruzou para Obina aumentar a festa.

Honras ao 'Papai Joel'

Fifa.com

O técnico Joel Santana é figura de destaque no Site da Fifa nesta quarta-feira

A escolha de Joel Santana para ser o novo treinador da Seleção da África do Sul é destaque no site da entidade máxima do futebol, a Fifa.

Com o título 'Bafanas contratam Papai Joel', a matéria destaca que o técnico comanda o time de maior torcida no mundo, o Flamengo, e que, esta, será a primeira vez que dirigirá uma seleção nacional. O texto salienta, ainda, parte da história vencedora do treinador brasileiro, como jogador e como comandante, neste último caso, dos quatro grandes times do Rio de Janeiro.

Joel terá pouco mais de um ano para preparar a Seleção daquele país para a Copa das Confederações que, assim como a Copa de 2010, será disputada na África do Sul.

Mengão empata a série final

Flamengo vence por 86 a 79 o Regatas e decidirá no quinto jogo o título da Liga Sul-Americana

Pedro Ivo Almeida

Ùrsula Nery

Apesar de muito marcado, Marcelinho foi decisivo para o Flamengo em mais uma vitória na Liga

Contando mais uma vez com a força de sua torcida, que lotou o Maracanãzinho e apoiou o time do início ao fim, o Flamengo venceu o Regatas Corrientes, ontem, por 86 a 79 (46 a 35) e empatou a série final da Liga Sul-Americana de Basquete em 2 a 2, forçando assim a realização do quinto e decisivo jogo na semana que vem (dia 29 ou 30 desde mês ), em Corrientes. A decisão será da divulgada pela Confederação Sul-Americana.

Destaque absoluto para o ala/armador Duda, que saiu do banco para tornar-se o cestinha da quarta partida com 28 pontos, sendo seis bolas de três pontos.

Ritmo

Após um início de jogo muito conturbado (nos primeiros três minutos de jogo, jogadores das duas equipes se desentenderam após algumas faltas mais duras), o Flamengo ao contrário da partida de terça-feira não conseguia impor seu ritmo dentro de quadra e aceitava a pressão do time adversário, que chegou a estar na frente por alguns momentos.

Com a entrada de Duda, que melhorou e muito a defesa rubro-negra, o time do técnico Paulo Chupeta se acertou em quadra, começou a aproveitar as saídas rápidas em contra-ataque, passou a frente do placar e fechou o primeiro quarto em 25 a 22.\ No segundo quarto o time da Gávea, liderado por Duda, que continuava muito bem na defesa e começava a acertar as bolas no ataque, e Marcelinho, não deu chances à equipe adversária e abriu uma boa vantagem, que conseguiu manter até o fim da partida. A equipe foi para o intervalo ganhando por 46 a 35.\

Talento

Na volta para o terceiro quarto foi a vez de Hélio, que substituía Marcelinho, então com três faltas, mostrar toda a sua categoria. O ala/armador entrou muito bem e ajudou o time a levar uma vantagem de treze pontos (66 a 53) para o último quarto da partida.\ Com a partida já decidida, o time carioca entrou mais tranqüilo em quadra e chegou a deixar o Regatas baixar um pouco a vantagem, mas nada que ameaçasse a bela vitória rubro-negra por 86 a 79. O Flamengo está vivo na briga pelo título inédito para a sua história no basquete.\

Maria Helena Braun

A Era Joel

Maria Helena Braun mbraun@jsports.com.br

O ano de 2008 para o Flamengo vai ficar dividido entre antes e depois da saída de Joel Santana. O que vem por aí a gente não sabe, mas o que o treinador — eleito por Romário o melhor de todos — fez com o time do Flamengo todo mundo sabe. Joel, que já livrara uma vez o clube do rebaixamento no Brasileiro, voltou à Gávea e não só salvou novamente o time de cair como o levou a se classificar entre os primeiros na competição, garantindo vaga na Libertadores.

No embalo da boa campanha veio a conquista da Taça GB e, quem sabe, do Carioca, que começa a ser decidido domingo com o Botafogo. Foi uma arrancada inacreditável, sob a batuta, ou melhor a prancheta de Joel, impulsionada pela massa rubro-negra na arquibancada. Pois é. E agora? Agora virá outro treinador, que dará ou não continuidade a um time que já tem uma cara. Mas com certeza esse novo técnico mexerá no time a seu gosto, de acordo com a sua filosofia de jogo. E, se isso vai significar a continuidade do belo trabalho de Joel, só o tempo dirá. E um jornal sul-africano, talvez por total desconhecimento, ainda o chama de Sr.Ninguém.

Dizem, em tom de ironia, que ele trabalha com prancheta em plena era da informática. É absurda a idéia que eles fazem de um técnico do nível de Joel, que não é um medalhão como Parreira, campeão do mundo e etc..., mas sabe montar um time competitivo como  Sr.Ninguém. Talvez seja mesmo falta de informação.

Bem, mas voltando ao nosso mundinho, o futuro financeiro do Fla daqui pra frente vai depender muito dos resultados, já que as cotas de patrocinadores já foram pagas. Então é esperar que o time continue avançando na Libertadores, para garantir as cotas e as bilheterias de jogos, que ajudam e muito a salvar o clube do vermelho. Por isso mesmo é que 2008 vai se dividir em antes e depois da saída de Joel. Com ou sem o título do Carioca, ele deixa um time arrumado, com uma ótima perspectiva para a próxima fase da Libertadores. Cabe ao seu sucessor pegar o bastão e sustentar o padrão de atuações, que têm dado a competitividade capaz de atrair patrocinadores, respeito e de lotar os estádios. É porque o Flamengo tem uma torcida gigantesca? Não. Não é só isso. É porque o Fla deixou de ser o time que nos últimos anos lutava somente para não ser rebaixado e passou a figurar entre os primeiros colocados. E o grande responsável é Joel . Boa sorte, Joel. E que venha o próximo!

O DIA

Goleiro Bruno marca na vitória do Fla contra o Bolognesi

Diogo Dantas

Rio - Já classificado, mas precisando de cinco gols para ter a melhor campanha da Libertadores, o Flamengo não passou de um corrido e animado 2 a 0 contra o Coronel Bolognesi, nesta quarta-feira, no Maracanã. Nas oitavas-de-final, o rubro-negro vai enfrentar o América do México. O primeiro jogo é fora de casa, já na próxima quarta-feira.

A grande estrela do jogo foi o goleiro Bruno, não por suas recorrentes boas defesas, mas pelo gol de falta que desencadeou a vitória, e deu a primeira posição do grupo 4 e a segunda melhor campanha na competição, atrás apenas do Fluminense.

Em falta sofrida por Marcinho aos 37 minutos do segundo-tempo, o goleiro pediu para bater e teve total apoio da torcida, que gritou seu nome. Obina, que entrou na segunda etapa , sacramentou o resultado a dois minutos do final.

Agora o time da Gávea volta todas as atenções para as finais do Campeonato Estadual contra o Botafogo, nos dois próximos finais de semana.

Maior posse de bola

O primeiro tempo começou com o Flamengo tomando a iniciativa, o que era de se esperar independente da quantidade de gols que o time desejasse fazer. Mesmo com posse de bola bem maior, as investidas ao ataque não trouxeram perigo real, a não ser em um lance aos 7 minutos.

Léo Moura e Kleberson tramaram boa jogada pela direita. Marcinho escorou cruzamento no travessão. No rebote, Toró ajeitou mas perdeu o domínio e o gol na marca do pênalti.

Aos 10 Souza recebeu na intermediária, girou e chutou forte, para a defesa do goleiro Penny, destaque da equipe peruana.

Esquema tático

Na ausência de Ibson algumas jogadas acabaram sendo armadas por Jaílton e o zagueiro Ronaldo Angelim. Renato Augusto fez menos falta no ataque. Marcinho foi o jogador mais ativo em campo. O time mostrou, porém, que ainda não está acostumado a jogar com dois atacantes de ofício. Faltou mais organização.

A melhor opção de ataque estava pela direita, já que o ataque do Bolognesi foi mais incidente nas costas de Juan. No entanto, o Flamengo investiu muito pelo meio, sempre afunilando as jogadas que começavam na lateral.

No segundo tempo o Flamengo voltou com o mesmo estilo de jogo, apesar da entrada de Diego Tardelli no lugar de Cristian. Mas continuou a insistência pelo meio e o excessivo toque de bola antes da conclusão. A disposição de Tardelli, no entanto, foi uma ajuda a mais no ataque que não esteve bem apoiado pelos laterais.

Sem definir o jogo o Flamengo quase cedeu a vitória aos 22 minutos. Mostto cruzou da esquerda e Ross, livre na área, cabeceou em cima de Bruno, que defendeu em dois tempos.

No contra-ataque Souza veio driblando pelo meio, passou até pelo goleiro, mas na hora da conclusão foi interceptado pela zaga, que cortou por muito pouco. A falta de gols e o início das vaias, principalmente para Léo Moura, fez Joel Santana jogar com a torcida e colocar Obina em campo.

Bruno tira o Fla do sufoco

Juan tentou se redimir aos 33, em cobrança de falta sofrido por ele mesmo. O lateral colocou com categoria no canto direito do goleiro, mas a bola passou rente à trave.

Nova falta no ataque, desta vez sofrida por Marcinho. E não teve Léo Moura, Tardelli, nem Jaílton. Bruno pediu para bater e colocou com categoria no canto esquerdo de Penny, deixando o goleiro adversário imóvel no lance.

Inflado pelo gol, o Fla encaixou um bom contra-ataque e aos 43 Marcinho foi a linha de fundo e colocou nos pés de Obina, que só empurrou para o fundo da rede. Final: 2 a 0.

Joel Santana é confirmado como técnico da África do Sul

Rio - A Associação de Futebol da África do Sul (Safa, em inglês) confirmou hoje, em seu site oficial, que o técnico brasileiro Joel Santana, do Flamengo, será o substituto do compatriota Carlos Alberto Parreira no comando da seleção do país.

O nome de Joel foi uma recomendação do próprio Parreira, que pediu demissão para cuidar de problemas pessoais.

O diretor da Safa, Raymond Hack, viajará ao Brasil para concluir a negociação e acertar os detalhes do contrato.

Joel deve chegar à África do Sul dia 9 de maio. A segunda partida da decisão do Campeonato Carioca está marcada para o dia 4 de maio.

"Joel é um especialista em vencer campeonatos e foi técnico de grandes jogadores brasileiros como Romário e Bebeto. Eu acredito que ele possa dar continuidade ao trabalho, especialmente com a ajuda de Jairo Leal e Pitso Mosimane", comentou Parreira, ao site da Safa.

Joel se mostrou empolgado com o novo trabalho. "Assumir a seleção da África do Sul é uma benção", afirmou, antes de retribuir os elogios de Parreira.

"Parreira é um dos mais respeitados técnicos do mundo e eu estou determinado em continuar o bom trabalho que ele fez na África do Sul", completou Joel.

Joel é melhor que Parreira e Cruyff, segundo Romário

Rio - Desacostumada a títulos importantes e ignorante no que diz respeito ao futebol internacional, a imprensa sul-africana, que apressadamente tratou Joel Santana como um desconhecido, vai ter de correr e se desdobrar para aprender o que for possível sobre o novo técnico da seleção do país que receberá a Copa do Mundo de 2010.

Joel começou a se destacar no Vasco, em 1987. Na época, ele montou o time que foi campeão estadual nas mãos de Sebastião Lazaroni, que o substituiu a poucos dias da partida decisiva contra o Flamengo. A equipe tinha os experientes Tita e Roberto Dinamite, ao lado de jovens promessas como Romário, Mauricinho, Geovani, Dunga e Donato.

Ele deixou o Vasco para dirigir o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Voltou a São Januário e foi bicampeão estadual em 92 e 93. Campeão baiano em 94, Joel conquistou em 95 o histórico título do Estadual do Rio ao vencer com o Fluminense a partida decisiva por 3 a 2, no Fla-Flu que ficou famoso pelo gol de barriga de Renato Gaúcho.

Este título deu a Joel o reconhecimento daquele que foi seu principal adversário: Romário, então no Flamengo. Em entrevista à revista ‘Playboy’, perguntaram ao Baixinho quem tinha sido seu melhor técnico, o holandês Cruyff ou Parreira. O Baixinho surpreendeu e não hesitou: “O melhor é Joel Santana, com quem trabalhei no Vasco e que hoje está no Fluminense”.Na época, soou estranho, mas o tempo e as conquistas se encarregaram de mostrar que o craque estava certo.

Basquete: Fla vence e leva final para a Argentina

Rio - O Flamengo empatou, nesta quarta-feira, a série decisiva da Liga Sul-Americana de Basquete contra o Regatas Corrientes, da Argentina. A equipe rubro-negra se impôs diante dos visitantes, no Ginásio Maracanãzinho, e triunfou por 86 a 79.

Após perder os dois primeiros jogos da final, na Argentina, o time carioca conseguiu a recuperação no Rio de Janeiro e deixou o confronto melhor-de-cinco empatado por 2 a 2. O embate final está marcado para a próxima quarta-feira, em Corrientes.

O grande destaque na vitória do Flamengo foi o ala Duda, que não vinha muito bem na série. O jogador acertou seis arremessos de três, terminando a partida com 28 pontos, cinco roubadas de bola e três assistências.

"Antes dos jogos aqui do Rio, falei aos jogadores que eram 120 minutos de decisão. Agora faltam 40", comemorou o técnico Paulo Chupeta, em entrevista à ESPN Brasil. Daqui até a quinta partida, segundo ele, o trabalho será psicológico.

"Não podemos cair no jogo deles. Eles vão provocar, mas temos de nos manter concentrados", acrescentou o treinador. No fim da partida desta quarta, os argentinos provocaram o ala Marcelinho e conseguiram cavar uma falta técnica do carioca.

GAZETA ESPORTIVA

Com gol de goleiro, Flamengo vence e avança em primeiro\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - O Flamengo sofreu, mas conseguiu derrotar o Coronel Bolognesi, do Peru, por 2 a 0 na noite desta quarta-feira no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). O grande destaque da partida foi o goleiro Bruno, que marcou o primeiro gol do duelo em cobrança de falta. Obina também deixou a sua marca. Com este resultado o time carioca chegou aos 13 pontos, garantindo a primeira posição do Grupo 4 da Copa Libertadores. Os peruanos, que permaneceram com dois pontos, estão eliminados.\ Como já era esperado o Flamengo iniciou a partida impondo uma forte pressão. Aos quatro minutos, Kléberson chutou de fora da área sobre o gol. Dois minutos depois Marcinho rolou, Souza chutou firme e o goleiro Penny defendeu. No minuto seguinte foi a vez de o travessão salvar o time peruano, após cabeçada de Marcinho, que aproveitou cruzamento da direita de Leonardo Moura. Aos 11 minutos Penny voltou a impedir um gol rubro-negro, num chute de Souza.\

Mesmo tendo alguns jogadores habilidosos na frente, como Vigil González e Junior Ross, o Coronel Bolognesi não conseguia criar boas jogadas, tanto que a primeira defesa do goleiro Bruno aconteceu apenas aos 18 minutos, num chute de fora da área de Cortez.

Apesar de diminuir o ritmo, inexplicavelmente, o Flamengo quase marcou aos 25 minutos, quando Toró rolou para Marcinho entre os zagueiros, mas o goleiro saiu nos pés do atacante, impedindo o complemento. Aos 39 minutos Penny voltou a fazer importante intervenção numa cobrança de falta de Juan.

Aos 45 minutos a última oportunidade de gol do Flamengo. Leonardo Moura cruzou, a bola bateu na zaga, Toró completou e o goleiro cedeu escanteio. O Flamengo voltou para o segundo tempo com três atacantes, com Diego Tardelli ocupando a vaga de Cristian. O time continuou presente no campo de ataque e teve a primeira chance aos três minutos, numa cobrança de falta de Jaílton, que o goleiro defendeu.

Aos 13 minutos Diego Tardelli recebeu na entrada da área e chutou para o goleiro defender. Porém o Flamengo levou um susto aos 22 minutos. Mostto cruzou da esquerda, Ross cabeceou e Bruno fez boa defesa. O lance acordou os flamenguistas, que quase abriram o marcador no minuto seguinte. Souza driblou o goleiro e chutou, mas Balbín salvou em cima da linha.

Aos 26 minutos Leonardo Moura arriscou e Penny fez difícil defesa. A torcida pediu a entrada de Obina e o técnico Joel Santana atendeu o pedido. O atacante quase marcou aos 30 minutos, quando chutou na saída do goleiro, que fez grande defesa. Três minutos depois Juan cobrou falta com perigo, à direita do gol.

De tanto insistir o Flamengo abriu o placar aos 37 minutos, quando brilhou a estrela do goleiro Bruno. Diego Tardelli sofreu falta na entrada da área e o camisa 1 foi para a cobrança, que fez com perfeição, colocando a bola no canto esquerdo do goleiro. Festa da torcida, que ainda viu o time ampliar aos 43 minutos. Marcinho cruzou da direita e Obina, de carrinho, mandou para o fundo da rede.

Agora o Flamengo se concentra na decisão do Campeonato Carioca, que começa no próximo domingo, às 16h(de Brasília), também no Maracanã, contra o Botafogo. Já ao Coronel Bolognesi só resta focar no Campeonato Peruano, onde o time está em 11º lugar com 14 pontos. No próximo domingo o time visita o Aliaza Atlético pela competição.

África do Sul confirma Joel como novo técnico

Johanesburgo (África do Sul) - Depois de um princípio de indefinição nesta terça-feira, quando um de seus dirigentes declarou que o novo treinador não havia sido contratado, a Associação de Futebol da África do Sul (Safa, em inglês) anunciou nesta quarta que Joel Santana substituirá Carlos Alberto Parreira no comando da seleção anfitriã da Copa do Mundo de 2010.\ “A Safa indicou Joel Natalino Santana como técnico da seleção principal masculina, Bafana Bafana (apelido da equipe). Isso segue a recomendação de Carlos Alberto Parreira e a subseqüente aceitação da proposta pelo técnico Santana', declarou a entidade, por meio de nota divulgada em seu site oficial.\

De acordo com o comunicado, o diretor Raymond Hack virá ao Brasil para acertar os últimos detalhes da negociação com o atual treinador do Flamengo no próximo final de semana. Foi o próprio Hack que levantou suspeitas nesta terça ao afirmar que o novo treinador do time sul-africano não havia sido contratado.

Parreira, que indicou a contratação de Joel após deixar a África do Sul, alegando problemas pessoais, foi só elogios a seu substituto no cargo. 'Joel é um especialista em vencer campeonatos e foi técnico de grandes jogadores brasileiros como Romário e Bebeto. Eu acredito que ele possa dar continuidade ao trabalho, especialmente com a ajuda de Jairo Leal e Pitso Mosimane', garantiu.

Joel, por sua vez, devolveu os elogios a Parreira e se mostrou feliz com o acerto. “Carlos é um dos mais respeitados técnicos do mundo e eu estou determinado em continuar o bom trabalho que ele fez na África do Sul', disse ele. 'É uma bênção assumir o cargo na seleção da África do Sul, que vai abrigar a Copa do Mundo', comemorou o técnico.

PELÉNET

Com gol de Bruno, Fla vence e garante 1ª posição do Grupo 4

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Com gols do goleiro Bruno, de falta, e Obina, o Flamengo bateu por 2 a 0 o Coronel Bolognesi-PER, na noite desta quarta-feira, no Maracanã. Com o resultado, o Rubro-Negro chegou a 13 pontos e assegurou a primeira colocação do Grupo 4 da Copa Libertadores. O Nacional, com 12, ficou na segunda posição, já que venceu por 3 a 1 o Cienciano-PER, que fechou sua participação em terceiro, com sete. O Bolognesi, com dois, ficou com a lanterna.

O time da Gávea volta a campo no domingo, quando encara o Botafogo pela primeira partida final do Campeonato Estadual, às 16h, também no Maracanã.

Empurrado pela torcida, o Flamengo iniciou o jogo com tudo. Atuando de forma despojada, sem pressão, criou boas chances no início, não deixando o adversário respirar. Com o tempo, porém, o ímpeto foi diminuindo. Mas nada que fizesse evoluir o futebol dos peruanos. Com bom toque de bola, o Rubro-Negro ainda era dono do jogo e criava boas situações.

Em uma delas, Marcinho acertou o travessão. Depois, o meia recebeu de Kléberson e por pouco não abriu o placar. Aos 36, ele voltou à cena. Contudo, foi travado no momento do chute, quando estava a 1 metro do gol.

Pelo lado do Bolognesi, algumas frustradas tentativas de ataque, mas nada que obrigasse o goleiro Bruno a trabalhar de forma efetiva. Fábio Luciano e Ronaldo Angelim também pouco trabalharam.

Aos 45 minutos, os rubro-negros criaram a melhor chance. Jaílton cruzou da direita, a zaga falhou e Toró, esperto, se antecipou, conseguindo a finalização. Contudo, o goleiro Penny usou os pés para salvar a pátria peruana.

Ao apito final do árbitro boliviano Ivan Gamboa, decepção nas arquibancadas. O baixo aproveitamento dos avantes do Flamengo foi retribuído com sonoras vaias. Para o segundo tempo, restou a obrigação de caprichar mais na finalização.

Na volta do intervalo, o mesmo ritmo. Os donos da casa tentavam atacar, mas o Bolognesi se defendia de maneira eficaz. Verdade também que as tentativas rubro-negras eram feitas de forma desorganizada, o que acabou facilitando a vida do adversário.

Aos 22, porém, um susto. Após cruzamento da esquerda, Ross cabeceou livre e Bruno defendeu em dois tempos. Em seguida, foi a vez de o Flamengo chegar forte. Souza invadiu a área, driblou o goleiro Penny e bateu, mas Balbín salvou.

Aos 30, Obina recebeu e chutou forte, mas o arqueiro peruano voltou a aparecer bem. Contudo, o grande lance da partida ainda estava por acontecer. Aos 36, Marcinho foi derrubado na entrada da área. Leonardo Moura ajeitou a bola para cobrar, mas o goleiro Bruno tomou a frente a pediu a vez. Com categoria digna de grandes craques, o camisa 1 fez a bola morrer no canto esquerdo do goleiro peruano.

Aos 43 minutos, Obina ainda ampliou, após cruzamento de Marcinho, decretando o triunfo. Mas com todo respeito ao xodó rubro-negro, o título de "estrela" da noite já tinha dono: Bruno.

Gol de Bruno é festejado por todos no Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O goleiro Bruno foi o salvador do Flamengo na noite desta quarta-feira, no Maracanã. Afinal, além de duas boas defesas, o camisa 1 marcou, aos 37 minutos do segundo tempo, o primeiro gol da vitória rubro-negra (2 a 0) sobre o Coronel Bolognesi-PER, pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.

Goleiro Bruno celebra gol de falta na vitória do Flamengo sobre o Coronel Bolognesi

E o feito do arqueiro foi festejado intensamente por toda a equipe. Tanto que durante a comemoração, todos os jogadores, até mesmo os reservas, correram em sua direção.

"Cada um ali sentiu como se tivesse feito esse gol. Comemoramos demais. Ele merece, treina muito e hoje foi feliz. Nos ajudou demais", avaliou o atacante Obina, autor do segundo gol.

Para o técnico Joel Santana, o gol do goleiro pode dar início a uma nova era na Gávea, uma vez que o time carece de especialistas em cobranças de falta.

"Temos dificuldade neste tipo de jogada. Desde que o Renato (Abreu) saiu, passamos a sofrer com isso. Mas o Bruno vem teimando em treinar falta e hoje deu certo. Ele foi muito frio. Espero que continue assim", disse o comandante.

Este foi o segundo gol de falta rubro-negro na temporada. Antes disso, Juan havia marcado na vitória por 3 a 0 sobre o Cienciano-PER, pela penúltima rodada da etapa de grupos da Libertadores.

Bruno explica "história" de seu gol de falta pelo Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Bruno foi o protagonista da vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Coronel Bolognesi-PER, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Com um belo gol de falta, o goleiro abriu o placar para o Rubro-Negro, aos 37 minutos do segundo tempo. Obina ainda marcou o segundo, aos 43.

"Eu falei com o Leonardo Moura, porque ele iria bater. Mas pedi e ele deixou sem problemas. E acabou que deu tudo certo", disse o camisa 1.

Uma cena que chamou a atenção foi a comemoração do goleiro. Assim que a bola estufou a rede peruana, todos os jogadores do Flamengo relacionados para a partida, inclusive os reservas, correram em sua direção.

"Isso é a prova de que o grupo é muito unido. Todos ali estavam torcendo por mim. Porque sabem o que passo no dia-a-dia. O quanto trabalho e treino", explicou.

Este foi o primeiro gol de Bruno como profissional. Contudo, não o primeiro do Flamengo a ser marcado por um goleiro. Em 1970, Ubirajara anotou um, contra o Madureira e, em 1997, Zé Carlos, de pênalti, também deixou sua marca.

Times do Rio dominam a fase de grupos da Libertadores

Da Folhapress\ Em São Paulo\

Há sete anos sem ganhar o Brasileiro, os times cariocas tiveram supremacia na primeira fase da Copa Libertadores. Com o fim desta etapa, ontem, o Fluminense e o Flamengo ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, entre os 16 que avançaram no torneio.

Essas posições foram confirmadas com a vitória do time da Gávea sobre o Coronel Bolognesi, por 2 a 0, na quarta-feira à noite, pelo grupo 4 da Libertadores.

Assim, Flamengo e Fluminense somaram 13 pontos, o que não foi atingido por nenhuma das outras 30 equipes na competição. O River Plate, terceiro colocado no geral, ficou com um ponto a menos.

O aproveitamento dos times cariocas é de 72,2% dos pontos. Cada um conseguiu quatro vitórias. Diferenciam-se pelo saldo de gols: o Fluminense teve oito e o Flamengo, cinco.

Em comparação, os dois times paulistas, São Paulo e Santos, tiveram um rendimento de 58,3%. Neste século, os times do Estado só tiveram pior campanha nesta fase em 2006, quando o Paulista de Jundiaí foi eliminado logo no início.

Na próxima fase, o Fluminense pega o Nacional de Medelín. E o Flamengo enfrenta o América do México. Ambos os brasileiros têm a vantagem de jogar a segunda partida em casa até a possível final.

GLOBO ESPORTE

Bruno marca, e Fla garante primeiro lugar

Goleiro faz gol de falta aos 38 do 2º tempo. Nas oitavas, time encara o América do México

Eduardo Peixoto

O Flamengo chegou a cogitar a possibilidade de "tirar o pé" para não golear na despedida da primeira fase da Taça Libertadores. Exagerou tanto que precisou de um lance iluminado do goleiro Bruno para vencer o Coronel Bolognesi por 2 a 0, no Maracanã, na noite desta quarta-feira (assista aos gols da partida no vídeo ao lado).

Aos 38 minutos do segundo tempo, o goleiro foi à frente e abriu, cobrando falta, o caminho da sofrida vitória. O resultado deixou o Rubro-Negro na liderança do Grupo 4, com 13 pontos, e como o time com segunda melhor campanha da fase de classificação da Libertadores. A torcida comemorou o resultado, mas o adversário nas oitavas será quem o elenco e comissão técnica não queria: o América do México. No meio das duas finais do Carioca, a equipe terá que fazer uma desgastante viagem para capital mexicana.

Goleada? Só nos passes errados

Bruno comemora gol de falta do Flamengo sobre o Coronel Bolognesi

Mesmo com a classificação às oitavas-de-final garantida, a torcida não esqueceu o jogo contra o Bolognesi. Muitos aproveitaram a quarta partida da final da Liga Sul-Americana de basquete, no Maracanãzinho (vitória do Fla por 86 a 79 sobre o Corrientes), para fazer jornada dupla. Só que os jogadores do time de futebol não corresponderam em campo na primeira etapa. O técnico Joel Santana, aliás, surpreendeu pela escalação defensiva. Na vaga de Ibson, colocou Jaílton. Até no banco, preferiu deixar cinco jogadores defensivos e apenas Obina e Tardelli para o ataque. O resultado de tanta cautela foi um primeiro tempo fraco. Disposto a se defender, o time peruano passou do meio-campo poucas vezes.

A cabeçada de Marcinho no travessão aos quatro minutos deu a impressão de que a partida seria fácil. Souza também tentou aos oito, mas Penny defendeu. As chances rarearam e a torcida passou a cobrar disposição. Kleberson, o mais lúcido em campo, cabeceou por cima aos 23 minutos. O cordão de volantes do Flamengo deixou um buraco entre meio-campo e ataque que nem os avanços de Leo Moura e Juan resolveram. Na última chance de etapa inicial, Toró chutou em cima do goleiro do Coronel Bolognesi.

Bruno, a pedido dos torcedores, abre o caminho

Para conseguir a vitória necessária, Joel Santana trocou Cristian por Tardelli no intervalo. Mas pouco mudou. Em dez minutos, a torcida se irritou e pediu raça. Jaílton continuou errando passes, Leo Moura insistiu nas jogadas pelo meio. A situação só não ficou pior porque Bruno defendeu a cabeçada de Ross aos 23 minutos. No contra-ataque, Souza fez fila, driblou o goleiro, mas demorou para chutar e a zaga cortou.

Aos 30 minutos, Obina recebeu de Marcinho e o camisa 1 do Coronel Bolognesi impediu o gol. Pouco depois houve uma falta frontal e os torcedores pediram Bruno. O goleiro até se animou, mas Juan pegou a bola e chutou perto do gol.

Na jogada seguinte, porém, não teve jeito. Aos 38 minutos, o goleiro rubro-negro correu, pegou a bola e bateu com muita categoria no canto direito de Penny, que ficou imóvel. O Maracanã foi à loucura. Aos 43, Marcinho cruzou e Obina se jogou para fazer o segundo.

Confira os confrontos das oitavas-de-final

Fluminense fica no primeiro lugar geral e pega o Nacional-COL; Cruzeiro encara o Boca

GLOBOESPORTE.COM

O Brasil tem três representantes entre os cinco times mais bem colocados no geral da primeira fase da Taça Libertadores, mas nem mesmo eles terão vida fácil nas oitavas-de-final. O Fluminense (primeiro lugar) enfrentará o Nacional de Medellín; o Flamengo (segundo lugar) terá pela frente uma longa viagem para pegar o América do México; e o Cruzeiro (quinto lugar) encarará o pesadelo dos brasileiros, o Boca Juniors.

O São Paulo, que terminou na oitava colocação no geral, enfrentará o Nacional do Uruguai; e o Santos (décimo lugar) jogará novamente contra o Cúcuta, repetindo confrontos da primeira fase.

As partidas de ida das oitavas-de-final - com mando de campo dos times entre o nono e o 16º lugares - serão realizadas já na próxima semana. O segundo confronto está marcado para 7 de maio.

Confira os confrontos das oitavas-de-final

Fluminense (1º colocado) X Nacional-COL (16º colocado) A

Flamengo (2º colocado) X América-MEX (15º colocado) B

River Plate-ARG (3º colocado) X San Lorenzo-ARG (14º colocado) C

Atlas-MEX (4º colocado) X Lanús-ARG (13º colocado) D

Cruzeiro (5º colocado) X Boca Juniors-ARG (12º colocado) E

Estudiantes-ARG (6º colocado) X LDU-EQU (11º colocado) F

Cúcuta-COL (7º colocado) X Santos (10º colocado) G

São Paulo (8º colocado) X Nacional-URU (9º colocado) H

QUARTAS-DE-FINAL (14/5 e 21/5) Jogo\ Vencedor do Jogo A X Vencedor do Jogo H S1\ Vencedor do Jogo B X Vencedor do Jogo G S2\ Vencedor do Jogo C X Vencedor do Jogo F S3\ Vencedor do Jogo D X Vencedor do Jogo E S4\

SEMIFINAL (28/5 e 4/6)\ Vencedor do Jogo S1 X Vencedor do Jogo S4 F1\ Vencedor do Jogo S2 X Vencedor do Jogo S3 F2\

FINAL (25/6 e 2/7)\ Vencedor do Jogo F1 X Vencedor do Jogo F2\

Regulamento:\ - Nas oitavas, nas quartas e na semifinal, o gol fora de casa é critério de desempate em caso de igualdade no número de pontos e no saldo de gols nos dois confrontos.\

- Nas mesmas fases, se os dois times empatarem em número de pontos, em saldo de gols e em gols fora de casa, vão diretamente para a disputa de pênatis, sem prorrogação.

- Na final, o gol fora de casa não é mais critério de desempate.

- Assim, se os times se igualarem em número de pontos e em saldo de gols na decisão, disputarão uma prorrogação de 30 minutos. Mantendo a igualdade, vão à decisão por pênaltis.

- Se dois times do mesmo país chegarem à semifinal, eles terão obrigatoriamente de se enfrentar.

- Se um time mexicano disputar a final, terá de jogar a primeira partida como mandante, para que o campeonato termine na América do Sul.

Bruno: 'Sabia que faria o gol'

Goleiro ressalta sua personalidade para cobrar falta quando o jogo estava empatado

Eduardo Peixoto

Sentado no banco do carona de um carro, Bruno escutou os gritos histéricos dos torcedores na saída do Maracanã. Sinal da idolatria que se acentuou depois do gol de falta no jogo desta quarta, contra o Coronel Bolognesi. (veja no vídeo ao lado os gols do Fla)

Rapidamente, o goleiro explicou o porquê de ter tomado a decisão de, no fim da partida, chamar para si a responsabilidade de cobrar a infração.

Responsabilidade

"Goleiro tem de ter personalidade. E isso eu tenho de sobra. Por isso, pedi para cobrar."

Momentos que antecederam à cobrança

"Falei para o Fábio (Luciano) que gostaria de bater. Ele perguntou: "Bruno, você está confiante". Eu respondi: "Se eu for lá, vou fazer o gol". Sabia que faria porque estava muito confiante. Conversei com o Leo Moura, que cobraria, e não ele deixou."

Por que trocou de canto?

"Eu costumo treinar jogando por cima da barreira. Mas notei que o goleiro deles deu um passo para o lado e deixou o canto aberto."

Comemoração

"Não estou acostumado a comemorar. Por isso, já pensei logo em defender. Os abraços que recebi dos meus companheiros mostram como o grupo é unido. Eles sabem que eu treino todos os dias as faltas e torceram muito para que eu fizesse o gol."

Consentimento de Joel

"Se o Joel liberou para que eu passe a cobrar as faltas, vou treinar ainda mais para melhorar."

Bruno vira astro no Fla após o gol

Goleiro é festejado por torcedores e companheiros depois de fazer gol de falta

Eduardo Peixoto

Bruno pediu a primeira vez e não foi atendido. Na segunda, os gritos da torcida do Flamengo foram mais altos e o capitão Fábio Luciano o incentivou. Ele avançou até o campo ofensivo, pegou a bola e, confiante, acertou o ângulo esquerdo do goleiro do Bolognesi (veja os gols do Fla no vídeo ao lado).

O primeiro gol da carreira foi inesquecível para o camisa 1 rubro-negro. Saudado pela torcida como "melhor do Brasil", recebeu abraços de quase todos os companheiros.

- Parecia que eu tinha feito o gol. Cada um sentiu a vontade do Bruno de fazer o gol de falta. Ele sempre fica aprimorando e hoje pôde nos ajudar em um jogo difícil. Foi um gol bendito - declara o atacante Obina, autor do segundo gol da vitória por 2 a 0.

A personalidade de Bruno impressionou. Ele não recebeu autorização da comissão técnica, mas mesmo assim conversou com Leo Moura e assumiu a responsabilidade da cobrança em um\ momento decisivo.\

- Futebol é muito do espírito do jogador, a confiança. Temos uma dificuldade nas bolas paradas desde a saída do Renato. Ficamos sem aquele pé. Bruno vem com essa teimosia e hoje deu certo. Depois do Rogério criou-se essa vontade. Ele foi frio e tranqüilo - diz Joel.

O treinador, que sai do Flamengo no dia 4 de maio, reconheceu que o time pode ganhar um novo cobrador de faltas.

- Se for para o bem da nossa torcida e para o bem da equipe isso será feito - diz Joel.

Nos treinamentos na Gávea, Bruno geralmente tem bom aproveitamento. Porém, ele sempre coloca a bola por cima da barreira, em busca do ângulo oposto ao posicionamento do goleiro. Contra o Coronel Bolognesi mudou a tática e deu certo.

No dia em que foi herói, ironicamente, o camisa 1 foi sorteado para o exame antidoping e não pôde dar entrevista.

Terceiro na História

O gol de Bruno não foi o primeiro na História do Flamengo. Em 1970, Ubirajara fez um gol contra o Madureira, no estádio Luso-Brasileiro. Em 1997 foi a vez de Zé Carlos cobrar pênalti contra o Nacional-AM e marcar.

Torcida do Fla no meio do pó-de-arroz

Pó jogado pelos tricolores no domingo ainda está no Maracanã nesta quarta-feira

Cláudio Rabha

O pó-de-arroz dos tricolores, no lado esquero das cabines de rádio no estádio

O jogo entre Fluminense e Botafogo foi no último domingo, mas o Maracanã ainda está cheio de pó-de-arroz nesta quarta-feira. E sobrou para a torcida do Flamengo, que pega o Coronel Bolognesi pela Libertadores.

Rubro-negros e tricolores, quando não se enfrentam, ficam sempre à esquerda das cabines de rádio do Maracanã. No último domingo, a torcida do Fluminense fez sua tradicional festa com pó-de-arroz na arquibancada antes do jogo, que foi vencido por 1 a 0 pelo Botafogo na final da Taça Rio (segundo turno do Carioca).

Pelo menos o setor amarelo não foi limpo pela administração do estádio e os rubro-negros reclamam nas arquibancadas, já que o pó faz as pessoas escorregarem enquanto andam. Os assentos também estão sujos pelo pó.

Fla não escapa de viagem ao México

Resultados não ajudam e Rubro-Negro terá de encarar maratona na próxima semana

Eduardo Peixoto

Joel Santana durante o jogo do Flamengo

O Flamengo avisou que não gostaria de viajar ao México. De nada adiantou. Os resultados do Grupo 7 não ajudaram e o Rubro-Negro terá de enfrentar o América, na próxima semana, na capital mexicana. A partida de ida está marcada para quarta-feira, dia 30 de abril, no estádio Azteca.

Para escapar do jogo na América do Norte, o clube torcia por uma vitória do Audax-CHI sobre o Sportivo Luqueño-PAR ou um empate entre São Paulo e Atlético Nacional-COL. Porém, os chilenos perderam por 4 a 1 e time paulista venceu por 1 a 0.

Caso tivesse goleado o Coronel Bolognesi por 5 a 0, o Rubro-Negro teria a melhor campanha da primeira fase e escaparia do América. Entretanto, o clube não tinha como manipular tal situação, já que os jogos da chave 7 aconteceram no fim da noite de quarta.

- Além disso, esqueceram que o Bolognesi tem uma defesa interessante, que só havia tomado três gols até nos enfrentar. Falaram muito em goleada, mas não pensaram nisso - diz o técnico Joel Santana, satisfeito com o triunfo por 2 a 0.

A distância do Rio de Janeiro à Cidade do México é de quase 7.700 km. O transporte aéreo é feito por uma rota diária que parte de São Paulo. Por isso, somada a parada na capital paulista, o tempo estimado de viagem é de praticamente 12h. Isso sem contar os possíveis atrasos. Há ainda a altitude de 2.335 metros.

O grande temor do Flamengo chama-se cansaço. Envolvido na final do Campeonato Carioca, o clube tem as decisões entre essas viagens. A primeira será neste domingo, dia 27. A outra partida contra o Botafogo acontece dia 4.

Nesta Taça Libertadores, a delegação carioca sofreu com a ida a Cusco, no Peru. Foram mais de 12h de deslocamento da cidade peruana ao Rio. Quase três dias depois, o time perdeu por 3 a 0 para o mesmo Botafogo e culpou o cansaço pela derrota.

Fla empata série e vislumbra título inédito

Time vence quarto jogo, força último duelo e vai a Corrientes à final da Liga Sul-Americana

Alexandre Cossenza

Mais uma vez, Fla pára o Corrientes no Maracanãzinho e força o 5º jogo

Embalado pela torcida que compareceu ao Maracanãzinho, o Flamengo empatou a série da final da Liga Sul-Americana em 2 a 2 e forçou o último jogo, que será realizado na próxima semana, na Argentina. Nesta quarta-feira, o Rubro-Negro contou com um inspirado Duda Machado em bolas de três pontos e enterradas e aplicou 86 a 79 em cima do Regatas Corrientes.

- Foi um jogaço. A torcida colocou pressão desde o início, o que me embalou. O primeiro jogo da final foi atípico, mas agora o Flamengo está focado e fará uma boa partida. Ficaremos com o título - diz o armador Duda, cestinha da partida com 28 pontos, sete roubadas de bola e seis assisteências.

Após a boa vitória na última terça-feira, também no ginásio do Maracanãzinho, o Flamengo entrou em quadra sabendo que precisava da vitória para seguir vivo na Liga. E foi para o tudo ou nada contra os adversários, conseguindo empatar em 2 a 2 a final. As duas vitórias dos argentinos foram em casa.

No jogo de estréia, o Flamengo foi derrotado, armou uma confusão em quadra e viu Marcelinho Machado ser expulso. No duelo seguinte, o time deu sinais de que faria 1 a 1 na série, mas cedeu a vitória ao adversário.

- Ver o meu irmão arrebentando em quadra e a torcida empolgada é um sentimento que tem toda uma nação atrás. Parece um jogo de seleção. No final, os argentinos deram uma provocada, disseram que vai ser diferente lá, mas a gente tem condição de vencer - acredita Marcelinho Machado.

Marcação cerrada em Marcelinho Machado

No primeiro quarto, devido ao bom rendimento do armador na partida de ontem, Marcelinho Machado começou muito marcado pelos rivais, o que impediu que o Flamengo abrisse vantagem no placar. O armador, que no primeiro jogo no ginásio do Maracanãzinho marcou 44 pontos, só pontuou em arremessos livres. Hélio foi o melhor da equipe carioca, com sete pontos. Em um período equilibrado, o Flamengo conseguiu ficar na frente por 25 a 22.

No vestiário, pedi para os jogadores aproveitarem os espaços. Duda, Hélio e Alírio conseguiram jogar por ali. Ganhamos na base da confiança\ Paulo Chupeta, técnico do Flamengo\

Duda entra para garantir a vitória do Fla

A vantagem que era de apenas três pontos no término do primeiro quarto, logo subiu para 10 no início do segundo período. Com Marcelinho armando bem as jogadas, o Fla conseguiu pontuar e, com o cronômetro apontando seis minutos para o fim, o placar marcava 34 a 24.

Duda Machado, irmão do jogador mais experiente do Rubro-Negro, foi fundamental para a vantagem da equipe carioca. Com arremessos certeiros de três pontos e belas enterradas, ele deu margem no placar, além de levar os torcedores que estão no Maracanãzinho à loucura. O Regatas Corrientes insistiu na marcação em Marcelinho, deixando Duda fazer a festa em quadra (14 pontos no período) e fechar o segundo quarto em 46 a 35.

Marcelinho no banco, Duda em quadra

Dando continuidade ao fantástico segundo quarto, quando marcou 14 pontos de bolas de três e enterradas, Duda Machado inicou o terceiro período acertando, logo de cara, mais um arremesso de fora do garrafão. A vantagem do Flamengo ficou em 49 a 35. O Regatas Corrientes, vendo o adversário abrir no placar, arriscou de três, o que permitia o rebote e o contra-ataque do Rubro-Negro.

Parece um jogo de seleção. No final, os argentinos deram uma provocada, disseram que vai ser diferente lá, mas a gente tem condição de vencer\ Marcelinho Machado, armador do Flamengo\

Sentindo que o jogo estava todo para o lado do Flamengo, o técnico argentino pediu tempo faltando um pouco mais de três minutos para o término do período. Enquanto os argentinos buscavam alternativas para cessar o ritmo dos cariocas, os gritos nas arquibancadas do Maracanãzinho ecoavam sem parar. Na volta à quadra, a partida ficou truncada. Faltas para o Flamengo, e falta para o Regatas Corrientes. No entanto, com boa vantagem no placar, o Rubro-Negro soube administrar mesmo sem Marcelinho, que só entrou nos segundos finais. O Fla finalizou o terceiro quarto em 66 a 53.

Nome do jogo, Duda sai apludido de quadra

O ritmo do Flamengo não diminuiu no último quarto, pelo contrário. Duda continuou pontuando de fora do garrafão e seu irmão, Marcelinho, deu continuidade às eficientes armações das jogadas, que foram fundamentais para o descontrole dos adversários em quadra.

A torcida colocou pressão desde o início, o que me embalou. O primeiro jogo da final foi atípico, mas agora o Flamengo está focado e fará uma boa partida. Ficaremos com o título\ Duda, cestinha da partida\

Marcelinho comemora com Duda, que desequilibrou o quarto jogo, e Hélio

Faltando 22 segundos para o término do jogo, o Regatas Corrientes começou a criar confusão em quadra. Os jogadores partiram para cima de Marcelinho, que, diferente do primeiro jogo da final, quando foi expulso, não deu idéia às provocações dos argentinos. Vendo o desespero do Corrientes, o torcedores cantaram e balançaram ainda mais as bandeiras do Flamengo. Assim, a equipe carioca garantiu a vitória por 86 a 79, empatou a série da final em 2 a 2 e vai decidir o título da Liga Sul-Americana na Argentina.

- Ontem o time jogou muito no coletivo, mas o Marcelinho desequilibrou. Hoje, ele estava muito marcado. No vestiário, pedi para os jogadores aproveitarem os espaços. Duda, Hélio e Alírio conseguiram jogar por ali. Ganhamos na base da confiança - explica o técnico Paulo Chupeta.

'Fla não é para iniciantes', diz presidente

Marcio Braga não aprova contratação de treinadores novatos para substituir Joel

Eduardo Peixoto

Marcio Braga não aceita técnicos iniciantes para comandar o clube

Em silêncio, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, arquiteta o nome do substituto de Joel Santana a partir do dia 4 de maio. Mas ele não está sozinho na empreitada. Sem dar palpite diariamente, o presidente Marcio Braga supervisiona a escolha do novo treinador. E tem suas convicções.

Uma delas é de ser contrário à contratação de treinadores novatos, que ele considera sem currículo. Nestes casos estariam os nomes de Caio Júnior e Jorginho, cujo interesse do Flamengo foi especulado nos últimos dias.

- O Flamengo não é para iniciantes. O que me agrada são técnicos experientes. Temos um elenco caro, com estrelas. Já fizemos essa experiência de testar e não deu certo. Queremos alguém com currículo - diz Marcio Braga, por telefone.

O presidente sugeriu até a contratação de Carlos Alberto Parreira. Porém, o treinador, demissionário da África do Sul, avisou que não pretende trabalhar no momento. Ele aproveitou para esclarecer a admiração pública por Abel Braga.

- Vão acabar queimando o Abel. Sou fã dele. Mas é um técnico que está contratado e seria falta de ética procurá-lo - afirma o dirigente.

O Rubro-Negro pretende apresentar o novo técnico no dia 5 de maio, dia seguinte à final do Campeonato Carioca e antevéspera do jogo de volta das oitavas-de-final da Taça Libertadores.

Fifa se rende ao "Papai Joel"

Site oficial destaca acerto do treinador brasileiro com a África do Sul

Site da Fifa anuncia Joel na África

A confirmação do acerto de Joel Santana para dirigir a seleção da África do Sul, nesta quarta-feira, ganhou logo destaque mundial. A Fifa colocou a notícia como destaque principal de seu site oficial. A manchete "Bafana turn to Papai Joel" (Sul-africanos vão para o Papai Joel, em inglês) brinca com o fato de Joel ter nascido no dia de Natal.

O site oficial exalta a carreira do treinador brasileiro, sendo campeão nos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. A campanha vitoriosa de 2007 no comando do Flamengo, durante o Campeonato Brasileiro de 2007, também teve seu destaque. O treinador colocou o Rubro-Negro na Taça Libertadores deste ano.

No site de Confederação Sul-Africana de Futebol, há um grande destaque também sobre a nomeação do técnico para dirigir a seleção local na Copa de 2010. A notícia também cita o dia de nascimento de Joel Santana (25 de dezembro).

Djalminha conta com Romário no showbol

Jogador, que defende o Fla no torneio, espera convencer o Baixinho a jogar ao seu lado

A presença de Romário no Brasileiro de showbol ainda não está totalmente confirmada, mas Djalminha, um dos organizadores do torneio, acredita que pode convencê-lo a participar da Campeonato Brasileiro da categoria, que terá transmissão do SporTV. E, como defende o Flamengo na competição, quer o Baixinho jogando ao seu lado pela equipe rubro-negra.

- Tive uma conversa com o Baixinho. Ele parou de jogar agora, e não quer criar um compromisso muito concreto porque está viajando muito nos finais de semana. Mas o Romário pode comparecer a um jogo ou outro, e ainda avisou que podemos contar com ele para os jogos da seleção brasileira. Ele deixou em aberto, mas continuo insistindo para ter o Baixinho ao meu lado no Flamengo - avisa o ex-jogador ao Redação SporTV (assista à entrevista acima).

A possibilidade do atacante disputar o Brasileiro por mais de uma equipe foi descartado por Djalminha, já que vai contra o regulamento da competição. A confirmação de Romário no torneio, aparentemente, só deve acontecer mais perto da estréia da chave carioca, que começa no sábado, dia 3 de maio, em Rio das Ostras, com um Flamengo x Vasco.

- Ele se mostrou disposto a participar e espero conseguir convencê-lo a estrear já na partida de Rio das Ostras. Com certeza, o Baixinho vai tomar um gostinho pelo esporte, porque o showbol é muito prazeiroso de se jogar. A gente espera contar com ele durante todo o campeonato - diz Djalminha.

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Bruno tem dia de Zico e leva Flamengo à vitória

Flamengo vence o Bolognesi e fecha a fase em primeiro lugar no Grupo 4 da Libertadores

Bruno comemora seu primeiro gol (Crédito: Julio Cesar Guimarães)

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Se os jogadores da linha não conseguiam durante toda a partida, o goleiro foi ao ataque e fez o papel de artilheiro. Com um gol de falta de Bruno - e outro de Obina no final da partida -, o Flamengo abriu caminho para vencer o Coronel Bolognesi no Maracanã por 2 a 0. Com o resultado o Flamengo se classificou como primeiro colocado do Grupo 4 e como segundo melhor time da primeira fase da Libertadores.

Se a missão do Coronel Bolognesi era tentar manter a melhor defesa da competição, a do Flamengo era vencer para se manter como o primeiro colocado de seu grupo. E logo de cara o improvisado atacante Marcinho deu aos peruanos o cartão de apresentação do Rubro-Negro. Com uma cabeçada na trave aos sete minutos, o Flamengo deu a impressão de que os adversários voltariam para casa mais furados do que cego em tiroteio.

Porém, foi apenas uma falsa impressão. Sem atacar com convicção durante todo primeiro tempo, o Flamengo perdeu as poucas oportunidades que criou, já que a fraqueza do adversário, que insistia em se manter fechado na defesa, era algo notório no Maracanã.

As melhores chances rubro-negras saíram dos pés de Souza, que, aos dez minutos, quase marcou de fora da área. Outra boa oportunidade na primeira etapa aconteceu aos 18 minutos, quando Marcinho, melhor do time até então, deu passe para Souza, que desperdiçou outra oportunidade.

E esta foi a tônica da primeira etapa: o Coronel Bolognesi armado com um ferrolho em sua defesa, enquanto o Flamengo não conseguia ameaçar de forma veemente o gol de Penny. Tal quadro não agradou aos rubro-negros presentes ao Maracanã, que vaiaram o time na saída para o intervalo. Algumas para o técnico Joel Santana, oriundas das cadeiras de campo.

No retorno dos times na segunda etapa, Joel ousou e mudou o time do 4-4-2 para o 4-3-3, tirando o volante Cristian e colocando Diego Tardelli ao lado de Marcinho e Souza no ataque.

Mesmo com um atacante a mais, a tônica da partida seguiu a mesma: Fla